Apostila 1 - Prof. Danilo - Inst. Água Fria

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APOSTILA 1 – SEMESTRE 2024/1

PROF. MSc. DANILO GONÇALVES BATISTA

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA


FRIA

FACULDADE DE PIRACANJUBA
Os textos que seguem foram elaborados
com o intuito de auxiliar os alunos do curso
de engenharia civil da Faculdade de
Piracanjuba nos estudos da disciplina
Instalações Prediais Hidráulicas e
ministrada pelo prof. MSc. Danilo G.
Batista.

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1. DEFINIÇÕES NORMATIVAS (EXTRAÍDAS DA ABNT NBR
5626)
A seguir, são transcritas as definições adotadas pela Norma ABNT NBR 5626 – Instalação Predial de
Água Fria (norma publicada em 1998 e confirmada em 06.10.2017).
1.1 água fria: Água à temperatura dada pelas condições do ambiente.
1.2 água potável: Água que atende ao padrão de potabilidade determinado pela Portaria nº 36 do
Ministério da Saúde.
1.3 alimentador predial: Tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de uso
doméstico.
1.4 aparelho sanitário: Componente destinado ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e
sólidos (na maioria das vezes pertence à instalação predial de esgoto sanitário). Incluem-se nessa
definição aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, e, também, lavadoras de roupa,
lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem, etc.
1.5 barrilete: Tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição,
quando o tipo de abastecimento é indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado
como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada à fonte de abastecimento
particular.
1.6 camisa: Disposição construtiva na parede ou piso de um edifício, destinada a proteger e/ou permitir
livre movimentação à tubulação que passa no seu interior.
1.7 cobertura: Qualquer tipo de recobrimento feito através de material rígido sobre um duto, um sulco ou
um ponto de acesso, de resistência suficiente para suportar os esforços superficiais verificados na sua
posição. Quando referida a reservatório domiciliar, define o fechamento superior horizontal do
reservatório.
1.8 coluna de distribuição: Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.
1.9 componente: Qualquer produto que compõe a instalação predial de água fria e que cumpre
individualmente função restrita. Exemplos: tubos, conexões, válvulas, reservatórios, etc.
1.10 concessionária: Termo empregado para designar genericamente a entidade responsável pelo
abastecimento público de água. Na maioria dos casos esta entidade atua sob concessão da autoridade
pública municipal. Em outros casos, a atuação se dá diretamente por esta mesma autoridade ou por
autarquia a ela ligada.
1.11 conexão cruzada: Qualquer ligação física através de peça, dispositivo ou outro arranjo que conecte
duas tubulações das quais uma conduz água potável e a outra água de qualidade desconhecida ou não
potável.
NOTA - Através dessa ligação a água pode escoar de uma para outra tubulação, sendo o sentido de
escoamento dependente do diferencial de pressão entre as duas tubulações. A definição também se aplica
à ligação física que se estabelece entre a água contida em uma tubulação da instalação predial de água fria
e a água servida contida em um aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente que esteja sendo utilizado.
1.12 construtor: Agente interveniente no processo de construção de um edifício, responsável pelo
produto em que o mesmo se constitui e, conseqüentemente, pela instalação predial de água fria,
respondendo, perante o usuário, pela qualidade da instalação predial de água fria.
1.13 diâmetro nominal (DN): Número que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e que
corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto.
1.14 dispositivo de prevenção ao refluxo: Componente, ou disposição construtiva, destinado a impedir o
refluxo de água em uma instalação predial de água fria, ou desta para a fonte de abastecimento.
1.15 duto: Espaço fechado projetado para acomodar tubulações de água e componentes em geral,
construído de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu comprimento como
em pontos específicos, através da remoção de uma ou mais coberturas, sem ocasionar a destruição delas a

