Manual 9209
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Manual 9209
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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Marketing – princípios gerais
Conceitos básicos
Terminologia de marketing
Marketing estratégico
Marketing operacional
Evolução histórica
Mercados - categorização, evolução e variáveis
Os clientes - segmentação
Estudos de mercado - objetivos e técnicas
Plano de marketing
Marketing digital
Evolução histórica
Conceitos básicos
Comportamento dos e-consumidores
Principais estratégias do marketing digital
Integração do marketing mix digital no marketing convencional
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Marketing nas redes sociais
Conceitos básicos
As redes sociais enquanto estratégia de marketing
Vantagens e potencialidades
Ferramentas de análise e gestão
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Índice
1. Nacimento do Marketing .......................................................................................................................... 8
1.1. Vantagens do CRM ........................................................................................................................... 9
1.2. Para que serve .................................................................................................................................. 10
1.2.1 O cliente está no centro ............................................................................................................. 10
1.3. CRM nas Redes Sociais ................................................................................................................... 10
2. O Marketing do Novo Milénio ............................................................................................................... 11
3. Algumas definições de Marketing .......................................................................................................... 11
4. O que é o Marketing? ............................................................................................................................. 12
5. Marketing: Estratégia e Planeamento ..................................................................................................... 12
5.1. O que é uma estratégia..................................................................................................................... 12
5.2. A necessidade de uma estratégia ..................................................................................................... 13
5.3. Planeamento à Luz do Marketing .................................................................................................... 14
5.3.1 Alguns Exemplos....................................................................................................................... 15
6. Diferentes tipos de Marketing ................................................................................................................ 16
6.1. Marketing B2B ................................................................................................................................ 16
6.1.1 Principais características............................................................................................................ 16
6.2. Marketing Social ............................................................................................................................. 16
6.3. Marketing desportivo....................................................................................................................... 17
6.4. Marketing Cultural .......................................................................................................................... 17
6.5. Marketing Político ........................................................................................................................... 18
6.6. Marketing Turístico ......................................................................................................................... 18
6.7. Marketing Relacional ...................................................................................................................... 19
7. Mercado .................................................................................................................................................. 20
7.1. Aspetos qualitativos e quantitativos do mercado ............................................................................. 20
7.1.1 Oferta ......................................................................................................................................... 20
7.1.2 Procura....................................................................................................................................... 20
7.2. Investigação de mercado ................................................................................................................. 21
7.2.1 Promotor .................................................................................................................................... 22
7.3. Informação básica do mercado para uma estratégia de Marketing de empresa ............................... 23
7.3.1 Comportamento do consumidor ................................................................................................ 23
7.3.2 Características do mercado ........................................................................................................ 23
7.3.3 Informação sobre vendas, despesas e benefícios ....................................................................... 24
7.4. Fases de investigação de mercados.................................................................................................. 24
7.4.1 Análise da situação .................................................................................................................... 24
7.5. Investigação Preliminar ................................................................................................................... 25
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7.6. Desenvolvimento da investigação ................................................................................................... 25
7.7. Interpretação e apresentação de resultados ...................................................................................... 25
7.8. Técnicas de estudo de mercado ....................................................................................................... 26
7.8.1 Tipos de sondagem .................................................................................................................... 26
7.8.2 Entrevista em profundidade ....................................................................................................... 27
7.8.3 Observação direta ...................................................................................................................... 27
7.8.4 Painel de consumidores ............................................................................................................. 27
7.9. Concorrência ................................................................................................................................... 28
7.9.1 Análise SWOT........................................................................................................................... 29
7.9.2 O que temos de fazer para analisar a concorrência? .................................................................. 29
7.10. Como fazer uma análise da concorrência ...................................................................................... 30
7.10.1 O que devemos fazer?.............................................................................................................. 30
7.10.2 Para que serve a análise da concorrência? ............................................................................... 31
8. Centralidade no cliente ........................................................................................................................... 31
8.1. O que é o consumidor? .................................................................................................................... 31
8.2. Grupos de consumidores ................................................................................................................. 32
8.2.1 Descrição física ......................................................................................................................... 32
8.3. O Consumidor ................................................................................................................................. 33
8.3.1 Estado civil – dois grupos .......................................................................................................... 33
8.3.2 Descrição Psicossociológica ...................................................................................................... 34
8.4. Comportamento do consumidor ...................................................................................................... 35
8.4.1 Comportamento de consumo ..................................................................................................... 36
8.4.2 Hábitos e procedimentos de compra: ......................................................................................... 36
8.4.3 Comportamentos de recolha de informação .............................................................................. 36
8.5. Implicação do consumidor............................................................................................................... 37
8.5.1 Grau de implicação .................................................................................................................... 37
8.5.2 Tipos de Risco ........................................................................................................................... 38
9. Marcas .................................................................................................................................................... 39
9.1. A Natureza das funções das marcas................................................................................................. 39
9.2. Marca Institucional .......................................................................................................................... 40
9.3. Identidade da Marca ........................................................................................................................ 42
9.3.1 Identidade física da marca ......................................................................................................... 42
9.3.2 Identidade psicológica da marca ................................................................................................ 43
9.3.3 Percepções da marca .................................................................................................................. 43
9.3.4 Efeitos da comunicação da marca.............................................................................................. 44
10. Marketing Mix...................................................................................................................................... 45
10.1. Definição de Marketing Mix ......................................................................................................... 45
10.2. Variáveis controláveis do Marketing ............................................................................................. 45
5
10.3. Produto/Serviço ............................................................................................................................. 46
10.4. Preço .............................................................................................................................................. 49
10.5. Distribuição ................................................................................................................................... 50
10.6. Comunicação ................................................................................................................................. 52
10.7. Mix da comunicação ...................................................................................................................... 54
10.7.1 Publicidade .............................................................................................................................. 54
10.8. Força de vendas ............................................................................................................................. 56
10.9. Marketing direto ............................................................................................................................ 56
10.10. Patrocínio..................................................................................................................................... 57
10.11. Relações Públicas ........................................................................................................................ 58
10.12. Promoções ................................................................................................................................... 59
10.13. Merchandising ............................................................................................................................. 60
11. Estrutura de um plano de Marketing .................................................................................................... 61
11.1. Objetivos ....................................................................................................................................... 61
11.1.1 Etapas de um plano de Marketing ........................................................................................... 62
12. Introdução ao Marketing Digital .......................................................................................................... 63
12.1.1 Benefícios: ............................................................................................................................... 63
12.2. O que é o Marketing Digital .......................................................................................................... 64
12.3. Marketing Divital vs Marketing Tradicional ................................................................................. 64
12.3.1 Vantagens de Marketing Digital .............................................................................................. 65
12.3.2 ROI (Retorno sobre o investimento) ........................................................................................ 66
12.4. Comportamento online e processo de decisão do consumidor ...................................................... 66
12.4.1 O que é o comportamiento do consumo .................................................................................. 66
12.4.2 O Porquê das pessoas comprarem ........................................................................................... 67
12.4.3 Razões do Porquê dos consumidores não comprarem online .................................................. 68
12.4.4 Covid-19 .................................................................................................................................. 69
12.4.5 Como as pessoas compram online ........................................................................................... 69
12.5. Consumidor da Era Digital ............................................................................................................ 70
12.6. Jornada do Consumidor ................................................................................................................. 71
12.6.1 Funil de vendas ........................................................................................................................ 72
12.7. As tendencias do comportamento do consumo .............................................................................. 74
12.8. Como as pessoas realmente veem as páginas da Internet .............................................................. 75
12.9. Organização visual de uma página ................................................................................................ 75
12.10. Elementos de Marketing Digital .................................................................................................. 76
12.11. Como fazer uma Campanha de Marketing Digital ...................................................................... 77
12.11.1 Fases da criação de uma campanha ....................................................................................... 77
12.11.2 Canais disponíveis ................................................................................................................. 78
12.12. Marketing Tradicional e/ou Marketing Social ............................................................................. 78
6
12.13. Analisar o sucesso das campanhas .............................................................................................. 78
13. Relações Públicas Online e reputação da marca................................................................................... 79
13.1. Press Release online ...................................................................................................................... 79
13.1.1 Como escrever um Press Release ............................................................................................ 79
13.2. SEO em Press Release ................................................................................................................... 81
13.3. Distribuição de Press Release e Notícias ....................................................................................... 81
13.3.1 Exemplos a nivel mundial ....................................................................................................... 82
13.3.2 Exemplos a nivel nacional ....................................................................................................... 82
13.4. Monitorização da imagem da marca .............................................................................................. 82
13.4.1 Redes Sociais ........................................................................................................................... 83
13.4.2 O que devemos fazer para monitorizar? .................................................................................. 84
13.4.3 Medir o sucesso da reputação da marca................................................................................... 84
13.4.4 Reparar a imagen da marca ..................................................................................................... 85
13.4.5 Quando detetamos uma queixa ................................................................................................ 86
14. Bibliografia........................................................................................................................................... 88
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1. Nacimento do Marketing
Nos anos 40, os primeiros estudos sobre o Marketing surgiram com trabalhos como os de Walter
Scott, sobre a aplicação da psicologia na publicidade.
