Terceira Aval - Eletrotécnica - Valdivan Junior

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ELETROTÉCNICA
TERCEIRA AVALIAÇÃO
São Luís
2024
VALDIVAN MARTINS PESSOA JUNIOR
TERCEIRA AVALIAÇÃO DE ELETROTÉCNICA
Trabalho apresentado ao Curso de

Engenharia Mecânica da
Universidade Estadual do Maranhão
como requisito para obtenção da
terceira nota da Eletrotécnica.
Orientador: Prof.º Crezo Medeiros
São Luís
2024
INTRODUÇÃO
O acionamento de um motor conectado à rede pode ser realizado utilizando

chaves manuais e dispositivos de proteção que permitem o uso do motor elétrico. Para
um acionamento mais seguro para o operador, foram criados os comandos elétricos,
uma forma mais segura de realizar o acionamento elétrico de uma determinada
máquina.
O uso destes comandos elétricos faz com que o operador não entre em contato
direto com o circuito de força da máquina, responsável por levar as fases da rede até o
motor. Este circuito de força é controlado por um circuito de comando (controle). Este
circuito de comando faz uso de diversos dispositivos de comando, que permitem uma
automatização do sistema, como o uso de botões pulsadores, chaves comutadoras, relés
térmicos, disjuntores e sinalizadores. Todos esses dispositivos permitem o operador
comandar e manejar o sistema sem entrar em contato direto com o sistema elétrico.
DISPOSITIVOS DE COMANDO
Inicialmente temos os dispositivos de comando elétricos, que possuem a função
de manter o sistema do motor elétrico conectado à rede e funcionando corretamente.
Estes dispositivos podem dar a partida no motor, e logo após manter o motor elétrico
funcionando e informando ao operador como está o rendimento do motor em relação a
corrente elétrica e a tensão que estão aplicadas na máquina elétrica.
Dentre alguns dos dispositivos, temos:
 BOTÕES DE COMANDO E COMUTADORES
Os respectivos botões, comutadores ou chaves seletoras, também são usados
para determinados acionamentos. Os botões são utilizados pelo operador para
enviar um pulso elétrico para o sistema. Dependendo do seu tipo, ele pode ligar
ou desligar o circuito: O tipo NA – Normalmente aberto indica acionamento do
sistema, pois inicialmente o sistema começa aberto, e o botão fecha o circuito
para ligar o sistema. NF – Normalmente fechado, funciona de modo contrário,
então logo serve para desligar o sistema. O comutador ou chave seletora,
também é usado para alternar entre diferentes modos e funções do sistema.
Figura 1: Botoeira Figura 2: Chave Comutadora

 SINALIZADORES
Sinalizadores têm como função indicar para o operador se o sistema está
funcionando. Geralmente utiliza-se LED para indicar o acionamento e o
desligamento do sistema.
Figura 3: Sinalizador ou LED

 CONTATORES E RELÉS
O contator é responsável por realizar manobras de motores elétricos, então é
bem mais robusto, bem maior que os outros componentes. Os contatores
suportam grandes picos de correntes, e são bastantes utilizados nos
acionamentos de partidas diretas, por conta de sua corrente nominal elevada.
Figura 4: Contator
Os relés são responsáveis por multiplicar os sinais elétricos, servindo de
interface entre um dispositivo e outro. Dentre os relés eletrônicos, podemos ter
os relés temporizadores, que são usados justamente para contar um tempo a
partir de um determinado comando. O relé térmico, outro tipo deste componente,
permite o controle e monitoramento do sistema, evitando falhas de fase no
circuito trifásico. Estes relés térmicos são dispositivos de proteção que protegem
os motores elétricos das quedas de fase e possíveis anomalias, como o
sobreaquecimento do motor elétrico. Eles podem chegar a desarmar os
disjuntores e alertar o operador através de alarmes e sinaleiros.
Figura 5: Relé Térmico