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não ser no caso de coberturas de baixo custo. Inclui também o shaft que usualmente é entendido como um
duto vertical.
1.16 fonte de abastecimento: Sistema destinado a fornecer água para a instalação predial de água fria.
Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água. No
caso da rede pública, considera-se que a fonte de abastecimento é a extremidade a jusante do ramal
predial.
1.17 galeria de serviços: Espaço fechado, semelhante a um duto, mas de dimensões tais que permitam o
acesso de pessoas ao seu interior através de portas ou aberturas de visita. Nele são instalados tubulações,
componentes em geral e outros tipos de instalações.
1.18 instalação elevatória: Sistema destinado a elevar a pressão da água em uma instalação predial de
água fria, quando a pressão disponível na fonte de abastecimento for insuficiente, para abastecimento do
tipo direto, ou para suprimento do reservatório elevado no caso de abastecimento do tipo indireto. Inclui
também o caso onde um equipamento é usado para elevar a pressão em pontos de utilização localizados.
1.19 instalação predial de água fria: Sistema composto por tubos, reservatórios, peças de utilização,
equipamentos e outros componentes, destinado a conduzir água fria da fonte de abastecimento aos pontos
de utilização.
1.20 instalador: Agente interveniente no processo de construção de uma instalação predial de água fria,
responsável perante o construtor pela qualidade da sua execução.
1.21 junta: Resultado da união de dois componentes através de um determinado processo, envolvendo ou
não materiais complementares.
1.22 ligação hidráulica: Arranjo pelo qual se conecta a tubulação ao reservatório domiciliar.
1.23 metal sanitário: Expressão usualmente empregada para designar peças de utilização e outros
componentes utilizados em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do gênero,
fabricados em liga de cobre l. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, misturadores, válvulas
de descarga, chuveiros e duchas, bicas de banheira.
1.24 nível de transbordamento: Nível do plano horizontal que passa pela borda do reservatório,
aparelho sanitário ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, o nível é
aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.
1.25 padrão de potabilidade: Conjunto de valores máximos permissíveis das características de qualidade
da água destinada ao consumo humano, conforme determina a Portaria nº 36 do Ministério da Saúde.
1.26 peça de utilização: Componente na posição a jusante do sub-ramal que, através de sua operação
(abrir e fechar), permite a utilização da água e, em certos casos, permite também o ajuste da sua vazão.
1.27 plástico sanitário: Expressão usualmente empregada para designar peças de utilização e outros
componentes utilizados em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do gênero,
fabricados em material plástico. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, válvulas de descarga,
chuveiros e duchas.
1.28 ponto de suprimento: Extremidade a jusante de tubulação diretamente ligada à fonte de
abastecimento que alimenta um reservatório de água para uso doméstico.
1.29 ponto de utilização (da água): Extremidade a jusante do sub-ramal a partir de onde a água fria
passa a ser considerada água servida. Qualquer parte da instalação predial de água fria, a montante desta
extremidade, deve preservar as características da água para o uso a que se destina.
1.30 projetista: Agente interveniente no processo de construção de uma instalação predial de água fria,
responsável perante o construtor pela qualidade do projeto.
1.31 ramal: Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
1.32 ramal predial: Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a
extremidade a montante do alimentador predial ou de rede predial de distribuição. O ponto onde termina o
ramal predial deve ser definido pela concessionária.