Em 1960 deu-se a primeira grande mudança no Marketing, feita por Theodore Levitt, mais tarde
intitulado o pai do marketing, professor da Harvard Business School.
Este economista escreveu um artigo na revista Harvard Business Review, Miopia em Marketing,
onde revelou uma série de erros de perceções e mostrou a importância da satisfação dos
consumidores/clientes.
Em 1967, Philip Kotler, professor da Kellogg School of Management, lança a primeira edição do
seu livro Administração de Marketing, onde reuniu, reviu, testou e consolidou as bases daquilo
Na década de 80, o fenómeno dos gurus é responsável pelo descuido com rigor na investigação
Segundo AL Ries e Jack Trout, posicionamento “não é o que se faz com o produto.
Posicionamento é o que se faz com a mente dos clientes” In Marketing de A a Z - Philip Kotler.
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Assim como em muitos outros setores, o avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto
no mundo do marketing, influenciando fatores que interagem com este, como são os exemplos
de logística, distribuição e formas de pagamento.
É uma estratégia que coloca o cliente no centro do negócio e que, com o suporte da tecnologia,
permite obter uma visão global do cliente.
O objetivo da estratégia é melhorar a satisfação dos clientes a partir de cada interação para
melhorar a relação com o cliente ao mesmo tempo que favorece os resultados da empresa.
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1.2. Para que serve
Com a evolução nas áreas de vendas e do marketing digital, o foco está agora sempre na
experiência do cliente.
O CRM integra todos os pontos de contacto da experiência do cliente com uma empresa.
Potencia uma maior aproximação ao cliente, o que consequentemente gera mais valor.
A informação recolhida, além de permitir segmentar e estabelecer uma melhor relação
com cada cliente, individualmente, contribui para a tomada de decisões mais
estruturantes na empresa, permitindo racionalizar o investimento em marketing, e
oferecendo os bens e serviços adequados às pessoas certas, no momento certo e no
lugar ideal online project management.
Nas Redes Sociais, os consumidores fomentam as relações com as suas ligações, mas
também em comunidades temáticas, onde a recomendação de um amigo ou de um
Opinion maker tem muito mais impacto do que uma interação tradicional da empresa,
do bem ou do serviço.
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2. O Marketing do Novo Milénio
Com o virar do milénio, a www (World Wide Web) passou a ser um mecanismo utilizado um
pouco por todo o mundo, levando ao aparecimento de expressões como web-marketing e
comércio online.
O ano de 2010 é marcado por um novo comportamento onde as compras online, alteraram as
normas do mercado. Face a estas mudanças, as empresas veem-se na obrigação de alterar a sua
comunicação para com os seus consumidores.
Como a pesquisa se tornou parte essencial da rotina dos utilizadores da Internet, o Marketing
Digital tem atraído cada vez mais a atenção.
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Marketing - É o processo social pelo qual as pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que
necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de
valor (Kotler e Keller, 2006);
Marketing 4.0 - É o estágio mais recente do marketing, onde o cenário é o mundo virtual. O
consumidor já não é tratado como um mero cliente, mas sim como um ser humano dotado de
vontades, valores e gostos específicos.
Com base nas definições que vimos, podemos dizer que qualquer empresa deve obter
informação sobre os mercados e os consumidores, de maneira a compreendê-los e conhecê-
los da melhor forma, para poder adequar os seus produtos e serviços aos mesmos.
4. O que é o Marketing?
O Marketing é uma ciência aplicada que se avalia pelos resultados obtidos no mercado, sobre o
mercado.
• Organizar meios
• Atuar nas direções certas
• Agir no horizonte pretendido
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Assim é fundamental definir ESTRATÉGIA!
Estratégia é: Conjunto de ações que levam a estruturar, de forma correta e eficaz, os recursos e
os meios (humanos, materiais, técnicos e financeiros), para conseguir alcançar os objetivos
determinados pela empresa/organização.
A estratégia de uma empresa passa sempre pelos quatros grandes pilares da gestão:
• Recursos Humanos
• Finanças
• Produção
• Marketing
Estes 4 fatores são imprescindíveis na estratégia de uma empresa, sendo que todos se
completam e reforçam.
Se qualquer um deles for incoerente e/ou incompatível, diminui a eficacia comum e põe em
risco a própria sobrevivência da organização.
Uma estratégia empresarial deverá responder sempre a duas questões, para poder ser
considerada como tal.
Estas duas questões vão levar a empresa a definir qual a sua estratégia e como vai conceber.
Em relação à primeira questão devemos, de acordo com a avaliação do setor de mercado que
pretendemos atingir, identificar as competências centrais do mesmo.
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• Já no que diz respeito à segunda questão, a empresa deve, após uma avaliação do
mercado, identificar para cada negócio quais as competências centrais que deve possuir
para conseguir superar a concorrência.
Exemplo:
Planeamento: Processo pelo qual a empresa define o que fazer para atingir um determinado
objetivo.
Missão - Pode ser vista como o objetivo de uma empresa. Se olharmos para a “missão” de
diferentes empresas encontramos expressões como “nosso objetivo” “Queremos ser”,
“Pretendemos”, etc...
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5.3.1 Alguns Exemplos
Histórias que emocionam - Qualquer missão deve conter uma boa história por trás
Com o aumento da informação disponível, é fácil para o consumidor perceber quando a missão
de uma marca não é autêntica.
Assim, é fundamental que os empregados das próprias empresas sejam embaixadores dos
valores que transmitem, passando a missão da marca aos consumidores.
Assim, primeiro é necessário saber qual é o objetivo, para que se possa planear de seguida.
➢ Podemos então dizer que planear é um processo estruturado que conduz a um conjunto
de iniciativas e decisões para uma organização específica e durante um período
determinado.
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6. Diferentes tipos de Marketing
O Marketing pode ser visto de diferentes formas, apesar de ter um objetivo final
comum: satisfação final do cliente. Assim, podemos ver o marketing adequado a
diferentes áreas de negócio.
Seja qual for o produto ou serviço que a empresa comercializa, a mesma terá sempre de comprar
também e não apenas vender.
Assim, o marketing (B2B) é a relação que se estabelece, com outras organizações, e que leva
à compra de matérias-primas, instalações, equipamentos etc.
Exemplo: Uma empresa que organiza eventos pode ter a necessidade de alugar um espaço onde
vai organizar um congresso.
Marketing Social tem vindo a ganhar enorme importância nos últimos anos. É visto como uma
forma das empresas fortalecerem a sua imagem corporativa.
Bem trabalhada, a imagem corporativa pode criar valor e facilitar a aproximação entre a
empresa e os seus públicos.
Cabe ao marketing social criar e implementar estratégias que despertem nos seus públicos:
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• Simpatia
• Respeito
• Consideração
• Prestígio
A imagem corporativa deve ser aplicada de dentro para fora da empresa. Isto é, primeiro
através dos públicos internos (empregados) e só depois para os seus públicos externos
(Consumidores).
• Clubes
• Patrocinadores
• Fornecedores
• Media
• Atletas
• Resultados e comportamentos desportivos
• Instalações desportivas
• Fidelização
• Fundo social
Esta visão defende que uma das formas mais fáceis de conseguir a aceitação, por parte dos
públicos (internos e externos), prende-se com a organização de espetáculos culturais.
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Exemplo: Uma empresa pode, por exemplo, reservar um dia para que os seus trabalhadores
consigam ir assistir a uma peça de teatro, de forma gratuita.
• Para a companhia de teatro é benéfico porque, pelo menos nesse dia, tem a certeza de
ter a sala toda cheia;
• Aos olhos dos seus empregados, esta iniciativa é aplaudida porque permite presenciar
um espetáculo sem ter de despender qualquer valor para o fazer;
• Para a empresa, o retorno é a satisfação dos seus empregados e o facto de a imagem
corporativa sair reforçada;
Está relacionado, essencialmente, com os períodos eleitorais, como os exemplos das eleições
Autárquicas, Legislativas, Presenciais e Referendos.
