Linguagem de Programação
Linguagem de Programação
Linguagem de Programação
A linguagem de programação recebe esse nome pois realiza a mesma função que a
linguagem humana: permite a comunicação entre dois lados. A única diferença é que a
linguagem de programação permite que uma pessoa humana seja capaz de se comunicar
e informar para uma máquina o que ela deve fazer.
Como são dois estados, ficou decidido que eles seriam representados pelos algarismos 1
e 0. Então, quando falamos para o computador 1, pedimos para ele enviar um pulso
elétrico por meio de seus componentes, e, quando dizemos 0, ele não envia nada.
Combinando vários uns e zeros, conseguimos codificar instruções.
Porém, pense agora na grande dificuldade que seria ter de decorar bilhões de combinações
de 0 e 1, algumas gigantescas! É aí que entraram as linguagens de programação! Elas
convertem comandos que se aproximam da nossa linguagem para essa linguagem “de
máquina”!
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Quais os 3 componentes básicos de uma linguagem de programação?
Vocabulário
Assim como uma palavra do vocabulário em inglês pode não estar presente no
vocabulário do português, uma linguagem de programação poderá ter uma palavra
diferente de outra para a mesma ação.
“Mas, por que não criar um vocabulário único para todas as linguagens de
programação?”
Essa é uma excelente dúvida! Assim como as línguas naturais humanas, as linguagens de
programação são utilizadas em diferentes nichos e necessidades. Portanto, tudo depende
do contexto em que cada uma delas é criada e qual a intenção por trás dela.
Sintaxe
Toda linguagem precisa de um conjunto de regras que determinam o que é válido ou não
em determinado sistema. No português, por exemplo, a frase “Menina a ser quer
programadora” não só é impossível de ser dita naturalmente por uma pessoa falante como
dificilmente seria compreendida. Essa mesma lógica se transporta para a programação.
Cada linguagem de programação tem uma estrutura adequada para que o computador
consiga entender corretamente o que precisa fazer.
• No uso de espaços;
Semântica
Semântica diz respeito ao sentido, ou seja, aquilo que o termo ou a sentença querem dizer
quando utilizados. Na linguagem de programação, isso se reflete na lógica interna de
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como construir sentenças para determinada ação. Diferentes linguagens de programação
utilizam diferentes sintaxes para a mesma semântica.
Apesar de cada linguagem de programação servir para um propósito, ter uma lógica e
uma sintaxe diferente, alguns conceitos acabam se repetindo. São eles:
Algoritmo
1. Primeiro, precisamos que o computador informe a pessoa que ela deve inserir um
número.
2. Depois, ele deve reservar um espaço na memória dele para receber o número
digitado e armazená-lo.
5. Após esses passos, ele deve recuperar o número do primeiro espaço, recuperar o
número do segundo espaço, e somá-los.
Tendo esse passo a passo, basta somente termos conhecimento de como pedir para que o
computador faça isso. Isso significaria codificá-lo em uma linguagem de programação.
Código-fonte
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O computador não entende esse código como ele é, por isso, um dos softwares utilizados
junto com a linguagem de programação o traduz para a linguagem de máquina, criando o
código-objeto. Esse sim pode ser interpretado pela máquina e processado pelas partes
físicas do computador.
Variável
As variáveis são conceitos iniciais que aparecem sempre nas linguagens de programação.
Como o nome diz, elas se referem a valores que podem mudar, ou seja, variam.
Quando definimos algoritmo em nosso exemplo acima, em um dos passos pedimos que
o computador reservasse um espacinho para um número que não sabemos qual é, pois
seria introduzido por um utilizador. Concorda que esse dado vai variar dependendo de
quem seja a pessoa? Logo, estamos diante de uma variável.
Esse termo se utiliza com frequência com o verbo “declarar”. Todas as vezes que
atribuímos um espaço da memória do computador a um valor, dizemos que estamos
declarando uma variável.