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1.33 rede predial de distribuição: Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de
distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos pontos de
utilização.
1.34 refluxo de água: Escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, proveniente de qualquer
outra fonte, que não a fonte de abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir
água desta fonte. Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo como, por
exemplo, aquele que se estabelece através do mecanismo de vasos comunicantes.
1.35 registro de fechamento: Componente instalado na tubulação e destinado a interromper a passagem
da água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente, empregam-se registros de
gaveta ou registros de esfera. Em ambos os casos, o registro deve apresentar seção de passagem da água
com área igual à da seção interna da tubulação onde está instalado.
1.36 registro de utilização: Componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão da água
utilizada. Geralmente empregam-se registros de pressão ou válvula-globo em sub-ramais.
1.37 retrossifonagem: Refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de
qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à
atmosférica.
1.38 separação atmosférica: Separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o ponto de utilização
ou ponto de suprimento e o nível de transbordamento do reservatório, aparelho sanitário ou outro
componente associado ao ponto de utilização.
1.39 sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.
1.40 sulco: Cavidade destinada a acomodar tubulações de água, aberta ou pré-moldada, de modo a não
afetar a resistência da parte do edifício onde é executada e onde o acesso só pode se dar pela destruição da
cobertura ou das coberturas.
1.41 tipo de abastecimento: Forma como o abastecimento do ponto de utilização é efetuado. Pode ser
tanto direto, quando a água provém diretamente da fonte de abastecimento, como indireto, quando a água
provém de um reservatório existente no edifício.
1.42 tubulação: Conjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexões, válvulas e
registros, destinado a conduzir água fria.
1.43 tubulação aparente: Tubulação disposta externamente a uma parede, piso, teto ou qualquer outro
elemento construtivo. Permite total acesso para manutenção. Pode estar instalada em galerias de serviço.
1.44 tubulação de aviso: Tubulação destinada a alertar os usuários que o nível da água no interior do
reservatório alcançou um nível superior ao máximo previsto. Deve ser dirigida para desaguar em local
habitualmente observável.
1.45 tubulação de extravasão: Tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de reservatórios
onde foi superado o nível de transbordamento.
1.46 tubulação de limpeza: Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório, para permitir sua
limpeza e manutenção.
1.47 tubulação embutida: Tubulação disposta internamente a uma parede ou piso, geralmente em um
sulco, podendo também estar envelopada. Não permite acesso sem a destruição da cobertura.
1.48 tubulação recoberta: Tubulação disposta em espaço projetado para tal fim. Permite o acesso
mediante simples remoção da cobertura, somente implicando destruição da mesma em casos de cobertura
de baixo custo.
1.49 uso doméstico da água: Uso da água para atender às necessidades humanas, ocorrentes em edifício
do tipo residencial; entre elas incluem-se aquelas atendidas por atividades como: preparação de alimentos,
higiene pessoal, cuidados com roupas e objetos domésticos, cuidados com a casa, lazer e passatempo e
outros como combate ao fogo e manutenção de instalações prediais.
1.50 usuário: Pessoa física ou jurídica que efetivamente usa a instalação predial de água fria, ou que
responde

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pelo uso que outros fazem dela, respondendo pelo correto uso da instalação e por sua manutenção,
podendo delegar esta atividade a outra pessoa física ou jurídica. Recorre ao construtor nos casos em que
há problema na qualidade da instalação predial de água fria.
1.51 vazão de projeto: Valor de vazão, adotado para efeito de projeto, no ponto de utilização ou no ponto
de suprimento. No caso de ponto de utilização, corresponde à consolidação de um valor historicamente
aceito, referente ao maior valor de vazão esperado para o ponto.

2. DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA


Dimensionamento é o ato de determinar dimensões e grandezas. As instalações de água fria devem
ser projetadas e construídas de modo a:

• Garantir o fornecimento de água de forma continua, em quantidade suficiente, compressões e


velocidades adequadas para o sistema de tubulações e peças de utilização (chuveiro, torneiras,
etc) funcionem perfeitamente;
• Preservar rigorosamente a qualidade da água do sistema de abastecimento;
• Garantir o máximo de conforto aos usuários, incluindo a redução dos níveis de ruído nas
tubulações.

O dimensionamento das instalações prediais de água fria envolve basicamente duas etapas:

• Dimensionamento dos reservatórios


• Dimensionamento das tubulações

É apresentada na sequencia exemplos práticos sobre como dimensionar os reservatórios e as


tubulações para condução de água fria.

2.1 Norma Técnica de Projeto


A Norma que fixa as exigências à maneira e os critérios para projetar as instalações prediais de água
fria, atendendo às condições técnicas mínimas de higiene, economia, segurança e conforto aos
usuários, é a NBR 5626 – Instalação Predial de Água Fria.

3.1 Dimensionamento dos Reservatórios


3.1.1 Vazões no abastecimento de reservatório

Nos pontos de suprimento de reservatórios, a vazão de projeto pode ser determinada dividindo-se a
capacidade do reservatório pelo tempo de enchimento. No caso de edifícios com pequenos
reservatórios individualizados, como é o caso de residências unifamiliares, o tempo de enchimento
deve ser menor do que 1 h. No caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser de até
6 h, dependendo do tipo de edifício.
Obs. As tubulações devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da água, em qualquer trecho de
tubulação, não atinja valores superiores a 3 m/s.

4.1.1 Reservatórios Inferior e Superior

De acordo com a Norma NBR 5626, existe uma maneira para definir o tamanho certo dos
reservatórios Inferior e Superior.

