Tema 2 Estudo
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Tema 2 Estudo
O tempo histórico é marcado por continuidades e ruturas sociais, não podendo coincidir com uma
cronologia que não tenha em conta acontecimentos marcantes. O «longo século XIX» é iniciado
pela afirmação de uma ordem social e internacional no Congresso de Viena de 1815, ordem que
será contestada e transformada ao longo de cem anos. Mas será a Grande Guerra, em 1914, a iniciar
um novo ciclo histórico, rompendo ou reformulando o legado liberal do século XIX, num sentido
antiliberal e antidemocrático ou democratizante do sistema liberal.
LEITURAS RECOMENDADAS
Leitura básica:
− René Rémond, Introdução à História do Nosso Tempo, Do Antigo Regime aos Nossos Dias,
Lisboa, Gradiva, 1994 – Terceira parte: O Século XIX (1815-1914)
Completar informação:
O estudo do século XIX pode exigir a consulta de alguma das histórias universais indicadas no tema
anterior.
− História Universal, Lisboa, Lexicultural (sob licença do Círculo de Leitores, Ltd.), 1994 (1ª
edição portuguesa 1990). A obra original é alemã. Foi revista e adaptada por Jorge Borges de
Macedo. Os tomos que interessam são o III e o IV. Contém ilustrações, mapas, cronologias
por capítulo e uma geral, no final do IV tomo.
Aprofundar conhecimentos:
I PARTE
ATIVIDADES FORMATIVAS
Para dissertar sobre qualquer tema deve elaborar um plano estruturado para o desenvolvimento
das suas ideias. Por exemplo:
“Já antes vimos que o primeiro passo na revolução operária é a passagem do proletariado a
classe dominante, a conquista da democracia pela luta.
O proletariado usará o seu domínio político para ir arrancando todo o capital das mãos da
burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos do estado, isto é, do
proletariado organizado como classe dominante, e para aumentar o mais rapidamente
possível a massa das forças de produção.
Naturalmente, tudo isso a princípio só pode acontecer mediante intervenções despóticas no
direito de propriedade e nas relações de produção burguesas, através de medidas, portanto,
que economicamente parecem insuficientes e insustentáveis, mas que no decurso do
movimento levam para além de si mesmas e são inevitáveis como meios para revolucionar
todo o modo de produção.
Estas medidas serão, naturalmente, diferentes consoante os diferentes países.
Para os países mais avançados, contudo, poderão ser aplicadas as seguintes na sua quase
totalidade:
Marx & Engels, “Manifesto Comunista” in Obras Escolhidas, Tomo I, Lisboa, Edições
Avante, 1982, pp. 124-125
10. Aponte algumas das ideias fundamentais que caracterizam o pensamento marxista,
tendo em conta o doc. B.
- Jacques Droz (dir. de), História Geral do Socialismo, vols. 3, Lisboa, Livros
Horizonte, 1976
I PARTE
4. Para fazer o esquema deve reler com atenção o manual, pp. 155-159. Aí
são sistematizados os aspetos característicos dos regimes políticos liberais:
constitucionalismo, representatividade do poder, sufrágio censitário, igualdade perante a
lei e desigualdade de facto, de acordo com os níveis de riqueza, descentralização,
liberdade e laicidade.
9 e 10.No manifesto do Partido Comunista, em 1848, Karl Marx lança algumas ideias que
ele próprio procuraria desenvolver na sua obra posterior: o materialismo histórico e a
ideia da luta de classes como um motor da História. A sua frase de remate: «Proletários
de todo o mundo uni-vos!» era um apelo à luta de classes não só contra o capitalismo,
mas também contra o nacionalismo, outra ideologia que se afirmou no século XIX. Na
idade contemporânea as relações entre marxismo e nacionalismo seriam muito mais
complexas do que sugeria o manifesto de 1848.
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.