Inqurito Policial

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INQUÉRITO POLICIAL

Diante de fato definido como infração penal, surge para o Estado o “Jus
Puniendi” (direito de punir). Este é caracterizado através do Processo, más para
que se proponha a Ação Penal, é necessária a prova (autoria e materialidade),
pelo menos, fortes indícios do crime e da autoria. Dessa necessidade surgiu o
Inquérito Policial, com o fim de amealhar provas, indicar os autores do fato típico,
para servir de base a Ação Penal ou às providencias cautelares.

A atividade investigatória é exercida pela Polícia Judiciária e a Ação Penal,


promovida pelo Ministério Público ou ofendido, dá-se o nome de “Persecução
Penal (persecutio criminis - ação de perseguir o crime), visa impor ao autor a
sanção penal”.

POLÍCIA JUDICIÁRIA:

POLÍCIA – É o instrumento da administração, instituição de Direito Público


destinada a manter a paz pública e segurança individual.

FUNÇÕES:

a) Administrativa – (caráter preventivo), criada para garantir a ordem


pública e impedir a ocorrência de fatos criminosos.

b) Judiciária (caráter repressivo), após a ocorrência do fato criminoso, tem


o objetivo de recolher todos os meios de provas admissíveis na lei,
para provar o fato (materialidade) e os autores, entregando ao M.P.,
através do Poder Judiciário, os meios para a instauração da Ação
Penal.

A Polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de


suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais
e da sua autoria (artigo 1º da lei 9.043 de 9/5/95).

Controle Externo da Policia Judiciária – É exercido pelo Ministério Público,


tem o fim específico de inibir atividades ilegais e irregulares como a pratica de
tortura, colheita de provas ilícitas, omissão frente a ilícitos penais, principalmente
quando praticados por pessoas poderosas. Quando comparecem nos Distritos
Policiais e Cadeias Públicas, examinam os livros obrigatórios, as ocorrências
policiais registradas, principalmente as arquivadas pela autoridade policial.

O M. P. quando entender necessário, em face da gravidade do crime, pode


acompanhar a evolução das investigações. A demora na conclusão do I. P. pode
o M. P. intervir.
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Existem ainda:

a) Inquérito Judicial - presidido pelo Juiz de Direito, nos crimes


falimentares (Em face a mudança na lei de falências o inquérito judicial
para apurar tais crimes não mais existe);
b) Inquérito Policial Militar – como fim de investigar certas infrações
penais;
c) Inquérito Civil – promovido pelo M. P., destinado a apurar crimes contra
o meio ambiente, consumidor, bens de direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
d) C.P.I’S – Comissão parlamentar de Inquérito. Promovidos por
parlamentares, tem poderes de investigações próprias de autoridades
judiciárias (artigo 58 §3º C.F.).
e) Inquéritos para apurar infrações penais cometidas na sede ou
dependências do S.T. F., por Juizes de Direito e Promotores de Justiça;
f) Inquérito preparatório para o procedimento de extradição de
estrangeiro, Lei nº 6.815/80;
g) Inquérito para apurar crimes florestais – Lei 4.771/65;
h) Inquérito para apurar infrações ocorridas na área alfandegária.

INQUÉRITO POLICIAL – CONCEITO E FINALIDADE

É todo procedimento policial destinado a reunir os elementos necessários à


apuração da prática de uma infração penal e de sua autoria.

Destinatário: Imediato é o Ministério Público


Mediato o Juiz de Direito

Todos utilizam as informações contidas no Inquérito Policial para de alguma


forma colaborar na opiniu delicti ou formação do convencimento para o
julgamento.

O Inquérito Policial é dispensável, quando o ofendido (crimes de Ação


Privada) ou Ministério Público (crimes de Ação Pública), tiverem todas as
informações do crime, podem diretamente dar início a Ação Penal.

Não há que se confundir I.P com a instrução criminal, pois, possuem


princípios distintos, enquanto no primeiro vige o sistema Inquisitivo (fase
investigatória), no segundo (processual), está presente o contraditório. Portanto o
Inquérito não é processo.
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CARACTERÍSTICAS:

As atribuições tem caráter discricionário (oportunidade e conveniência) ,


na presença de determinadas situações e fatos, pode a Autoridade Policial,
declinar ou não pelo registro da ocorrência, determinar ou não investigações ou
mesmo pela instauração do Inquérito Policial.