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A reservação de um edifício deve prever um volume armazenado para suprimento da demanda
estimada compreendida entre 1 (um) a 3 (três) dias de consumo, por precaução para eventuais faltas
de abastecimento público de água, sendo que o reservatório inferior deve armazenar 60% do volume
e o superior 40% do total de consumo para esse período. No caso de prédios, ainda deve ser
acrescentar o valor correspondente a Reserva Técnica de incêndio, conforme estabelecido na NT 22
do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás.

Por exemplo: Vamos supor um prédio com reservatório superior de 10.000 litros, cuja classificação
da área de risco o enquadre com uma RT de 5 m³. Neste caso teríamos um reservatório superior de
15.000 litros.

Vamos acompanhar um exemplo para entender melhor esses cálculos. Qual a capacidade da caixa
d’água de uma residência que irá atender 6 pessoas?

De acordo com a tabela de estimativa de consumo predial diário, uma pessoa consome em média 150
litros de água por dia. Este dado pode ser obtido através da Tabela 1.

Tabela 1 - Estimativa de consumo predial diário


Tipo de construção Consumo médio (litros/dia)
Alojamentos provisórios 80 por pessoa
Casas populares ou rurais 120 por pessoa
Residências 150 por pessoa
Apartamentos 200 por pessoa
Hotéis (s/cozinha e s/ lavanderia) 120 por hóspede
Escolas - internatos 150 por pessoa
Escolas - semi internatos 100 por pessoa
Escolas - externatos 50 por pessoa
Quartéis 150 por pessoa
Edifícios públicos ou comerciais 50 por pessoa
Escritórios 50 por pessoa
Cinemas e teatros 2 por lugar
Templos 2 por lugar
Restaurantes e similares 25 por refeição
Garagens 50 por automóvel
Lavanderias 30 por kg de roupa seca
Mercados 5 por m² de área
Matadouros - animais de grande porte 300 por cabeça abatida
Matadouros - animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida
Postos de serviço p/ automóveis 150 por veículo
Cavalariças 100 por cavalo
Jardins 1,5 por m²
Orfanato, asilo, berçário 150 por pessoa
Ambulatório 25 por pessoa
Creche 50 por pessoa
Oficina de costura 50 por pessoa
Quando não se sabe quantas pessoas vão morar na casa, devemos utilizar os dados da Tabela 2.

Tabela 2 - Número de pessoas por ambiente


Ambiente Número de pessoas
Dormitório 2 pessoas
Dormitório de empregado (a) 1 pessoa

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Assim, a capacidade da caixa d’água de uma residência que irá atender 6 pessoas é obtido pela
multiplicação a seguir:

6 pessoas vezes 150 litros/dia = 900 litros/dia de consumo de água na casa.

Lembrando que o reservatório deverá atender a casa por três dias, esse valor deverá ser multiplicado
por 3. Ou seja:

900 x 3 = 2700 litros para 3 dias de consumo para 6 moradores da casa.

Observação: Para unidades habitacionais de baixo custo, recomenda-se o uso do bom senso nos
casos onde a capacidade calculada da caixa ultrapassar as condições financeiras do consumidor e
as condições técnicas da obra (estrutura, por exemplo), que devera resistir ao peso da caixa.
Lembre-se que 1000 litros = 1000 kg. Na situação do exemplo, como o calculo foi feito para três
dias e em eventuais faltas de abastecimento de água o consumidor já tem por hábito economizar
água, pode se decidir pelo uso de uma caixa de menor capacidade, que atenda o consumo de pelo
menos 1 dia, que neste exemplo é de 900 litros. Um reservatório de 1000 litros seria o suficiente.

Outra observação é que a NBR 5626 recomenda que no caso de residência de pequeno tamanho, que
a reserva mínima seja de 500L.

Com base no valor calculado de 2.700 litros, vamos dimensionar as capacidades dos reservatórios
inferior e superior.

Reservatório Inferior:

Para calcular o tamanho do reservatório inferior, devemos achar o valor correspondente a 3/5 (ou
60%) de 2.700 da seguinte forma:

3/5 x 2.700 = 1.620 litros

Reservatório Superior:

Para a caixa d’água superior, o valor que devemos encontrar é de 2/5 (ou 40%) do consumo, ou seja,
2/5 de 2.700:

2/5 x 2.700 = 1.080 litros

4.1 Dimensionamento das tubulações


Pressões mínimas e máximas de dimensionamento
Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização deve ser
estabelecida de modo a garantir a vazão de projeto indicada na Tabela 1 da ABNT NBR 5626 e o
bom funcionamento da peça de utilização e de aparelho sanitário. Em qualquer caso, a pressão não
deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser
menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia
sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa.
Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições dinâmicas (com
escoamento) não deve ser inferior a 5 kPa.
Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da rede
predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa.