Nesta perspectiva do marketing, as principais variáveis que são alvo de análise são:
• Campanhas eleitorais;
• Imagem do político;
• Imagem do partido;
• Projetos e ideias;
• Sondagens;
O Marketing político é bastante “agressivo” devido aos constantes ataques que são feitos entre
políticos/partidos.
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São empresas dos mais distintos serviços associados ao Turismo, que desenvolvem estratégias
de marketing turístico.
Nelas encontramos:
• Operadores turísticos
• Agências de viagens
• Hóteis
• Restaurantes
• Rent-a-car
• Entretenimento
• Localização
• Atrações de entretenimento/cultura
• Comunicação/imagem de marca
• Preço
• Canais de distribuição
• Congregação de serviços
• Diversificação de ofertas
É um sistema interativo que utiliza um ou mais meios para provocar uma resposta, por parte do
seu público-alvo, sendo o seu grande objetivo a fidelização de clientes.
Muitas empresas apostam mais na fidelização dos clientes do que em conseguir novos
clientes.
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7. Mercado
É um ente que relaciona aquele que procura com aquele que oferece um produto ou serviço, e
no qual realiza um intercâmbio de prestações.
7.1.1 Oferta
7.1.2 Procura
As necessidades são ilimitadas, mas os recursos, pelo contrário, são limitados, e o comprador
irá atribuí-los do modo que considere mais conveniente para ele.
Assim, podemos dizer que a Investigação Comercial se define como uma função das empresas
que une o consumidor, cliente ou público (que procura) ao empresário (que oferece), através
da informação que se emprega para identificar e definir problemas e oportunidades comerciais.
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Os objetivos que, portanto, possam ser perseguidos com a investigação comercial são:
• Análise qualitativa do mercado - Motivos que compram, perfil dos compradores, papel
dos grupos sociais nos processos de compra, aprendizagem, atitudes, comportamentos
pós-compra, etc
• Análise quantitativa do mercado - Estimativa dos volumes de compra
• Análise do produto - Possibilidades de produtos novos, a sua conceção e difusão, design
dos recipientes, as denominações de marcas, etc
• Análise da comunicação - Estudos dos meios e suportes mais convenientes,
determinação de audiências, orçamentos promocionais e medidas de eficácia.
• Análise da distribuição e das vendas - Seleção dos canais, eficiência da redes, logística
da distribuição, etc
• Explorações tecnológicas
• Análise económica e da concorrência.
Para obter sucesso, todos os projetos empresariais ou empresas devem adotar uma série de
decisões, de vital importância, à volta do mercado em que desejam posicionar-se:
Um estudo de mercado não nos garante uma decisão correta, pois nunca poderemos eliminar
totalmente a incerteza, mas podemos fazer:
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O empresário, para conhecer o mercado o melhor possível, deve pôr em prática técnicas de
Investigação de mercados.
Cada empresa irá desenvolver e realizar as suas atividades, num determinado contexto.
• Análise Externa
• Análise Interna
7.2.1 Promotor
Refere-se aos que promovem a criação da empresa, os que vão escolher a forma jurídica que
terá (dado que são eles que iniciam ou criam), o seu objeto social ou, para que foi construída a
empresa.
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Componentes de mercado:
• Os consumidores/clientes
• A concorrência
• As formas de distribuição
• A legislação nacional, autónoma e comunitária
• A tecnologia e as inovações tecnológicas no mercado
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• Localização
• Concorrência: quem constitui? as suas características, possível comportamento nas
atividades de marketing (promoção, fixação de preços, novos produtos, ..)
• Produtos concorrentes: a sua natureza e número
• Condições económicas
• Composição das vendas: semanais, mensais, anuais, por cidade, por tipo de loja, por
produto ou serviço, etc
• Quando ocorrem as vendas?
• Onde ocorrem as vendas?
• Custos relacionados
• Níveis de benefício: por produto/serviço, por tipo de estabelecimento, por áreas
geográficas
• Tendências do ano anterior
Para começar o processo, é necessário reunir toda a informação existente sobre as atividades
da própria empresa e da concorrência, as quais podem afetar a investigação que se pretende
realizar.
• Produto
• Serviço
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Canais de distribuição- é necessário conhecer quais são as características dos elos das cadeias
de distribuição: os que vão fazer chegar o produto ao consumidor.
Força de vendas - Este conceito inclui o tipo e número de vendedores, as zonas que têm
atribuídas, a sua forma de remuneração, avaliação e controlo
Promoção e Publicidade - Como será feita a publicidade, que objetivos têm, quais são os
resultados obtidos, que investimento é necessário.
Nesta etapa contacta-se diretamente com o mercado, mediante entrevistas informais com
pessoas (consumidores e distribuidores fundamentalmente) que podem trazer novos dados.
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7.8. Técnicas de estudo de mercado
São muitas as técnicas existentes para realizar um estudo de mercado. As técnicas de estudo de
mercado são os procedimentos utilizados para obter dados importantes.
Sondagem: Consiste na recolha de informação através da resposta que uma série de indivíduos
selecionados dão a uma série de perguntas contidas num questionário previamente concebido.
Este sistema permite obter um elevado número de respostas e obter uma série de dados não
apenas sobre o entrevistado, como também sobre o seu enquadramento.
Inconvenientes: Baixo índice de respostas produzidas e o facto de não ser possível esclarecer
dúvidas ao entrevistado
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Sondagem por telefone: É uma técnica muito rápida.
Como inconveniente tem o facto de não se poder saber com certeza se se está a entrevistar a
pessoa adequada.
Consiste numa conversa entre duas pessoas, frente a frente, para trocar informação e opiniões
com objetivos bem definidos, e na qual o entrevistador e entrevistado gozam de liberdade de
expressão.
É uma técnica que obtém a informação sobre as pessoas e situações, sem que os sujeitos ou
factos investigados se deem conta de que estão a ser investigados.
A vantagem fundamental radica no aspeto de o facto observado não ser condicionado, dado
não se produzir nenhuma interferência externa.
O painel é uma amostra fixa (um grupo concreto de consumidores) investigada periodicamente
com o fim de ir analisando um tema concreto, ao longo do tempo, e, deste modo, estudar a sua
evolução.
Muitos executivos de vendas acreditam que o êxito da sua gestão depende fundamentalmente
do trabalho de rua, da proximidade dos clientes, da amabilidade, de estar atualizado sobre as
notícias que correm no setor, etc.
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E é certo que todos estes aspetos táticos são importantes.
Contudo, hoje sabemos que estes aspetos, embora sejam importantes não bastam. É
importante combiná-los com uma abordagem estratégica do mercado.
7.9. Concorrência
Uma vez analisada a situação da nossa empresa e o nosso enquadramento, devemos estudar e
verificar tanto os nossos pontos fracos como os pontos fortes.
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7.9.1 Análise SWOT
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• Da tecnologia;
• Dos recursos humanos e financeiros;
• Da organização ou da capacidade diretiva disponível;
• Dos benefícios obtidos;
A técnica SWOT (que implica fazer uma análise da concorrência) consiste em realizar uma análise
dos Pontos Fortes (Strengths), Pontos Fracos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e
Ameaças (Threats) para estabelecer um diagnóstico sobre a concorrência.
Pontos Fracos - Aspetos negativos da organização que podem gerar desvantagem competitiva,
supondo, portanto, limitações que impedem de se defender das ameaças ou aproveitar as
possíveis oportunidades.
Pontos Fortes - São aspetos positivos da organização que podem criar vantagens competitivas,
tornando possível enfrentar as ameaças e aproveitar as oportunidades.
• Os pontos fracos que encontremos devemos superá-los, uma vez que nos colocam em
desvantagem em relação aos nossos concorrentes;
• As ameaças que se apresentem terão de ser enfrentadas através dos pontos fortes de
que a empresa disponha;
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• Os pontos fortes deverão ser estudados e potenciados, de modo a manter ou conseguir
vantagem competitiva;
• As oportunidades devem ser aproveitadas para levar a cabo ações e para as explorar,
através dos pontos fortes de que a empresa dispõe;
8. Centralidade no cliente
Entre as diferentes ideias de que nos podemos lembrar, algo é certo: o cliente é a
sobrevivência de qualquer empresa, porque sem ele não existe empresa que mantenha
as portas abertas.
