E4 - Exercicio FILOGENIA de EUFILOFITAS - 2017-GABARITO
E4 - Exercicio FILOGENIA de EUFILOFITAS - 2017-GABARITO
E4 - Exercicio FILOGENIA de EUFILOFITAS - 2017-GABARITO
325 m.a.
*Extintos
Baseado em
4 Judd et al. 2008
3 e Doyle 2008, 2013
1 365 m.a.
2
1. Sinapomorfias de Eufilófitas (ou Plantas megáfilas):
a. Megafilos (ou eufilos) = folhas cujo traço foliar deixa uma .....LACUNA............. preenchida por
tecido ...PARENQUIMÁTICO.............. no cilindro vascular do caule.
b. Raiz com protoxilema exarco (protoxilema mais externo no sistema vascular).
c. Raiz monopodial, cujo meristema apical não se dicotomiza, e na qual as raízes laterais têm
origem endógena (a partir da endoderme em monilófitas e a partir do periciclo em espermatófitas).
d. Anterozóides (gametas masculinos) com muitos ....FLAGELOS............... (sofre modificação
nos clados 8 e 11).
e. DNA plastidial com trecho de 30 quilobases duplicado e invertido (sofre reversão no clado 9).
BIB 124 – Diversidade e evolução dos organismos fotossintetizantes IBUSP
2. Sinapomorfias de Lignófitas (ou Plantas lenhosas):
a. Câmbio vascular = meristema lateral que produz ..XILEMA.. e ....FLOEMA...... secundários.
b. Câmbio da casca ou felogênio = meristema lateral que forma a .PERIDERME ou CASCA.....
Os câmbios promovem o crescimento secundário em espessura das plantas.
(*) No sistema de classificação proposto por Chase & Reveal (2009), todas as plantas terrestres
constituem um táxon na categoria de Classe e os grandes grupos de espermatófitas viventes são
tratados como subclasses (radical com sufixo idae).
Responda:
1. Quais das sinapomorfias listadas foram efetivamente vistas nas aulas práticas por você?
R: 1a, b; 2a, b; 3a; 4a, b, c; 5b, c; 6a, b, c; 7a; 8c; 9a, c; 10a; 11a, c; 12a-g, i, j.
10. Destaque dois caracteres morfológicos que foram importantes na sustentação da hipótese de
que Gnetófitas e Angiospermas poderiam ser grupos-irmãos. Porém, como isso não tem sido
corroborado pelas análises moleculares recentes, como devemos interpretar aquelas
semelhanças?
R: Presença de elementos de vaso e dupla fecundação. Não, a maioria dos genes estudados não
confirmam essa hipótese de parentesco tão próximo e portanto aqueles 2 caracteres seriam
homoplásticos.
11. A maioria dos marcadores moleculares utilizados na última década resolve as Gimnospermas
viventes como um grupo monofilético. Com base nas evidências paleontológicas expressas no
cladograma apresentado, responda: mesmo diante das evidências moleculares, porque é fraca
a sustentação da hipótese de Gimnospermas como um grupo monofilético?
R: As análises moleculares em Espermatófitas podem acessar apenas as plantas viventes,
RESTRIÇÃO MUITO GRAVE num grupo com tantos terminais já extintos mas bem documentados no
registro fóssil. Os poucos ramos de “gimnospermas” (são 4) que fornecem os genes para os
estudos são plantas ainda viventes de linhagens muito antigas e podem estar sendo atraídos entre
si num artefato de técnica (atração de ramos longos) resultante da restrição acima descrita. Mas
mesmo aceitando-se a hipótese, oriunda de dados moleculares, de que os 4 grupos de
“gimnospermas” viventes formem um grupo monifilético, as “Gimnospermas” ou “Espermatófitas
sem fruto” como um todo COM CERTEZA não formam um único grupo, o que pode ser visto no
BIB 124 – Diversidade e evolução dos organismos fotossintetizantes IBUSP
cladograma aqui apresentado. A divergência do suposto grupo “Gimnospermas” e do ancestral das
Angiospermas teria que ter ocorrido no Paleozóico (ca. 300 milhões de anos atrás), no início da
história evolutiva das Espermatófitas, quando já existiam várias linhagens diferentes de
“gimnospermas” - e não há o menor suporte paleontológico para isso, visto que os fósseis mais
antigos conhecidos de Angiospermas datam do Cretáceo inferior (136 milhões de anos atrás).
Portanto é muito mais provável que as Angiospermas, sendo um dos vários ramos dentro da
linhagem das Espermatófitas, compartilhem ancestral comum mais recente com um dos grupos de
Espermatófitas sem frutos do que sejam o grupo-irmão de um suposto grupo monofilético contendo
todas as “Gimnospermas” conhecidas.
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