Aula 2 - Medidas de Saúde

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Noções de Epidemiologia

Aula 2: Medidas de Saúde


Vania Reis Girianelli (ENSP – Fiocruz)
vania.girianelli@ensp.fiocruz.br
Conteúdo da aula 2
Medidas de Frequência

➢ Frequência absoluta versus Frequência relativa

➢ Tipos de medidas de frequência relativa: proporção, taxa e razão

➢ Prevalência

➢ Incidência e Mortalidade

Padronização de taxas (método direto)

Exercícios interativos
Como quantificar a ocorrência de eventos
relacionados à saúde?
1. Medida de frequência Absoluta
➢ Simples contagem: número total de casos de uma doença
➢ Auxilia na avaliação do problema ou tendência em curto prazo em uma
população, ex.: epidemia
➢ Importância no planejamento e gerência dos serviços de saúde

Geralmente inadequada para comparações.

Qualquer que seja a medida de frequência utilizada, ela deve ser


necessariamente referida às dimensões do tempo, do espaço e da população
Exemplos de situações em que frequências absolutas são úteis

➢ Epidemias – a curva está ascendente, descendente, estável?

➢A epidemia está se espalhando rápido, dentro daquela área geográfica ou


população?

➢ Número de casos de doenças novas ou que haviam sido eliminadas (ex.:


poliomielite, sarampo, covid-19 no início da pandemia)

➢ Quantos leitos, medicamentos, recursos humanos são necessários para


enfrentar o problema?

➢ Comparação de número de leitos entre hospitais de uma área.


Casos acumulados de covid 19 desde o início da
epidemia, estados brasileiros selecionados

Como são números absolutos, não permite comparação entre as UFs quanto ao risco de ocorrência
de Covid, pois não são informações que levam em consideração o tamanho da população.
Fonte: Fiocruz, Monitora Covid. Disponível em: https://bigdata-covid19.icict.fiocruz.br/
Como quantificar a ocorrência de eventos relacionados à saúde?

2. Medida de frequência Relativa


➔Refletema ocorrência relativa da doença na população, isto é, quão frequente é a
doença em relação ao tamanho da população que está sob risco.
As medidas de frequência geralmente são expressas em termos de proporção ou
taxa nas quais:
➢ Numerador: reflete o número de casos ou eventos de interesse.
➢ Denominador: reflete o tamanho ou a experiência da população na qual os
casos/eventos ocorreram ou foram identificados.

Geralmente adequada para comparações.

Qualquer que seja a medida de frequência utilizada, ela deve ser


necessariamente referida às dimensões do tempo, do espaço e da população
Frequência Absoluta versus Relativa – Unidades Federativas/Brasil
Atualização em 26/08/2021 00:52:06

Fonte: Fiocruz, Monitora Covid. Painel Brasil. Dados consolidados para as Unidades Federativas considerando os boletins epidemiológicos mais recentes
Disponível em: https://bigdata-covid19.icict.fiocruz.br/
Nem sempre a frequência relativa é o suficiente para
comparar eventos/doenças que acometem populações
Exemplo: Taxa de mortalidade de câncer do colo do útero em 2006
Estado de Rondônia - 3,4 por 100 mil mulheres
Município do Rio de Janeiro - 6,1 por 100 mil mulheres
A taxa de mortalidade por câncer do colo do útero foi maior no Município
do Rio de Janeiro do que no Estado de Rondônia?
A mortalidade por câncer do colo do útero
aumenta progressivamente a partir da
quarta década de vida em todas as regiões.

Será que a distribuição da idade no município


do Rio de Janeiro é diferente de Rondônia?
https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/conceito-e-
magnitude#:~:text=O%20c%C3%A2ncer%20do%20colo%20do%20%C3%BAtero%20%C3%A9%20raro%20em%20mulheres,conforme%20apresentado%20na%20figura%202.
Distribuição percentual por faixa etária da população de Rondônia
e do município do Rio de Janeiro em 2006
%
14,0

