Cap 33 - Campo Magntico - Parte 2-Compactado
Cap 33 - Campo Magntico - Parte 2-Compactado
Cap 33 - Campo Magntico - Parte 2-Compactado
𝑚𝑣² 𝑚𝑣
𝑞𝑣𝐵= ou 𝑟 = o que nos dá o raio do
𝑟 𝑞𝐵 círculo.
𝝎 𝒒 𝑩
𝒇= =
𝟐𝝅 𝟐𝝅𝒎
𝝎 𝒒 𝑩
𝒇= =
𝟐𝝅 𝟐𝝅𝒎
Trajetória de uma carga num campo magnético uniforme
Exemplo 6: Um elétron de 10 eV (energia cinética) gira num plano perpendicular a um campo magnético
uniforme de 1,0 × 10−4 T (igual a 1,0 Gauss).
𝑚𝑣
𝑚𝑣 9,1 × 10−31 kg (1,9 × 106 m/s)
• Com 𝑟 = então seu raio será: 𝑟 = = −19 −4
= 0,11 m
𝑞𝐵 𝑞𝐵 1,6 × 10 𝐶 (1,0 × 10 )
Trajetória de uma carga num campo magnético uniforme
Exemplo 6: Um elétron de 10 eV gira num plano perpendicular a um campo magnético uniforme de 1,0 ×
10−4 T (igual a 1,0 Gauss).
1 1
• Com 𝑇= = 6
= 3,6 × 10−7 𝑠 O elétron gasta 0,36 𝜇𝑠 para completar uma rotação no
𝑓 2,8 × 10
campo magnético de 1,0 Gauss.
Trajetória de uma carga num campo magnético uniforme
Exemplo 6: Um elétron de 10 eV gira num plano perpendicular a um campo magnético uniforme de 1,0 ×
10−4 T (igual a 1,0 Gauss).
(d) Qual o sentido da rotação visto por um observador que olha na mesma direção (e sentido) do campo
magnético.
𝑚𝑣
𝑟=
𝑞𝐵
𝑓 = 𝑓0
𝑞𝐵𝑅
𝑣=
𝑚
𝟏 𝟐
𝒒² 𝑩² 𝑹²
𝑲= 𝒎𝒗 =
𝟐 𝟐𝒎
Cíclotrons e Síncrotrons
Exemplo 7: A frequência de oscilação do cíclotron da Universidade de Pittsburgh era igual a 12 × 106 Hz,
sendo o raio dos seus “dês” igual a 21 polegadas (53,3 cm). Massa do Deutério m = 3,3 × 10−27 .
1 2
𝑞² 𝐵² 𝑅² 1,6 × 10−19 2 1,6 2 (0,53)² −12 J
• Sendo 𝐾 = 𝑚𝑣 = = = 2,8 × 10
2 2𝑚 2 (3,3 × 10−27 )²
1 eV
𝐾 = 2,8 × 10−12 J = 17 MeV
1,6 × 10−19 J
A descoberta do Elétron
• A experiência efetuada por J. J. Thomson consistiu em medir a razão entre a carga e e a massa m do
elétron, observando a sua deflexão quando submetido à ação simultânea de campos elétricos e
magnéticos. Essa experiência correspondeu à descoberta do elétron como constituindo uma partícula
fundamental.
• A figura a seguir representa uma experiência similar à utilizada por Thomson, onde os elétrons são
emitidos pelo filamento F e acelerados pela diferença de potencial V. Os elétrons penetram, então, com
velocidade 𝑣Ԧ numa região onde existe campo elétrico 𝐸 e um campo magnético 𝐵, dispostos de modo que
os vetores 𝑣,
Ԧ 𝐸 𝑒 𝐵 sejam mutuamente ortogonais. O desvio sofrido pelo feixe, de acordo com o campo
aplicado, pode ser observado na imagem.