 DIAGRAMA DE FORÇA
O diagrama de força demonstra como o acionamento do motor funciona, e quais
elementos de potência estão no circuito, ou seja, a forma de alimentação do
motor elétrico. Neste diagrama, são mostrados que dispositivos de comando são
interligados ao motor, como contatores, disjuntores termomagnéticos e relés
térmicos.
PARTIDA DIRETA COM COMANDOS SIMPLES
A partida direta de um motor trifásico com comando simples faz o uso dos
dispositivos anteriores para realizar o acionamento direto do motor elétrico, ou seja,
recebe alimentação direto da fonte de energia trifásica. Esse tipo de acionamento
depende apenas de dispositivos de seccionamento, como disjuntores, relés e contatores.
O acionamento por partida direta possui a característica de possuir uma corrente
de pico muito elevada no momento da partida do motor. Este tipo de corrente pode vir a
afetar a rede em que motor está conectado, e interferir no desempenho do motor
trifásico.
Na partida direta, teremos dois diagramas: Um diagrama de comando e um
diagrama de força. O diagrama de comando é responsável pelas ligações dos
componentes e condutores, além de representar a lógica do acionamento da máquina. Já
o diagrama de força nos informa a forma de acionamento do motor. O acionamento
ocorre por meio do pulso elétrico ao apertar a botoeira S1, que induz a Bobina
Contatora e o Contator K1, levando a acionar o motor trifásico. O sinalizador H1
informa que o sistema está ligado e funcionando.
Figura 5: Acionamento do Motor por Partida

PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO
A partida direta por meio da reversão, como o próprio nome, faz com que o
motor elétrico seja acionado em uma direção contrária. Essa reversão ocorre por meio
da troca de fases e pela troca de contatores acionados (K1 e K2) no diagrama de força
da figura abaixo. O diagrama de comandos também deixa informado o operador como
ocorre a troca de sentido, que é realizada por meio da ação de acionamento das
botoeiras S1 e S2 que acionam as bobinas contatoras K1 e K2 do diagrama da figura.
Figura 6: Partida Direta com Inversão

Acionamento da Botoeira S1 leva o Contator Trifásico K1 a acionar o motor e rotacionar da
esquerda para direita
Acionamento da Botoeira S2 leva o Contator Trifásico K2 acionar o motor e rotacionar no

sentido contrário.
PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO
Esta partida para motor trifásico permite o operador alternar do modo estrela
para triângulo. A partida direta, por si só, no seu acionamento, gera uma corrente de
pico muito alta, levando o motor e gerar um arranque, fator esse que não contribui para
o desempenho do motor. Por isso se utiliza este tipo de partida estrela-triângulo, pois no
momento da partida, o motor no fechamento estrela não irá transmitir uma corrente
elétrica tão alta no motor (cerca de 1/3 da corrente nominal do motor) e não causará
falhas na rede conectada. E logo após um determinado tempo, o motor passa a ter um
fechamento triângulo, tendo agora uma corrente nominal mais estável (2/3 da corrente
elétrica).
O motivo do uso desta partida é que ela permite um acionamento mais suave
para o motor e mais viável para a maioria das aplicações.
As figuras abaixo demostram a partida estrela-triângulo de um motor elétrico.
Figura 8: Partida Estrela-Triângulo
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Geraldo do Nascimento. Comandos Elétricos Teoria e Atividades - 1a

edição.
Principais Componentes em Comando Elétricos.
<https://blog.se.com/br/eletricistas/2021/06/14/principais-componentes-em-comandos-
eletricos/>
Partida Direta com Reversão. <https://www.mundodaeletrica.com.br/partida-direta-
com-reversao-diagramas-aplicacoes/>
Partida Estrela-Triângulo. <https://www.saladaeletrica.com.br/partida-estrela-
triangulo/>

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O acionamento de um motor conectado à rede pode ser realizado utilizando

Figura 1: Botoeira Figura 2: Chave Comutadora

Figura 3: Sinalizador ou LED

Figura 5: Relé Térmico

Figura 5: Acionamento do Motor por Partida

Figura 6: Partida Direta com Inversão

Acionamento da Botoeira S2 leva o Contator Trifásico K2 acionar o motor e rotacionar no

CARVALHO, Geraldo do Nascimento. Comandos Elétricos Teoria e Atividades - 1a

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