Didática Geral e Específica

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Instituto Superior de Ciências da Educação


ISCED/LUANDA

Departamento de Ciências Sociais

MATERIAL DE APOIO À METODOLOGIA DA DIDÁCTICA

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DIDÁCTICA

Autor: Zeferino kapupulu

Luanda, de 2020

Integrantes do grupo:

Fortunato Pa
1. Educação e ensino

Zeferino Kapupulu
A palavra educação tem sido utilizada, ao longo do tempo, com dois sentidos: social
e individual.Do ponto de vista social, é a ação que as gerações adultas exercem
sobre as gerações jovens,orientando sua conduta, por meio da transmissão do
conjunto de conhecimentos, normas, valores,crenças, usos e costumes aceitos pelo
grupo social. Nesse sentido, o termo educação tem suaorigem no verbo latino
educare, que significa alimentar, criar. Esse verbo expressa, portanto, aideia de que
a educação é algo externo, concedido a alguém.Assim concebida, a educação é
uma manifestação da cultura e depende do contexto históricoe social em que está
inserida. Seus fins variam, portanto, com as épocas e as sociedades
D o ponto de vista individual, a educação refere-se ao desenvolvimento das
aptidões e
potencialidades de cada indivíduo, tendo em vista o aprimoramento de sua
personalidade. Nessesentido, o termo educação se refere ao verbo latino educare,
que significa fazer sair, conduzirpara fora. O verbo latino expressa, nesse caso, a
ideia de estimulação e liberação de forçaslatentes.Enquanto a educação pode se
processar tanto de forma sistemática como assistemática, oensinoé uma ação
deliberada e organizada. Ensinar é a atividade pela qual o professor, atravésde
métodos adequados, orienta a aprendizagem dos alunos.

TEMA : CONCEITO DE APRENDIZAGEM .


Denomina-se "aprendizagem" ao processo de aquisição de conhecimentos,
habilidades, valores e atitudes, possibilitado através do estudo, do ensino ou da
experiência. Este processo pode ser analisado sob diversas perspectivas, pelo que
existem diferentes teorias da aprendizagem. A psicologia condutista, por exemplo,
descreve a aprendizagem de acordo com as alterações que se podem observar no
comportamento de um indivíduo.

O processo fundamental na aprendizagem é a imitação (a repetição de um processo


observado, que requer tempo, espaço, habilidades e outros recursos). Desta forma,
as crianças aprendem as tarefas básicas necessárias para subsistir.

Ainda podemos definir a aprendizagem como um processo que envolve adquirir


novos pensamentos, atitudes e acções de adquirir e assimilar informações, seja de

Zeferino Kapupulu
forma consciente ou nem tão consciente assim, como no caso da aprendizagem
acelerada usando a hipnose, por exemplo. A aprendizagem compreende três tipos
de domínios:
 o domínio psicomotor;
 o domínio cognitivo;
 o domínio afetivo.

.
1.1- domínio psicomotor, relacionado a utilização coordenada dos músculos,
caracteriza-se pelo individuo adquirir conhecimento e desenvolver habilidades com
relação ao uso dos movimentos básicos e essenciais para a vida, assim como,
compreende também a percepção e a habilidades físicas e de fala.

1.2- Enquanto isso, o domínio cognitivo, que possui relação com a


intelectualidade e as capacitações, abrange a aquisição de informações através de
teorias, conceitos, princípios, entre outros. Fazendo o uso da memorização, da
análise, da avaliação e da compreensão.

1.3- Por fim, temos o domínio afetivo, relacionado a emoções, sentimentos e


gostos, ajuda a desenvolver as habilidades de aceitação, valorização, receptividade,
entre outros.

Tema: O Processo de Ensino-aprendizagem


Subtema: Componentes do (PEA)

A Didáctica aborda o desenho da arte de ensinar provendo as bases para que os


professores possam trabalhar qualificativamente às situações de aprendizados em
sala de aula. Uma pesquisa realizada por Bernardeth_Angelina_Gatt (2010)
"Reflexões sobre medotologias", estão presentes nos subsídios desta pesquisa
preucupações explícitas com base o processo de ensino-aprendizagem, colocando o
ensino a responsabilidade do professor e a aprendizagem a disposição do aluno,
gerando o que podemos caracterizar como uma abordagem cognitíva, em que o
sujeito aprendente (aluno) é o foco.
.
Zeferino Kapupulu
O processo de ensino-aprendizagem -> É um conjunto de actos sequêncial, onde
pessoas influênciam-se directa ou indirectamente com o objectivo de atingir
resultados previamente determinados ( de ordem cognitiva, motora e Afectiva ) .

Do ponto de vista semântico, o termo "ensino" e "aprendizagem" estão totalmente


interligados e dependentes. O ensino tem como objectivo último a "aprendizagem" e
este só ocorre porque existe o "ensino". Podemos ainda considerar o ensino como
um movimento liderado e coordenado por um sujeito profissional (ensinante),
habilitado para intervir, mediar a situação da aula.
.
- As componentes do Processo de ensino-aprendizagem (PEA) são:
 Componentes pessoais { Professor e Aluno } ;
 Componentes não pessoais { Objectivos, Conteúdo, Métodos/estratégia
de ensino e Recursos ou meios de ensino } .

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.
O processo de ensino-aprendizagem tem como características fundamentais:
- Bilaterida: aqui o ensino é bilateral, ou seja, faz-se em dois lados;
- Alcance de resultados determinados: visa atingir resultados de ordem
cognitiva, motora e afectiva.
- Sistemático e metódico: resumi-se na organização metodológica para se
atingir os objectivos prevístos.
- Gradualidade e sequêncialidade: Exige medir o grau de conhecimentos.
- Socializadora: Contribui para a melhor conduta social

Zeferino Kapupulu
CONCEITO DE APRENDIZAGEM .
Denomina-se "aprendizagem" ao processo de aquisição de conhecimentos,
habilidades, valores e atitudes, possibilitado através do estudo, do ensino ou
da experiência. Este processo pode ser analisado sob diversas perspectivas,
pelo que existem diferentes teorias da aprendizagem. A psicologia condutista,
por exemplo, descreve a aprendizagem de acordo com as alterações que se
podem observar no comportamento de um indivíduo.
O processo fundamental na aprendizagem é a imitação (a repetição de um
processo observado, que requer tempo, espaço, habilidades e outros
recursos). Desta forma, as crianças aprendem as tarefas básicas necessárias
para subsistir.
Ainda podemos definir a aprendizagem como um processo que envolve
adquirir novos pensamentos, atitudes e acções de adquirir e assimilar
informações, seja de forma consciente ou nem tão consciente assim, como no
caso da aprendizagem acelerada usando a hipnose, por exemplo. A
aprendizagem compreende três tipos de domínios:
-----> o domínio psicomotor;
-----> o domínio cognitivo;
-----> o domínio afetivo.
1.1- domínio psicomotor, relacionado a utilização coordenada dos músculos,
caracteriza-se pelo individuo adquirir conhecimento e desenvolver habilidades
com relação ao uso dos movimentos básicos e essenciais para a vida, assim
como, compreende também a percepção e a habilidades físicas e de fala.

1.2- Enquanto isso, o domínio cognitivo, que possui relação com a


intelectualidade e as capacitações, abrange a aquisição de informações
através de teorias, conceitos, princípios, entre outros. Fazendo o uso da
memorização, da análise, da avaliação e da compreensão.

1.3- Por fim, temos o domínio afetivo, relacionado a emoções, sentimentos e


gostos, ajuda a desenvolver as habilidades de aceitação, valorização,
receptividade, entre outros

Zeferino Kapupulu
TEMA: Conceito de Didática: Diferenças existente entre Pedagogia e Didáctica

A Pedagogia é o estudo sistemático da educação. É a reflexão sobre as doutrinas e


os sistemasde educação. A Didática é uma seção ou ramo específico da Pedagogia
e se refere aosconteúdos do ensino e aos processos próprios para a construção do
conhecimento. Enquanto aPedagogia pode ser conceituada como a ciência e a arte
da educação, a Didática é definidacomo a ciência e a arte do ensino.Mauro Laeng
diz que "a pesquisa didática deve adaptar os métodos e as técnicas de maneira
aobter o máximo resultado com o mínimo de esforço (princípio comeniano da
Didática magna),tendo em conta quer os requisitos objetivos da matéria de ensino e
da sua lógica interna quer ascapacidades subjetivas do aluno e da sua
psicologia"5.Referindo-se ao ensino, que é o objeto da Didática, Laeng esclarece
que "o estudopredominante do ensino caracterizou sobretudo a didática do passado,
dominada, até certo ponto,pela figura central do professor; na didática
contemporânea cedeu o lugar a uma nova projeçãodo aspecto correlativo da
aprendizagem"

Subtema: A Pedagogia: Origem

A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga , paidós (criança) e agogé


(condução). No decurso da história do Ocidente, a Pedagogia firmou-se como
correlato da educação é a ciência do ensino.
―A Pedagogia é uma ciência da educação,juntamente com as outras ciências da
educação, embora distinguindo-se delas por causa do
seu carácter científico e, por conseguinte, formando um grupo à parte.
As ciências da educação incluem a
Pedagogia: mas a Pedagogia não inclui as "Ciências da Educação". (...) tenhamos
em conta que a pedagogia deve fundamentar-se nas "Ciências da educação"...‖. (J.
M. ª. Quintana Cabanas)

1.1- DEFINIÇÃO DE PEDAGOGIA

Zeferino Kapupulu
A Pedagogia é a ciência que tem como objecto de estudo a #educação, tendo como
sujeito o homem enquanto educando. Porém, é comum definir a Pedagogia como a
ciência que tem como objeto de estudo o processo formativo do homem.
.
1.2- AMPLITUDE DA PEDAGOGIA
Assim, a Pedagogia é um conjunto de "técnicas", "princípios", "métodos" e
"estratégias" da educação e do ensino, relacionados à administração de escola e à
condução dos assuntos educacionais em determinado contexto.
.
1.3 - QUEM É CONSIDERADO "PEDAGOGO"?
Pedagogo é o profissional graduado (licenciado) em Pedagogia, que pode atuar na
área da administração escolar, como supervisor, orientador ou director escolar e,
também, no magistério.

