Guia de Apoio - Professores
Guia de Apoio - Professores
Guia de Apoio - Professores
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Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro - PCRJ
Eduardo Paes
Chefia de Gabinete
Ana Claudia Lescaut
Coordenadora de Comunicação
Lana Costa
Projeto Gráfico
Manuela Veloso
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ÍNDICE
A Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher 5
Carta do Prefeito Eduardo Paes 6
Carta da Secretária Joyce Trindade …………………..…………...………..............…. 7
Apresentação 8
1. Maria da Penha e a luta pelos direitos das mulheres 9
2. Tipos de violências contra a mulher 11
3. Como ajudar mulheres em situação de violência? 15
4. Abordando a violência contra a mulher em sala de aula 22
5. Recomendações aos professores 61
Referências 64
Nos acompanhe nas redes sociais 65
4
A SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS E PROMOÇÃO DA MULHER
5
Carta do Prefeito
Eduardo Paes
6
Carta da Secretária
Joyce Trindade
7
APRESENTAÇÃO
Trabalhar a Lei Maria da Penha nas escolas é uma ação importante de prevenção. O
artigo 8º, V da Lei nº 11.340/2006, estabelece a promoção e a realização de campa-
nhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, vol-
tadas ao público escolar e à sociedade em geral como uma medida a ser aplicada.
Deste modo, este guia foi elaborado com o objetivo de auxiliar professoras e pro-
fessores da cidade do Rio de Janeiro para que possam difundir o enfrentamento às
violências contra a mulher com um material de linguagem simples. Contemplamos
aqui estratégias informativas para a prevenção à violência contra a mulher, visando
a difusão desta Lei e de outros instrumentos de proteção aos direitos humanos das
mulheres para a comunidade escolar.
Esperamos que esse material integre o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha
com o ambiente escolar no intuito de desempenhar um papel fundamental na pre-
venção das violências e na formação de cidadãs e cidadãos conscientes de seus
direitos e responsabilidades, compartilhando informação e promovendo a vida das
mulheres.
8
MARIA DA PENHA E A
LUTA PELOS DIREITOS
DAS MULHERES
Maria da Penha é o nome de uma
mulher que se tornou símbolo con-
tra a violência doméstica e que ba-
tizou a Lei de Violência Doméstica
e Familiar contra a Mulher, sancio-
FOTO: https://www.almg.gov.br/comunicacao/tv-assem- nada pelo presidente Lula no dia 7
de agosto de 2006.
bleia/videos/video?d=1579240&tagLocalizacao=
Nascida no Ceará, Maria da Penha sofreu duas tentativas de assassinato pelo próprio
marido em 1983.
• Na primeira tentativa, foi atingida por um tiro nas costas que a deixou paraplégica,
ou seja, sem os movimentos das pernas
Ela lutou por justiça durante muitos anos, mas as medidas que existiam não eram
suficientes para proteger ou garantir justiça para as mulheres vítimas de violên-
cia doméstica ou familiar. Os agressores podiam ser punidos apenas com a obri-
gação de pagarem uma cesta básica ou prestar serviços à comunidade. E isso
acontecia porque, na época, acreditava-se que a violência que ocorria dentro de
casa era um problema apenas familiar, isto é, que não precisava de medidas pú-
blicas governamentais contra esses homens que agrediam e assassinavam suas
namoradas e esposas.
Maria da Penha junto a outros grupos de mulheres ativas na luta por direitos, ba-
talharam muito para que este tipo de injustiça não se repetisse com mais mulhe-
res, pressionando o governo brasileiro para a criação de uma lei específica para
combater e enfrentar a violência contra a mulher. E em 2001, a Comissão Intera-
mericana de Direitos Humanos, um órgão de justiça internacional, condenou o
Brasil por omissão, negligência e tolerância
9
Maria da Penha junto a outros grupos de mulheres ativas na luta por direitos,
batalharam muito para que este tipo de injustiça não se repetisse com mais mu-
lheres, pressionando o governo brasileiro para a criação de uma lei específica
para combater e enfrentar a violência contra a mulher. E em 2001, a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos, um órgão de justiça internacional, conde-
nou o Brasil por omissão, negligência e tolerância em relação a crimes contra os
direitos humanos das mulheres. Essa condenação abriu portas para que, após
muita luta por direitos, em 7 de agosto de 2006, a lei nº11.340 (Lei Maria da Pe-
nha) fosse sancionada.