É FUNDAMENTAL conhecê-lo da melhor forma, e saber o que pode influenciar todo o processo
de decisão: como se comporta e de que maneira está implicado na comunicação que lhe chega.
• Mas como estudar o consumidor, sem também percebermos o que ele procura?
• E o que procura o consumidor? Um produto ou serviço que satisfaça as suas
necessidades.
O que muitas vezes nos esquecemos é que por trás desses produtos e serviços está uma marca.
O cliente é indispensável para a empresa. Assim, a empresa depende dele, mas ele não
depende da empresa.
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Uma empresa, mais do que conquistar novos clientes/consumidores, deve primeiro dedicar-se
a fidelizar os que tem. Para que tal aconteça, deve conseguir oferecer-lhes sempre mais por
menos.
Se a empresa não cuidar dos seus clientes, depressa surgirá um concorrente que o fará.
Podemos agrupar os consumidores de várias formas, sendo que a primeira e mais importante
para qualquer empresa se prende com o número de vezes com que lidamos com os mesmos.
• Físicas
• Psicossociológicas
Idade: Influencia mais a nível do poder de compra; a idade está associada a determinados
comportamentos de compra e valores.
Quanto mais velhas as pessoas, mais acreditam na publicidade, porque apenas querem que
lhes simplifiquem a vida.
Sexo: Evolução dos costumes; cada vez mais a mulher conquista uma maior posição na
sociedade.
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8.3. O Consumidor
Quando falamos de consumidor/cliente nunca devemos esquecer que este tem um papel
principal, sendo o principal ativo financeiro para qualquer empresa.
Podemos afirmar que os clientes são os recursos mais importantes de uma empresa.
Exemplo: Quando uma marca de brinquedos vende um dos seus produtos, fá-lo aos adultos,
sendo este o cliente. No entanto, o “consumidor”, ou seja quem vai utilizar, será a criança.
Indivíduos: solteiros, divorciados e viúvos - Vivem mais sozinhos (apesar de poderem viver
acompanhados), leem mais, gastam mais em congelados, gastam mais em lavandarias, gastam
mais em coisas supérfluas do que em bens necessários.
Local de habitação - A vida nos arredores é diferente da vida na cidade, as condições climatéricas
influenciam no produto comprado, bem como as tradições locais.
Classes Sociais - Influenciadas pelo poder de compra e pela instrução. As classes sociais estão
divididas por categorias pelas quais se pode decompor uma sociedade.
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As classes sociais ajudam as empresas que efetuam estudos de mercado a realizarem uma
análise mais detalhada e específica dos seus públicos-alvo.
• São grandes agregados: Grupos em que a comunicação entre os membros não é direta
e as influências são no plano simbólico.
• São grupos hierarquizados
• São grupos evolutivos - Podem fazer parte de uma ou outra classe, consoante a fase da
vida
• São grupos multidimensionais - Vários aspetos influenciam na definição da classe
(instrução, poder de compra, profissão)
• Grupos relativamente homogéneos - Tendem a ter comportamentos semelhantes
Encontramos fatores associados à personalidade. Nunca nos devemos esquecer que todos os
clientes são diferentes e que, por consequência, têm personalidades diferentes.
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Conservadores - Não arriscam na mudança do produto ou serviço quando já têm um que satisfaz
as suas necessidades.
Ansiosos - Procuram sempre novos produtos, com o objetivo de ganhar algo diferente do que
conhecem.
Sobre as vertentes da personalidade, também podem ajudar a conhecer melhor os nossos
clientes:
Centro de interesses - Grande implicação que o consumidor tem com o produto
Segmento - Grupo de indivíduos com componentes semelhantes dentro do grupo e diferentes
dos restantes grupos.
Atividades - O que fazem ao nível de trabalho e lazer
Valores pessoais - Valores que a pessoa tem, traços de personalidade influenciados por esses
valores
Opiniões - Avaliação que cada pessoa faz da sociedade em geral
35
Por outro lado, um consumidor que não é fiel à marca é completamente o oposto, ou seja, nada
conservador, mas seguro de si mesmo por estar bem informado.
Existe o tipo de consumidor visualizador, que é um consumidor que valoriza mais a informação
visual, daí o aspeto estético do produto ser muito importante.
Escolha da loja - Um consumidor autoconfiante prefere lojas de discount (lojas onde a prestação
de informação é reduzida), enquanto os consumidores inseguros preferem o comércio
tradicional onde podem ter o apoio de quem os informa.
Uma empresa seja qual for o produto e serviço disponibiliza no mercado aos seus
consumidores/clientes, deve sempre saber responder a algumas perguntas que estão divididas
em 3 grandes áreas: o comportamento do consumidor, os hábitos e procedimentos de compra
e os comportamentos de recolha de informação.
36
Quais os hábitos de leitura de imprensa - Diariamente, semanalmente, quinzenalmente
Quais os hábitos de frequência de exposições - Diariamente, semanalmente, quinzenalmente
Implicação (ou envolvimento) - Importância global que se confere a um objeto, de acordo com
as necessidades e desejos que ele satisfaz.
37
Consoante a implicação do consumidor, o tipo de comunicação a usar deve ser distinto e
adequado ao destinatário.
Muito implicado:
Pouco implicado:
Independentemente do nível de implicação de cada consumidor, existe sempre, por parte dos
mesmos, um risco no ato da aquisição de um produto/ serviço.
Risco - Receio que se sente quando se está perante uma decisão de compra-risco pressentido.
38
Financeiro - Ligado ao preço do produto, custos de manutenção, utilização de crédito;
9. Marcas
A palavra “marca” provém do antigo nórdico “brandr”, que significa queimar, e a partir destas
origens entrou posteriormente noutras línguas e culturas.
Exemplo: Se nos lembrarmos dos filmes antigos de cowboys, recordamos o facto de estes
marcarem o seu gado com um ferro quente. Esta marca significava que aquele gado pertencia
a um determinado criador.
Com o passar dos anos a Marca ganhou cada vez mais poder, sendo que atualmente são
consideradas o ativo mais importante e sustentável de qualquer organização.
A marca é um ativo da empresa que tem ganhado cada vez maior importância. Esta é sinónimo
de competitividade e de permanência no mercado.
Criar valor para o consumidor e para a empresa, tornando-se imprescindível a maneira como é
então comunicada.
39
Mais importante do que comunicar a marca, é a forma como esta pode ser vista e quais podem
ser as suas funções.
Resumidamente:
As marcas são agrupadas em três grandes categorias. Assim, podemos vê-las dispostas da
seguinte forma:
• Marca Institucional
• Marca Produto
• Marca Umbrella
➢ Marca Institucional Pura - Designa a instituição, mas não é destacada nos produtos da
empresa. A função da marca é unicamente institucional.
40
Exemplo: Unicer - Que coloca os seus produtos com uma marca própria, mas distinta da
institucional, como a Super Bock, Abadia, Vitalis, Caramulo, Frisumo, Frutis, etc.
Exemplo: A Yamaha, a Michelin e a Sony são exemplos de empresas que utilizam a marca
institucional como marca dos seus produtos.
Exemplo: Gilette - Temos espumas e lâminas de barbear, mas por outro lado temos também as
pilhas Duracell, que apesar de pertencerem à mesma instituição, não se chamam Gillete.
➢ Marca Umbrella: Contrariamente à marca produto, que é específica para cada produto
ou cada gama de produtos, a marca Umbrella é utilizada para identificar várias
categorias de produtos, independentemente da sua semelhança ou posicionamento.
41
Existem também as marcas derivadas das Marcas Produto e das Marcas Umbrella e que são,
sem dúvida nenhuma, bastante importantes devido ao peso que ocupam no mercado, entre
elas:
• Produto-Marca: designa um produto proposto por uma só empresa que, por falta de
denominação genérica do produto, não pode identificar-se senão pela sua marca.
Exemplo: Post-it
42
9.3.2 Identidade psicológica da marca
Uma marca descreve-se não apenas pelos seus aspetos físicos mas também pelo seu carácter,
território e valores.
O território de uma marca - Mercados onde a marca é legítima. (Espaço onde tenho autoridade
psicológica sobre o consumidor)
Esta dimensão é, geralmente, mais importante para as marcas Institucionais, Umbrella, do que
para as marcas Puras.
