Co Estradal PBM - Cópia
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, arguida nos autos supra identificados vem ao abrigo do artigo 175.º, n.º
2 do Código da Estrada apresentar defesa nos termos e com os fundamentos
seguintes:
2.º - De acordo com o mesmo auto a norma infringida foi: “CE - Art.º 84.º
n.º 1” e as sanções correspondem a: “Coima: 250.00 Euros (duzentos e cinquenta
euros) a 1.200.00 Euros (mil e duzentos euros) Prevista em Art.º 84.º n.º 4” e
“Sanção acessória de Inibição de conduzir de 1 a 12 meses Prevista em Art.º
145.º n.º 1 e 147. n.º 2 Cód. Estrada.
3.º - Ora, este Auto padece de nulidade, devendo como tal ser declarado
e portanto dele não pode ser retirado qualquer efeito, designadamente
sancionatório, seja a título de coima, seja de sanção acessória por violação do
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artigo 170.º do Código da Estrada (CE) e do princípio constitucional do
contraditório.
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7.º - A via em causa estende-se por vários sentidos de trânsito e tem no
seu perímetro vários outros pontos de referência que podem servir para identificar
o ponto específico daquela artéria.
9.º - Mais, apesar do autuante ter feito registar que tinha presenciado a
infração, a verdade é que não pode ter visto o que afirma ter visto, pois inexistiu
qualquer manuseamento de telemóvel, nem podia ver pois não sabemos o local
onde estava e o local onde a arguida circulava.
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15.º - Desconhece-se igualmente a fonte da obrigação alegadamente
violada: não se sabendo sequer em que sentido de trânsito foi cometida a
infração.
16.º - Por outro lado, a arguida pode usar o telemóvel durante a marcha.
O que não pode fazer é um manuseamento continuado. Se o agente autuante
viu um condutor a fazer um manuseamento continuado, onde é que ele estava
para ver se era continuado ou não? Estava parado ou em movimento?
17.º - Aliás, mais uma vez se viola o artigo 170.º n.º 1 do Código da
Estrada por não se mencionarem com rigor e exatidão os factos que constituem
a eventual infração.
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22.º - A arguida, sempre incutiu na sua condução um dever especial de
cuidado como lhe é imposto pelo Código da Estrada, certamente, nunca utilizaria
o telemóvel em violação do estatuído no Código da Estrada.
23.º - Face a todo o exposto fica claro que o Auto não permite o pleno
exercício do contraditório violando um princípio legal e constitucional, não
permitindo exercer o direito à defesa consagrada no n.º 10.º do artigo 32.º da
CRP.
24.º - Assim, o auto em crise será nulo e nulos todos os atos praticados
na sua sequência, conforme Acórdão do STJ de 16 de Outubro de 2002, referente
ao processo 02P2534, publicado em www.dgsi.pt: “(…)nula por não conter a
descrição dos factos, nem a sua subsunção à norma ou normas que constituem
a infracção que foi imputada (…)”.-
25.º - Em suma e face a todo o exposto o Auto é nulo e como tal deve
ser considerado, tendo sido violados entre outros, designadamente o n.º 10.º do
artigo 32.º da CRP; o artigo 181.º, 175.º e 170.º do Código da Estrada.
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ordenações (DL 433/82), lhes são subsidiariamente aplicáveis, assume uma
estrutura acusatória.
Termos em que a acusação deve ser declarada nula, dela não podendo
ser retirado qualquer efeito, por violação do disposto no n.º 10.º do artigo 32.º
da CRP; artigo 181.º, 175.º e 170.º do Código da Estrada, não sendo possível o
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cabal exercício do contraditório e direito à defesa, devendo o arguido ser
absolvido e consequentemente serem os presentes autos arquivados.
PROVA TESTEMUNHAL:
1 –.
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