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A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no
dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem o valor
de 200 kPa.

Vazões nos pontos de utilização


A instalação predial de água fria deve ser dimensionada de modo que a vazão de projeto estabelecida
na Tabela 1 da NBR 5626 seja disponível no respectivo ponto de utilização, se apenas tal ponto
estiver em uso.
A rede predial de distribuição deve ser dimensionada de tal forma que, no uso simultâneo provável de
dois ou mais pontos de utilização, a vazão de projeto, estabelecida na tabela 1, seja plenamente
disponível. No caso de funcionamento simultâneo não previsto pelo cálculo de dimensionamento da
tubulação, a redução temporária da vazão, em qualquer um dos pontos de utilização, não deve
comprometer significativamente a satisfação do usuário. Especial atenção deve ser dada na redução
da vazão em pontos de utilização de água quente provocada por vazão simultânea acentuada em
ramal de água fria do mesmo sistema, afetando a temperatura a água na peça de utilização de água
quente ou de mistura de água quente com água fria. Para tanto, recomenda-se projetar e executar
sistemas independentes de distribuição para instalações prediais que utilizam componentes de alta
vazão, como, por exemplo, a válvula de descarga para bacia sanitária.

Cálculo do diâmetro das tubulações


A) método do Consumo Máximo Possível

As primeiras informações necessárias para o correto dimensionamento das tubulações de água fria
são, a saber:

• O número de peças de utilização que a tubulação irá atender;


• A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar perfeitamente.

Esta quantidade de água está relacionada com um número chamado de “peso das peças de
utilização”. Esses pesos por sua vez, tem relação direta com os diâmetros mínimos necessários para o
funcionamento das peças. Portanto, para que possamos determinar os diâmetros dos barriletes,
colunas, ramais e sub-ramais, devemos utilizar os valores expressos na Tabela 3 extraída na norma
ABNT NBR 5626.
Tabela 3 - Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho sanitário e da peça de
utilização

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Obs. O peso relativo é um número adimensional.
Para ilustrar melhor o método de cálculo do consumo máximo possível, resolveremos o exemplo que
segue: Determinar os diâmetros das tubulações da instalação da Figura 1, que ilustra uma instalação
hidráulica básica de uma residência unifamiliar. No exemplo indicado, tem-se a divisão desse sistema
em vários trechos, identificados por meio de letras, como segue: AB, BC, DE, EF EFG.

Resolução: O cálculo deve ser iniciado partindo do reservatório, ou seja, trechos AB e DE. Vamos
iniciar calculando o trecho AB e os ramais que o mesmo atende.

Figura 1 - Instalação hidráulica básica de uma residência unifamiliar.

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- Cálculo do Trecho AB

A vazão que passa por esse trecho é correspondente à soma dos pesos de todas as peças alimentadas
por esta tubulação; portanto, a vazão de água que passa pelo trecho AB (1° barrilete), corresponde ao
peso da válvula de descarga que atende o vaso sanitário. Olhando na Tabela 3, encontra-se o peso
relativo de 32.

Com esse valor, vamos procurar no ábaco luneta (extraído da TIGRE CONEXÕES) qual o diâmetro
indicado para o trecho AB, que neste caso corresponde a 40 mm para tubulação soldável ou 1. ¼”
para tubulação roscável.

- Cálculo do Trecho BC

A vazão de água que passa pelo trecho BC (coluna) é igual ao trecho AB, pois serve ao mesmo
aparelho: A válvula de descarga. Sendo assim, o trecho BC terá o mesmo valor de peso relativo que o
trecho AB, ou seja, Peso = 32.