Rondônia

12,0 MRJ

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 e
mais

Faixa etária

Questão: “Se a composição em termos de idade das duas populações fosse a mesma,
haveria alguma diferença na mortalidade por câncer do colo do útero entre elas?”
O possível confundimento gerado pela idade pode ser ajustado por meio de
padronização das taxas por faixa etária.
Padronização: método direto
Taxa de mortalidade por câncer do colo do útero – Rio de Janeiro/RJ- 2006
Faixa Nº Óbitos Pop. Fem. 2006 Pop. Bras. 2000 Nº Esperado
etária [A] [B] [C] [(A/B) x C] ➔ Aplica o coeficiente específico da
0a4 0 229.667 16.375.728 0 população de interesse (no. de
5a9 0 223.898 16.542.327 0 óbito/pop.) na população padrão
10 a 14 0 229.901 17.348.067 0 para estimar o valor esperado
15 a 19 0 266.643 17.939.815 0 (número de óbito esperado).
20 a 24 2 275.504 16.141.515 117
25 a 29 3 255.527 13.849.665 163 Taxa pad.(PB)
Taxa bruta
30 a 34 7 244.982 13.028.944 372 por 100 mil
por 100 mil
35 a 39 13 256.245 12.261.529 622 mulheres:
mulheres:
40 a 44 16 246.947 10.546.694 683 RJ: 4,4
45 a 49 29 221.385 8.721.541 1.142
RJ: 6,1
RO: 5,4
50 a 54 27 185.134 7.062.601 1.030 RO: 3,4
55 a 59 28 142.390 5.444.715 1.071 Taxa pad.(PM*)
60 a 64 18 130.739 4.600.929 633 por 100 mil
65 a 69 21 115.427 3.581.106 652 Taxa real mulheres:
70 a 74 14 97.207 2.742.302 395 RJ: 5,0
75 a 79 10 65.523 1.779.587 272
RO: 6,5
80 e mais 11 70.619 1.832.105 285
Total (å) 199 3.257.738 169.799.170 7.438 Taxa padronizada só é útil
199/3.257.738 = 0,000061 7.438/169.799.170 = 0,000044 para comparação
*PM: Pop. Padrão Mundial (hipotética). Segi M. Cancer mortality for selected sites in 24 countries (1950-57). Sendai: Tohoku University School of Public Health; 1960.
Taxa de mortalidade de covid-19 por 100 mil habitantes, segundo
raça/cor no município de São Paulo - março a julho/2020

A população branca concentra mais


pessoas do grupo de risco (≥ 60 anos),
portanto, sujeitas aos efeitos mais
graves da COVID-19

A padronização indicou uma taxa


de mortalidade maior para a
população negra

Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM – DataSUS Tabnet/SMS PMSP, 2020). Elaboração: Instituto Pólis. Disponível em: https://polis.org.br/estudos/raca-e-covid-no-msp/
Taxa de mortalidade de covid-19, segundo raça/cor e sexo no
município de São Paulo - março a julho/2020
Quando estratificado por
sexo observa-se que a
mortalidade é maior nos
homens, em particular
para homens negros.

Apesar dos homens serem


mais afetados, o compor-
tamento da pandemia para
mulheres negras é mais
semelhante ao de homens
brancos do que de mulheres
brancas.
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM – DataSUS Tabnet/SMS PMSP, 2020). Elaboração: Instituto Pólis. Disponível em: https://polis.org.br/estudos/raca-
e-covid-no-msp/
Tipos de Medidas de Frequência Relativa

1. Proporção
➢É uma fração onde o numerador está contido no denominador.
➢ Varia entre 0 e 1 (ou 0 a 100%).

Ex.: Proporção de profissionais para acolhimento de pessoas com deficiências


sensoriais (auditivas e visuais) nas unidades de atenção básica

8.195 unidades com profissionais para acolhimento = 21,1%


38.811 total de unidades

Condessa et al. Barreiras e facilitadores à comunicação no atendimento de pessoas com deficiência sensorial na atenção primária à saúde: estudo multinível.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/9ZB9378kNvMtDj4WyHp74cz/?format=pdf&lang=pt
Tipos de Medidas de Frequência Relativa
2. Taxa ou coeficiente

➢É a medida que reflete variação, geralmente de uma quantidade em função


do tempo (Exemplo: casos por pessoa-ano).

➢ Varia entre 0 e + ∞

Ex.: Taxa de incidência de hanseníase por pessoa/ano


𝑁° 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑛𝑠𝑒𝑛í𝑎𝑠𝑒
=
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑛ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑎𝑢𝑑á𝑣𝑒𝑖𝑠

Exemplo: Estudo de seguimento de contatos intradomiciliares de hanseníase entre 1987 e 1991:


Taxa de incidência = 0,01694 ➔ 16,94 por 1000 pessoas-ano no período estudado

Matos HJ, et al. Epidemiologia da hanseníase em coorte de contatos intradomiciliares no Rio de Janeiro (1987-1991). Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csp/a/vVcSR3pZfMFQ38YLpJJKNnc/?lang=pt
Tipos de Medidas de Frequência Relativa
3. Razão
➢ É a medida que expressa a relação entre duas quantidades distintas, uma
não estando incluída na outra.
𝑁° 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝐴
Razão entre estratos de renda :
𝑁° 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝐷

𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑒𝑠𝑜𝑠
Razão entre Proporções:
𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑑𝑒 𝑛ã𝑜 𝑜𝑏𝑒𝑠𝑜𝑠

𝑁° 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑠𝑐𝑢𝑙𝑖𝑛𝑜𝑠
Razão de masculinidade:
𝑁° 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑒𝑚𝑖𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠

Ex.: Estudo sobre óbito fetal no Brasil entre 2000 e 2009: Razão de masculinidade = 1,188 ➔ Para
cada mil óbitos femininos, ocorreram 1.188 óbitos masculinos

Chiavegatto Filho ADP, Laurenti R. O sexo masculino vulnerável: razão de masculinidade entre os óbitos fetais brasileiros. Disponível em:
https://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2012000400011)
Medidas de Morbidade
Numerador
Casos Casos novos
prevalentes (incidentes)

Têm a doença Desenvolveram


a doença
População
definida Não têm a Não
doença desenvolveram
a doença

01/Jan Tempo 31/Dez

Gordis, L. Epidemiology. 5ª. Edição, 2014. Chapter 3.


Medidas de Morbidade
Prevalência
➔ Reflete a proporção de pessoas que apresentam a doença/evento* no momento da
observação, ou no ponto médio ou no último dia do intervalo do tempo considerado (mês, ano,
etc.), referente a população total.

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜


𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
➢ Não inclui apenas casos novos.
➢ Pode ser apresentada como prevalência pontual ou de período.
➢ Possui aplicação destacada no planejamento em saúde pública, pois revela a dimensão da
doença e agravo.

A prevalência também é utilizada para calcular o percentual de fatores de risco ou de


proteção numa população. Ex.: Prevalência de tabagismo, Aleitamento materno exclusivo.

*É uma proporção, mas pode ser apresentada como frações de qualquer potência de base 10, para facilitar
a interpretação. Ex.: 0,01% = 1 caso entre 10.000 pessoas.
Prevalência
➔ Proporção dos casos existentes em um determinado momento (Pontual) ou período.
Foi realizado estudo durante o período de 2008-2009, entrevistando 4.048 residentes com
idade ≥ 18 anos em dois distritos sanitários de Belo Horizonte (MG). O diagnóstico de
deficiência baseou-se em autorelato. A prevalência de deficiência foi de 10,4% (intervalo de
confiança — IC95% 9,1–11,7%).
421 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎
Exemplo: =
𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑑𝑒 4.048
➢ Prevalência Pontual: Se uma pessoa que tem a doença/evento e fica curada, muda ou morre por
qualquer causa antes do dia definido, não será computada como caso (numerador).

➢ Prevalência de Período:
▪ Numerador: não exclui os casos que curaram, morreram ou mudaram após avaliação
durante o período considerado.
▪ Denominador não exclui os indivíduos que morreram ou mudaram durante o período
considerado.

Felicissimo et al. 2017. Prevalência e fatores associados ao autorrelato de deficiência_uma comparação por sexo.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/HDYSJKS9QqHZ6GyBXSXvjkx/?format=pdf&lang=pt
Exercício: Qual a prevalência da doença X no ano 1?
E para o período de 5 anos?
Indivíduos

C
X
X
D
Legenda
E X
– Óbito por outras causas
– Óbito pela doença X
F
X – Doença
G X Vivendo com a doença
Vivendo sem a doença

0 1 2 3 4 5
Anos
Incidência
Numerador: casos novos.
Denominador:
➢ Fechada (coorte fixa): não admite novos integrantes após o início do seguimento, embora
possam sair por diversos motivos.
➔ Denominador: População do início do período – entraram no estudo.

➢ Dinâmica (aberta): pode entrar novos integrantes durante o


período do estudo bem como sair por diversos motivos.
• Estável ou Estacionária: Pressuposto de
distribuição homogênea de nascimento, óbitos
e migrações durante o período. Pop. IBGE 01/07

➔ Denominador: População do meio do período.

• Não estável:
➔ Denominador: Total de pessoa-tempo (somatório do tempo de participação de cada
indivíduo durante o período).
Incidência Acumulada ou Risco (população fechada)
Proporção de pessoas de uma população que adoeceram ou foram acometidas por
algum agravo durante um determinado período de tempo

IA = nº de casos novos no período (T0-T1)


população sob risco no início do período (T0)

➢ É uma estimativa de probabilidade ou risco médio de um indivíduo desenvolver a doença


durante o período de tempo especificado.
➢ Definida como a proporção de casos novos de uma doença que surgem em uma população
susceptível durante um intervalo de tempo.
➢ Assume que toda a população sob risco foi acompanhada durante todo o período de tempo
especificado (período de observação).
➢ Medida de escolha para avaliação de relação causal
➢ Por considerar apenas casos novos, é mais difícil de estimar que a prevalência.
➢ Necessita o acompanhamento ao longo do tempo.
Exercício: Qual o risco de desenvolver a doença X em 5 anos?
Indivíduos