Obstante ao principio da discricionariedade, importante ressaltar que este


campo discricionário é bastante limitado, encontra-se localizado entre o abuso
(quando faz demais ou o que não deveria fazer) e a prevaricação (quando deixa
de fazer o que deveria)

Autoridade Policial não esta sujeito a Suspeição.

O ato de Polícia é auto executável, não depende de autorização do Poder


Judiciário, as arbitrariedades, podem ser corrigidas através do Habeas Corpus ou
Mandado de Segurança e outros remédios específicos.

1) ESCRITO – Com o fim de servir de elemento para Ação Penal, todos os atos
devem ser escritos;

2) SIGILOSO - É caráter de suma importância, quanto mais se fala e se


comenta, mais rápido irão desaparecer as provas, surgem empecilhos que
dificultam a aproximação da verdade real. Rapidez é o segredo. A exceção do
sigilo é o M.P., Juiz, Advogado, este pode manusear o Inquérito, acompanhar
o suspeito más não as investigações, embora acabam sempre tendo
informações quando são registrados (depoimento, declarações e
interrogatório). O Delegado de Polícia pode deferir ou não os atos do
Advogado, produção de provas, algumas interferências, podendo é claro,
desta conduta, surgir mandado de segurança.

3) OBRIGATÓRIO e INDISPONÍVEL - quando o fato traduz crime que se apura


através de Ação Pública a instauração do Inquérito Policial é obrigatório, uma
vez instaurado, não pode ser arquivado pela Autoridade Policial.

4) OFICIALIDADE – atividade investigatória promovida por Órgãos oficiais, não


podendo ficar a cargo do particular;

5) OFICIOSIDADE - ressalvadas as Ações Privadas e Pública Condicionada, não


precisa a Polícia Judiciária de provocação, nos crimes praticados, cuja Ação é
Pública;

6) AUTORITARIEDADE – presida por Autoridade pública;

7) INQUISITIVO – Não cabe o contraditório ou ampla defesa, pois, não havendo


acusação não há falar-se em defesa;
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Observação: Existe apenas um tipo de Inquérito que admite o contraditório:

a) Inquérito Administrativo que visa expulsar estrangeiro


(instaurado pelo Ministro da Justiça);

COMPETÊNCIA:

O Inquérito Policial é da competência do Delegado de Polícia de carreira.

a) Ratione loci - Em razão do lugar. Nas cidades do interior a circunscrição


policial se esbarra no limite do município. Nas cidades maiores, ocorrem as
divisões de áreas ou, também conhecidas por circunscrição policial, sendo
cada Distrito competente por determinada área (circunscrição) . Nada impede
a realização de investigações em outras cidades ou Estado, visando sempre a
busca de provas e autoria, independentemente de Carta Precatória.

b) Ratione materiae – Em face ao aumento da criminalidade foi necessário a


especialização na investigação de determinados crimes. Foram criadas as
Delegacias Especializadas como a DDM, DISE, IDOSO, HOMICÍDIOS,
ROUBO A BANCO etc.

VALOR PROBATÓRIO:

Por ser o Inquérito Policial mero procedimento informativo e não ato de


jurisdição, os vícios acaso existentes, não afetam a Ação Penal.

Desobediências às formalidades legais no Auto de Prisão em Flagrante,


podem acarretar ineficácia do ato em si, inclusive o relaxamento da prisão caso
resulte em prisão o crime praticado pelo autor, mesmo assim, não impedirá o auto
(procedimento investigatório) de servir à Ação Penal.

Os vícios não resultam em nulidade, más tem o condão de diminuir o valor


probatório.

NOTITIA CRIMINIS:

Espontâneo – (cognição imediata), autoridade policial durante sua atividade de


trabalho, toma conhecimento dos fatos através de informações de terceiros,
queixa verbal da vítima, meios de comunicação, como via fone – ligação anônima
conhecida tecnicamente por (notitia criminis inqualificada), etc. e, toma as
providencias cabíveis.
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Provocada – (cognição mediata), através de comunicação formal da vítima


(requerimento ou representação) ou ainda requisição do M.P. ou Juiz.