A PEDAGOGIA E A DIDÁCTICA .
É extremamente crucial que você, futuro professor, tenha uma visão ampla e
profunda do contexto em que se desenvolve a sua atividade profissional. Assim a
ser, hoje, queremos apresentar a diferença entre estes dois termos ( PEDAGOGIA &
DIDÁTICA). Pois, percebemos, que de forma consciente ou sem se aperceber,
muitos fazem confusão entre estes dois vocábulos importantes.
ENTÃO, O QUE DIFERE A DIDÁTICA DA PEDAGOGIA?
A Didática é tida como uma disciplina ou ciência que estuda o processo de ensino e
aprendizagem. Estudar Didática, antes de tudo, significa desenvolver a capacidade
de questionemento e de experimentação sobre os procedimentos e técnicas que
ajudam a desenvolver o processo de ensino-aprendizagem, significa aprender a
refletir ao escolher entre as diversas alternativas de desenvolvimento da actividade
docente (ensino).
.
Já a Pedagogia, é o estudo sistemático da educação, ou seja, é a ciência, a técnica
e a filosofia da educação. Trata-se do espaço para a reflexão sobre o ideal da
educação e da formação humana em seus contextos mais gerais e completos.
Portanto, a Pedagogia é mais ampla ou mais abrangente do que a Didática. Ela vai
além de estudar o (PEA), ela se preocupa em estudar "sistematicamente" a

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educação ou processo formativo do homem, em todos os seus aspetos mais
variados.

Unidade: Introdução à Didáctica geral .

A Didáctica é uma ciência que se preucupa com o processo de "ensino e


aprendizagem". Estudar este campo científico, por sua vez, significa ir além do
acúmulo de conhecimentos sobre técnicas que ajudam a desenvolver a capacidade
de questionamento e de experimentação sobre todo processo de ensino-
aprendizagem, aprender a reflectir ao escolher entre diversas alternatívas de
desenvolvimento da actividade docente.

É muito importante que você (professor ou futuro professor) tenha uma visão ampla
e profunda do contexto em que se desenvolve a sua actividade profissional. Serão
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apresentados aqui, aspectos conceituais básicos, de modo a diferenciarmos alguns
termos que parecem similar dentro deste ramo, mas que apresentam significados
diferentes: #Educação , #Ensino , #Aprendizagem , #Didáctica , #Pedagogia e
#Filosofia .
.
 Educação .

É importante apresentar e compreender o conceito de "Educação". Este termo


apresenta um conceito extremamente amplo, muito mais do que "ensino" << educar
é muito mais que ensinar >>. De modo geral, o termo educação abrange dois (2)
sentidos:

 Sentido individual -> O também conhecido de "educação formal", desígna


o processo de desenvolvimento e realização do potencial intelectual, físico,
espiritual, estético e afectivo de cada indivíduo.

 Sentido Social -> Conhecido como "educação informal", desígna acções


que as gerações anteriores exercem sobre as gerações mais jovens,
orientando suas condutas, transmitindo conhecimentos, normas, valores,
crenças e costumes, desenvolvida fora do estabelecimento de ensino e
ocorre sem planejamento.

 2° Ensino.

Este termo desígna uma acção deliberada e organizada. A actividade pela qual o
professor, por meio de métodos adequados orienta a aprendizagem dos alunos.
"Ensinar e Aprender" são duas faces da mesma moeda. Portanto, a Didáctica não
pode tratar do ensino sem considerar simultaneamente a aprendizagem. Na verdade
o ensino visa a aprendizagem.

Zeferino Kapupulu
Zeferino Kapupulu
Educação pedagogia e Didáctica
1. Educar é um termo mais amplo que ensinar, pois, enquanto a educação refere-
se ao processode formação humana, o ensino é a orientação da aprendizagem.
2. Enquanto a Pedagogia é o estudo e a reflexão sobre a teoria da educação, a
Didática é uma área específica da Pedagogia e se refere à teoria e à prática da
instrução e do ensino.
3. Toda teoria pedagógica tem seus fundamentos baseados num sistema filosófico.
E a Filosofia que, expressando uma concepção de homem e de mundo, dá sentido à
Pedagogia, definindoseus objetivos e determinando os métodos da ação educativa.
Nesse sentido, não existe educação neutra. Ao trabalhar na área da educação, é
sempre necessário tomar partido,
assumir posições. E toda escolha de uma concepção de educação é,
fundamentalmente, o reflexo da escolha de uma filosofia de vida.
4. Alguns dos pressupostos didáticos atualmente adotados não são construções
inteiramente
recentes, mas foram elaborados pelos educadores ao longo do tempo, e
reformulados a
partir de um processo contínuo de reflexão-ação-reflexão.

Zeferino Kapupulu
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TEMA: CONCEITOS DE ENSINO- APRENDIZAGEM

TIPOS DE APRENDIZAGEM

Zeferino Kapupulu
TEMA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO CURRICULO

CONCEITO DE DIDÁTICA
Podemos conceituar Didática sob duas perspectivas: como um saber, um ramo do
conhecimento e, portanto, uma ciência com seu próprio objeto, e como uma
disciplina dos cursosde formação de professores. Ela é uma disciplina integradora
que faz a ligação entre a teoria e aprática. Ordena e estrutura teorias e práticas em
função do ensino. Um professor que pretenderealizar com sucesso o seu trabalho,
vendo acontecer justamente o objetivo do ensino, que éproporcionar a
aprendizagem ao seu aluno, certamente não dispensará o conhecimento de toda
ateoria que dá suporte ao fazer pedagógico consciente.

A Didática tem seu corpo teórico fundamentado nas contribuições da Psicologia, da


Filosofia e da Sociologia que são áreas do conhecimento que lançam luz sobre A
Complexidade daprática pedagógica.

Zeferino Kapupulu
Os objetivos da Didática são: refletir sobre o papel sóciopolítico da educação, da
escola edo ensino; compreender o processo de ensino e suas múltiplas
determinações; instrumentalizar
teórica e praticamente, o futuro professor para captar e resolver os problemas
postos pela práticapedagógica; redimensionar a prática pedagógica através da
elaboração da proposta de ensinonuma perspectiva crítica de educação (OLIVEIRA,
1995).

A didática aborda o desenho da arte do ensino, provendo as bases para que os


professores possam trabalhar as situações de aprendizados em sala de aula. Mas
esta ideia se sintetiza os métodos e técnicas de ensino, limitando o verdadeiro
significado da ciência e não a explicando por completo

1.2 COMÊNIO E A DIDÁTICA MAGNA


O maior expoente desse pensamento é João Amós Comênio (Figura 2) que, em
pleno
século XVII, elabora uma proposta pedagógica que atinge tanto uma reforma da
escola, quanto aforma de ensinar baseada na apreensão das contradições e das
novas necessidades humanassurgidas das transformações profundas a se adequar
à nova sociedade capitalista.
O seu livro Didática Magna contém uma concepção educativa baseada numa
perspectiva
religiosa, a tal ponto que ao se eliminar o aspecto didático, prejudica de forma total
o primeiro. Ele começou a ser escrito em 1627 e foi concluído cinco anos depois,
quando se encontrava exiladoem outro país por causa de perseguições religiosas,
no entanto o original manuscrito só foiencontrado duzentos anos depois de sua
morte e publicado após quase dez anos
O papel da didática nas tendências pedagógicas

Vamos analisar as diferenças existentes entre as tendências pedagógicas


conforme, a proposta de classificação de Libâneo (1986), que sustentam os
pressupostos de aprendizagem na educação do Brasil: a Pedagogia Liberal
(Tendência Tradicional, Tendência Renovadora Progressista, Tendência

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Renovadora não-diretiva Tendência Pedagogia Tecnicista), Pedagogia
Progressista (Tendência Progressista Libertadora, Tendência Progressista
Libertária, Tendência Progressista ―crítico-social dos conteúdos‖).
A Didática surgiu a partir da sistematização das atividades nas instituições que
ofereciam
um ensino para crianças e jovens, através da direção planejada conforme níveis
adequados àspossibilidades dos alunos, às idades e ritmos de aprendizagem.
Como vimos no início do nosso estudo, a formação da teoria didática para
investigar arelação existente entre o ensino e a aprendizagem ocorre no séc. XVII,
quando Comênioregistrasua ideias na primeira obra clássica, chamada Didática
Magna. Os demais pensadores e teóricoscomo Rousseau, Pestalozzi e Herbart
formaram as bases do pensamento pedagógico europeu,bases estas que
demarcaram as concepções pedagógicas chamadas de Pedagogia Tradicional
ePedagogia Renovada (LIBÂNEO, 2008).

PEDAGOGIA TRADICIONAL
Caracteriza-se por considerar que o ensino consiste na transmissão de conteúdos e
que acapacidade de aprender da criança é igual à do adulto, sem considerar as
características própriasde cada idade.O professor tem poder decisório quanto à
metodologia, conteúdo e avaliação. Procura aretenção das informações e conceitos
através da repetição de exercícios sistemáticos (tarefas).O professor tem poder
decisório quanto à metodologia, conteúdo e avaliação. Procura a retenção das
informações e conceitos através da repetição de exercícios sistemáticos (tarefas).Há
a tendência de tratar a todos os alunos igualmente: todos deverão seguir o mesmo
ritmo detrabalho, estudar os mesmos livros-texto, no mesmo material didático e
adquirir os mesmosconhecimentos. Aqui, a concepção de educação é caracterizada
como produto, já que estão preestabelecidos os modelos a serem alcançados. Não
se destaca, portanto, o processo. Sãoprivilegiadas as atividades intelectuais.O
ensino é centrado no professor, que usa a aula expositiva como a única forma de
serpassado o conteúdo a ser aprendido. Após exercícios de repetição, os alunos
reproduzem-noatravés de provas orais e escritas.

PEDAGOGIA RENOVADA

Zeferino Kapupulu
Caracteriza-se por considerar que o ensino consiste no estímulo que é dado ao
aluno para buscar, por si mesmo, conhecimentos e experiências, partindo dos seus
interesses e necessidades. Muda-se o foco do processo de ensino: em vez de
centrar-se no professor, agoratem o aluno como eixo para o qual convergem todas
as atividades facilitadoras da aprendizagem.Passa-se a ideia de que o aluno
aprende fazendo, e não, só ouvindo e vendo. O professor é quempromove as
situações de aprendizagem capazes de atender às individualidades dos alunos.

As primeiras manifestações desse movimento se deram com crianças excepcionais


edeficientes mentais, fora da instituição escolar. Lembremo-nos, por exemplo, da
pediatra MariaMontessori e do médico OvídeDecroly. Ambos preocupados com a
individualização do ensino,com a estimulação às atividades livres concentradas,
baseados no princípio da autoeducação. Apartir dessas experiências, generalizam-
se os procedimentos pedagógicos para todo o sistemaeducacional. A escola
montessoriana, pois, valoriza a aprendizagem de coisas úteis e o professoré aquele
que auxilia o aluno e não faz por ele.
Surge, então, a valorização de métodos e técnicas de ensino, como o trabalho em
grupo, oestudo dirigido, as pesquisas etc., sempre oportunizando o aluno a refletir
sobre o que estáaprendendo, como forma de exercitar a autonomia de pensamento.

