TCC Jonathan Mota Versão 27 - 03
TCC Jonathan Mota Versão 27 - 03
TCC Jonathan Mota Versão 27 - 03
METODOLOGIA DE PESQUISA EM
MACHADO SIMOES
PROJETO TCC
NOVA IGUAÇU –
RJ 2021.1
Fusões e Aquisiçõesão como estratégias de expansão
organizacional paraorganizacional para a geração de vantagens
competitivas no setor de bebidas no Brasil.
Jonathan Mota
jonathan.dmota@outlook.com
UFFRJ
SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1 Problema de pesquisa..................................................................................................5
1.2 Objetivo geral..............................................................................................................5
1.3 Objetivos específicos....................................................................................................5
1.4 Relevância da pesquisa................................................................................................5
2. Referencial Teórico...............................................................................................................7
2.1 Fusões e Aquisições......................................................................................................7
2.2 Vantagem Competitiva...............................................................................................10
3. Metodologia...........................................................................................................................12
3.1 Classificação da Pesquisa............................................................................................12
3.2 Forma de Coleta de Dados..........................................................................................12
3.3 Forma de Análise de Dados........................................................................................13
4. Cronograma............................................................................................................................14
5. Orçamento.............................................................................................................................15
6. Referências Bibliográficas...................................................................................................16
1. Introdução
Para Tanure e Cançado (2005), com início nos anos 1990, as fusões e aquisições
assumiram gradativa influência na economia mundial, e em particular na economia brasileira
devido ao processo de liberação econômica e consequente globalização. No ano de 1990 no
Brasil, segundo dados da KPMG (2019), 309 transações de fusão e aquisição foram
concretizadas, em 2010 o total de fusões e aquisições atingiu a marca de 726 operações,
representando um aumento de cerca de 164%. Ainda segundo dados da KPMG (2019), em
2018, ocorreram 967 transações de fusão e aquisição, alçando alta pelo segundo ano
consecutivo com números de transações inéditos.
De acordo com os dados da KPMG (2019), no acumulado das transações de fusão e
aquisição no Brasil, de 1999 a 2018, o setor de alimentos, bebidas e fumo representa o
segundo maior número de operações realizados com 874 transações. Como pode ser visto, as
estratégias de fusão e aquisição vêm sendo cada vez mais utilizadas por empresas do setor de
bebidas que buscam crescimento, e para compreender sua utilização como meio de
crescimento, é necessário entender as definições de fusão e aquisição.
Para Olave e Neto (2001), nos últimos dois decênios, as modificações ocorridas no
mundo passaram a ser percebidas com maior nitidez entre as empresas, consolidando uma
lógica que envolveria as transfigurações técnicas, organizacionais e econômicas. Segundo os
autores, essas mudanças interferiram consideravelmente na maneira de produzir, administrar e
distribuir tarefas, produtos e serviços, e simultaneamente, é exigida uma nova configuração de
organização, cujo sentido modifica os modelos conhecidos de competição.
Existem diversas referências que dissertam a respeito dos temas fusão e aquisição,
principalmente aquelas que se interessam em compreender estratégias que estabelecem algum
tipo de vantagem competitiva para as organizações, por isso tentou-se apresentar algumas
delas a fim de agrupar seus principais conceitos para uma assimilação clara e coesa. Ademais,
é importante recordar que essas transações são regulamentadas de acordo com a Lei das
Sociedades Anônimas, lei n°. 6.404/76, o que restringe a análise, tendo essa de ser respeitada
sobre todos os demais conceitos em caso de divergência dos mesmos.
Inúmeras são as formas de combinação estratégica entre as empresas que variam de
network relativamente informal até a aquisição, com desaparecimento completo de uma das
companhias (BARROS; 2003). Para Bonelli (2000), na origem destas aquisições estão
diversos fatores envolvidos como a globalização, o modelo de produção e finanças,
acontecimento esse incentivado pela extraordinária e crescente liquidez internacional
associada à criação e à rápida disseminação de novos instrumentos financeiros, destacando-se
a expansão do progresso técnico em procedimentos industriais e de serviços e as atuais
tecnologias de transmissão de informações. Em suma, em um cenário extremamente
competitivo as empresas estão em busca de benefícios competitivos que as sustentem no
mercado e lhes garanta maior lucratividade.
Apresentando sua análise sobre o tema, Barney e Hesterly (2007) dizem que quando
os ativos de duas organizações com dimensões similares são combinados, essa operação é
chamada fusão, no qual podem ser realizadas usando caixa ou ações para comprar uma
porcentagem dos ativos de outra companhia. Destacam inclusive que normalmente as fusões
não são amigáveis e que nesse processo, uma empresa adquire certa porcentagem dos ativos
de uma segunda empresa, ao mesmo tempo que esta compra simultaneamente certo percentual
dos ativos da primeira empresa.