Segue abaixo o trecho, retirado da lei, que define, de modo geral, a violência
doméstica e familiar contra a mulher:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
10
TIPOS DE VIOLÊNCIAS
CONTRA A MULHER
Ao contrário do que muitos pensam,
existem muitas formas de violência con-
tra a mulher. A Lei Maria da Penha foi pio-
neira na definição de diferentes formas
de violência doméstica e, com o passar
do tempo, foram sendo estabelecidas
outras leis que também reforçam a pro-
teção aos direitos das mulheres.
VIOLÊNCIA SEXUAL
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
11
VIOLÊNCIA MORAL
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
VIOLÊNCIA FÍSICA
12
OUTRAS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
FEMINICÍDIO
O stalking é uma forma de violência contra a mulher que não está inclusa na Lei
Maria da Penha, tratando-se de uma lei recente do código penal (lei nº 14.132)
que passou a vigorar em 2021. Foi criada para que não haja impunidade para
quem cometer esse tipo de violência.
VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL
13
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
“Na hora de fazer o bebê, não reclamou!”; “Para de drama, nem dói tanto
assim”; “Está fazendo esse show agora e ano que vem vai aparecer grávida
aqui de novo”
VIOLÊNCIA POLÍTICA
14
COMO AJUDAR
MULHERES EM
SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA
“Sinto muito que você esteja passando por isso, mas saiba que a violência contra
a mulher tem saída! Você conhece a Secretaria da Mulher? Elas estão em todas
as redes sociais.”
“Lá existe uma rede de apoio para as mulheres com orientação jurídica, psicó-
logos e assistentes sociais que pode te dar suporte para passar por toda essa
situação”
“A Secretaria da Mulher pode te enviar para um abrigo sigiloso com seus filhos
pequenos se estiver em risco de vida! É só ir em uma unidade de atendimento
buscar ajuda!
15
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - COMO AGIR?
Equipamentos da Secretaria da Mulher: CEAM, NEAMs, NEAP, Casas da Mulher Carioca, Salas Mulher Cidadã
16
EQUIPAMENTOS DA SECRETARIA DA MULHER
17
ENDEREÇOS DOS EQUIPAMENTOS DA SECRETARIA DA MULHER
18
SALAS DA MULHER CIDADÃ
COSMOS
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Clínica da Família Valdecir Salustiano Cardozo - Praça Manuel Mariz, s/nº - Cosmos
PACIÊNCIA
Segunda-feira à sexta-feira 8:00 às 17:00
Est. Santa Eugênia, 653 - Paciência
SANTA CRUZ
Terça-feira e quinta-feira de 9:00 às 16:00
Rua Fernanda, 140 - Santa Cruz
SEPETIBA
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Estr. Santo Antônio, 85/836 - Sepetiba
CAMPINHO
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Estrada do Campinho, 6207 - Conjunto Campinho, Campo Grande
PENHA
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Espaço José Virgílio Evangelista Araújo, Rua Maturaca, 395 - Morro da Fé
FURQUIM MENDES
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Rua Furquim Mendes, 710 - Jardim América
JORGE TURCO
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Rua Jaqueira, 44 - Coelho Neto
CHATUBA
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Rua Tenente Luís Dorneles, 480 - Penha
GAMBOA
Segunda-feira à sexta-feira de 8:00 às 17:00
Vila Olímpica da Gamboa - Rua União, s/nº - Gamboa
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OUTROS CANAIS DE DENÚNCIA E ACOLHIMENTO
PLANTÃO JUDICIÁRIO
Todos os dias de 18:00 às 11:00 do dia seguinte
Rua Dom Manoel, s/n | Em frente ao prédio do Museu da Justiça
(21) 3133-3894 / 3133-4144
DEAM - CENTRO
Rua Visconde do Rio Branco, 12 - Centro
2332-9995
DEAM - JACAREPAGUÁ
Rua Henriqueta, 197 - Tanque
2332-2578 / 2332-2574 / 2332- 2575
CONTATOS DE EMERGÊNCIA
POLÍCIA MILITAR
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20
NOSSOS PROGRAMAS
21
4.
ABORDANDO A VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER
EM SALA DE AULA
Esse capítulo é para você, professora ou professor, que deseja abordar o tema
com adolescentes, jovens ou adultos. Aqui apresentaremos algumas sugestões
de jogos e dinâmicas.
22
DINÂMICA
“FATO OU FAKE”
23
DINÂMICA “FATO OU FAKE”
Dicas para a exploração do jogo: É indicado formar uma roda para aplicação da
dinâmica.
Implementação passo-a-passo:
Passo 1 - Ler o material informativo deste guia em voz alta para a turma.
Se possível, realizar a distribuição de cópias para os alunos.
SE UTILIZAR AS CARTAS:
Passo 2 - Colocar as cartas com a face “É FATO OU FAKE?” virado para cima no
meio da roda.