Coercitiva - são as hipóteses de prisão em flagrante delito.

O Juiz ao ter noticia da pratica de crime que se apura através de Ação


Pública incondicionada, deve comunicar o fato ao Ministério Público.

Toda pessoa que no exercício de função pública tiver conhecimento de crime


de Ação Pública, tem o dever de comunicar o fato as autoridades competentes, a
omissão, constitui contravenção penal – artigo 66, I da L.C.P.

Ainda tem certas profissões que obrigamos profissionais a comunicar o fato


criminoso, como na medicina.

É dever do Sindico comunicar o Juiz, nos crimes falimentares.

Da autoridade administrativa nos crimes relacionados ao serviço postal


(Ministério Publ. Federal);

É faculdade do Ministro da Justiça a notitia criminis por requisição nos crimes


contra a honra do Presidente da Republica, chefe de governo estrangeiro e os
demais.

A noticia do crime pode ser dirigia à Autoridade Policial, Ministério Público


excepcionalmente ao Juiz. Nos crimes militares à autoridade militar. Nos crimes
envolvendo governadores de Estado, à Assembléia Legislativa, do Presidente da
República, à Câmara dos Deputados ou Senado Federal.

Peças que inauguram o Inquérito:

a) De ofício, através da Portaria;


b) Auto de Prisão em flagrante;
c) Requerimento do ofendido ou representante legal;
d) Requisição do Ministério Público ou Autoridade Judiciária;
e) Representação do ofendido, representante legal;
f) Requisição do Ministro da Justiça.

INQUÉRITO POLICIAL – CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA

Através da notitia criminis podendo ser:

a) De ofício pela autoridade policial, através da Portaria;


b) Requisição do Ministério Público e autoridade Judiciária;
c) Requerimento do ofendido ou representante legal;
d) Auto de prisão em flagrante.
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a) Nos crimes praticados, que se apura através de Ação Penal Pública, tendo
conhecimento (cognição imediata), autoridade policial tem o dever de ofício de
instaurar o procedimento investigatório (inquérito). Sendo as informações
verbais, deverá a autoridade Policial tomar termo das declarações da vítima ou
terceiros;

b) O inquérito policial deve ser instaurado quando o M. P. requisita (requisitar é


uma ordem), Quando o M. P. recebe informações dos processos em
andamento ou findos, dos tribunais, dos órgãos públicos, contendo informação
de crime, remete a Polícia Judiciária, geralmente sob forma de requisição para
investigação dos fatos.

c) Através do requerimento da vítima ou representante legal, que deverá conter a


narração dos fatos, indicação do autor, descrevendo os sinas característicos e
os elementos de convicção dessa autoria, indicação das testemunhas e seus
endereços. Este requerimento poderá ser indeferido pela autoridade, caso
entenda ser o fato atípico. Desse indeferimento, cabe recurso ao Secretário da
Segurança Pública (chefe de Polícia). Incabível o recurso judicial.

INQUÉRITO POLICIAL - CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA

Ação Pública estará condicionada a representação da vítima ou requisição do


Ministro da Justiça.

a) Representação é um pedido-autorização do interessado, no caso a


vítima, representante legal ou advogado com poderes especiais,
manifesta o desejo de que seja proposta a ação penal pública;
A representação (delatio criminis postulatória) pode ser encaminhada
à autoridade policial, M. P., Juiz. Nestes, se os elementos contidos na
representação não forem suficientes, serão remetidos à autoridade policial
na forma de requisição para instauração do I. P.
Pode ser escrita ou oral, não exige forma sacramental, entretanto,
devem conter informações sobre o crime e autoria, sendo oral ou não
contendo assinatura, deve ser reduzida a termo.
A representação está sujeita a decadência caso não seja apresentada
no prazo legal, trata-se de extinção de punibilidade, pelo decurso do tempo.

b) Requisição do Ministro da Justiça. São as hipóteses de crimes


cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, crimes contra a
honra do Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro,
quando praticados contra estas autoridades, por meio de imprensa. A
requisição não está sujeita as formalidades e não registra prazo de
decadência.
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INQUÉRITO POLICIAL - CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA

Quando a lei prevê expressamente que determinado crime somente se


procede mediante queixa, é facultado a Ação Penal Privada.

a) Requerimento, nos crimes de ação penal privada, autoridade policial


somente pode proceder a instauração do Inquérito, mediante o
requerimento da vítima maior de 18 anos de idade, seu representante
legal, quando for a vítima menor de 18 anos. No caso de morte do
ofendido ou ausência declarada, os sucessores (C.A.D.I – art. 31 do
CPP).
-O requerimento não exige formalidades, devendo conter todas as
informações necessárias e os elementos indispensáveis para a
instauração do Inquérito.
-Quando oral ou requerimento sem conter assinatura, deverá ser
reduzido a termo;
-No caso de auto de prisão em flagrante, é o requerimento, requisito
essencial para iniciá-lo – prazo de 24 horas;
-O prazo é de 6 meses a contar da data em que o ofendido teve
conhecimento da autoria, sendo este prazo, decadencial. Importante
saber que a instauração do Inquérito não interrompe o prazo.
-Concluído o Inquérito, será encaminhado ao Juízo competente, onde
aguardarão a iniciativa do ofendido ou representante legal, podendo
também ser entregue cópias a vítima;

PROCEDIMENTO E INSTRUÇÃO

Diante de regular noticia do crime, a autoridade deverá instaurar o Inquérito


Policial, mesmo diante de causas excludentes da antijuridicidade, deve ser
instaurado. A excludente deve ser reconhecida em Juízo e não na fase policial.

Tendo a informação do fato criminoso, deve sempre que possível,


comparecer ao local, determinar a preservação do local, realização de exames
periciais, exames de corpo de delito, apreensão de objetos relacionados ao fato
criminoso, que ao final deverão, após realização de perícias, serem remetidos
juntamente com o Inquérito, ao Juízo competente, intimar vítima, testemunhas e
suspeito da autoria, cabendo por analogia a condução coercitiva prevista nos
artigos 202 a 221 do CPP;

Buscas pessoais e em residências, estas, quando não autorizadas pelo


morador, necessitam de autorização judicial ou presença deste, que poderá ser
realizada em dias úteis, ou não, sendo evitado o período da noite. Aqui existe uma
ressalva, a entrada na casa alheia, período da noite, poderá ocorrer se estiver
ocorrendo um crime. Não confundir com buscas.
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Poderá ainda realizar o reconhecimento de pessoas ou coisas, bem como


Acareação entre os envolvidos (vítima, autor e testemunhas) quando restar
divergências nas versões prestada. Nada impedi realização da acareação a
distância, através da Carta Precatória.

Não sendo suficientes, restando duvidas, poderá realizar a reconstituição


ou reprodução simulada do fato criminoso. Todos deverão participar, sendo
facultado ao indiciado a participação ou não. Se pode falar em Juízo, porque
obriga-lo na participação deste ato investigatório. Certamente não esta obrigado a
produzir provas contra si próprio.

INDICIAMENTO:

É a imputação a alguém, no Inquérito Policial, da prática do ilícito penal.


Havendo fortes indícios do investigado ter sido o autor do crime, deverá a
autoridade policial formalizar o indiciamento, na presença de duas testemunhas.
Não se trata de ato arbitrário ou discricionário.

É assegurado ao indiciado, manter-se calado no interrogatório, preferindo o


esclarecimento dos fatos, na presença de um Juiz.

O Indiciado deve ser identificado pelo processo dactiloscópico, exceção,


quando civilmente identificado através da Carteira de Identidade. salvo, quando
restar dúvidas sobre a idoneidade desse documento.

Qualificado, documento onde fica registrado a filiação, naturalidade,


qualidades físicas, morais, sociais, profissão, alcunha, defeitos corporais, sinais
visíveis.

Vida Pregressa do indiciado, aqui são registrados informações que podem


contribuir para a precisa valoração do fato e fixação da pena. (condição
econômica, atitude e estado de ânimo antes durante e após o crime,
temperamento, caráter, enfim, os fatores pessoas de sua personalidade).
Juntada dos antecedentes criminais do indiciado ou mesmo suspeito.