D X

E X

G X
Legenda
– Óbito por outras causas
0 1 2 3 4 5
– Óbito pela doença X
Anos de seguimento
X – Doença
Vivendo com a doença
Vivendo sem a doença
Taxa de incidência ou Densidade de Incidência (população dinâmica)

TI = nº de casos novos no período (T0-T1) .


somatório da quantidade de pessoa-tempo dos indivíduos no período (T0-T1)

➢ Velocidade média com que ocorre um determinado fenômeno


(doença/morte/agravo)
➢ Mede o risco de adoecer indiretamente
➢ Flexível (permite a entrada de indivíduos em qualquer momento do estudo)
➢ Pode estudar eventos repetidos
Exercício: Qual a taxa de incidência da doença X em 5 anos?

Indivíduos

D X

E X
Legenda
F
– Óbito por outras causas
G X – Óbito pela doença X
X – Doença
Vivendo com a doença
0 1 2 3 4 5
Anos de seguimento Vivendo sem a doença
Medidas de Mortalidade
➔Medida especial de incidência em que o evento é o óbito.

➔ Refere-se ao total de óbitos ocorridos em um intervalo para o total da população


em uma determinada área geográfica.

Taxa de Mortalidade
➢ Taxa de Mortalidade Geral
➢ Taxa de Mortalidade por causa específica, usualmente multiplicada por 100 mil
➢ Taxa de Mortalidade por faixa etária específica
➢ Taxa de Mortalidade por sexo
Medidas de Mortalidade
Proporção

➢ Proporção de óbito por faixa etária: nº óbitos numa faixa etária específica
dividido pelo total de óbitos, multiplicado por 100.

➢ Proporção de óbito por tipo de causa: nº óbitos por uma causa específica
dividido pelo total de óbitos multiplicado por 100.

➢ Proporção de óbito por sexo: nº óbitos por um sexo específico dividido pelo
total de óbitos, multiplicado por 100.

➢ Letalidade: nº de óbitos por determinada doença dividido pelo número de


casos da doença multiplicado por 100.
Exercício: Qual o risco de morrer pela doença X em 5 anos?
Indivíduos

D X

E X

G X
Legenda

0 1 2 3 4 5
– Óbito por outras causas
– Óbito pela doença X
Anos de seguimento
X – Doença
Vivendo com a doença
Vivendo sem a doença
Outro Tipo de Medida - Índice
• Medida que integra diferentes dimensões do atributo de interesse em uma única
medida.
• Pode ser expresso sob forma de fração ou de escala (score).

Exemplos:
➢ Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
➢ Índice de Apgar (avaliação imediata do recém-nascido à vida extrauterina),
➢ Índice de Gini (concentração de renda ➔ desigualdade social),
➢ Índice de Massa Corporal (IMC) (peso/altura2).
Exercício sobre indicadores: proporção, taxa, razão ou índice?

a) Número de óbitos de residentes por grupo de causas definidas X 100


Número total de óbitos de residentes, excluídas as causas mal definidas

b) Peso
altura2

c) Número de óbitos de residentes por causas externas X 100


População total residente ajustada para o meio do ano

d) Número de pessoas residentes de 0 a 14 anos e de 60 anos ou mais X 100


Número de pessoas residente de 15 a 59 anos de idade

e) Número de óbitos de mulheres residentes, por causas maternas X 100.000


Número de nascidos vivos de mães residentes
Exercício sobre indicadores: incidência acumulada, taxa de
incidência, prevalência ou nenhuma das três?
a) Número de trabalhadores na empresa XYZ que adoeceram por
COVID19 durante o ano de 2020 dividido pelo total de trabalhadores da
mesma empresa no início do ano de 2020.

b) Número de mulheres autistas que morreram por doença cardiovascular


no Brasil em 2019 dividido pelo total de mulheres autistas com IMC maior
que 40 no Brasil em 2019.

c) Número estimado de homens surdos infectados com gastroenterite durante


o ano 2010 no estado do Rio de Janeiro dividido pela população de homens
surdos estimado para o estado do Rio de Janeiro, em 1 de julho de 2010

d) Número de mulheres habitantes do município do Rio de Janeiro entre 20 e


59 anos que em pesquisa telefônica relataram ao menos uma deficiência
durante o ano de 2020 dividido pelo total de mulheres habitantes do município
do Rio de Janeiro entre 20 e 59 anos no início de 2020.

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