Passo 3 - Solicitar um voluntário para ler a afirmação de uma das cartas em voz
alta. E em seguida trazer para a discussão da turma se a afirmação da carta é fato
ou “fake”.
Passo 2 - Ler em voz alta uma das frases da frente de uma carta a sua escolha. E
em seguida trazer para a discussão da turma se a afirmação da carta é fato ou
“fake”.
24
FATO OU FAKE
A violência contra a
mulher é só física (tapa,
empurrão e soco)
FATO OU FAKE
Quebrar o celular da
companheira também
é violência contra a
mulher.
25
FAKE
A violência contra a
mulher não é só física.
Pode ser psicológica,
sexual, moral, entre
outras.
FATO
A Lei Maria da Penha prevê, em
seu Art 7º parágrafo IV, a
violência patrimonial como um
tipo de violência contra a mulher.
26
FATO OU FAKE
O estupro é a única
forma de violência
sexual que existe.
FATO OU FAKE
27
FATO
FATO
Perseguir incessantemente
alguém é crime de stalking
desde 2021 e a pessoa que
estiver se sentindo ameaçada
pode acionar a justiça.
28
FATO OU FAKE
Feminicídio é a
mesma coisa que
homicídio.
FATO OU FAKE
29
FAKE
Nem toda vez que uma mulher é
assassinada significa que isso foi um
feminicídio.
FAKE
Os serviços de apoio psicossocial da SPM-Rio não
estão vinculados a um boletim de ocorrência (B.O).
30
IDENTIFICANDO
AS VIOLÊNCIAS
31
IDENTIFICANDO AS VIOLÊNCIAS
Implementação passo-a-passo:
Passo 2 - Ler o primeiro caso em voz alta e perguntar para a turma se eles iden-
tificaram algum tipo de violência na situação.
CASO 1 | Michelle não tem namorado. Mas fica com um menino, chamado
Rafael, já há dois meses. Rafael sempre deixou claro que não tem vontade
de ter um relacionamento sério e que fica com outras meninas.
Certo dia, Michelle foi a uma festa e conheceu Danilo, que a chamou para
um encontro. Após alguns encontros, Michelle decidiu parar de ficar com
Rafael. Dias depois, Danilo pediu a Michelle em namoro, que aceitou.
Rafael, que dizia não querer namorar, não aceitou o início do relacionamen-
to de Michelle.
32
CASO 2 | Gabriela tem 15 anos e adora ouvir música. Em todo lugar que
ela vai, sempre está com um fone de ouvido tocando do funk ao rock. Não
importa o estilo, ela simplesmente ama todos os ritmos.
Certo dia, Gabriela e Marcelo tiveram uma briga feia. Nessa briga, Marce-
lo disse para Gabriela que se ela não estava escutando ele, não deveria
escutar mais nada. Ele quebrou com as próprias mãos os fones de ouvido
da Gabriela e jogou o celular dela longe, que ficou só com um amassado.
Bruno, que é mais velho, sempre quer trocar mensagens mais apimenta-
das. Mas Camila rejeita.
Certo dia, Camila escuta de uma colega que Bruno está dizendo para os
amigos que tem fotos sensuais dela no celular. E que esses amigos já es-
palharam para todo mundo esse boato.
33
CASO 4 | Giovanna tem uma família muito grande. Ela tem 3 irmãos, 5 tios
e 11 primos. A família toda é muito unida e faz todo mês um churrasco para
todos se encontrarem. É sempre um momento muito legal, mas no último
encontro não foi tão legal assim…
A tia de Giovanna, que se chama Rute, levou o marido dessa vez. Foi estra-
nho, porque ele quase nunca aparece nas festas de família. Diz ele que está
sempre ocupado.
34
SINAIS DE VIOLÊNCIA
POR MENSAGENS DE
APLICATIVO
35
SINAIS DE VIOLÊNCIA POR MENSAGENS DE APLICATIVO
A dinâmica pode ser feita para grupos menores com a distribuição dos cartões
disponíveis da página 45 à 48. Para grupos maiores recomenda-se a pergunta
para a turma “Vocês acham que esse é um caso de violência?”
Implementação passo-a-passo:
Passo 1 - Ler o material informativo deste guia em voz alta para a turma. Se pos-
sível, realizar a distribuição de cópias para os alunos.
Se utilizar os cartões:
Passo 3 - Explicar aos alunos que irá ler uma troca de mensagens, ao final se
eles acharem que é um caso de violência, devem levantar o cartão vermelho. Se
acharem que não há nenhuma violência nas mensagens, levantar o cartão verde
ao final.