Programa
Uma das linguagens de baixo nível se chama Assembly. Veja um exemplo de uso dela
abaixo, comparada a uma linguagem de máquina:
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Linguagem de alto nível
As linguagens de alto nível são aquelas com alto nível de abstração, incluindo mais
recursos da nossa língua humana. Então, é muito mais fácil reconhecer os elementos e
estruturar uma lógica a partir dessas linguagens. Programas especializados vão traduzir
esse código para a linguagem de máquina, então as pessoas programadoras não precisam
se preocupar com isso. Também, é seguro dizer que é muito mais fácil encontrar um erro
a partir de linguagens assim.
Na linguagem de programação Python, que é uma das mais populares, usamos a função
“print” para imprimir algo na tela. Afinal, print traduzido do inglês significa “imprimir”.
Então, para mandarmos o computador nos mostrar algo, usamos:
paradigmas de programação
Uma mesma mensagem pode ser dita ou escrita de mil e uma formas diferentes.
Paralelamente, você consegue criar inúmeros programas para um computador realizar a
mesma ação, dependendo do paradigma que você tiver como referência.
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Qual deles é melhor e mais indicado? Depende do que você quer, de qual a sua demanda
e para qual razão você quer realizar essa ação!
Paradigma imperativo
Na língua portuguesa, conhecemos os verbos imperativos e, desde cedo, compreendemos
que eles servem para dar ordens, como “Pare!” ou “Não fume!”. A programação
imperativa segue a mesma lógica. Esse é o método mais antigo e tradicional que diz,
bloco por bloco de código, o que o computador deve fazer e como ele deve chegar no
resultado. É como se ele mostrasse o caminho e ensinasse o computador a realizar a
ação.
Esse paradigma é largamente descrito como responsável por alterar estados. Isso significa
que, linha após linha, ele muda a situação do computador. Para entender isso, vamos
voltar ao português. Quando utilizamos o imperativo “Pare!”, estamos alterando o estado
de algo que estava em movimento, deixando-o inerte. A mesma coisa acontece na
programação imperativa, em que o estado do computador muda toda hora.
• C;
• C++;
• Python;
• Lua;
• BASIC;
• PHP;
• etc.
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Paradigma declarativo
Como o declarativo cria uma nítida oposição com o imperativo, vamos criar uma metáfora
para entender como as duas abordagens funcionam.
• Dentro da lógica declarativa, você seria a pessoa cliente, dizendo para a pessoa
cozinheira como você quer seu bolo. Ou seja, você não precisa ensinar a pessoa
(seu computador) a como cozinhar, somente dizer se o bolo é grande ou pequeno,
recheado ou não, de chocolate ou morango, etc.
• Prolog;
• Lisp;
• Erlang.
Paradigma funcional
O paradigma funcional tem seu nome derivado de função. Uma função é uma expressão
matemática que nós podemos reutilizar várias vezes em distintos contextos. Logo, o foco
dessa programação, quando pura, é criar um código mais enxuto que contém
somente funções matemáticas que são executadas e que executam umas às outras.
Variáveis nesse estilo de programação são imutáveis.
• Haskell;
• JavaScript;
• Python.
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Paradigma lógico
Como o nome indica, o paradigma lógico é uma forma de resolver problemas que utiliza
sentenças pautadas na lógica formal, utilizando o conceito de Verdadeiro e Falso. As
linhas de código são escritas como sentenças que devem obedecer regras e fatos dentro
de uma determinada lógica estabelecida.
• X é verdadeiro.
• ASP;
• Datalog;
• Prolog.
Nesse tipo de programação, nós conseguimos criar partes de código que servem como
“projetos” para gerar objetos mais específicos. A esses projetos, damos o nome de
classes.
Seguindo nosso exemplo, uma classe “pessoa” pode ter atributos como “nome”, “Idade”
e “altura”, assim como métodos “andar” e “falar”. A partir desse projeto, conseguimos
gerar várias “pessoas”, como o Lucas, o João e a Maria, cada qual com um nome, uma
idade e uma altura diferentes.
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A programação orientada a objetos é uma das mais populares atualmente e tem diversas
línguas de programação que a suportam, como, por exemplo:
• Python;
• Java;
• C++
Então, o foco dessa programação é pensar no que a pessoa utilizadora vai fazer, como
clicar, fazer upload, arrastar um item, tocar em algo, etc. Essas ações são denominadas
eventos. Então, o programa é inteiramente dividido em pequenas partes reutilizáveis.