Também nesse caso, verificando no ábaco luneta, concluímos que a tubulação em questão
corresponde a 40 mm para tubulação soldável ou 1. ¼” para tubulação roscável. Na prática, deve-se
observar que o diâmetro das válvulas de descarga nem sempre acompanham os diâmetros dos tubos,
a Tigre e a Amanco, por exemplo, disponibilizam adaptadores soldáveis curtos para transição.
Normalmente em residências são utilizadas válvulas de descargas de 1.1/2”. Dessa forma o tubo
soldável 40 mm do exemplo acima pode ser interligado na válvula através de um Adaptador Soldável

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Curto com Bolsa e Rosca para Registro de 40 mm x 1.1/2”, ou pode-se adotar o diâmetro de 50 mm
nas tubulações, dispensando o uso do Adaptador.

- Cálculo do Trecho DE

Para calcular o diâmetro necessário para a tubulação do trecho DE, ou seja, o ramal que abastecerá a
ducha higiênica, o lavatório, o chuveiro elétrico, a pia da cozinha (com torneira elétrica), tanque e a
torneira de jardim. Deve-se primeiramente somar os pesos dessas peças de utilização, obtidos através
da Tabela 3, como segue:

• Ducha higiênica = 0,4


• Torneira de lavatório = 0,3
• Chuveiro elétrico = 0,1
• Pia (torneira elétrica) = 0,1
• Tanque = 0,7
• Torneira de jardim = 0,4
• Somando todos os pesos, chega-se ao total de 2,0.

Com este valor, procura-se no ábaco luneta qual o diâmetro indicado para esse trecho de tubo.

O número 2 está entre 1,1 e 3,5. Portanto os diâmetros correspondentes são: 25 mm para tubulação
soldável ou ¾” para tubulação roscável.

- Cálculo dos Trechos EF e FG

A vazão de água que passa pelos trechos EF (coluna) e FG (ramal), é igual a soma dos pesos dos
aparelhos atendidos pelo trecho DE, ou seja, Trecho EF = Trecho FG = Trecho DE. Logo, pode-se
utilizar o mesmo raciocínio utilizado para o cálculo do trecho DE, onde a soma dos pesos é igual a
2,0 e o diâmetro correspondente é de 25 mm para tubulação soldável ou ¾” para tubulação roscável.

- Cálculo dos Sub-ramais

Os sub-ramais são os trechos de tubulação compreendidos entre o ramal é a peça de utilização. Para o
cálculo destes, analisa-se individualmente o peso de cada peça de utilização, verificando em seguida
qual será o diâmetro para cada uma no ábaco luneta:
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• Ducha higiênica = 0,4
• Torneira de lavatório = 0.3
• Chuveiro elétrico = 0,1
• Pia(torneira elétrica) = 0,1
• Torneira de jardim = 0,4

Nota-se que todos estão compreendidos no trecho entre 0 e 1,1 no ábaco luneta. Concluímos então
que para esses sub ramais, o diâmetro das tubulações deve ser 20 mm ( para tubulação soldável) ou
1/2” (para tubulação roscável).

Observações: Para situações de pequenas instalações, como a apresentada, pode ocorrer de o


diâmetro dos sub-ramais resultar em diâmetro menor que o do ramal. Nestes casos, pode-se tornar
antieconômico utilizar 3 diâmetros diferentes, devido às sobras que normalmente ocorrem em
virtude da variedade de diâmetros e também devido a necessidade, nestes casos, de adquirir um
maior número de conexões(reduções).

B) método do Consumo Máximo Provável – Extraído do Anexo da NBR 5626


O método do Consumo máximo provável baseia-se na estimativa da demanda provável. Este método
é normalmente utilizado em construções verticais. Neste método, deve-se prever quais peças de
utilização que compõem o ramal que está sendo dimensionado serão utilizadas simultaneamente,
somar seus pesos e verificar qual o diâmetro correspondente por meio de ábaco.
O método do consumo máximo provável é descrito na norma ABNT NBR 5626. Este procedimento é
detalhado na sequência.

Estimativa das vazões


Por razões de economia, é usual estabelecer como provável uma demanda simultânea de água menor
do que a máxima possível. Essa demanda simultânea pode ser estimada tanto pela aplicação da teoria
das probabilidades, como a partir da experiência acumulada na observação de instalações similares.
O método de pesos relativos usado nesta apostila se enquadra no segundo caso.