As marcas existem porque há pessoas diferentes, para cada necessidade existe uma marca
diferente:
• Ético - são marcas que não têm uma funcionalidade direta, mas que por estarem a
ajudar uma causa, satisfazem ideologicamente o consumidor.
• Racional - está relacionado com componentes como o preço, a qualidade, entre outros.
43
9.3.4 Efeitos da comunicação da marca
• Necessidade de categoria;
• Notoriedade da marca
• Atitude face à marca
• Intenção de compra da marca
• Facilitação da compra da marca
Atitude face à marca - Avaliação global que o comprador faz da marca, no que respeita à sua
capacidade de satisfazer uma motivação relevante e coerente.
Facilitação de compra - Perceção do comprador de um ou mais dos P’s de Marketing Mix que
esteja a dificultar a compra:
44
10. Marketing Mix
De uma forma muito resumida, podemos ver o marketing como a base de qualquer
comunicação.
O marketing pode ser visto como o elemento responsável por criar as necessidades no seu
público-alvo e de satisfazer as mesmas.
Assim, entre muitas outras destacamos a que é considerada como a mais correta, estando a
mesma publicada na “Biblia” do marketing o livro Mercator.
O marketing é o “conjunto dos meios de que dispõe uma empresa para vender os seus produtos
aos seus clientes com rendibilidade” in Mercator.
Assim, o mix marketing é o conjunto de técnicas (ou meios) utilizadas pelos marketeers para
conseguir chegar ao seu público-alvo, da forma mais eficaz, com o menor investimento possível,
e que consiga trazer a maior rendibilidade para a empresa que representam.
O marketing mix é a combinação dos elementos de marketing que a empresa escolhe, como a
mais adequada, para a obtenção dos seus objectivos empresariais.
45
Por isso a empresa não vende um produto despido, mas sim um produto total ou uma oferta
que compreende garantias, níveis de preço, acessibilidade ao produto, financiamento,
informação para o seu uso etc.
A decisão tomada pela empresa, sobre o marketing mix, define o posicionamento do produto
em relação aos produtos da concorrência.
Além das variáveis controláveis existem outras variáveis que não estão sob o controlo do
profissional de marketing:
10.3. Produto/Serviço
As empresas, quando lançam um produto no mercado, sabem à partida que o mesmo obedece,
regra geral, a um ciclo, que após terminar, ou é retirado do mercado /quando começa a entrar
em declínio), ou então é lançado sob novas características que o fazem “rejuvenescer”.
46
Assim, cabe aos profissionais de marketing tentar encontrar as estratégias adequadas para que
o seu produto ou serviço consiga manter-se no mercado, sendo sempre procurado pelo
consumidor.
O produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer um desejo ou
necessidade, podendo assumir as seguintes hipóteses:
• Durabilidade;
• Tangibilidade;
• Uso.
Seguem alguns exemplos para que, de uma forma geral, consiga associar os diversos produtos
e serviços às categorias:
47
• Bens não duráveis - São bens tangíveis e que normalmente são consumidos após “um
ou alguns usos”. São consumidos rapidamente e comprados com frequência.
• Bens duráveis - São bens tangíveis que normalmente “sobrevivem” a muitos usos.
Exemplo: Os serviços requerem um maior controle, visto que não podem ser tocados. Na ótica
de serviços, temos por exemplo: reparações, produtos financeiros.
Se virmos do ponto de vista dos consumidores e do que eles compram, podemos agrupar os
produtos e serviços por hábitos de compra.
Todos os consumidores têm hábitos de compra distintos, mas seguem sempre, ou na maioria
das vezes, um dos seguintes padrões:
• Bens não procurados - Bens sobre os quais o consumidor não tem qualquer informação
ou pouco sabe. Exemplo: detetores de fumo.
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10.4. Preço
Associados ao preço, estão termos que ajudam na sua definição, como por exemplo:
• Reembolsos - Porquê?
Em relação aos 4 P`s do marketing mix, e analisando as suas variáveis, três delas, (produto,
distribuição e comunicação) criam valor de utilização ou imagem, enquanto a variável preço,
além de também pode contribuir para a imagem, pretende transformar esse valor em lucro para
a empresa.
Contrariamente as outras variáveis, todas as decisões sobre o preço podem ter uma aplicação
com efeito imediato.
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Desta decisão depende a importância do segmento a atingir e a natureza das reações da
concorrência.
10.5. Distribuição
Inerentes à distribuição (onde queremos que a marca esteja), encontramos pontos como:
• Canais de distribuição;
• Armazém;
• Modo de entrega;
• Técnicas de venda
Assim, podemos ver a distribuição como a forma de entregar produtos prontos para a
venda/consumo/manutenção. para tal, os mesmos precisam de ser entregues a tempo e horas
na quantidade pretendida, com as características solicitadas à data designada.
Definição - Política de distribuição - forma como é gerido o canal entre o fabricante e o ponto
de venda.
Um canal de distribuição a nada mais do que o percurso que o produto/serviço percorre, desde
que é produzido até ao local onde vai ser vendido/consumido.
50
Neste percurso são vários os elementos que intervém no mesmo, tal como podemos ver no
esquema seguinte:
Um canal de distribuição é formado por diversas categorias de intermediários que mediam entre
o produto, o destinatário e o destinatário final. isto não quererá dizer que um maior número de
intermediários provoca obrigatoriamente um preço mais elevado ao consumidor final.
51
A otimização do canal de distribuição pode traduzir-se, por exemplo, em preços mais baixos para
o consumidor, em maior volume de vendas para os produtores ou numa oferta mais
diversificada e num serviço melhor para os consumidores.
É possível identificar, além dos circuitos tradicionais (em que produtores, grossistas e retalhistas
negoceiam o melhor possível as condições de venda e de compra), outras formas de
organização:
Exemplo: O supermercado continente importa diferentes produtos e estes são distribuídos por
várias empresas.
10.6. Comunicação
Comunicação - a comunicação não vende, apenas ajuda a vender através de várias técnicas,
sendo a mais utilizada a publicidade, dando notoriedade á marca.
Uma estratégia de comunicação, corresponde ao conjunto de ações levadas a cabo por uma
empresa/organização, que levam ao cumprimento dos objetivos definidos pela mesma.
52
Os objetivos de uma estratégia de comunicação, independentemente do produto/serviço,
devem responder as seguintes questões:
Objetivos - O que?
Público-alvo - A quem?
Através - Como?
• Mix de comunicação;
• Criatividade;
• Planeamento dos meios.
Calendarização - Quando?
A forma como comunicamos com o nosso publico -alvo é tão (ou mais) importante como
qualquer outro dos P´s do Marketing Mix. Devemos fazê-lo sempre de maneira eficaz, mas ao
mesmo tempo correta, colocando sempre a centralidade no cliente.
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10.7. Mix da comunicação
• Publicidade;
• Força de vendas;
• Marketing direto;
• Patrocínio
• Relações Publicas;
• Promoções;
• Merchandising.
10.7.1 Publicidade
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A publicidade é vista como essencial, de tal modo que muito do orçamento das empresas a ser
aplicado na comunicação de um produto ou serviço é destinado à publicidade.
São normalmente campanhas dispendiosas para as empresas que as solicitam, de modo que
esse efeito tem que ser duradouro para poder haver algum retorno do investimento realizado.
A publicidade tem várias funções, sendo que todas elas são importantes. Podemos ver, então, a
publicidade com função:
• Teaser - A marca pretende criar curiosidade no seu publico alvo. A Palavra chave será
“expectativa”. Anúncios feitos em duas partes, onde primeiro é apresentada a parte que
serve essencialmente para criar essa expectativa no publico.
Quando e é descortinada a segunda parte, estamos perante o complemento do que foi dito na
primeira.
• Top of Mind - Quando nos lembramos de uma marca de telemóveis, o que nos vem a
cabeça? Apple.
Quando nos lembramos de uma marca de pilhas? Duracell. São as marcas que mais facilmente
recordamos, dentro de uma determinada categoria de produto.
55
10.8. Força de vendas
O vendedor é a empresa, para muitos dos seus clientes, e ele exerce um papel valorizado ao
trazer, para a sua empresa, informações muito importantes sobre os clientes.
Deste modo, a empresa precisa de empenhar-se ao máximo para planear a sua força de vendas,
ou seja, desenvolver objetivos e estratégias, definir a estrutura e tamanho da sua remuneração.
56
O principal objetivo do marketing direto é conhecer o consumidor, sendo que o ideal será
conhecê-lo de forma individual. A sua mensagem é dirigida a um alvo bem preciso e
identificado.