𝑭 = 𝒒𝟎 𝑬 + 𝒒𝟎 𝒗 × 𝑩 𝑬
A descoberta do Elétron
• A experiência efetuada por J. J. Thomson consistiu em medir a razão entre a carga e e a massa m do
elétron, observando a sua deflexão quando submetido à ação simultânea de campos elétricos e
magnéticos. Essa experiência correspondeu à descoberta do elétron como constituindo uma partícula
fundamental.
𝑭 = 𝒒𝟎 𝑬 + 𝒒𝟎 𝒗 × 𝑩
A descoberta do Elétron
• Analisando a imagem, vemos que a tendência do campo elétrico, quando aplicado de cima para baixo, é
de desviar a partícula para cima, enquanto o campo magnético, que está penetrando o plano da imagem,
tende a fazer justamente o oposto. Para que estas duas forças se compensem (isto é, 𝐹Ԧ = 0), devemos ter:
𝑒𝐸 =𝑒𝑣𝐵
• Ou seja,
𝐸=𝑣𝐵
𝒆𝑬
• Eliminando o fator temporal, temos: 𝒚= 𝒍²
𝟐 𝒎 𝒗𝟎 ²
𝒆𝑬
➢ Ao sair da região entre as placas o elétron move-se numa linha tangente à parábola da equação 𝒚 = 𝒍² no ponto de
𝟐 𝒎 𝒗𝟎 ²
saída. Colocamos um anteparo fotossensível S a uma certa distância das placas. Ao colidir contra ele o elétron produzirá um
ponto luminoso no local do impacto. Este é o princípio do osciloscópio de raios catódicos de deflexão eletrostática.
A descoberta do Elétron
• Assim, o procedimento adotado por Thomson para a descoberta foi:
a) Observar a posição da mancha causada pelo feixe no tubo sem ação de nenhum campo transversal
(𝐸 = 𝐵 = 0);
c) Aplica-se então o campo magnético (ortogonal), ajustando o seu valor até o feixe retornar a sua
posição inicial (isto é, desvio nulo).
𝒆 𝑬 𝒍²
𝒚=
𝟐 𝒎 𝒗𝟎 ²
𝑒 𝐸 𝑙² 𝑒 𝐸 𝑙² 𝑒 𝐵 𝑙²
𝑦= = =
2 𝑚 𝑣0 ² 2 𝑚 𝐸 ² 2 𝑚 𝐸
𝐵
𝑒 2𝑦𝐸
∴
𝑒
➢ O valor encontrado por Thomson para a razão foi = 1,7 × 1011 𝐶/𝑘𝑔, uma vez
= 2 𝑚
𝑚 𝐵 𝑙² 11
que o valor conhecido hoje é de 1,758 × 10 𝐶/𝑘𝑔, Thomson foi muito preciso
em suas medidas.
A descoberta do Elétron
• O valor de y não pode ser medido diretamente. Se aumenta o campo E até a imagem dos elétrons sumirem
do anteparo. Isto quer dizer que as partículas estão passando pelo ponto (x1, y1) (ver exemplo 8, Cap. 27).
Portanto y1 é o y desejado.
• Conhecidos os valores de y, E e l ainda não podemos calcular a razão e/m, pois ainda não sabemos a
velocidade. Para isto ajustamos os valores de E e B para terem o mesmo modulo.
𝑒 𝐸 𝑙²
• Substituindo este resultado na equação 𝑦 = 2 𝑚 𝑣² teremos
então: F
2
𝑒 2𝑦𝐸
∴
𝑒 2 𝑦 𝑣² 2𝑦 𝐸 V
𝑚
=
𝐸 𝑙²
=
𝐸 𝑙² 𝐵
= 2
𝑚 𝐵 𝑙²
𝑒
➢ O valor encontrado por Thomson para a razão foi = 1,7 × 1011 𝐶/𝑘𝑔, uma vez que o valor conhecido hoje é de
𝑚
1,758 × 1011 𝐶/𝑘𝑔, Thomson foi muito preciso em suas medidas.
