Abdome Agudo
Abdome Agudo
Abdome Agudo
Conceito:
Diagnóstico sindrômico, não é doença, “ninguém morre de abdome agudo”, ele foi criado
para auxiliar o médico a conduzir um paciente com dor abdominal. É como se fosse uma dor
abdominal aguda que na maioria das vezes leva o paciente a um tratamento cirúrgico.
Exemplo: Paciente com hérnia inguinal que apresenta dor intensa a cerca de 3/4 horas (tempo
recente) e junto com a dor paciente apresenta vômitos, com diagnóstico de hérnia inguinal
encarcerada. PARA SER ABDOME AGUDO A DOR TEM QUE SER AGUDA.
Mecanismos da Dor:
● Víscera Oca: devido a distensão e contração do órgão (cólica intestinal), nesse tipo de
dor vai ocorrer apenas o estímulo de fibras simpáticas. Dor em cólica, mal definida e
se situa na linha média do abdome, nesse tipo de dor não existe participação dos
nervos espinhais. Pode ser chamada de dor visceral pura ou dor verdadeira.
● Dor Referida ou Visceral Parietal : Apresenta estímulos mais intensos que a Dor de
Víscera Oca. É quando ocorre a inflamação da parede da víscera acometida. Nesse
tipo além das fibras simpáticas, ocorre ativação do sistema nervoso cérebro-espinhal
(somático). Dor aguda, mal definida e normalmente não se consegue saber qual é a
víscera acometida.
● Dor Perineal Parietal: Muito mais intensa e bem localizada, normalmente é a dor que
faz o paciente procurar um médico (inespecífica que inicia na região epigástrica).
● Exemplo - Apendicite: Assim que um fecalito obstrui a luz apendicular, no início, é
uma dor de víscera oca. Quando a parede começa a inflamar, passa para dor referida,
irradiando para a fossa ilíaca direita , mas ainda não é tão precisa (é possível sentir
irritação peritoneal na manobra de defesa, que é a contração involuntária da
musculatura na palpação). A evolução normal do apêndice, quando o diagnóstico não
é feito, ocorre secreção que irrita a parede abdominal.