• Quem são?
• De onde vem?
• O que os (consumidores) torna fiéis as marcas?
• Como se relacionam (consumidores/marcas)?
Ao contrário da publicidade, o seu custo é baixo, sendo que o efeito que irá produzir será sempre
a curto/médio prazo. Pretendendo-se, com ações de marketing direto, transmitir informação
para o mercado e receber o seu feedback.
O marketing direto pode ser desenvolvido de diversas formas. Entre as mais utilizadas temos:
• Direct mail - Este pode ser dividido em: Diret Mail (tem um endereço) ou Drop Mail (sem
endereço).
• Telemarketing - também este se divide em dois: Inbound - Quando ligamos para um
callcenter para pedir informações ou comprar um produto/serviço.
Outbound - quando somo contatados pelo nosso operador móvel, para nos oferecer um novo
serviço.
Assim, podemos ver o Marketing direto como uma técnica preferencialmente usada quando se
pretende fidelizar, informar, dar a conhecer novos produtos, ou estimular a ação do cliente.
10.10. Patrocínio
57
Esta técnica é essencialmente utilizada por empresas com o objetivo de criar notoriedade das
marcas nos seus públicos.
Assim, o patrocínio é uma técnica de comunicação que permite um ganho mútuo entre duas
entidades.
O custo associado a esta técnica de comunicação é muito variável, dependendo de fatores como:
a duração do mesmo e a entidade (clube, associação, entre outros) que irá ser utilizada.
Geralmente, são utilizados para a comunicação empresarial, mas podem utilizar-se para
comunicar produto/marca.
Esta técnica adapta-se à generalidade dos públicos, sendo que o efeito que produz é sempre a
longo prazo.
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O custo de ações de Ralações Públicas é geralmente reduzido, sendo por isso uma das apostas
mais frequentes das empresas.
Podemos dizer, que de uma forma geral, que as Relações Públicas são um processo. Como todo
o processo, é constituído por ações, funções e operações, cuja finalidade é alcançar um objetivo
ou obter um resultado.
• Investigação;
• Planificação,
• Execução;
• Avaliação.
10.12. Promoções
O grande objetivo de ambas passa por acelerar o processo de compra junto dos clientes.
A promoção visa o escoamento do produto a larga escala. Assim sendo, as vendas do produto
aumentam rapidamente, mas também quebram rapidamente quando a produção termina.
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A promoção, é a técnica preferencial quando se pretende estimular a compra, dar a conhecer
novos produtos, promover a experimentação, escoar produtos, combater a sazonalidade de
consumo ou compra.
A comunicação deve dar a conhecer a promoção, para que o consumidor procure o produto.
10.13. Merchandising
De certeza que já reparou, quando vai a um hipermercado, que os produtos nem sempre estão
dispostos da mesma maneira.
Merchandising - Conjunto de métodos e técnicas que permitem dar ao produto um papel ativo
de venda, através da sua apresentação e do seu contorno, otimizando a rentabilidade.
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Ao elaborarmos estratégias de Merchandising, devemos ter sempre em conta o produto e a sua
implementação:
• No sítio certo;
• No momento certo;
• Na quantidade certa.
Esta técnica deve ser utilizada para incentivar o consumo, para conseguir que o consumidor
adquira algo de que não tem necessidade.
Definição: Documento escrito que contém as linhas de ação dos programas e afetações de
recursos relativos ao marketing de um centro de negócios, para um determinado período de
tempo.
11.1. Objetivos
Para conseguirmos atingir o nosso objetivo, devemos apoiar-nos em dois em dois grandes
passos:
61
• Descrição da situação de mercado - Como está o mercado?
• Descrição das estratégias e programas de marketing que irão suportar a concretização
dos objetivos de negócio, num determinado período.
É fundamental, uma vez que é no mercado e a partir do mercado que a empresa realiza os seus
objetivos e obtém os seus resultados operativos.
Assim, um plano de marketing deve ajudar a organização, a ser mais orientada para os seus
potenciais consumidores e clientes, para os vários públicos que interagem com a empresa,
estando atenta ao mercado e á concorrência.
62
• Atualização do Plano.
O Marketing Digital veio revolucionar a forma de fazer Marketing e tornar o contacto com o
cliente cada vez mais importante para o sucesso das empresas.
É FUNDAMENTAL perceber que o Marketing Digital não veio substituir o Marketing Tradicional,
mas sim complementá-lo de uma forma revolucionária.
Hoje em dia caminhamos para o uso integrado da Internet, em que os meios tradicionais de
Marketing servem de suporte para o Marketing Digital.
12.1.1 Benefícios:
63
Hoje, podemos utilizar determinadas ferramentas, de forma a obter:
O Marketing Digital torna mais fácil às empresas chegarem a novos mercados e vender, para
todo o mundo, com um custo relativamente baixo.
Baseia-se na utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC), tais como a Internet,
telemóvel e outros meios digitais, para divulgar e/ou comercializar produtos ou serviços,
conquistar novos clientes e melhorar a rede de relacionamentos.
Ao entrarmos no mundo do Marketing Digital e Marketing Online vamos encontrar nomes que
podem soar similares e confusos, tais como:
• Marketing online;
• Internet ou Web Marketing;
• Marketing de Redes Sociais;
64
O Internet Marketing ou Web Marketing foram expressões bastantes utilizadas há uns anos
atrás para nos referirmos ao marketing feito através da Internet, mas hoje já está em desuso.
➢ Maior cobertura: Permite uma maior cobertura e alcance do que os meios tradicionais.
Sem limitações geográficas, possibilitando a conquista de novos mercados e potenciais
clientes.
➢ Baixo custo: Um dos fatores mais revolucionários no marketing é a redução de custos
na publicidade.
A publicidade online pode ser direcionada para um público específico, reduzindo o desperdício
de recursos e dinheiro.
65
➢ Melhor ROI: Uma vez que a internet permite que os pagamentos dos anúncios sejam
feitos consoante a sua eficácia, o retorno de investimento em publicidade é maior, uma
vez que só os anúncios vistos pelos consumidores são pagos.
O comportamento de consumo nada mais é do que um estudo que procura entender os hábitos
e as reações das pessoas dentro do processo de compra.
66
Além disso, conta com uma análise sobre as os fatores que influenciam no comportamento do
cliente, que são:
• Pessoais: interesses e opiniões de um indivíduo, que são motivados pela idade, género,
país de origem, cultura e profissão;
• Psicológicos: as perceções, sentimentos e reações sobre ações nas redes sociais e da
publicidade sobre o seu modo de compra;
• Sociais: a influência de indicações de amigos, familiares, professores, chefes e colegas.
Conforto: Uma das principais vantagens do e-commerce é o conforto que a modalidade traz.
Com a evolução da internet móvel e maior acesso a dispositivos móveis, como tablets e
smartphones, é fácil fazer uma compra direto do sofá, no intervalo do filme ou durante a novela.
Comodidade: Fazer uma compra online e receber o pedido em casa é o maior exemplo de
comodidade. Antes do e-commerce, para comprar um produto era necessário pegar o carro,
enfrentar o trânsito, fila no estacionamento, corredores das lojas cheias e demora no
atendimento.
Comparações de preços: Com a popularização das lojas virtuais, surgiram os sites comparadores
de preços. Com dois cliques, é possível colocar lado a lado produtos de diferentes fornecedores
e preços variados, e dessa forma é muito mais fácil fazer um bom negócio nas compras online.
Segurança: O e-commerce permite uma compra muito mais segura, principalmente daqueles
produtos com alto valor agregado, como uma joia ou um eletrodoméstico, por exemplo.
67
12.4.3 Razões do Porquê dos consumidores não comprarem online
Falta de acesso ou familiaridade com a tecnologia: Algumas pessoas podem não ter acesso
confiável à internet ou não se sentirem confortáveis em realizar transações online devido à falta
de familiaridade com a tecnologia. Isso pode ser especialmente relevante para consumidores
mais idosos ou em áreas com infraestrutura limitada.
Preferência por experiências sociais: Algumas pessoas veem a atividade de compras como uma
experiência social, desfrutando de passeios em shoppings ou lojas com amigos ou familiares.
68
12.4.4 Covid-19
Afinal, o cenário incerto também foi espelhado na jornada de compra virtual, uma vez que o
contexto traz um paradoxo importante.