PEDAGOGIA LIBERAL
Termo baseado na ―pedagogia do oprimido‖ do educador Paulo Freire, que propõe
uma
educação crítica a serviço das transformações sociais, econômicas e políticas para a
superação
das desigualdades existentes no interior da sociedade. Também com origem no
sentido da
filosofia da libertação de Enrique Dussel, considera que o processo de pedagogia
tem que passarpelo próprio homem, uma vez que ele é o próprio agente histórico da
libertação, conformedefinição do Instituto Paulo Freire (IPF). ―A pedagogia
libertadora tem suas origens no movimentoda educação popular, no final dos anos
50 e início dos anos 60, quando foi interrompida pelogolpe militar de 1964, e retoma
o seu desenvolvimento no final dos anos 70 e início dos anos 80.

Zeferino Kapupulu
Nesta proposta, a atividade escolar pauta-se em discussões de temas sociais
e políticos e emações sobre a realidade social imediata; analisa-se os problemas, os
fatores determinantes eestrutura-se uma forma de atuação para que se possa
transformar a realidade social e política. Oprofessor é um coordenador de atividades
que organiza e atua conjuntamente com os alunos.‖

PEDAGOGIA TECNICISTA

A tendência tecnicista firma-se nos anos 70, alicerçada no princípio da otimização:


racionalidade, eficiência e produtividade. Com sua organização racional e mecânica,
visavacorresponder aos interesses da sociedade industrial. A semelhança com o
processo industrial nãoocorre por acaso, pois tal proposição atinge seu apogeu nos
anos 70, período de forte presençado autoritarismo do Estado e do regime militar. É
nesse período que o espírito crítico e reflexivo ébanido das escolas.
Caracteriza-se por considerar que o ensino consiste em um processo de
condicionamento.O comportamento aprendido é uma resposta a estímulos externos.
O aluno aprende quando mudade comportamento. Para tal, a ênfase recai sobre
técnicas específicas para que ocorra estamudança. Tudo isso voltado para atender a
ordem social vigente, o sistema capitalista, que vê aescola como uma produtora de
indivíduos competentes para o mercado de trabalho

A DIDÁTICA E SEU OBJETO DE ESTUDO: O ENSINO

1. CONCEPÇÕES DE ENSINO
Agora, entraremos no objeto de estudo da Didática: o ensino. Nos dias atuais,
considera-se o ensino como uma prática social específica que se dá deuma forma
intencional, sistemática e organizada. Seria, pois, uma ação que se desenvolve na
escola a partir da definição de objetivos, da organização dos conteúdos já pré-
estabelecidos, da opção por uma forma de ministrar estes conteúdos, auxiliada por
materiais adequados e da proposição de uma avaliação, tanto do ensino como da
aprendizagem.

Zeferino Kapupulu
RELAÇÃO PROFESSOR - ALUNO

O professor tem sua personalidade orientada por valores e princípios de vida e


consciente ou inconscientemente, explícita ou implicitamente, ele veicula esses
valores em sala de aula,manifestaiido-os a seus alunos. Assim, ao interagir com
cada aluno em particular e se relacionar com a classe como um todo, o professor
não apenas transmite conhecimentos, emforma de informações, conceitos e ideias
(aspecto cognitivo), mas também facilita a veiculação de ideais, valores e princípios
de vida (elementos do domínio afetivo), ajudando aformar a personalidade do
educando. Por isso. o professor deve ter bem claro que, antes deser um professor,
ele é um educador.

Na relação professor-aluno. o diálogo é fundamental. A atitude dialógica no processo


ensinoaprendizagemé aquela que parte de uma questão problematizadora para
desencadear o
diálogo, no qual o professor transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos
prévios e as experiências anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese
que elucida, explicaou resolve a situação-problema que desencadeou a discussão.
Na condução da aprendizagem dos seus alunos, o professor tem duas funções
básicas: função incentivadora, pois precisa garantir situações que incentivem o
aluno a continuar progredindo nos estudos e estimulem sua participação ativa no ato
de aprender: e a função orientadora, pois cabe a ele ensinar, isto é, orientar o
processo de aprendizagem dos alunospara que possam construir o próprio
conhecimento. A autoridade do professor é inerente àsua função educadora, ou
seja, é a autoridade de quem incentiva e orienta.

TEMA: RELAÇÃO DA PEDAGOGIA


.
A "Pedagogia" como ciência se desenvolveu em estreita relações com outras
esferas do conhecimento. A pedagogia relaciona-se com aquelas ciências cujo
objecto de estudo é o "homem" e dentre elas se destacam:
 A Cibernética: É a tecnologia moderna actual e significante que permite ao
pedagogo uma interpretação mais profunda de situações pedagógicas.

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 A Heurística: Consiste na análise de métodos cuja aplicação fazem com que
o processo do trabalho mental transcorra com uma alta efectividade.
 Psicologia pedagógica: Estuda a aprendizagem como processo psíquico, os
aspectos psicológicos da relação professor-alunos, os problemas da
avaliação, insucesso escolar do aluno e outros. A psicologia esclarece quais
são os meios e métodos de ensino e educação que podem ser mais eficazes
na formação do conhecimento necessários e qualidades da personalidade. A
psicologia fornece afundamentos para alguns aspectos da aprendizagem do
aluno.
 História: Investiga os problemas do desenvolvimento da educação como
fenómeno social e a história das teorias pedagógicas nas deferentes etapas
do desenvolvimento da humanidade. Ajuda a compreender a evolução do
pensamento educativo e perspectivar o futuro da educação.
 Pedagogia Comparada: Procura estudar as distintas tendências do
desenvolvimento e generalidade nos sistemas educacionais dos diferentes
países.
 Filosofia da educação: Faz uma reflexão sistemática, profunda e contextual
sobre os problemas da educação.
 Pedagogia experimental: Consiste em medir os factos pedagógicos, estudar
as condições e determinar as leis dentro do PEA.
 Teoria da Educação: Estuda o desenvolvimento, as convecção, modo,
conduta e formação do carácter da personalidade.
 Antropologia Cultural: Estuda o homem como ser criador, portador e
transmissor de cultura. Para melhor compreender o processo educativo é
necessário conhecer a história do povo em que este ocorre seu hábitos e
costumes.
 Economia: Mudança no perfil profissional, inovações, tecnologia em vários
campos e criação de condições organizativa para o desenvolvimento do perfil
do professor.
 Moral: É a teoria normativa da acção humana na prática do bem.Para que se
tenha essa perfeição é necessário que as pessoas pratiquem o bem.
 Ética: A ética ajuda a pedagogia para delinear as suas regras, princípios,
hábitos, costumes e manifestações cultural face as novas realidades.
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 Ciências políticas: A realização do processo educativo de um país e de uma
sociedade, depende do sistema governativo. A mudanças que o afectam e
abrange também o processo educativo. A pedagogia fornece quadros para a
manutenção do sistema governativo.
 Sociologia: A sociologia estuda o meio, comportamento dos grupos e o
processo de socialização. A pedagogia vai estudar a educação como prática
social orientando-se pelos objectivos da sociedade por onde ela ocorre.

TEMA: O PLANEJAMENTO DE ENSINO OU DA ACÇÃO DIDÁCTICA

Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes, e


prever asformas alternativas de ação para superar as dificuldades ou alcançar os
objetivos desejados.
Portanto, o planejamento é um processo mental que envolve análise, reflexão e
previsão. Nessesentido, planejar é uma atividade tipicamente humana, e está
presente na vida de todos osindivíduos, nos mais variados momentos.
De acordo com o professor Nélio Parra, planejar consiste em prever e decidir sobre:
— "que pretendemos realizar;
— o que vamos fazer;
— como vamos fazer;
— o que e como devemos analisar a situação, a fim de verificar se o que
pretendemos foi
atingido"

O plano é o resultado, é a culminância do processo mental de planejamento. O


plano, sendoum esboço das conclusões resultantes do processo mental de planejar,
pode ou não assumir umaforma escrita.

 Plenajamento da acção docente .

Uma certa confunsão cerca o entendimento dos conceitos "Planejamento" e "Plano".


Por isso, é importante apresentarmos de início, os conceitos aqui adotados inerente
a divergência entre ambos. Entende-se por "Planejamento" o processo mental que

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supõe análise, reflexão e previsão. Como um processo não é algo que acontece
num dado momento, esta acção ( de planejar ) ocorre num período de tempo.

O "Plano" é o produto passívo do processo de Planejamento, o resultado que pode


ou não ser colocado no papel.
.
O termo planejamento refere-se a "planejar", é um acto extremamente importante e
necessário em qualquer área da actividade humana, e na educação não é diferente.
Alguns factos justificam essa afirmatíva:

 Planejar evita improvisação, e particularmente na educação, com toda sua


grandiosidade e importância, o improviso é uma catástrofe;
 Planejar prevê e supera dificuldades, o que é bem melhor do que "apagar
erros em plana acção docente com atitudes correctivas";
 Planejar ajuda a cumprir os objectivos como: Economia do tempo, eficiência e
eficácia na acção e etc...

.
Em quanto professor, ao planejar sua acção deveis considerar os seguintes
aspectos:

 Coerência e unidade: Conexão entre os objectivos e meios de ensino, de


modo a que os objectivos sejam alcançados.
 Continuidade e sequência: Trabalho de forma integrada do começo ao fim,
garantindo relação entre as várias actividades.
 Flexibilidade: Possibilidade de ajustar a acção adaptando-a a situações não
prevístas. A acção do professor deve entender os interesses e as
necessidades dos alunos, e ao mesmo tempo atender os pontos essênciais a
serem desenvolvidos.
 Objectividade e funcionalidade: Deve-se analisar as condições da realidade
dos alunos e do meio, adequando a acção do professor às condições de
realização, recursos disponíveis, características dos alunos, etc...

Zeferino Kapupulu
 Clareza e precisão da línguagem: Analisar o linguajar que vai usar, e deve
ser símples e claro, com enunciados (palavras) exatos e indicações precísas,
pois a acção docente não pode ser passível de dúpla interpretação.

Tipos de planejamento na área da educação


Na esfera da educação e do ensino, há vários níveis de planejamento, que
variam em
abrangência e complexidade:
a) planejamento de um sistema educacional;
b) planejamento geral das atividades de uma escola;
c) planejamento de currículo;
d) planejamento didático ou de ensino:
— planejamento de curso;
— planejamento de unidade didática ou de ensino;
— planejamento de aula.