Transações de fusão e aquisição, de acordo com Wright, Kroll e Parnell (2000), são
estratégias de crescimento em que uma empresa se associa com outra, e a nova organização é
referida como sucessora. Triches (1996) reafirma esse entendimento a respeito do objetivo
desejado no processo de fusão, declarando que as empresas ao se unirem, gerando uma nova,
buscam ampliar sua capacidade produtiva, comercial e seu prestígio sobre o mercado
consumidor, tornando-se desse modo mais competitivas. Segundo Rasmussen (1989), as
fusões e aquisições são meio importante para o reposicionamento de recursos e execução de
estratégias corporativas na economia mundial.
Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (1995), fusões e aquisições são relacionadas a
fatores como entrada e acesso de novos mercados, ganhos de escala, aumento da parcela de
mercado, geração de sinergias, aquisição de tecnologias e conhecimento. Wright, Kroll e
Parnell (2000) também externam sobre o assunto afirmando que as fusões ocorrem quando
duas ou mais organizações unem-se para compartilhar ou transferir recursos com a finalidade
de ganhar em competitividade.
Para Barros (2003), fusão é combinação de duas ou mais empresas que deixam de
existir diante da formação de uma terceira empresa totalmente nova que construirá uma
identidade organizacional inédita, sem predominância de nenhuma das empresas. O mesmo
autor define aquisição como desaparecimento legal de uma empresa que teve seu controle
acionário comprada por outra.
E
Embora, teoricamente as transações de fusões e aquisições tenham características
diferenciadas, na prática a quantidade de fusões efetivas é tão ínfima que se pode incorporar
os dois tipos de transações basicamente em aquisições (TANURE; CANÇADO, 2005). Os
autores ressaltam que mesmo que as transações de fusões ocorram por meio da combinação de
empresas que deixam de existir e formam uma terceira, com nova identidade, sem
predominância das organizações precedentes, efetivamente, o que acontece é que a
organização instituída fica sendo controlada por uma das extintas, aproximando-se das
transações de aquisições. Nesta mesma perspectiva, Harrison (2005) compara os conceitos de
fusões e aquisições quando afirma que uma das formas mais comuns de fusão são as
aquisições nas quais uma organização adquire o controle das ações de outra organização ou
diretamente de seus proprietários.
De acordo com Suen e Kimura (1997), existem diversos motivos para explicar a busca
das empresas por reestruturação societária, sendo eles agrupados em três contextos:
crescimento e diversificação, sinergia e aumento de capacidades.
Para Suen e Kimura (1997), a diversificação provoca uma diminuição de exposição ao
risco. Uma superior participação de mercado aumenta a eficiência da organização resultante
da expansão interna, e que várias uniões de empresas reduzem o risco do grupo e a
volatilidade das receitas. Na mesma perspectiva, Silva (2015) elucida que as concentrações de
empresas constituem o modo mais rápido em termos de crescimento, e, por conseguinte a
dimensão gera oportunidades de diminuição em nível dos custos unitários permitindo a
obtenção de resultados superiores e mais eficientes.
As economias de escala ocorrem quanto o custo total médio de produção reduz com o
aumento da quantidade total produzida, provocado pela ampliação da capacidade produtiva da
companhia (Mata, 2007). Mata (2007) acrescenta ainda que as economias de escala resultam
dos seguintes fatores: disseminação de custos de estrutura, adoção de tecnologias mais
eficientes, economias na distribuição e marketing e aumento da produtividade pela divisão e
especialização do trabalho.
A efetivação de F&A permite o acesso a recursos e competências importantes
pertencentes à outra empresa, de forma a se recrutar e manter o melhor quadro de pessoal e
proporcionar a troca de experiências e know-how (SILVA, 2015). As empresas envolvidas
num processo de F&A conseguem obter aquilo que a outra possui em termos de competência,
experiência, produto, marketing. E esta obtenção por algo que não se detêm é conseguida a
um custo mais reduzido do que cada empresa atuando isoladamente. Logo nesta perspectiva
proporcionada por Silva (2015), as empresas geram mais valor juntas do que separadamente.
Num processo de F&A, as empresas envolvidas passam a deter dimensão suficiente
para serem competitivos a nível global e capazes de enfrentar outras empresas com
capacidade financeira e experiência supranacional (SILVA, 2015). Ganhos financeiros são
possíveis de se obter através do uso de capacidade de endividamento e fundos excedentários
(ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 1995).
A apresentação dos conceitos de Fusões e Aquisições e as motivações que fomentam
a utilização dessa estratégia é de fundamental importância para analisar como esses processos
podem gerar vantagem competitiva.
De acordo com Minayo (2011), pesquisas de natureza qualitativa típica irão gerar uma
grande quantidade de dados que precisam ser organizados e compreendidos, portanto, é
necessário um processo contínuo. Nesse processo, tenta-se determinar dimensões, categorias,
tendências, padrões e relações, e revelar os significados deles. Para o autor, a análise de
conteúdo é a forma de representação mais comumente utilizada para o processamento de
dados de pesquisas qualitativas.