Existem também pessoas que, apesar de não comprarem na Internet, usam a mesma como
forma de obter mais informações sobre determinado produto ou serviço.
O digital veio criar não apenas o perfil de um novo consumidor, mas de novos consumidores. É
cada vez mais difícil para as marcas entender e acompanhar as mudanças.
Com o acesso à internet, o consumidor passa a ter um acesso mais rápido à informação e as
relações entre o cliente e a marca torna-se mais próxima.
O consumidor passa a ter uma voz mais ativa, começam a ter mais poder e exigem das empresas
maior foco no relacionamento e na experiência.
Se a experiência que o consumidor tiver for boa, poderá partilhar a sua satisfação com amigos
ou pessoas próximas, por exemplo nas redes sociais, o que ganha uma dimensão muito grande.
69
Mas se a experiência for negativa, rapidamente se pode “espalhar a palavra” e denegrir a
imagem de uma marca.
Além de podermos partilhar com milhares de utilizadores e opiniões sobre produtos, hoje em
dia temos à disposição opiniões de peritos ou pessoas bastante conhecedoras numa
determinada área, e, portanto, mais confiáveis.
Um estudo da empresa Mckinsey indica que 70% das pessoas confiam nos comentários de
outros consumidores. Isto significa que já não basta fazer boa publicidade a um produto, mas é
necessário criar uma boa reputação da marca e obter boas opiniões dos consumidores.
• Quando o faz, quer ser independente, ou seja, quer ter agilidade para realizar a compra
• Cada vez mais no momento da compra se leva em consideração o que as pessoas à nossa volta
pensam sobre uma determinada marca.
70
12.6. Jornada do Consumidor
4 Etapas da Jornada:
71
12.6.1 Funil de vendas
Neste 1ª fase o objetivo o objetivo é aumentar a consciência e fazer o público “entrar no funil”.
Pode ser para aumentar o nº de visitas de um site ou gostos numa página de redes sociais.
Nesta fase, o consumidor ainda não está consciente do seu problema ou da sua necessidade.
Por isso mesmo, não basta que os consumidores saibam o nome da marca, é importante que
sejam curiosas o suficiente para a conhecerem melhor.
• Artigos em blogs
• Webinares
72
• Vídeos
O objetivo principal do topo do funil é aparecer ao público-alvo, tentando captar a sua atenção.
Depois de conseguir captar a atenção consegue o reconhecimento, a confiança e a conversão.
A relação entre a marca e o consumidor é muito mais próxima. Nesta fase, já estamos a alcançar
os consumidores que têm interesse na marca, no produto ou serviço.
O potencial cliente já descobriu que tem algum problema e procura soluções, pelo que, ao
pesquisar vai identificar que empresas oferecem.
• Subscrição de newsletters
• Casos de estudo
Nesta fase é importante apresentar conteúdos mais específicos do que na fase anterior. Deve
diferenciar-se dos concorrentes, ser criativo e apresentar temas atuais ao público-alvo: esta é,
sem dúvida, a melhor forma para alcançar o sucesso.
• Testemunhos
73
• Informações sobre os processos de venda da marca
• Preço
Estes conteúdos são mais partilhados pelos utilizadores que chegam a esta etapa. O objetivo é
mostrar ao consumidor que está a fazer a escolha certa.
Mobile Commerce: Com o aumento do uso de smartphones e tablets, o e-consumidor cada vez
mais realiza as compras através de dispositivos móveis.
A integração de recursos de compra diretamente nas redes sociais facilita o processo de compra
e permite que os consumidores tomem decisões de compra com base nas recomendações e
avaliações de outros utilizadores.
74
Valorização da Sustentabilidade: O e-consumidor está mais consciente sobre a sustentabilidade
e procura marcas que adotam práticas eco-friendly.
Hoje em dia, a maioria das páginas de Internet apresentam o mesmo tipo de estrutura: no canto
superior esquerdo fica o logótipo e o menu situa-se como barra vertical no lado esquerdo da
página, ou como barra horizontal por baixo ou ao lado do logótipo.
➢ Apesar de, hoje em dia, esta forma de organização visual ser encontrada em quase todas
as páginas da Internet, nem sempre foi assim.
➢ Após vários estudos, com câmaras de filmar, permitiram desenvolver uma técnica na
qual o movimento dos olhos do utilizador, ao visualizar uma página na Internet, é
monitorizado, permitindo criar heat-maps onde, através de cores mais quentes ou mais
frias, podemos ver onde o utilizador focou mais a atenção.
➢ O que se descobriu após este estudo, foi que na cultura ocidental, devido à nossa
educação e ao nosso alfabeto, estamos habituados a ler as páginas da internet de cima
para baixo e da esquerda para a direita, de uma forma muito parecida à que lemos as
páginas dos livros.
75
12.10. Elementos de Marketing Digital
Otimização de páginas na Internet - Vamos aprender a tornar uma página da Internet eficiente,
fácil de navegar e que direcione o utilizador ao nosso objetivo (a chamada “conversão”);
SEO (otimização para motores de busca) - Vamos conhecer o que podemos fazer para que o
nosso website apareça na primeira página dos motores de busca como o Google, Bing ou Yahoo;
76
Os elementos fundamentais do Marketing Digital são:
E-mail Marketing - O e-mail, é talvez o ponto mais antigo, mas a sua importância continua a ser
enorme.
Search Engine Marketing - o SEM é sem dúvida das formas mais interessantes de anunciar na
internet.
Uma das grandes vantagens passa pelo facto de permitir o retorno da comunicação. Os
consumidores podem comentar, opinar, interagir, reclamar, participar em passatempos, entre
outras questões.
Torna-se mais fácil promover marcas junto do consumidor, mas também destruir e
desprestigiar, dada a imediatidade da comunicação, da interação e do feedback.
Fase 1: Planeamento
Fase 2: Execução
Fase 3: Monitorização
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12.11.2 Canais disponíveis
• Websites
• E-mail
• Newsletters
• Blogues
• Facebook
• Instagram
• LinkedIn
• Canais de televisão
• Aplicações para smartphones
O Marketing Social é bidirecional, permitindo um feedback mais direto e imediato, bem como
um elevado grau de personalização da mensagem.
Uma das maiores vantagens é permitir a troca de impressões, o facto de o marketing social dar
voz às opiniões dos clientes e prospects.
Medir e analisar os dados permite-nos melhorar e otimizar constantemente, bem como tirar o
máximo partido das ferramentas de análise.
78
Desenvolver competências e recursos internos ou recorrer a entidades externas:
Dependendo do tamanho da empresa, pode fazer ou não sentido desenvolver ações do foro
digital. Quando se trata de micro, pequenas e médias empresas, pode compensar recorrer a
uma agência de marketing digital.
É um documento enviado para os media com informação detalhada sobre algo que
queremos divulgar como notícia.
O título:
É a parte mais importante de um Press Release, pois temos apenas alguns segundos para captar
a atenção do leitor.
Temos de o cativar com algo informativo, mas que, ao mesmo tempo, lhe desperte curiosidade
e vontade de ler mais.
Os títulos devem comunicar o essencial do artigo: quem, o quê, onde, quando e porquê.
O Texto:
No primeiro parágrafo devemos explicar o que será desvendado no Press Release, e ao mesmo
tempo captar o interesse do utilizador, dando-lhe uma razão para continuar a ler.
79
Cabeçalho:
Deve começar com a nossa localização geográfica e data. Ajuda a localizar o nosso artigo.
Citações:
Ao incluir citações, o leitor pode investigar por si mesmo, através das fontes citadas, mais
sobre o assunto em questão.
Outra grande vantagem das citações é o facto de poderem ser facilmente copiadas num artigo
sem necessitarem de alterações, tornando-as num ótimo recurso para criar conteúdos rápidos.
Conclusão:
Devem terminar com uma nota positiva, reforçando como resolver o problema dos leitores ou
melhorar as suas vidas.
Deve incluir uma CTA, convidando os leitores a visitar o website para obter mais informações.
80
Informação padrão:
No final do texto devemos incluir um parágrafo com uma mensagem de marketing que descreva
a nossa organização, os nossos valores, o que fazemos e para quem.
Estilo de escrita:
Ao escrever um Press Release online, devemos usar verbos ativos em vez de usar uma linguagem
passiva.
Não devemos utilizar uma linguagem floreada nem direcionada para Marketing.
Use frases claras, fáceis de entender, e não exagere ao falar do seu produto ou serviço com
demasiados adjetivos.