Unidades de carga (pesos relativos)


Os pesos relativos são estabelecidos empiricamente em função da vazão de projeto (ver Tabela 3). A
quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada pela tubulação, que está sendo
dimensionada, é multiplicada pelos correspondentes pesos relativos e a soma dos valores obtidos nas
multiplicações de todos os tipos de peças de utilização constitui a somatória total dos pesos (ΣP).
Usando a equação apresentada a seguir, esse somatório é convertido na demanda simultânea total do
grupo de peças de utilização considerado, que é expressa como uma estimativa da vazão a ser usada
no dimensionamento da tubulação. Esse método é válido para instalações destinadas ao uso normal
da água e dotadas de aparelhos sanitários e peças de utilização usuais; não se aplica quando o uso é
intensivo (como é o caso de cinemas, escolas, quartéis, estádios e outros), onde se torna necessário
estabelecer, para cada caso particular, o padrão de uso e os valores máximos de demanda.

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Cálculo da perda de carga
A perda de carga ao longo de um tubo depende do seu comprimento e diâmetro interno, da
rugosidade da sua superfície interna e da vazão. Para calcular o valor da perda de carga nos tubos,
recomenda-se utilizar a equação universal, obtendo-se os valores das rugosidades junto aos
fabricantes dos tubos. Na falta dessa informação, podem ser utilizadas as expressões de Fair-
Whipple-Hsiao indicadas a seguir.

A perda de carga nas conexões que ligam os tubos, formando as tubulações, deve ser expressa em
termos de comprimentos equivalentes desses tubos. As tabelas 4 e 5 apresentam esses comprimentos
para os casos de Equivalência com tubos rugosos e tubos lisos, respectivamente. Quando for
impraticável prever os tipos e números de conexões a serem utilizadas, um procedimento alternativo
consiste em estimar uma porcentagem do comprimento real da tubulação como o comprimento
equivalente necessário para cobrir as perdas de carga em todas as conexões; essa porcentagem pode
variar de 10% a 40% do comprimento real, dependendo da complexidade de desenho da tubulação,
sendo que o valor efetivamente usado depende muito da experiência do projetista.
Para os cálculos aqui desenvolvidos, empregar a fórmula de Hazen Wiliams proposta pela NBR
13714.

Tabela 4 - Perda de carga em conexões - Comprimento equivalente para tubo rugoso (tubo de aço-carbono,
galvanizado ou não)

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Tabela 5 - Perda de carga em conexões - Comprimento equivalente para tubo liso (tubo de plástico, cobre ou
liga de cobre)

Para o cálculo da perda de carga em hidrômetros, pode ser estimada empregando-se a seguinte
equação:

Onde:

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Verificação da pressão disponível
A pressão disponível inicial é usualmente considerada a partir da saída do reservatório. Cada trecho
de tubulação da rede predial de distribuição deve ser dimensionado na base de tentativa e erro,
começando pelo primeiro trecho junto ao reservatório.
A pressão disponível residual no ponto de utilização é obtida subtraindo-se da pressão inicial os
valores de perda de carga determinados para os tubos, conexões, registros e outras singularidades. Se
a pressão residual for negativa ou menor que a pressão requerida para o ponto, ou ainda se tubos de
diâmetros impraticáveis forem determinados, os diâmetros dos tubos dos trechos antecedentes devem
ser majorados e a rotina de cálculo repetida.
No caso específico de sistema de abastecimento direto, a pressão disponível inicial depende das
características da fonte de abastecimento. No caso de rede pública, a pressão mínima no momento de
demanda máxima deve ser obtida junto à concessionária, geralmente expressa na AVTO (Atestado de
Viabilidade Técnica e Operacional para água e/ou esgoto sanitário). Se houver alguma dúvida sobre
esse valor ser mantido no futuro, deve-se aplicar algum tipo de coeficiente de segurança. Uma vez
estabelecida a pressão mínima, o método de dimensionamento das tubulações é idêntico àquele usado
quando o sistema é do tipo de abastecimento indireto.