Ou seja:

Zeferino Kapupulu
Zeferino Kapupulu
Zeferino Kapupulu
Zeferino Kapupulu
Zeferino Kapupulu
Zeferino Kapupulu
5. Características de um bom plano didático ou de ensino
Como vimos, o plano é o resultado do processo mental de planejamento. É um
esboço, umroteiro das conclusões e decisões tomadas.Em todos os setores da
atividade humana, um plano, para ser considerado adequado, deveseguir certos
princípios. Da mesma forma, um plano didático adequado deve apresentar
asseguintes características:

a ) Coerência e unidade — É a conexão entre objetivos e meios, pois os meios


devem seradequados para atingir os objetivos propostos. No que se refere ao plano
didático, trata-se daconvergência, da correlação entre os objetivos, os conteúdos, os
procedimentos de ensino e
aprendizagem e as formas de avaliação.

b) Continuidade e sequência — É a previsão do trabalho de forma integrada do


começo ao fim,garantindo a relação existente entre as várias atividades.

c) Flexibilidade — É a possibilidade de reajustar o plano, adaptando-o às situações


não previstas.O plano deve satisfazer os interesses e as necessidades dos alunos,
sem afastar-se dos pontosessenciais a serem desenvolvidos. Isto quer dizer que o
plano "deve permitir a inserção sobre amarcha, de temas ocasionais, subtemas não
previstos e questões que enriqueçam os conteúdospor desenvolver, bem como
permitir alteração — restrição ou supressão — dos elementosprevistos de acordo
com as necessidades e/ou interesses dos alunos"

d )Objetividade e funcionalidade — Consiste em levar em conta a análise das


condições darealidade, adequando o plano ao tempo, aos recursos disponíveis e às
características daclientela (possibilidades, necessidades e interesses dos alunos).
Assim, os conhecimentos aserem trabalhados e assimilados devem atender aos
interesses e necessidades dos alunos deforma funcional, efetiva e prática.

e) Precisão e clareza — O plano deve apresentar uma linguagem simples e clara:


os enunciadosdevem ser exatos e as indicações precisas, pois não podem ser
objeto de dupla interpretação.Para finalizar, gostaríamos de salientar que o

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planejamento didático não deve ser apenas umaformalidade ou uma mera atividade
ritualista, que visa simplesmente a elaboração de um planovazio e sem sentido, para
satisfazer uma exigência burocrática

4. A função do planejamento das atividades didáticas


Cabe aqui uma pergunta: afinal, por que e para que planejamos?
Em resposta a esta pergunta, podemos afirmar que o trabalho planejado, em
qualquer setor daatividade humana, contribui para:
— atingir os objetivos desejados;
— superar dificuldades;
— controlar a improvisação.
Da mesma forma, o planejamento didático é uma atividade importante e
necessária porquetem como função:
a) Prever as dificuldades que podem surgir durante a ação docente, para poder
superá-las comeconomia de tempo.
b) Evitar a repetição rotineira e mecânica de cursos e aulas.
c) Adequar o trabalho didático aos recursos disponíveis e às reais condições
dos alunos.
d) Adequar os conteúdos, as atividades e os procedimentos de avaliação aos
objetivos propostos.
e) Garantir a distribuição adequada do trabalho em relação ao tempo
disponível

O planejamento de ensino deve conter informações amplas de transcorrer o


bimestre, semestre ou até mesmo todo o ano letivo na unidade escolar, trata-se de
um norte para as atividades da disciplina na sua totalidade, para tanto os objetivos
gerais, os temas/conteúdos, as estratégias didáticas/metodologias e as referências
são primordiais.

O plano de aula corresponde ao transcorrer das aulas que o professor ministrará


junto aos estudantes, a transposição dos conteúdos propriamente dita, para tanto
devem contar com maiores detalhamentos em termos de conteúdos, objetivos e
estratégias metodológicos que serão utilizadas. O plano de ensino deve ser
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elaborado de forma coletiva, com a participação de colegas professores e gestores
escolares. Assim cria-se a oportunidade à socialização de materiais e experiências
positivas, de reforçar e ampliar os relacionamentos interpessoais e firmar parcerias
colaborativas para projetos.

É de suma importância que o professor de História se posicione de forma reflexiva e


crítica diante não só das fontes, mas diante da própria prática pedagógica e
cotidiana. A História pode auxiliar na compreensão do outro igual e diferente, bem
como vislumbrar conhecer a história de outras épocas e sociedades, no sentido de
entender melhor os tempos em que se vive e que será legado a outras gerações.

TEMA :A FORMULAÇÃO DOS OBJECTIVOS EDUCACIONAIS


Subtema: A definição dos objectivos de ensino

Numa definição restrita, os objectivos são resultados prevístos dentro do processo


de ensino-aprendizagem. Elas permitem dirigir o trabalho conjunto do professor e
dos alunos, expressando conhecimentos, habilidades e hábitos a serem assimilados
de acordo com as exigências metodológicas.

Todo professor necessita definir os objectivos, o mesmo dizer, prever desde o


princípio o que o aluno será capaz de realizar ao final do processo de ensino-
aprendizagem. Se não definir os objectivos não poderá avaliar de maneira coerente
os frutos da sua actividade de ensino e será complexo seleccionar e voltar a planejar
estratégias de ensino mais ajustadas.

Quando identificada as grandes metas educacionais, que correspondem a uma


formação ampla, o sistema escolar, a escola assim como o professor, deverão
explicitar os objectivos relativos a "disciplina e as unidades de estudo", com vista a
demostrar maior importância. Atendendo a relevância da sua definição, devem ser
ponderados alguns promenores tais como:

> Características da disciplina

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> O nível etário dos alunos
> O grau de assimilação dos alunos
> As condições de trabalho e etc...

Tipológicamente os objectivos de ensino são:

• Objectivos Gerais -> fornecem directrízes para acção educatíva visando a


aquisição de competências e capacidades mais complexas. Estes são alcançados a
longo prazo ou final de uma unidade de estudo.

• Objectivos Específicos -> Classifica as intenções de aprendizagem durante uma


aula e, são atingidos também no final de cada aula.
.

Os objectivos de ensino devem Necessariamente referir-se aos domínios:


Cognitívo ( Refere-se a inteligência, memória e conhecimento ); Psicomotor (
Refere-se às habilidades e competências ) e Afectivo ( Refere-se aos valores,
atitudes, apreciação e interesse.

Objetivo "é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa
atividade".
Também o educador espera atingir certos resultados, em decorrência de sua
atuaçãopedagógica. Assim, o professor, na interação com seus alunos, faz uso dos
meios (métodos emateriais de ensino) mais adequados para alcançar os resultados
anteriormente previstos.

Portanto, objetivos educacionais são os resultados desejados e previstos para a


ação educativa.
São os resultados que o educador espera alcançar com a atividade pedagógica."Os
objetivos da educação resultam da filosofia que orienta a vida dentro de uma
cultura.Representam os atributos que a sociedade espera e necessita encontrar em
seus membros,delineiam o perfil do homem que a sociedade espera formar."

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Quanto a sua função, os objectivos de ensino tem as seguintes:
* Clarificação das intenções de formação;
* Orientação, objectividade, eficiência e eficácia na acçã docente;
* Guia dos formandos, facilitando a sua aprendizagem;
* Rigor na avaliação...

- CRITÉRIOS PARA SELECCIONAR E DEFINIR OS OBJECTIVOS DE ENSINO:


1- Os objectivos devem referir a aprendizagem e comportamento dos alunos e não
do professor.
2- Devem indicar claramente a intenção do professor e não devem dár margens a
muitas interpretações.
3- Deve especificar o que os alunos devem realizar .
4- Os verbos utilizados para definir os objectivos devem estar sempre no infinitivo (
devem realçar a acção dos alunos em relação ao tema ).

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Os objetivos educacionais podem ser expressos em dois níveis:

a) Objetivos gerais — São aqueles previstos para um determinado grau ou


ciclo, uma escola ouuma certa área de estudos, e que serão alcançados a
longo prazo.

b) )Objetivos específicos — São aqueles definidos especificamente para uma


disciplina, umaunidade de ensino ou uma aula. Consistem no desdobramento
e na operacionalização dosobjetivos gerais.O objetivo específico é, às vezes,
também chamado de comportamental ou instrucional,porque ele é formulado
de modo a indicar os comportamentos observáveis no aluno. Os objetivos
específicos consistem na operacionalização dos objetivos gerais. Por isso,
fornecem uma orientação concreta para o estabelecimento das atividades de
ensinoaprendizagem e para a avaliação.

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OS OBJECTIVOS EDUCACIONAIS E SEUS NIVES DE TAXONOMIA

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TEMA: A SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

Anteriormente, na escola tradicional o conteúdo de ensino poderia se adequar ao


tempo disponível de aula. Era praticamente uma quantidade de informações
despejadas a mente oprimida dos alunos. As novas conquistas científicas no campo
da educação vieram, no entanto, mostrar que o mais importante não é dár ao aluno
um grande volume de informações, mas sim o necessário para se viver no mundo
contemporâneo e promover um desenvolvimento integral e harmonioso dos alunos,
envolvendo as áreas cognitivas, afectivas e psicomotoras. Dada esta mudança, os
mais eminentes pedagogos modernos começaram a apresentar uma extensíva lísta
de novos conceitos sobre "conteúdos de ensino". Por exemplo:

- José Carlos Libâneo diz que "Conteúdos de ensino" são um conjunto de


conhecimentos, habilidades e hábitos, organizados pedagogicamente e
didacticamente, tendo em vista a assimilação dos alunos.

- Para Claudine Pilette, Os "conteúdos" são meios escritos e orais utilizados a


qualquer momento da actividade de ensino para fins previamente definidos e
visados pelo processo de aprendizagem.

- Enquanto que Elizabeth Gaio afirma que "conteúdos de ensino" é tudo aquilo que é
passível de integrar um programa educatívo com vista a formação das novas
gerações. É um termo que se refere ao conjunto das matérias ou tópicos constantes
dos programas das disciplinas ou áreas curriculares.
Ora, podemos perceber que estes autores convergem na ideia de que os conteúdos
não podem ser vístos como algo dogmático ou assistemático, mas como uma das
ferramenta importante no processo de ensino-aprendizagem; Deve possuir, por sua
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vez, uma sistematização que se adequa aos objectivos da aula; Deve estimular uma
discussão saudável na sala de aula e deve também, possuir um significado, sentido
e utilidade prática para os alunos.
.

O conteúdo serve de base para a aquisição de informações, conceitos. princípios e


para o desenvolvimento de hábitos, habilidades e atitudes. E através dos conteúdos
curriculares que alcançamos os objetivos estabelecidos para o processo
educacional.

A seleção dos conteúdos programáticos deve basear-se nos seguintes critérios:


validade,
utilidade, significação, adequação ao nível de desenvolvimento do aluno,
flexibilidade e
adequação ao tempo disponível. Além disso, deve ser dada ao aluno a possibilidade
de elaboração pessoal do conteúdo transmitido, permitindo-lhe comparar, organizar,
aplicar e avaliar informações, conceitos e princípios, num processo constante de
reconstrução doconhecimento.