Apêndice
• Produto Vetorial: Cálculo Matricial
𝐴Ԧ = 𝐴𝑥 𝑖Ƹ + 𝐴𝑦 𝑗Ƹ + 𝐴𝑧 𝑘
• Dado o produto de dois vetores:
𝐵 = 𝐵𝑥 𝑖Ƹ + 𝐵𝑦 𝑗Ƹ + 𝐵𝑧 𝑘
𝒊Ƹ 𝒋Ƹ
𝒌
𝐹Ԧ = 𝐴Ԧ × 𝐵 = 𝐴𝑥 𝐴𝑦 𝐴𝑥 𝐵𝑦 − 𝐴𝑦 𝐵𝑥
𝐴𝑧 = 𝒊Ƹ 𝐴𝑦 𝐵𝑧 − 𝐴𝑧 𝐵𝑦 + 𝒋Ƹ 𝐴𝑧 𝐵𝑥 − 𝐴𝑥 𝐵𝑧 + 𝒌
𝐵𝑥 𝐵𝑦 𝐵𝑧
𝑭 = 𝑭𝒙 𝒊Ƹ + 𝑭𝒚 𝒋Ƹ + 𝑭𝒛 𝒌
Revisão: Um dipolo num campo elétrico
• Chamamos uma distribuição de cargas de dipolo elétrico se:
a) Quando colocada num campo elétrico externo ela sofre ação de um torque dado por 𝝉 = 𝒑 × 𝑬
b) Ela produz um campo elétrico próprio que, para pontos muitos distantes, pode ser descrito
qualitativamente pelas linhas de força, como na figura abaixo e quantitativamente pela equação
q 2 𝑎 cos 𝜃 1 𝑝 cos 𝜃
𝑉= =
4 πε0 𝑟2 4 πε0 𝑟2
𝝉= 𝒑 ×𝑬
𝐹=𝑞𝐸
Revisão: Um dipolo num campo elétrico
• Podemos considerar o momento de dipolo elétrico como um vetor 𝒑. O sentido de 𝒑 é orientado da carga
negativa para a positiva. A figura a seguir mostra um dipolo elétrico formado por duas cargas +q e –q,
separadas por uma distância 2a. Esse dipolo é colocado num campo elétrico externo uniforme 𝑬, seu
momento de dipolo 𝒑 faz um ângulo 𝜃 com esse campo. Duas forças 𝑭 e −𝑭 , de mesmo modulo e sentido
opostos, atuam como vemos na figura ao lado.
𝐹=𝑞𝐸
• A força total é nula, mas existe um torque, em relação a um
eixo que passa por O, dado por:
𝝉=𝒑 ×𝑬
Revisão: Um dipolo num campo elétrico
• A força total é nula, mas existe um torque, em relação a um eixo que passa por O, dado por:
𝝉=𝒑 ×𝑬
Torque sobre uma espira de corrente
• A figura a seguir mostra uma espira retangular de comprimento a e largura b, colocada num campo magnético uniforme 𝐵.
Os lados 1 e 3 da espira são (colocados) sempre perpendiculares à direção do campo, enquanto que a normal nn’ ao plano
da espira faz com o vetor 𝐵 um ângulo 𝜃.
𝛽 = 90 − 𝜃
Torque sobre uma espira de corrente
• Da equação 𝑭 = 𝒊 𝒍Ԧ × 𝑩 vemos que a força 𝑭𝟐 aponta para fora do plano, assim como 𝑭𝟒 , que tem o
mesmo módulo, mas sentido oposto, e em nada elas contribuem sobre o movimento da espira, pois não só
a sua soma é igual a zero, como também é nulo o torque exercido por elas, uma vez que possuem a
mesma linha de ação.
• As forças 𝑭𝟏 𝒆 𝑭𝟑 também têm módulo iguais (a 𝒊 𝒂 𝑩 𝒔𝒆𝒏 𝟗𝟎 = 𝒊𝒂𝑩) e direções opostas, de modo a não
terem efeito sobre o movimento do centro de massa da espira. Contudo, para a posição mostrada elas não
possuem a mesma linha de ação, havendo portanto um torque que tende a girar a espira, no sentido dos
ponteiros do relógio, em torno do eixo xx’. A espira pode ser então suportada por este eixo rígido.