Editores de texto
Como dizíamos acima, a linguagem de programação é somente o código em si,
então, precisamos de algum lugar para escrevê-lo! Os softwares adequados para isso
são os editores de texto. Como dissemos anteriormente, poderíamos usar o bloco de notas.
Porém, há programas que já são pensados para pessoas programadoras e trazem diversas
funcionalidades que são muito úteis, como correção de sintaxe, depuração, etc.
• Sublime Text;
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• Atom.
Compiladores
Lembra alguns tópicos atrás quando explicamos que o código-fonte seria traduzido para
uma linguagem que nosso computador pudesse entender? A grande estrela por trás desse
show é o compilador! Essa ferramenta analisa o que você escreveu no código-fonte e
traduz para um programa parecido que pode ser compreendido e interpretado pelo
processador.
Depuradores (debuggers)
O depurador é um programa auxiliar, que serve para ler o seu programa e ver se
não tem nenhum erro ou resultado inesperado. O processo de encontrar erros (bugs)
se chama depuração dentro da programação.
Interpretadores
O interpretador serve exatamente para a mesma função que o compilador, que é
traduzir o código-fonte, mas utiliza métodos diferentes. Enquanto o compilador cria
um programa novo traduzido ao final, após conferir linha por linha do código-fonte, o
interpretador apenas interpreta comando por comando, traduzindo-o instantaneamente
para linguagem de máquina. Quando ele passa para o seguinte comando, o anterior é
completamente esquecido.
Por isso, cada vez que o interpretador é executado, ele vai executar novamente comando
por comando. O compilador, caso executado novamente, executa o programa que criou
anteriormente.
• Code::Blocks;
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• Eclipse;
• PyCharm;
• Jupyter Notebook
1. JavaScript
JavaScript é uma linguagem de programação que há muito tempo ocupa o cargo de mais
querida, dentro da comunidade desenvolvedora e do mercado de trabalho. O motivo para
isso é que JavaScript é bastante dinâmica e flexível, podendo ser usada para projetos de
desenvolvimento distintos.
Além de ser uma linguagem bem simples e amigável de ser aprendida, ela ainda é
utilizada pela maioria dos navegadores para determinar o comportamento das páginas
web. Então, se você gosta de desenvolver páginas e aplicações para serem utilizadas na
internet, JavaScript é a escolha certa!
• Websites;
• Jogos;
• Aplicativos;
• Servidores web.
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2. Python
Python ganhou bastante fama por ser uma linguagem bastante adequada para pessoas
programadoras iniciantes, porém, sem deixar de lado a potência necessária para ser uma
das ferramentas mais utilizadas no mercado.
Essa linguagem está por trás de grandes desenvolvimentos, como o próprio Google, o
YouTube, a Netflix e o Instagram. Além disso, essa linguagem é bastante flexível
permitindo grande parte dos paradigmas de programação.
• Jogos;
• Aplicativos;
• Aprendizado de máquina;
• Ciência de Dados.
3. HTML
Tudo bem que HTML (HyperText Markup Language) não é tecnicamente uma
linguagem de programação — ela se adequa mais como linguagem de marcação —, mas
ela está nessa lista por um motivo: desde seu surgimento, nos primórdios do nascimento
da internet, ela continua muito importante e popular.
Afinal de contas, ela é somente o esqueleto principal de qualquer site na internet. Portanto,
se você quiser desenvolver websites, você precisa aprender HTML!
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Veja o que você pode fazer com HTML:
4. CSS
CSS é o par perfeito para HTML. Sem ele, as páginas desenvolvidas em HTML seriam
somente um texto simples em um fundo branco, completamente sem graça. O CSS
(Cascade Style Sheet) é o que traz a estética para as páginas web!
5. Java
Qualquer programa feito nessa língua pode rodar em qualquer sistema operacional,
independentemente de qual foi criado. Essa versatilidade é outro ponto que chama
bastante a atenção do mercado.
• Jogos;
• Servidores;
• Negócios digitais;
• Big Data;
Fonte: O que é linguagem de programação? Guia inicial para iniciantes – Insights para te ajudar na carreira
em tecnologia | Blog da Trybe (betrybe.com)
O professor;
André Sanches.
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