- Tipos de conteúdos:

Os conteúdos são base formativa dos objetivos e devem ser identificados em


três domínios saber, saber fazer, saber ser e saber estar.
1- Conteúdos conceptuais- referem-se ao domínio cognitivos e relacionam-se
aos conceitos, domínios, princípios etc.
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2- Conteúdos procedimentais- relacionam-se ao domínio psicomotor, saber
fazer;
3- Conteúdos atitudicionais- relaciona-se ao domínio afectivo, saber ser, saber
estar . Tem a ver com a socialização e inserção no meio.

 A organização dos conteúdos se constitui em duas formas de


ordenação:

a) vertical — é a organização sequencial dos conteúdos ao longo de várias séries:


b) horizontal — é o relacionamento dos conteúdos dentro de uma mesma série.
A organização dos conteúdos deve orientar-se por três critérios: continuidade,
sequência eintegração. Deve. também, pautar-se em dois princípios básicos: o
lógico e o psicológico.

2. Critérios para a seleção de conteúdos

Existem duas modalidades de organização do conteúdo, de acordo com o seu


nível de
operacionalização:
a) Programa escolar oficial — É o guia que traça em linhas gerais os fins e os
conteúdos da açãoeducativa para um determinado grau de ensino, definindo os
conceitos básicos e as habilidadesfundamentais a serem desenvolvidos. O guia
curricular oficial é, em geral, elaborado a nívelde sistema oficial de ensino e visa dar
uma unidade ao trabalho dos professores de umadeterminada rede de escolas de
um estado ou município.

b) Programa pessoal de cada professor — É o plano de ensino de cada professor,


que pode seranual, mensal ou semanal. Esse plano operacionaliza as diretrizes
curriculares do sistema deensino e especifica os objetivos e conteúdos da ação
educativa, de acordo com as reaiscondições de cada classe, isto é, de acordo com o
nível de desenvolvimento e as aprendizagensanteriores dos alunos.Há alguns anos
os programas oficiais eram mais detalhados e minuciosos nas suas
orientações.Atualmente, os guias curriculares elaborados pelo sistema são mais

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flexíveis, apresentandoapenas os conceitos básicos e as habilidades fundamentais a
serem desenvolvidos ao longo docurso.

SELECÇÃO E DELIMITAÇÃO DE CONTEÚDOS

Para determinar quais conteúdos são considerados mais importantes e significativos


para serem escolhidos e trabalhados em função dos objectivos é necessário
reconhecer:

a)- Os conteúdos mais significativos dentro do campo de conhecimentos;


b)- Os conteúdos que despertam maior interesse dos alunos;
c)- Os conteúdos mais adequados ao nível de maturidade e adiantamento do alunos;
d)- Os conteúdos mais úteis em relação a resolução de situações de problemas que
o estudante tenha que resolver;
é)- Os conteúdos que podem ser aprendidos dentro das limitações do tempo.

CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS


Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados, o professor deve basear-se nos
seguintes
critérios:
1. Validade — Deve haver uma relação clara e nítida entre os objetivos a serem
atingidos com oensino e os conteúdos trabalhados. Isto quer dizer que os conteúdos
devem estar adequados evinculados aos objetivos estabelecidos para o processo de
ensino e aprendizagem. Portanto, emprimeiro lugar, os conteúdos são válidos
quando estão inter-relacionados com os objetivoseducacionais propostos.

2 .Utilidade — O critério de utilidade está presente quando há possibilidade de


aplicar oconhecimento adquirido em situações novas. Os conteúdos curriculares são
considerados úteisquando estão adequados às exigências e condições do meio em
que os alunos vivem,satisfazendo suas necessidades e expectativas, e quando têm
valor prático para eles, ajudandoosna vida cotidiana a solucionar seus problemas e a
enfrentar as situações novas.

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3 .Significação — Um conteúdo será significativo e interessante para o aluno
quando estiverrelacionado às experiências por ele vivenciadas. Por isso, o professor
deve procurarrelacionar, sempre que possível, os novos conhecimentos, a serem
adquiridos pelos alunos,com suas experiências e conhecimentos anteriores, fazendo
uma ponte para ligar o jáconhecido ao novo e ao desconhecido

4. Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno — O conteúdo selecionado


deve respeitar ograu de maturidade intelectual do aluno e estar adequado ao nível
de suas estruturas cognitivas.Os conteúdos a serem assimilados devem
corresponder às aprendizagens essenciais edesejáveis, contribuindo para o
desenvolvimento das potencialidades do aluno, de acordo com sua fase evolutiva e
com os interesses que o impelem à ação.

5- Adequação dos conteúdos ao tempo disponível- ao leccionar os conteúdos


devemos fazê-lo de acordo ao tempo atribuído , procurando assim os conteúdos
úteis e relevantes.

6- Flexibilidade — O critério de flexibilidade estará sendo atendido quando houver


possibilidadede fazer alterações nos conteú-dos selecionados, suprimindo itens ou
acrescentando novostópicos, a fim de ajustá-los ou adaptá-los às reais condições,
necessidades e interesses do grupode alunos.

7- Possibilidade de elaboração pessoal: Este passo refere-se à recepção,


assimilação e transformação da informação pelo próprio aluno. De acordo com esse
critério o aluno poderá associar, comparar, compreender, organizar, criticar e avaliar
o novo conteúdo. Se o professor considerar com regularidade este passo, poderá
então, ajudar o aluno a desenvolver uma consciência crítica das coisas.

7- Realismo: Deve-se seleccionar conteúdos que possam ser aprendidos dentro


das limitações de tempo e recursos disponíveis

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TEMA: OS MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO: ORIGEM, CONCEITO E
OBJECTIVO

A Metodologia constitui o estudo dos métodos, é o conjunto das ações de


investigação das diversas ciências, quanto aos seus fundamentos e validade,
diferenciando-se das técnicas que são aplicações exclusivas dos métodos. A
Didática enquanto ciência existe uma conexão entre os métodos próprios da ciência
que dão suporte ao objeto de ensino e os métodos de ensino.

Portanto, a metodologia pode ser compreendida no âmbito geral considerando os


diversos métodos: métodos tradicionais, métodos ativos, métodos da descoberta e
método de solução de problemas. As Metodologias Específicas são aquelas que
tratam dos procedimentos de ensino e estudo das disciplinas do currículo escolar,
como exemplo: Matemática, História, Português e outras que estão à disposição do
professor. Nesse caso, cabe ao professor definir os critérios para selecionar os

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métodos e técnicas de ensino, antes de elaborar sua proposta didática pedagógica
com intenção de possibilitar ao estudante, a construção do conhecimento.
Por sua vez, o termo método vem do grego (méthodos = caminho para chegar a um
fim) e se
refere a um caminho para atingir um fim. Walter Garcia define método como sendo
uma
"sequência de operações com vistas a determinado resultado esperado" . Logo,
método de
ensino é um procedimento didático caracterizado por certas fases e operações para
alcançar umobjetivo previsto. Quanto à palavra técnica, Piletti a define como sendo
"a operacionalização do método". Atualmente, é empregado também o termo
estratégia de ensino, para designar os procedimentos e recursos didáticos a serem
utilizados para atingir os objetivos desejados e previstos.

Método de ensino é o conjunto organizado de procedimentos didáticos para


conduzir a
aprendizagem do aluno, visando a consecução dos objetivos propostos para o
processo
educacional. O método não é neutro. Todo método de ensino tem por base um
modelo
conceituai, isto é. fundamenta-se numa concepção de homem e de educação

Por sua vez, o termo método vem do grego (méthodos = caminho para chegar a um
fim) e serefere a um caminho para atingir um fim. Walter Garcia define método como
sendo uma"sequência de operações com vistas a determinado resultado esperado"4
. Logo, método deensino é um procedimento didático caracterizado por certas fases
e operações para alcançar umobjetivo previsto.Quanto à palavra técnica, Piletti a
define como sendo "a operacionalização do método".Atualmente, é empregado
também o termo estratégia de ensino, para designar osprocedimentos e recursos
didáticos a serem utilizados para atingir os objetivos desejados eprevistos.

DIFINIÇÃO DE CONCEITOS GERAIS

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Para Carlos Libâneo, (1994, p. 23), a educação é um fenómeno social e universal,
sendo uma actividade humana necessária a existência e funcionamento de todas as
sociedades. Libâneo acrescenta ainda que não há sociedade sem prática educativa
e nem prática educativa sem sociedadea prática educativa não é apenas uma
exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover os indivíduos de
conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos a atuar no meio social e
a transforma-lo em função de necessidades económicas, sociais e políticas da
coletividade.1

Para Regina Célia (2006, p. 11), a educação como fato social, possibilita que as
aquisições culturais do grupo sejam transmitidas às novas gerações, contribuindo,
assim, para a subsistência do grupo como tal. Trata-se de uma manifestação da
cultura e depende do contexto histórico e social em que está inserida. Seus fins
variam, portanto, com as épocas e as sociedades.

Segundo João José Saraiva da Fonseca (2016, 23), educação é uma actividade
social, política e económica que manifesta de diversas formas e que seu sistema de
acções e operações exercem influências na formação de convicções para o
desenvolvimento humano do ser social e do ser individual.

Para ImídioNérice (1992, p.284), a metodologia do ensino pode ser compreendida


como um ―conjunto de procedimentos didácticos, representados por seus métodos e
técnicas de ensino‖, esse conjunto de métodos são utilizados com o intuito de
alcançar objectivos do ensino e de aprendizagem, com a máxima eficácia e, por sua
vez, obter o máximo de rendimento.
Segundo Baranov (1989, p.22), instrução corresponde um aspecto da educação que
corresponde o sistema de valores científicos, culturais, acumulados pela
humanidade. Trata-se de uma de aperfeiçoar e optimizar o processo educativo.

Para Nauner (1981, p. 112), o conceito de instrução se emprega, na maioria das


vezes, com a significação de ministrar e assimilar conhecimentos e habilidades, com

1
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994, p. 160.
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a formação de interesses cognitivos e talentos, e com preparação para actividades
profissionais.
Libâneo, (1994, p. 23), estabelece uma diferença entre instrução e ensino. Para o
mesmo autor, instrução se refere à formação intelectual e desenvolvimento das
capacidades cognitivo mediante o domínio de certos níveis de conhecimentos
sistematizados. O ensino corresponde as acções, meios e condições para realização
da instrução; contém, pois a instrução.

Na visão de Regina Célia (2006, p.11), ensino é uma ação deliberada e organizada.
Ensinar é a atividade pela qual o professor, através de métodos adequados, orienta
a aprendizagem dos alunos.