• Este torque pode ser representado por um vetor ao longo do eixo
xx’ orientado, da direita para a esquerda, 𝑥’𝑥 , ou seja, para
dentro da figura no ponto 𝑥’. O módulo desse torque 𝝉′ pode ser
obtido calculando o momento da força 𝑭𝟏 ao longo do eixo 𝑥𝑥’ e
multiplicando-se por dois o resultado, de modo a levar em conta a
contribuição de 𝑭𝟑 , que tem o mesmo valor. Temos então:
′
𝒃
𝝉 = 𝟐 𝒊 𝒂 𝑩 𝒄𝒐𝒔 𝟗𝟎 − 𝜽 = 𝒊 𝒂 𝒃 𝑩 𝒔𝒆𝒏 𝜽
𝟐
Torque sobre uma espira de corrente
𝝉′ = 𝒊 𝒂 𝒃 𝑩 𝒔𝒆𝒏 𝜽
b b
• Torque devido a 𝐹1 : 𝐹1 2 cos 90 − 𝜃 = 𝐹1 2 𝑠𝑒𝑛𝜃.
Torque sobre uma espira de corrente
𝝉 = 𝑵𝝉′ = 𝑵 𝒊 𝒂 𝒃 𝑩 𝒔𝒆𝒏 𝜽 = 𝑵𝒊 𝑨 𝑩 𝒔𝒆𝒏 𝜽
Torque sobre uma espira de corrente
Torque sobre uma espira de corrente
• O módulo do torque é: 𝝉 = 𝒑 𝑬 𝒔𝒆𝒏 𝜽
• Comparando 𝜏 = 𝑝 𝐸 𝑠𝑒𝑛 𝜃 com a equação 𝜏 = 𝑁𝑖 𝐴 𝐵 𝑠𝑒𝑛 𝜃, que dá o torque sobre uma espira de
corrente, isto sugere que podemos considerar 𝑵𝒊𝑨 como sendo o momento de dipolo magnético 𝝁. Logo:
𝝁=𝑵𝒊𝑨
𝝉=𝝁× 𝑩
➢ O momento magnético de uma espira é paralelo ao eixo da mesma, sendo o seu sentido fornecido pela
regra da mão direita (ou do parafuso). Do fato de existir um torque atuando sobre uma espira de corrente
ou outro dipolo magnético qualquer quando submetidos à ação de um campo 𝑩 externo, podemos
concluir que haverá realização do trabalho pelo agente externo que for responsável por uma
mudança de orientação do dipolo.
Torque sobre uma espira de corrente
• Portanto, um dipolo magnético possui uma energia potencial relacionada com a sua direção relativamente
ao campo externo. Podemos considerar qualquer posição do dipolo como posição de referencia e
considerar a correspondente energia igual a zero, porque o que é importante é a diferença de energia.
• Vamos supor agora que essa energia magnética U seja nula quando 𝝁 𝒆 𝑩 forem perpendiculares, isto é,
quando 𝜃 = 90° . Esta escolha de uma configuração para a qual U = 0 é arbitrária, pois estamos
interessados, apenas, nas variações da energia que ocorrem quando o dipolo muda de direção.
• A energia potencial magnética correspondente a uma posição qualquer do eixo do dipolo é definida como
sendo igual ao trabalho que um agente externo deve realizar para girar o dipolo da posição de energia
igual a zero (𝜃 = 90°) até a posição correspondente ao valor dado para 𝜃, isto é:
𝜃 𝜃 𝜃
𝑼=−𝝁 ∙𝑩
O trabalho realizado é igual à diferença de energia potencial entre duas posições. Usando a Eq. 𝑈 = −𝜇Ԧ ∙ 𝐵 :
𝑊 = 2 𝑁 𝑖 𝐴 𝐵 = 2 𝑁 𝑖 𝜋 𝑎2 𝐵