O indiciamento direto se constitui da presença do indicado como sendo o


autor do crime, devendo ser ele interrogado, qualificado, identificado, anexado a
vida pregressa e juntada dos antecedentes criminais.

O indiciamento indireto ocorre quando as provas indicam determinada


pessoa como sendo o autor do crime e, não é encontrado, diante das provas
amealhadas, formaliza-se o indiciamento, sem o interrogatório do autor.

Recusar-se ao indiciamento, caracteriza o crime de desobediência.


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DEVERES DA AUTORIDADE POLICIAL:

Deve atender as requisições do M.P. e do Juiz, complementando o


procedimento investigatório já concluído ou não, prestando todas informações
solicitadas, pois é a Polícia Judiciário, Órgão auxiliar da Justiça.
Cumprimento de Mandados de Prisões, representar acerca das prisões
preventiva, instauração do incidente de insanidade mental do indiciado, Pisão
Cível, arbitrar fiança nos crimes de detenção, quando a lei processual permitir.
(32l e segs. CPP).

ENCERRAMENTO

Concluídas as investigações, a autoridade policial deve fazer minucioso


relatório do que tiver sido apurado no I. P., sem expender opiniões, julgados ou
qualquer juízo de valoração, e encaminhar ao Juízo competente.

Prazos: 10 dias se o autor estiver preso


30 dias se estiver solto

O prazo é o previsto no artigo 798 § lº do Código Processo Penal, começa a


fluir do dia imediato à prisão, devendo os autos ser remetidos a Juízo no dia
imediato ao término do prazo.

A dilação do prazo é possível, quando não concluído as investigações no prazo


de 30 dias (somente quando autor estiver solto). Não cabe dilação quando o autor
estiver preso.

O MP pode devolver o Inquérito para a polícia, quando entender que faltam


diligências imprescindíveis.

ARQUIVAMENTO:

Autoridade Policial não pode arquivar Inquérito Policial, nem mesmo pedir
para que se arquive, ainda que diante da ausência da autoria do ilícito penal,
somente o Ministério Público, pode requerer ao Juiz o pedido de arquivamento.
Em face ao princípio da obrigatoriedade, deve fundamentar o pedido.

Caberá ao Juiz acatar ou não.

a) discordando, deverá encaminhar o Inquérito ao Procurador Geral da


Justiça que poderá:

- oferecer a denúncia.
- designar outro promotor para fazê-lo;
- insistir no arquivamento, vinculando o Juiz, estará obrigado a arquivar.
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Arquivado o Inquérito, poderá ser reaberto, quando surgirem novas provas,


pois o arquivamento não faz coisa julgada; As novas provas devem ser
substancialmente inovadoras;

Não é possível Ação subsidiária quando arquivado o Inquérito Policial

Arquivado com fundamento do fato ser atípico ou prescrito, jamais será


reaberto. (nem mesmo com provas novas).

Nos crimes contra a Economia Popular ou Saúde Pública, os Juizes devem


recorrer de ofício, sempre que proferirem o arquivamento dos autos de Inquérito
Policial.

Nos crimes de Ação Penal Privada, não existe arquivamento, o pedido pelo
ofendido deve ser considerado como renúncia (extinção da punibilidade);

O Procurador Geral da Justiça do Estado, não pode avocar Inquérito


Policial, havendo interesse, pode designar um Promotor de Justiça para funcionar
em tal caso.

Nos Inquéritos Policiais contra Juiz de Direito e Promotor de Justiça, são


presididos no primeiro pelo desembargador sorteado e neste pelo Procurador
Geral. Ocorrendo prisão em flagrante, após o encerramento, serão encaminhados
ao Tribunal de Justiça (quando autor for Juiz) e Procurador Geral (quando autor
for Promotor). Estes só poderão ser presos quando o crime praticado for
inafiançável;

Inquérito contra autoridade, sempre será presidido por autoridade policial


superior.

Habeas Corpus durante o Inquérito Policial:

a) para evitar o indiciamento (sendo o fato atípico e diante da insistência


da autoridade policial, será o H. C. o remédio) estando tudo correto, nada
impedirá. O mesmo se diz do Inquérito Policial, sendo o fato atípico e diante da
insistência da Autoridade, caberá o H. C., sendo competente para apreciação Juiz
de direito.

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