Artigo Ressurreição
Artigo Ressurreição
Artigo Ressurreição
INTRODUÇÃO
Ao longo da história, céticos têm feito esforços para negar a ressurreição física
de Jesus. “Aos ouvidos modernos – sintonizados com a frequência do materialismo
ateísta – a afirmação de que Jesus ressuscitou dos mortos soa ridículo” 10 . Sem dúvida
a ressureição física de Jesus “é enfaticamente uma questão-tese da qual depende a
genuinidade ou a falsidade da religião cristã. Ela é o maior milagre ou o maior engano
registrado pela história”11.
A mensagem apostólica da ressurreição provocou escárnio por parte de uns (At
17:32), agressividade, e rejeição por parte de outros (At 4:2). Isso não mudou nos dias
atuais. Há, ainda, um grupo considerável que não acreditam. Tal perspectiva lhes
parece irracional, não palpável, não testificáveis, portanto, irreal. Como desdobramento
desse ceticismo, surgiram diversas teorias para tentar explicar a história da
ressurreição; quero destacar apenas três das mais comuns.
A Teoria do Desmaio. Acredita que, o choque gerado pela dor e perda de
sangue fez Jesus desmaiar de exaustão. Dessa forma, ao ser colocado no túmulo, Ele
ainda estava vivo. E, após várias horas, retornou à consciência. Existem algumas
razões que demostram que esta teoria é insustentável. Primeiro, Os envolvidos na
crucificação de Jesus – guardas romanos (Mt 27:62-66), Pilatos (Mc 15:42-45), e o
Sinédrio (Jo 19:31-37) - estavam todos satisfeitos e convencidos da sua morte.
Segundo, poderia alguém que passou pelas agonias, espancamentos e a crucificação
ter removido a pedra do túmulo? Lutado com os guardas do túmulo? e caminhado onze
quilômetros na estrada de Emaús? Terceiro, nas aparições de Cristo pós-crucificação,
seu corpo mostrava-se em um estado glorioso e vívido. Três dias não seriam o
suficiente para recuperar o seu estado físico.
Teoria da remoção ilegal do corpo. Alega que, os discípulos removeram o
corpo de jesus, e mentiram acerca da ressurreição. A presença dos soldados romanos,
o selo sobre a pedra que fechava o túmulo, tornou inviável a probabilidade de que
discípulos tímidos, assustados, e dispersos, roubassem o corpo. Além do mais, Jesus
ressurreto foi visto por mais de 500 testemunhas oculares (1Co 15:6), que viveram
numa época em que qualquer tentativa de enganar poderia ter sido facilmente
descoberta.
A Teoria da Ressurreição Espiritual. Os defensores desta teoria, afirmam que, a
ressurreição de Jesus foi apenas espiritual e não física. E que, o que os discípulos
viram durante 40 dias, foi apenas um espirito. No entanto, os evangelhos deixam claro
que, Jesus foi visto fisicamente (1Co 15:6; At 1:3), foi tocado (Jo 20:24-29), comeu (Lc
24:36-43), e caminhou (Mt 28:5-7). Ele mesmo declarou; “Vejam as minhas mãos e os
meus pés, que sou eu mesmo. Toquem em mim e vejam que é verdade, porque um
espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho” (Lc 24:39).
De acordo com Smith12 existem algumas evidências que fortalecem a afirmação
da ressureição física; 1) Os relatos estão próximos dos eventos. 2) Os relatos são
baseados em depoimentos de testemunhas oculares. 3) Os relatos incluem detalhes
embaraçosos – o que não configura característica de uma propaganda. 4) Os primeiros
cristãos estavam dispostos a morrer pela sua afirmação. “Como escreveu certa vez o
teólogo judeu Pinchas Lapide: “Se o grupo derrotado e deprimido de discípulos
pudesse, da noite para o dia, mudar para um movimento vitorioso de fé, baseado
apenas na auto-sugestão ou no auto-engano – sem uma experiência de fé fundamental
– então este seria um milagre muito maior do que a ressurreição em si”13.
CONCLUSÃO
Não foi a igreja que, manteve viva a história da ressurreição; em vez disso, a
ressureição manteve viva a história da Igreja. A ponto de um pequeno grupo de
discípulos na Palestina Romana, se tornarem um movimento de bilhões de seguidores
espalhados por todo o mundo. Apesar do ceticismo atual, as evidências da ressurreição
de Jesus são notavelmente fortes. “A ressurreição de Jesus, portanto, continua a ser a
melhor explicação histórica para a razão pela qual o “movimento de Jesus” continuou
mesmo depois da sua crucificação”14.
1
Tratado de teologia: Adventista do Sétimo Dia. Ed. Raoul Dederen; tradução José Barbosa
da Silva. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011). p. 206
2
Nisto Cremos: As 28 crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Org. Associação Ministerial da
Igreja Adventista do Sétimo Dia. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2018). p. 145
3
Tratado de teologia: Adventista do Sétimo Dia. Ed. Raoul Dederen; tradução José Barbosa
da Silva. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011). p. 206
4
Wilbur M. Smith. Twentieth-Century Scientists and the Resurrection of Christ. Christianity Today, 15 de Abril de
1957, p. 22
5
Fortin, Denis. Enciclopédia Ellen G. White. Editores: Wellington Barbosa… [et al.]. Tatuí, SP: Casa Publicadora
Brasileira, 2018. p. 1229
6
Ellen G. White. Cristo Triunfante p. 280
7
Nichol, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014. v. 6. p.884
8
Tratado de teologia: Adventista do Sétimo Dia. Ed. Raoul Dederen; tradução José Barbosa
da Silva. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011). p. 206.
9
Smith, Murray. History’s Biggest Hoax? The Question of the Resurrection. BIBLE & THEOLOGY. (tradução
nossa). https://au.thegospelcoalition.org/article/historys-biggest-hoax-the-question-of-the-resurrection/
10
Ibid.
11
Philop Schaff. History of the Christian Church (Grand Rapids: Eerdmans, 1962), v.1 p. 173
12
Smith, Murray. History’s Biggest Hoax? The Question of the Resurrection. BIBLE & THEOLOGY. (tradução
nossa). https://au.thegospelcoalition.org/article/historys-biggest-hoax-the-question-of-the-resurrection/
13
Lapide, Pinchas. The Resurrection of Jesus: a Jewish Perspective. Minneapolis: Augsburg, 1983, 126.
14
Smith, Murray. History’s Biggest Hoax? The Question of the Resurrection. BIBLE & THEOLOGY. (tradução
nossa). https://au.thegospelcoalition.org/article/historys-biggest-hoax-the-question-of-the-resurrection/