Fernandez (1996, p. 89) aponta que a aprendizagem é colocada como apropriação,


reconstrução do conhecimento do outro a parir do saber pessoal. Resulta da
interação entre as estruturas do pensamento e o meio cultural que necessita ser
compreendida.
Segundo José Carlos Libâneo (1994, p. 85), aprendizagem é um processo de
assimilação de determinados conhecimentos e de modos de acção física e mental,
organizados e orientados no processo de ensino. Seus resultados se manifestam em
modificações na actividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o
ambiente físico e social.

CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO


Os métodos e técnicas não são neutros, pois estão baseados em pressupostos
teóricos implícitos.Além do mais, sua escolha e aplicação dependem dos objetivos
estabelecidos.
Por isso, ao escolher um procedimento de ensino, o professor deve considerar,
como critériosde seleção, os seguintes aspectos básicos:

 adequação aos objetivos estabelecidos para o ensino e a aprendizagem;


 a natureza do conteúdo a ser ensinado e o tipo de aprendizagem a
efetivar-se;

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 as características dos alunos, como, por exemplo, sua faixa etária, o
nível de desenvolvimentomental, o grau de interesse, suas expectativas
de aprendizagem;
 as condições físicas e o tempo disponíveis.

Tema: Métodos e técnicas de ensino.


Subtema: Aspectos conceituais.

Estratégia: É uma palavra emprestada da terminologia militar. No contexto educatívo


trata-se da descrição dos meios disponíveis pelo professor para atingir os objectivos
propostos.

Método: Etmológicamente, método significa "caminhos a seguir". Indica caminhos


que levam o professor a alcançar um ponto sem ser o veículo de chegada, ou seja, é
simplesmente a via que leva o professor a um determinado fim.

Técnica: Concebe-se como a operacionalização dos métodos, ou melhor, é o veículo


que leva o professor a atingir os objectivos específicos.

Procedimentos: Consiste em descrever as actividades proconizadas pelo professor e


pelos alunos, explicar a maneira de como se procedeu a aplicação dos métodos e
técnicas.
.
"O professor-informador e o aluno-ouvinte serão substituídos pelo professor-
dinâmico e aluno-pesquizador". Queremos com este pensamento opantar o quão é
importante o professor dinamizar as suas aulas, equiparar suas metodologias e
considerar que este é a ferramenta mais eficáz para atingir os seus objectivos.

Os métodos e técnicas de ensino quando bem aplicados, desafiam a possibilidade


dos "Recursos de ensino" facilitar a aprendizagem dos alunos. Por outro lado, a
ausência desta capacidade (da incrível operacionalização dos métodos e técnicas
de ensino) retiram ao professor o triunfo profissional e o tornam num depositor de
conhecimentos sem objectivos a alcançar
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Tema: Metodologias e técnicas de ensino.
Subtema: Classificação dos métodos e técnicas de ensino.

1° MÉTODOS E TÉCNICAS TRADICIONAIS:


São aqueles que exigem um comportamento passívo do aluno. De acordo a esses
métodos e técnicas, o professor transmite o conhecimento e o aluno apenas recebe,
pois dentro deste procedimento concebe-se que aquilo que o professor transmite é o
mais importante e não aquilo que o aluno descobre.

Nesta categoria "de métodos e técnicas tradicionais" estudaremos os seguintes:


• Método de aula expositíva e
• Técnica de pergunta e resposta.
.
2° MÉTODOS E TÉCNICAS RENOVADAS:
São também denominados como "técnicas e métodos activos" por se oporem
radicalmente a tudo quanto é passívo nos métodos tradicionais. Esses métodos e
técnicas de ensino baseam-se no principio de que "o aluno é um ser em
desenvolvimento e a sua participação activa consubstancia-se primordialmente no
espaço que o professor reserva para a exposição de suas ideias, experiências e
descobertas.

No entanto, deve-se enfatizar com grande destaque o facto de que, a disciplina e o


desenvolvimento intelectual-moral do aluno não se fundamenta mais na autoridade,
mas sim na responsabilidade. Nesta perspectiva, estudaremos os seguintes
métodos e técnicas renovadas:
• Método Montessori,
• Método de elaboração conjunta,
• Método de trabalho independente,
• Método expositívo,
• Método dialógico (conversação) e
• Método demonstratívo.

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QUANTO AS TÉCNICAS:
• Técnica chuva de ideias,
• Técnica de seminário,
• Técnica de simpósio,
• Técnica de palestra,
• Técnica de painel e estudo de caso,
• Técnica de resolução de problemas,
• Técnica de instrução programática,
• Técnica de dramatização,
• Técnica de projectos,
• Técnica de estudo de campo,
• Técnica de estudo dirigido e
• Técnica de unidade didáctica.
.
OBS: Essas técnicas são utilizadas por muitos professores, mas nem todos sabem
que as utilizam. Estas têm a preucupação básica de organizar o ensino para atender
efectivamente às diferenças individuais dos alunos, principalmente no que diz
respeito ao rítmo de aprendizagem.

DIFERENTES FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS

De acordo com Jean Piaget em sua obra Psicologia e Pedagogia, os métodos de


ensino são
assim classificados:
1- Métodos verbais tradicionais, que tiveram seus fundamentos ratificados pela
epistemologia associacionista.
2- Métodos ativos, que se desenvolveram a partir das pesquisas e conclusões
da Psicologia do desenvolvimento e, mais especificamente, do construtivismo
operacional e cognitivo.
3- Métodos intuitivos ou audiovisuais, baseados na Psicologia da forma ou
Gestalt.

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4- Ensino programado, que tem por base a reflexologia e a Psicologia
comportamental ou Behaviorista

Em seu livro, O processo didático, a professora Irene Carvalho classifica os métodos


de ensinoda seguinte forma:
a) Métodos individualizados de ensino — São aqueles que valorizam o
atendimento às diferençasindividuais e fazem a adequação do conteúdo ao nível de
maturidade, à capacidadeintelectuale ao ritmo de aprendizagem de cada aluno,
considerado individualmente. Entre estes estão otrabalho com fichas, o estudo
dirigido e o ensino programado .
b) Métodos socializados de ensino — São os métodos que valorizam a interação
social, fazendo aaprendizagem efetivar-se em grupo. Incluem as técnicas de
trabalho em grupo, a
dramatização e o estudo de casos.
c) Métodos socioindividualizados— São os que combinam as duas atividades, a
individualizada ea socializada, alternando em suas fases os aspectos individuais e
sociais. Abrangem, entreoutros, o método de problemas, as unidades de trabalho, as
unidades didáticas e as unidades deexperiência.

Segundo Claudino Piletti (1994, pp. 104-105), os métodos de ensino/


aprendizagem classificam-se da seguinte forma:

- Métodos tradicionais;

- Novos métodos ou métodos activos;

- Métodos de exposição do Professor;

- Métodos montessuri;

- Método Decroly;

- Métodos de unidades didácticas;

- Método Psicogenético.

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Métodos tradicionais, os alunos neste método, são agentes passivos cabendo ao
professor transmitir os conhecimentos. Aqui, as descobertas dos alunos não têm
nenhuma importância, cabendo a este memorizar, ouvir e repetir.

Novos métodos ou métodos activos, segundo Piletti (1994, p. 6), este método
privilegia a participação activa dos alunos durante as aulas, destacando os Aspectos
da vida social do aluno como factor para o desenvolvimento intelectual e moral.

Método de exposição do professor, para Piletti (1994, p.106), este método assume
duas posições:

 Dogmática a mensagem transmitida não pode ser contraída, devendo


ser aceite sem discussões e os alunos têm a obrigação de repeti-la;
 Posição de diálogo: aqui, participam ambas as partes, aluno e
professor. O professor ao utilizar este método deve estabelecer com
clareza os objectivos da exposição, planejando de forma sequencial os
tópicos que construirão a exposição.

Método Mentessori, segundo Piletti (1994, p. 107), este método centra-se


essencialmente na criança, pois este tem particularidades especiais em relação aos
adultos e criança tem uma energia latente, bastando-lhe o ambiente específico para
o seu auto desenvolvimento e estabelece alguns princípios: liberdade, actividade,
vitalidade e individualidade.

Método decroly: segundo Piletti (1994, p. 112), este método tem em conta a
evolução natural em relação aos interesses da criança, sendo que esta é
egocêntrica interessada com suas coisas, com a família. Este método oferece ao
aluno primeiramente os conhecimentos dos factos que mais se relacionam com a
sua vida passando por três fases: Observação, associação e expressão.

Método de unidades didácticas: de acordo com este método, o ensino deve ser
desenvolvido através de unidades didácticas, significativas e coesas. Piletti, citando
Parra (1994, p. 113) afirma que o desenvolvimento deste método passa por cinco
fases nomeadamente: Actividades iniciais, planeamento das unidades e
subunidades, execução, actividades conclusivas e por último a verificação dos
resultados.

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Método Psicogenético: para Piaget, citado por Piletti (1994, 121), o pensamento é
a base em que se assenta a aprendizagem. Este método privilegia a prática de
actividadesobjectivas do aluno e do professor, direcção de actividades e mudanças
de comportamentos.

Na opinião de ImídioNérici (1992, pp. 291- 292), os métodos de ensino/


aprendizagem classificam-se da seguinte forma:

- Método colectivo;

-Método de ensino em grupo;

- Método de ensino individualizado.

- Método de ensino socializado- individualizado.

Método de ensino colectivo: que dirige, ao mesmo tempo e sob as mesmas


condições, para todos os educandos, procurando actuar de maneira geral. Os
objectivos de ensino baseados na dinâmica do grupo dão ênfase na interacção e
cooperação dos educandos, levando-os a enfrentar tarefas de estudo em conjunto.

Para José Carlos Libâneo (1994, pp. 160- 171), os métodos classificam-se da
seguinte forma:

- Método de exposição pelo professor;

- Método de trabalho independente;

- Método de elaboração conjunta;

- Método de trabalho em grupo.

Método de exposição pelo professor: a modalidade deste método consiste na


apresentação ou demonstração de conhecimentos, habilidades e tarefas pelo
professor. A exposição é um dos métodos mais antigos. Este método tem uma
ampla aplicação no ensino de quase todas as disciplinas, mas com maior enfoque
no ensino de Ciências Sociais. Consiste na exposição oral por parte do professor, do
conteúdo programático referente a uma aula.

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Método de trabalho independente: consiste na aplicação de tarefas para serem
resolvidas de forma independente pelos alunos, porém dirigidas e orientadas pelo
professor.

Método de elaboração conjunta: consiste na interacçãoactiva entre o professor e


os educandos; isto é, conversação didáctica, onde o professor através dos
conhecimentos e experiências que possui, leva os educandos a se aproximar
gradativamente da organização lógica dos conhecimentos.