A forma como escrevemos um Press Release pode e deve ter efeito nos motores de busca. Uma
das opções mais práticas é a utilização das palavras-chave.
Quando utilizar as palavras-chave do seu website no texto do Press Release, crie um link para a
página do site.
Pode também criar Press Release interativos usando vídeo, áudio fotos ou qualquer outro
material que sirva para salientar o seu artigo.
A melhor forma de divulgar o Press Release é através de websites específicos para a distribuição
de notícias. O benefício de utilizar estes websites especializados é que os nossos Press Releases
são enviados para os serviços de notícias de Yahoo, Google e muitos outros.
81
Consequentemente será indexado pelos motores de busca das notícias e aparecerá sempre que
alguém procure por uma palavra-chave contida no título ou texto.
• www.onlineprnews.com/
• freepressreleases.co.uk/
• www.prnewswire.co.uk/
• www.prfire.co.uk/pricing-and-packages
• www.businesswire.com
• pt2.cision.com/
• www.pressreleaseportugal.com/
Ter a nossa empresa ou produto mencionados numa publicação dentro da nossa indústria é
excelente, não só porque chegamos ao público em geral no momento do lançamento do Press
Release, mas porque vários meses depois continuamos a receber visitas através de links para
o nosso website.
Milhões de pessoas usam a internet diariamente para fazer pesquisas detalhadas sobre
produtos e serviços, juntarem-se a clubes de fãs de música e filmes, rever e discutir hobbies e
temas que os apaixonam, etc.
82
Passa do mundo físico para o mundo virtual.
A grande diferença é que, enquanto uma conversa de café pode chegar até algumas pessoas
após horas ou dias, uma “conversa” na Internet permite chegar a milhões de pessoas
simultaneamente.
Este aspeto do mundo virtual é, por um lado, um benefício para as empresas, mas pode ser
também uma preocupação, no caso de clientes que expressam experiências desagradáveis.
Além dos fóruns de discussão e dos blogues, existem ainda as salas de chat, listas e e-mails,
comunidades e todas as redes sociais, onde as pessoas do mundo inteiro comunicam acerca de
temas.
Até há alguns anos atrás, estes websites interativos eram ignorados pelos responsáveis de RP e
marketing. No entanto, hoje em dia o valor de uma marca passa bastante pela opinião das
pessoas e pela sua imagem online.
Grande parte do trabalho dos profissionais de RP online é feita através das redes sociais.
Temas como Marketing Viral fazem parte das novas tendências das RP e ganham cada vez mais
importância.
➢ Através das Redes Sociais, um grupo de música, por exemplo, pode ter milhares de
seguidores que veem o que os membros do grupo escrevem, as músicas que publicam,
as datas de eventos, as intrigas, etc.
➢ No final, tudo servirá para aproximar a banda musical do consumidor, que também
tem assim um espaço para comunicar com os membros do grupo, através de
comentários, opiniões sobre as músicas novas, sugestões, etc..
Monitorizar a Internet permite-nos ser alertados no momento em que exista uma crítica
sobre a nossa marca ou produto da nossa marca.
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Para tirarmos o melhor partido da reputação da marca e marketing online, devemos saber
porque é tão importante monitorizar a nossa marca, onde procurar informação e como tomar
uma ação.
Segundo este seguinte estudo da empresa “Service Quality Institute”, conclui que um
consumidor contente com a sua compra, em média, partilha a sua experiência com 5 pessoas,
mas um com má experiência partilha-a em média com 10 pessoas, ou se calhar com 1000, se
for um bloguista ou um membro de uma rede social.
Ou seja, quando os consumidores estão descontentes, tendem a partilhar com mais pessoas a
sensação de insatisfação do que partilhar o contentamento de um bom serviço.
Isto acontece, em parte, porque todos nós achamos que o facto de estarmos contentes com
uma compra é “normal”, e como tal não é motivo para grandes observações.
Logo, devemos estar sempre atentos ao que dizem da nossa marca na Internet, de forma a
tomar uma ação rápida no caso de mau comentário, minimizando o seu impacto negativo.
Detectar atempadamente possíveis crises é apenas parte da razão porque deve ser
monitorizada a Internet.
Os seus esforços de marketing devem espalhar boas notícias acerca da sua marca, e incendiar
a paixão daqueles clientes que já são seus fãs.
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• Se a nossa marca vende produtos comercializados em alguma das grandes lojas online,
como Amazon ou Ebay, ou serviços no TrpAdvisor ou Booking, podemos ver
comentários dos consumidores e perceber se estamos num bom caminho;
• Contabilizar quantas pessoas chegaram ao nosso website vindas das nossas páginas nas
Redes Sociais, quantas vezes a nossa organização foi mencionada, quantos seguidores
relevantes temos e quantos interagem com a marca;
Apesar dos nossos melhores esforços para criar uma boa reputação, existem sempre ocasiões
em que a nossa marca sofrerá ataques, queixas legítimas e outras não legítimas.
➢ Juntarmo-nos ao diálogo online permite-nos contar o nosso lado da história e reparar
algum estrago existente na reputação da marca.
➢ A maioria dos ataques online feitos à reputação de uma marca pode ser evitada,
simplesmente assegurando-nos de que temos um plano de ação para responder às
queixas dos clientes antes de eles terem de pegar nos seus computadores.
O primeiro passo a dar quando detectamos uma queixa ou ataque online é investigar o
sucedido.
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Se alguém está a fazer um comentário pouco fundamentado sobre a nossa marca numa página
na Internet com pouca visibilidade, será que nos devemos meter? Será que não vamos ser nós
a desencadear o problema?
O tamanho da conversação
se virmos uma discussão num fórum com várias páginas e várias pessoas a queixarem-se do
nosso mau atendimento ao cliente, devemos dar a máxima atenção e perceber onde podemos
agir para contornar o problema.
Se, por outro lado, a queixa parte de uma única pessoa e ninguém respondeu ou comentou
esse assunto durante alguns dias, em princípio não vale a pena agir.
Alastramento da conversação
se monitorizarmos a reputação da marca, em tempo real (no caso de uma empresa grande ou
muito mediática), podemos ver como, a partir da primeira menção a uma queixa, a conversação
dispersa-se online.
Se virmos que existe um potencial grande de dispersão, devemos agir o quanto antes.
Se a dispersão não for óbvia, devemos esperar para ver o que acontece a seguir e agir apenas
se notarmos uma dispersão considerável.
A influência da conversação
Quão influente é o seu blogue ou website, fórum ou redes sociais onde surge a queixa? Quantos
links tem a página? Quantos leitores tem a página? Tente perceber se é provável ou não que a
queixa seja divulgada como notícia pelos media.
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Por vezes, a própria comunidade faz o trabalho sozinha e defende a marca, especialmente em
situações de críticas infundamentadas ou algo subjetivas.
Apesar de, na maioria das vezes, encontrarmos conversações sobre a nossa marca que não
merecem resposta, mais tarde ou mais cedo vamos encontrar uma queixa que apresenta duas
condições:
➢ O queixoso tem uma audiência em crescimento que, se for ignorada pode criar uma
crise séria na nossa reputação.
Precisamos de estar atentos à dispersão das conversas online, pois apesar de a fonte do
problema estar resolvida, o impacto negativo pode continuar a alastrar-se.
➢ Para isso, podemos enviar Press Release aos média expondo a resolução do problema,
podemos criar uma página de internet no website da empresa e colocar um link nos
comentários dos websites que continuam a escrever sobre o assunto.
➢ Cada vez mais o mundo virtual faz parte do nosso quotidiano: é um mundo onde
expressamos com rapidez e facilidade as nossas opiniões, desejos, sugestões e
desabafos.
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14. Bibliografia
➢ Clifton, Rita; Simmons, John (2005), O Mundo das Marcas – 1ª Edição Fevereiro. Actual
Editora.
➢ Dionísio, Pedro; Lindon, Denis, Lendrevie, Jacques; Lévi, Julien e Rodrigues, Joaquim –
Mercator – XXI – Teoria e Prática do Marketing. 10ª Edição Edições Dom Quixote.
➢ Dionísio, Pedro; Lindon, Denis, Lendrevie, Jacques; Lévi, Julien e Rodrigues, Joaquim –
Mercator – XXI – Teoria e Prática do Marketing. 10ª Edição Edições Dom Quixote –
Coleção: Gestão e Inovação.
➢ Cardoso, Adelino Alves (2009), Porque é que os consumidores compram. Ed. Lidel.
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