Passo 4 - Fazer a leitura de uma das mensagens. Ao final fazer a pergunta “Vocês
acham que esse é um caso de violência? Se sim, levantem o cartão vermelho. Se
não, levantem o cartão verde.”
Passo 5 - Realizar uma conversa com os alunos sobre as mensagens, com o apoio
das dicas que acompanham cada “Resposta do diálogo” deste guia.
36
Se não utilizar os cartões:
Passo 2 - Explicar aos alunos que você irá ler uma troca de mensagens e ao final
irá perguntar se eles consideram que é um caso de violência ou não
Passo 3 - Fazer a leitura de uma das mensagens. Ao final fazer a pergunta “Vocês
acham que esse é um caso de violência?
Passo 4 - Realizar uma conversa com os alunos sobre as mensagens, com o apoio
das dicas que acompanham cada “Resposta do diálogo” deste guia.
DICA: Se preferir, escreva, o diálogo que será discutido, no quadro para ajudar a
visualização dos alunos.
“Claro que existem muitos graus de violência. Mas é importante conversar com o
parceiro que essa atitude não é legal e que isso é uma violência.”
37
RESPOSTA DIÁLOGO NÚMERO 02:
Debate para a turma: O que vocês acham que o Rodriguinho, amigo dela, pode di-
zer nesse momento?
Orientação de falas para o professor: “É sempre bom confortar e ouvir, como ami-
go o que o outro está dizendo e sentindo. Porém, para além disso, é importante em
casos de violência compartilhar as informações que vocês receberam hoje.”
“A violência moral é crime, e é importante informar a amiga que, se ela quiser, pode
denunciar!”
“Mas o incentivo à denúncia não é o único conselho que podemos dar! Podemos
informá-la que nos equipamentos da Secretaria da Mulher ela pode receber orienta-
ção jurídica e atendimento psicossocial, independentemente da denúncia. Ou seja,
ela pode receber orientação de profissionais para tomar a melhor decisão. Afinal, é
possível que ela não se sinta segura de fazer a denúncia nesse momento, afinal o pai
pode ser que o pai não acredite nela ou que não tenha o apoio da família de alguma
forma. Nessa situação, receber apoio e orientação de profissionais é fundamental,
para que ela se sinta mais segura e confiante em sua vida.”
Reflexão para a turma: Nas mensagens o Felipe foi muito amoroso e é assim que
tem que ser! Se o cara se incomoda e briga por conta do que você veste ou o batom
que você usa, dá cartão vermelho para ele!
38
16:22
2 Kaio
Online
Kaio
Nossa amor… Podia ter avisado antes
né? Que falta de consideração…. Se
você me amasse não estaria fazendo
isso! Você sabe que eu não gosto que
você saia sem mim!
39
40
16:22
2 Rodriguinho
Online
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16:22
Felipe
Kaio
2 Online
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PÁGINA DE CARTÕES VERDES DA ATIVIDADE SINAIS
DE VIOLÊNCIA POR MENSAGENS DE APLICATIVO
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PÁGINA DE CARTÕES VERDES DA ATIVIDADE SINAIS
DE VIOLÊNCIA POR MENSAGENS DE APLICATIVO
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PÁGINA DE CARTÕES VERMELHOS DA ATIVIDADE SINAIS
DE VIOLÊNCIA POR MENSAGENS DE APLICATIVO
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PÁGINA DE CARTÕES VERMELHOS DA ATIVIDADE SINAIS
DE VIOLÊNCIA POR MENSAGENS DE APLICATIVO
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JOGO DA MEMÓRIA DOS
DIREITOS DAS MULHERES
NO BRASIL
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JOGO DA MEMÓRIA DOS DIREITOS DAS MULHERES NO BRASIL
Objetivos: Refletir sobre as datas de alguns marcos de conquistas dos direitos das
mulheres de maneira descontraída | Duração: 30 minutos
Implementação passo-a-passo:
Se utilizar as cartas:
Passo 1 - Colocar as cartas com a face das perguntas viradas para cima no meio da
roda.
Passo 2 - Solicitar um voluntário para escolher uma das cartas e ler a pergunta em voz
alta, sem levantá-la, para não aparecer o verso da carta para os outros participantes.
Passo 4 - Pedir para o mesmo aluno virar a carta e ler a resposta em voz alta.
Passo 1 - Ler em voz alta uma das perguntas de uma carta a sua escolha. E em seguida
trazer incentivar aos alunos a darem palpites acerca da resposta.
Passo 3 - Refletir com a turma sobre a data de cada carta e sobre como deveria ser a
vida sem esses direitos. Levantar o debate de como é recente as conquistas de direi-
tos das mulheres.