Método de trabalho em grupo consiste na dinâmica de grupo, dá ênfase a


interacção e cooperação de educandos, levando-os a enfrentar tarefas de estudo em
conjunto.

 Relações existentes entre Objectivos, conteúdos e métodos de ensino

A relação objectivo, conteúdo e método têm como característica a mútua


interdependência. O método de ensino é determinado pela relação objectivo e
conteúdo, mas pode também influir na determinação de objectivos e conteúdos.
Com efeito, a matéria de ensino é o elemento de referência para a elaboração dos
objectivos específicos que, uma vez definidos, orientam a articulação dos conteúdos
e métodos, à medida que expressam formas de transmissão e assimilação de
determinadas matérias, actuam na selecção de objectivos e conteúdos. A escolha
dos métodos do ensino deve corresponder as necessárias unidades, as formas de
organização do ensino, e as condições concretas das situações didácticas. Os
métodos de ensino dependem dos conteúdos específicos e dos métodos especiais
de cada aula , isto implica o conhecimento das características socioculturais e
individuais e das capacidades cognitivas dos alunos.

Os métodos são forma pelo qual os objectivos e conteúdos se manifestam no


processo de ensino. A relação entre objectivo, conteúdos e métodos de ensino de
tem como característica a mutua interdependência. A matéria é um elemento de
referência para a elaboração dos objectivos, que por sua vez a orientação e
articulação dos métodos tendo em vista a actividade de estudo dos alunos. Por sua

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vez, os métodos, a medida que expressam formas de transmissão e assimilação de
determinadas matérias, actuam na selecção dos métodos e objetivos.

Podemos dizer que o método de ensino é determinado pela relação objectivos


conteúdo, mas pode também influir na determinação dos objectivos e conteúdos.
Com efeito, a matéria de ensino é o elemento e referência para a elaboração dos
objectivos específico, que, uma vez definidos, orientam a articulação dos métodos,
tendo em vista a actividade de estudo dos alunos. Por sua vez, os métodos, à
medida que expressam formas de transmissão e assimilação de determinadas
matérias, actuam na selecção de objectivos e conteúdos.

TEMA: OS RECURSOS DE ENSINO: OBJECTIVO E FINALIDADE

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Zeferino Kapupulu
CRITÉRIOS E PRINCIPIOS PARA A SELEÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS

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OS RECURSOS AUDIOVISUAIS

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TEMA: AVALIAÇÃO PEDAGOÓGICA : OBJECTIVO, FINALIDADES E
TIPOLOGIA
O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: fazer
prova, fazer exame, atribuir nota, repetir ou passar de ano. Esta associação, tão
frequente em nossas escolas, é resultante de uma concepção pedagógica arcaica,
mas tradicionalmente dominante.

A avaliação é um construtor social e, portanto, há um contrato ideológico e político


no cerne do ato de avaliar. Ela aparece inerente e indissociável a educação
promotora da liberdade, pelos ideais de trasnformar e libertar, quando concebida
como problematização, questionamento e pensamento sobre a ação

O processo de avalição consiste essencialmente em determinarem que


medida os objetivos educacionais estão sendo realmente alcançados pelo programa
do currículo e do ensino‖. (TYLER, apud HAYDT, 2002, p.11). Ou ainda, a avaliação
é o processo de delinear, obter e fornecer informações úteis para o julgamento de
decisões alternativas inform+8uações.

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Outro autor, que nos apresenta uma definição para avaliação é Michael Scriven
(apud
HAYDT, 2002, p.12):
A avaliação é uma atividade metodológica que consiste na coleta e na combinação
de dados relativos ao desempenho, usando um conjunto ponderado de escalas de
critérios que leve a classificações comparativas ou numéricas, e na justificação: do
instrumentos e da coleta de dados; das ponderações e da seleção de critérios.

3. O que é avaliar: princípios básicos da avaliação

Em termos gerais, a avaliação é um processo de coleta e análise de dados, tendo


em vista verificar se os objetivos propostos foram atingidos. No âmbito escolar, a
avaliação se realiza em vários níveis: do processo ensino-aprendizagem, do
currículo, do funcionamento da escola como um todo.

A partir do que foi exposto acima, podemos tirar algumas conclusões sobre os
pressupostos e princípios da avaliação:

a) A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Faz parte de um


sistema mais amplo, que é o processo ensino-aprendizagem, nele se
integrando.
b) A avaliação é funcional, porque se realiza em função dos objetivos previstos.
Os objetivos são o elemento norteador da avaliação. Por isso, avaliar o
aproveitamento do aluno consiste em verificar se ele está alcançando os
objetivos estabelecidos.

c) A avaliação é orientadora, porque indica os avanços e dificuldades do aluno,


ajudando-o a progredir na aprendizagem, orientando-o no sentido de atingir os
objetivos propostos.

d) A avaliação é integral, pois considera o aluno como um ser total e integrado e


não de forma compartimentada. Assim, ela deve analisar e julgar todas as
dimensões do comportamento, incidindo sobre os elementos cognitivos e
também sobre o aspecto afetivo e o domínio psicomotor.

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A avaliação não é um fim, mas um meio: para o aluno, é um meio de superar as
dificuldades e continuar progredindo na aprendizagem; para o professor, é um meio
de aperfeiçoar seu o procedimentos de ensino. E desse modo que a avaliação
assume um sentido orientador.

A avaliação tem caráter funcional, pois se realiza em função dos objetivos previstos

DIFERENCIA ENTRE AVALIAR, MEDIR E TESTAR

Testarsignifica submeter a um teste ou experiência. Ou seja, consiste em verificar


odesempenho de alguém ou alguma coisa (um material, uma máquina etc.), por
meio de
situações previamente organizadas, chamadas testes. Atualmente, os testes são
empregados emlarga escala na educação. Mas os educadores devem ter em mente
os limites de sua utilização,pois nem todos os resultados do ensino podem ser
medidos ou averiguados através de teste.

Medir significa determinar a quantidade, a extensão ou o grau de alguma coisa,


tendo por baseum sistema de unidades convencionais. Em nossa vida diária usamos
constantemente unidades demedida (metro, quilo, litro), unidades de tempo (horas,
minutos, segundos, meses, anos) etc. Oresultado de uma medida é expresso em
números, daí sua objetividade e exatidão.

Avaliaré julgar ou fazer uma apreciação sobre alguém ou alguma coisa, tendo como
base
uma escala de valores. Assim, a avaliação consiste na coleta de dados quantitativos
e qualitativose na interpretação desses dados com base em critérios previamente
definidos. Portanto, não ésuficiente testar e medir, pois os resultados obtidos por
esses instrumentos devem serinterpretados sob a forma de avaliação.

FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: FUNÇÕES DIAGNOSTICA, FORMATIVA E


SOMATIVA

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Atualmente, a avaliação assume uma função diagnostica controladorae função
classificatória

Conhecer os alunos. No início do período letivo ou antes de começar uma unidade


de ensino, oprofessor verifica o conhecimento prévio de seus alunos sobre os
conteúdos a serem estudados.Poderá assim determinar se eles progrediram na
aprendizagem depois de certo tempo. Essa avaliação tem função diagnostica e
ajuda a detectar o que cada aluno aprendeu ao longo dosperíodos anteriores,
especificando sua bagagem cognitiva.

Determinar se os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem


foram ou não
atingidos. Ao iniciar um período letivo ou uma unidade de ensino, o professor
estabelece quaissão os conhecimentos que seus alunos devem adquirir, bem como
as habilidades e atitudes aserem desenvolvidas.

Essa forma de avaliar é denominada avaliação formativa esua função é verificar se


os objetivos estabelecidos para a aprendizagem foram atingidos.Portanto, o
propósito fundamental da avaliação com caráter formativo é verificar se o aluno
estáconseguindo dominar gradativamente os objetivos previstos, expressos sob a
forma deconhecimentos, habilidades e atitudes.

Promover os alunos. Em um sistema escolar seriado, o aluno é promovido de uma


série para
outra e de um grau ou curso para outro, de acordo com o aproveitamento e o nível
deadiantamento alcançado nos componentes curriculares estudados. Quando a
avaliação é utilizadacom o propósito de atribuir ao aluno uma nota ou conceito final
para fins de promoção, ela édenominada avaliação somativa. Este tipo de avaliação
tem função classificatória, pois consisteem classificar os resultados obtidos pelos
alunos ao final de um semestre, ano ou curso, tendo porbase os níveis de
aproveitamento preestabelecidos.
supõe uma comparação, porque o aluno é classificado de acordo com o nível de
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A avaliação somativa supõe uma comparação, porque o aluno é classificado
de acordo com onível de aproveitamento e rendimento atingido, geralmente em
comparação com os colegas, istoé, com a classe.
A avaliação somativa aproveitamento e rendimento atingido, geralmente em
comparação com os colegas, istoé, com a classe. A ênfase no aspecto comparativo
é própria da escola tradicional.

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Como podemos notar, existem vários instrumentos de avaliação que incluem os
diferentes tipos de testes ou perguntas, a observação directa, escalas, registo de
ocorrências e listas de verificação.

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TIPOS DE AVALIAÇÃO

Avaliação quanto ao processo :

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a) Avaliação normativa- é o tipo de avaliação que se processa através de um
julgamento baseado na comparação que é feita com um grupo de formando
que submete a uma prova.
b) Avaliação criterial: este tipo de avaliação assenta no grau de domínio ao nível
de desempenho atingido pelo aluno e é bastante adequado à formação por
objetivos.

Avaliação quanto ao momento


 Inicial ou diagnóstica
 Formativa ( contínua)
 Somativa (final)

A Avaliação Diagnóstica: tem como função determinar a presença ou ausência no


aluno de aptidões necessárias à unidade que se vai lecionar, assim como seus
conhecimentos iniciais Para efectuar-se esta avaliação o professor deverá fazer um
levantamento prévio dos pré-requisitos , e elaborar um teste diagnóstico , sobre os
pré requisitos previamente selecionados. Faz-se no inicio da Unidade.

A Avaliação Formativa (contíua) : tem como finalidade reconhecer onde e porquê


o aluno sente dificuldade, esta não se traduzem em nota, faz-se durante o
desenrolar de uma Unidade ou no decorrer de uma aula através da recolha e
interpretações das informações recolhidas.

A Avaliação Somativa: Traduz-se em notas, geralmente é feito no fim de uma


Unidade , de um trimestre

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A avaliação diagnóstica ou inicial é uma modalidade que tem o papel de averiguar
se os alunos possuem os conhecimentos, as aptidões as habilidades ou as
capacidades essências para iniciarem uma nova aprendizagem, referentes a um
tema, um conteúdo ou a uma unidade didáctica, de um curso ou de uma disciplina.