Dimensionamento das tubulações


Os princípios que embasam o dimensionamento da rede predial de distribuição são os mesmos, quer
o tipo de abastecimento seja direto ou indireto. Fórmulas exponenciais, válidas para tubos novos,
estão arranjadas de modo a relacionar diâmetro de tubo e vazão (consequentemente, também
velocidade máxima) com perda de carga. A perda de carga adicional, devida à redução da seção de
escoamento da tubulação por envelhecimento desta, pode ser desprezada, no caso de tubo
transportando água potável em um edifício.
Esquemas, isométricos ou não, ou projeções da rede predial de distribuição, devem ser preparados.
Esses desenhos devem ser feitos em escala, com vistas a facilitar a determinação de cotas e de
comprimentos de tubos.
Utilizando números ou letras, identificar cada nó (derivação de tubos) e cada ponto de utilização (ou
outra extremidade qualquer) da rede, em sequência crescente de montante para jusante. Os trechos de
tubulação a serem dimensionados devem ser identificados, então, por um número ou uma letra
correspondente à entrada do trecho (montante) e por outro número ou outra letra correspondente à
saída do trecho (jusante).
Os cálculos necessários devem ser feitos através de uma planilha (ver modelo na figura A.1). Os
seguintes dados e operações devem ser considerados na execução da planilha:

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a) trecho: identificação do trecho de tubulação a ser dimensionado, apresentando à esquerda o
número ou letra correspondente à sua entrada e à direita o número ou letra correspondente à sua saída
(ver coluna 1);
b) soma dos pesos: valor referente à somatória dos pesos relativos de todas as peças de utilização
alimentadas pelo trecho considerado (ver coluna 2);
c) vazão estimada, em litros por segundo: valor da vazão total demandada simultaneamente, obtida
pela equação apresentada em A.1.2 (ver coluna 3);
d) diâmetro, em milímetros: valor do diâmetro interno da tubulação (ver coluna 4);
e) velocidade, em metros por segundo: valor da velocidade da água no interior da tubulação (ver
coluna 5);
f) perda de carga unitária, em quilopascal por metro: valor da perda de carga por unidade de
comprimento da tubulação, obtida pela formula de Hazen Wiliams ou pelas equações apresentadas
em A.2.1 da NBR 5626, conforme o tipo de tubo empregado (ver coluna 6);
g) diferença de cota (desce + ou sobe -), em metros: valor da distância vertical entre a cota de entrada
e a cota de saída do trecho considerado, sendo positiva se a diferença ocorrer no sentido da descida e
negativa se ocorrer no sentido da subida (ver coluna 7);
h) pressão disponível, em quilopascals: pressão disponível na saída do trecho considerado, depois de
considerada a diferença de cota positiva ou negativa (ver coluna 8);
i) comprimento real da tubulação, em metros: valor relativo ao comprimento efetivo do trecho
considerado (ver coluna 9);
j) comprimento equivalente da tubulação, em metros: valor relativo ao comprimento real mais os
comprimentos equivalentes das conexões (ver coluna 10);
k) perda de carga na tubulação, em quilopascals: valor calculado para perda de carga na tubulação no
trecho considerado (ver coluna 11);
l) perda de carga nos registros e outros componentes, em quilopascals: valor relativo da perda de
carga provocada por registros, válvulas e outras singularidades ocorrentes no trecho considerado,
obtida conforme
A.2.3 e A.2.4 para registros e hidrômetros (ver coluna 12);
m) perda de carga total, em quilopascals: soma das perdas de carga verificadas na tubulação e nos
registros e outros (ver coluna 13);
n) pressão disponível residual, em quilopascals: pressão residual, disponível na saída do trecho
considerado, depois de descontadas as perdas de carga verificadas no mesmo trecho (ver coluna 14);
o) pressão requerida no ponto de utilização, em quilopascals: valor da pressão mínima necessária
para alimentação da peça de utilização prevista para ser instalada na saída do trecho considerado,
quando for o caso (ver coluna 15 da Tabela 4).
Para o preenchimento da planilha apresentada na Tabela 3 sugere-se a rotina descrita na Tabela A.5
extraída da Norma ABNT NBR 5626, conforme ilustrada abaixo.

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Tabela 4 – modelo de planilha para cálculo das pressões nos trechos de dimensionamento das instalações de água fria.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Pressão
Diferença Pressão
Comprimento da requerida
Soma Veloci- Perda de de cota: Pressão Perda de carga disponível
Vazão Diâmetro tubulação do ponto de
Trecho dos dade Carga desce + disponível residual
Estimada (m) utilização
pesos (m/s) (kPa/m) Sobe - (kPa)
Equivalente Tubulação Conexões Total
(m) Real (m) KPa
(m) KPa KPa KPa KPa

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