50
QUAL O ANO DA CONQUISTA…
…DO ESTABELECIMENTO
DA LEI MARIA DA PENHA?
51
A LEI MARIA DA PENHA FOI
SANCIONADA EM:
2006
2015
52
QUAL O ANO DA CONQUISTA…
…EM QUE PERSEGUIR ALGUÉM REPETIDAS
VEZES (STALKING) SE TORNOU CRIME?
53
O STALKING SE TORNOU
CRIME NO ANO DE:
2021
54
QUAL O ANO DA CONQUISTA…
…QUE AS MULHERES DEIXARAM DE
PRECISAR DA AUTORIZAÇÃO DO MARIDO
PARA TRABALHAR?
55
APENAS EM:
1962
1977
56
QUAL O ANO DA CONQUISTA…
….DA CRIAÇÃO DA PRIMEIRA DELEGACIA
DA MULHER?
57
FOI CRIADA EM:
1985
1988
58
QUAL O ANO DA CONQUISTA…
59
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DECLAROU
INCONSTITUCIONAL O ARGUMENTO DA
“LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA” EM:
2023
2021
60
RECOMENDAÇÕES
AOS PROFESSORES
Sabemos que a temática de violência con-
tra a mulher traz muitos questionamentos
e elencamos alguns dos mais comuns aqui
para que você, professora ou professor,
esteja preparado para as situações que
podem surgir durante as dinâmicas
Esse é um dos questionamentos mais comuns nas turmas mistas. Geralmente, levan-
tado por algum menino.
É importante que nesse momento você explique que a violência física, moral, psico-
lógica, etc… São crimes. Independente de ser contra o homem ou contra a mulher.
Afinal, a mulher também não pode bater em homem, e ele também pode de-
nunciar uma agressão! A diferença é que não vai ser pela lei Maria da Penha, mas
essa mulher também poderá responder criminalmente. As leis específicas para
as mulheres existem porque elas estavam sendo violentadas e não conseguiam
justiça pelas normas gerais.
“É só ligar o jornal que vocês vão ver que o problema maior hoje não é a violência
da mulher contra o homem. É a mulher que aparece no jornal quase todos os dias
tendo sido violentada por um homem de confiança, o namorado, o padrasto, o
marido… E é por isso que vamos falar sobre isso hoje. É importante que a infor-
mação chegue para todo mundo, para que possamos salvar mais mulheres, que
elas saibam que a violência contra a mulher tem saída.”
61
b) “Mas tem mulher que gosta de apanhar, volta sempre com o marido”
Hu
os P
d
ça
m
ro ensa
oc
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VIOLÊNCIA
CONTRA A
MULHER
L UA
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J u ra s d e A m o r
P re s sas
e n te s e P ro m e s
Pe d s
id o d e d esc ulp a
Por isso, é importante passar para os alunos que não devemos revitimizar essa
mulher, ou seja, culpá-la por estar nessa situação. É importante divulgar a infor-
mação de que violência contra a mulher tem saída, para que esta mulher saiba
para onde ir e o que fazer para buscar ajuda profissional.
62
c) Identificação de aluna em situação de violência, como orientar?
Com o levantamento do tema, pode ser que alguma aluna se sinta confortável
para compartilhar uma situação de violência com você ou com a turma.
Nesse caso, é importante acolhê-la, escutando o que ela tem a dizer, mas sem
provocá-la a compartilhar mais detalhes com todos. Se possível, a chame para
conversar em particular. A partir da identificação do caso, siga as orientações
presentes no fluxo de encaminhamento da página 15 deste guia.
63
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Brasília, DF, 2006. Disponível em: <www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>.
BRASIL. Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015. Brasília, DF, 2015. Disponível em: <www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm>
BRASIL. Lei nº 14.321, de 5 de setembro de 2019. Brasília, DF, 2019. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/lei/l14321.htm>
BRASIL. Lei nº 14.192, de 4 de agosto de 2021. Brasília, DF, 2O21. Disponível em: <www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14192.htm>
BRASIL. Lei nº 14.321, de 31 de março de 2022. Brasília, DF, 2022. Disponível em: <www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm>
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADPF nº 779, MC-Ref. Relator: Ministro Dias Toffo-
li. Decisão de Julgamento. Brasília, DF, 2023. Disponível em: <https://portal.stf.jus.br/
processos/detalhe.asp?incidente=6081690>
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Cartilha Lei Maria da Penha - Lei
11.340/06. Disponível em: <www.tjrj.jus.br/documents/10136/3480102/cartilha-ma-
ria-penha.pdf>
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