Segundo Gil (2002), para analisar os dados através da análise de conteúdo três fases
devem ser desenvolvidas. A primeira é a pré-análise, onde a escolha e organização dos
documentos deve ser efetuada e a formulação de hipóteses, seguida pela exploração do
material onde deve acontecer a codificação, classificação e categorização. Por fim deve
ocorrer o tratamento, compreensão e interpretação dos dados, correlacionando a base teórica
referencial e o conteúdo material analisado.
[3.] Cronograma
Tabela 1 - Cronograma
Cronograma
Atividades Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Escolha do Tema X
Revisão Bibliográfica X X X X X X X
Desenvolvimento do Projeto X X
Entrega do Projeto X
Estruturação do TCC X X
Redação do TCC X X
Apresentação do TCC X
[4.] Orçamento
Tabela 2 - Orçamento
Item Valor
Material de consumo R$ 50,00
Material bibliográfico R$ 150,00
Total R$ 200,00
3.[5.] Referências Bibliográficas
BARNEY, J.B.; HESTERLY, W.S. Administração Estratégica e Vantagem Competitiva. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007. Tradução de Marta Rosas.
BARROS, Betania T. de. Fusões e aquisições no Brasil: entendendo as razões dos sucessos e fracassos. São
Paulo: Atlas, 2003.
BONELLI, Regis. Fusões e Aquisições no Mercosul. Rio de Janeiro. Relatório de Pesquisas IPEA: 2000.
Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=3987 Acesso
em: 11 nov. 2019.
BRASIL. Lei das Sociedades Anônimas. Lei n°. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Brasília. 1976.
GIL, Antonio C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.
HARRISON, J.S. Administração Estratégica de Recursos e Relacionamentos. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Tradução de Luciana de Oliveira da Rocha.
KLOECKNER, G. O.Fusões e aquisições: motivos e evidência empírica. RAUSP Management Journal, v. 29,
n. 1, p. 42-58, 1994. Disponível em: http://www.spell.org.br/documentos/ver/18537/fusoes-e-aquisicoes--
motivos-e-evidencia-empirica/i/pt-br. Acesso em: 15 mar. 2021.
KLUYVER, Cornelis A. de; PEARCE II, John A.; Estratégia: uma visão executiva. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2007.
KPMG CORPORATE FINANCE. Fusões e Aquisições: 2018 – 4° Trimestre. Disponível em: <
https://assets.kpmg/content/dam/kpmg/br/pdf/2019/02/br-fus%C3%B5es-e-aquisi%C3%A7%C3%B5es-4-trim-
2018.pdf >. Acesso em: 23 abr. 2021.
MINTZBERG H., QUINN J. B. O processo da Estratégia. 3. Ed. Porto Alegre: Bookkman, 2001.
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro:
Campus, 1995.
OLAVE, Maria Elena León; AMATO NETO, João. Redes de cooperação produtiva: uma estratégia de
competitividade e sobrevivência para pequenas e médias empresas. Gest. Prod., São Carlos, v. 8, n. 3, p. 289-
318, dez. 2001 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X2001000300006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02 abr. 2021.
RASMUSSEN, U. W. Aquisições, fusões & incorporações empresariais: estratégias para comprar e vender
empresas no país e exterior. São Paulo: Aduaneiras, 1989.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate finance. São Paulo:
Atlas, 1995.
SANTOS, Antônio Raimundo dos. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 8. Ed. Rio de
Janeiro: Dp&a Editora, 2016.
SILVA, E. S. Fusões e Aquisições: Abordagem Contabilística, Financeira e Fiscal. Porto: Vida Económica -
Editorial AS, 2015.
SUEN, A, S.; KIMURA, H. Fusão e aquisição como estratégia de entrada no mercado brasileiro. Caderno de
Pesquisas em Administração, v.2, n°. 5, 2° Sem./97.
TANURE, Betania; CANCADO, Vera L. Fusões e aquisições: aprendendo com a experiência brasileira. Rev.
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902005000200002&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 05 mar. 2021.
TRICHES, D. Fusões, aquisições e outras formas de associação entre empresas no Brasil. RAUSP Management
Journal, v. 31, n. 1, p. 14-31, 1996. Disponível em: http://www.spell.org.br/documentos/ver/18462/fusoes--
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VASCONCELOS, Flávio Carvalho de; BRITO, Luiz Artur Ledur. Vantagem competitiva: o construto e a
métrica. Rev. adm. empres., São Paulo, v. 44, n. 2, p. 51-63, jun. 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902004000200006&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 05 abr. 2021.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 2. ed. São Paulo: Atlas,
1998.
WRIGHT, P.L.; KROLL, M.J.; PARNELL. J. Administração Estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas,
2000. Tradução de Celso A. Rimoli, Lenita R. Esteves.