A avaliação formativa ou contínua é um trabalho da responsabilidade de cada


professor e visa fornecer a todos os intervenientes no processo, uma regulação
contínua e individualizada das aprendizagens de modo a assegurar que o processo
de ensino se adequa às características específicas de cada situação ou contexto
educativo.

O processo ensino aprendizagem deve ser acompanhado, analisado e monitorizado


a par e paço, permitindo aos intervenientes, orientar e organizar as suas actividades,
de forma a ter resultados mais consentâneo com os planos, currículos e objectivos
previamente definidos.

Avaliação formativa ou contínua- Função controladora

Avaliação Somativa ou final- Função classificatória

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 Importância da avaliação no processo de ensino aprendizagem

A avaliação permite recolher informações e formular decisões adaptadas às


necessidades dos educandos e, possibilita ainda, regular a prática pedagógica e
determinar diversos componentes que fazem parte do processo. Por exemplo,
através da avaliação, os professores podem analisar criticamente a sua actuação,

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definindo estratégias alternativas e introduzindo mecanismo de correcção e de
reforço ao longo do processo de ensino-aprendizagem da sua turma.

Para que a avaliação desempenha de facto o seu papel no processo de ensino e


aprendizagem, é fundamental que o professor conheça os procedimentos a realizar,
e conseguir conciliar cada aspecto ao contexto e situação, com que confronta no seu
quotidiano educativo; Por exemplo, quando desenvolvida pelo professor, a
avaliação formativa, pode ocorrer em momentos diferentes, como seja no início de
uma tarefa ou de uma situação didáctica - regulação proactiva, - ao longo de todo
o processo de aprendizagem - regulação interactiva- ou após uma sequência de
aprendizagens mais ou menos longa – regulação retroactiva (ALLAL, 1986).

Quando desenvolvida pelo aluno, auto-avaliavação, é entendida como um processo


de meta cognição, processo mental interno através do qual o próprio toma
consciência dos diferentes momentos e aspectos da sua actividade cognitiva.

 Princípios da avaliação

A avaliação para desempenhar o seu papel de regulador do processo de ensino e


aprendizagem, deve ser um meio através do qual se verifica, até que ponto os
objectivos estão sendo alcançados, segundo MENINO & SANTOS (s/d) é necessário
estar de acordo com os seguintes princípios:
 Princípio da coerência, a avaliação deve estar em consonância com as
trêscomponentes do currículo: objectivos, conteúdos e metodologias;
 Princípio da integração, onde a avaliação é vista como parte integrante da
aprendizagem;
 Princípio do carácter positivo, a avaliação deve dirigir-se para aquilo que o
aluno melhor sabe, ou melhor sabe fazer;
 Princípio da generalidade, a avaliação deve ser abrangente, ou seja deve
incidir sobre as dimensões cognitivas, sobre as atitudes, valores e
comportamentos que são referenciados nos currículos e programas através
dos objectivos de ensino.

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 Princípio da diversidade, na avaliação o professor deve recorrer a múltiplas
fontes de evidência do desempenho do aluno, permitindo dar resposta às
características pessoais dos alunos;
 Princípio da postura, a avaliação deve acontecer num ambiente em que a
confiança e a clareza imperem e que as críticas e sugestões sejam
entendidas como naturais.

ETAPAS DA AVALIÇÃO

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TEMA: A ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA

- EXEMPLOS E MODELOS DE PLANO DE AULAS

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..............................................................................................................................

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
ISCED- LUANDA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
REPARTIÇÃO DE HISTÓRIA

PLANO DE AULA DIÁRIO

Nome do professor:

Escola:
Curso:
Disciplina:
Classe: 11ª
Sala nº: 24
Tempo lectivo:
Tipo de aula:
Lição nº
Unidade:
Sumário:
Perfil de entrada :
Perfil de saida:
Objectivo Geral
Objectivos específicos:

Tempo Fases Actividades Métodos de Recurso Avaliaçã Ob


Didáctica conteu Professor Alunos ensino de o s.
dos ensino

5
Preparação e
Introdução da
Matéria

30
Tratamentodi
dáctico da
nova material

10
Consolidação
e
aprimoramen
to dos
conheciment
os

Zeferino Kapupulu
Plano de Aulas

Escola: Complexo Missionário São Paulo Apóstolo


Nome do professor: Zeferino Kapupulu
Disciplina: Lingua Portuguesa
Classe: 11ª
Unidade Temática: Palavras Variaveis
Sumário: Os Substantivos
Tipo de Aula: Nova
TempoLectivo: 2T
Duração: 90º
Número de alunos: 35
Data: 17 de Setembro de 2020

Perfil de entrada: Os alunos já têm noção sobre os substantivos


Perfil de saída: Os alunos adquiriram conhecimento sobre os substantivos

Objectivos Conteúdos Conteúdos Estratégias Actividades Tempo Recurso Avaliação Bibliografi Obs
Geral Espcíficos De a
ensino

Zeferino Kapupulu
Plano de Aulas

Escola: Complexo Missionário São Paulo Apóstolo


Nome do professor: Zeferino Kapupulu
Disciplina:
Classe: 11ª
Turma:
Tipo de Aula: Nova
TempoLectivo:
Duração:
Número de alunos:
Ano lectivo:
Semestre
Perfil de entrada:
Perfil de saída:
Unidade Temática:
Sumário
 Objectivo geral:
 Objectivo Específico:

Tempo Fases Conteúdos Estratégias Actividades Recurso Avaliação Bibliografia Obs


lectivo Didácticas De ensino

Introdução

Desenvolvimen
to

Consolidação

DIDÁCTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DA HISTÓRIA

Os temos metodologia de Ensino e didáctica apontam paa um conceito idêntico ou


muito semelhante. O que se afirma para didática da História, aplica-se para
metodologia de ensino da História.

A Metodologia de Ensino da História estabelece a ligação entre a História , as


disciplinas das ciências da Educação e a prática nas escolas. A Importância da
metodologia do ensino da História está ligada à construção das identidades e do
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patriotismo e do desenvolvimento das capacidades inerentes à estrutura da História
como disciplina científica, à construção do conhecimento Histórico.

a) Como ensinar História

Em presença de um programa que tem para lecionar , o professor de História vê-se


a braço com inúmeros problemas . o professor é o mediador entre o aluno e a
disciplina a ensinar. Neste sentido, as competências especificas inerentes à
disciplina terão que ser analisadas para serem adaptadas aos alunos, ao seu nível
de desenvolvimento.
 O Objecto de estudo

O objeto de estudo da História, é saber a realidade Histórica, daí, a importância


fundamental da utilização das fontes Históricas no ensino da História

 O Método por Descoberta no ensino da História

Na didática renovada, o professor deve abandonar a sua posição de único detentor


do saber e de transmissor de conhecimentos, para para se tornar um animador de
situações da aprendizagem. O professor deve limitar a exposição oral e promover a
aprendizagem através dos livros , textos, , gravuras, filmes ou outros materiais. Mas
do eu transmitir conhecimentos, é importante ensinar o aluno a pensar e como tal, a
construir o seu próprio saber. Esta posição perante ao ensino, pode concretizar-se
através do método de descoberta.
Em História, o ensino pela descoberta, só pode realizar-se a partir da iniciação do
aluno no m´rtodo de pesquisa Histórica, isto é, a promoção do pensamento
Histórico.

b) Finalidades e objetivos do ensino da História


 A definição dos objetivos educacionais de ensino

na definição das finalidades e objetivo da educação é importante estabelecer uma


hierarquia de metas educacionais. De época em época, mudam-se os fins da
educação.

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Cabe ao poder político definir os grandes alvos da educação , que no nosso caso, se
concretizam na Lei de Bases do Sistema Educativo, e foram definidos pela
assembleia da República.
A definição das finalidades do ensino de cada disciplina para cada ano ou ciclo é da
competência das instituições pedagógicas responsáveis pela elaboração de
programas de Ensino ( No nosso Caso, O Ministério da Educação ou o INIDE)
.Porém, os objetivos gerais e específicos devem depender dos professores nos seus
locais de trabalho.

INSTÂNCIAS DEFINIDOAS DE OBJECTIVOS

Poder Político --------- Instituições Pedagógicas----------Os Professores

 Finalidades do Ensino da História

Além de transmitir conhecimentos sobre a realidade Histórica, o ensino da História


permite desenvolver capacidades e atitudes específicas. De entre s finalidades e
métas do ensino da História, destacam-se:
- Poromover o desenvolvimento das capacidades de análise e síntise
através de uma abordagem cientifica da realidade
- Desenvolver a capacidade de formular hipóteses fundamentais
- Proporcionar o desenvolvimento do espirito crítico
- Desenvolver atitudes de tolerância face as ideia, crenças, culturas,
opiniões e valores diferentes dos próprios
- Assegurar uma melhor formação cívica visando a preparação para o
exercício consciente da cidadania.

 Regras para a definição dos Objectivos educacionais


- O Objectivo deve exprimir o resultado da aprendizagem a ser atingido
pelo aluno
- Um objetivo educacional não é ou sumário de um conteúdo
- O objetivo não deve refletir o que vai fazer o professor, mas sim o
resultado que se espera do aluno

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- O Objectivo deve expressar a atividade do aluno em termos de
conduta final.

Outras regras importantes na definição dos objetivos:


1. O Objectivo educacional deve sempre ser formulado com o verbo no infinitivo
ou na 3ª pessoa do indicativo:
Ex: Conhecer ou conhece o dia da independência de Angola
2. O objetivo deve exprimir o resultado da aprendizagem

O Objectivo deve responder a pergunta : que deve fazer o aluno para mostrar que
atingiu o objetivo?
Objectivos- é a descrição dada do que se pretende alcançar como resultado
danossa atividade.
Resultados- são o que os professores esperam no decorrer das suas atividades.
Objectivis educacionais – São resultados desejados e previstos para a ação
educativa, são resultados que o educador espera alcançar com a atividade
pedagógica.

 Tipologia dos objetivos educacionais:


1. Objectivos gerais da Educação
2. Objectivos Gerais das disciplinas
3. Objectivos Gerais das Unidades
4. Objectivos específicos de uma aula.

Como dissemos, é o ministério da Educação que tem a finalidade de definir as


finalidades para uma disciplina, já os objetivos gerais e específicos são definidos
pelo professor nos seus centros de trabalhos ou conselhos científicos.

 Definição dos objetivos Gerais e Específicos em História

Enquanto os objetivos específicos enunciam comportamentos, claramente limitados,


os objetivos gerais indicam aspectos mais abrangentes dos resultados da
aprendizagem. Para os objetivos gerais devemos ter cuidado para colocar os verbos
que enunciam a sua complexidade . em cada objetivo deve incluir apenas um verbo

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e enunciar apenas um resultado de aprendizagem. Ex: Conhecer o processo de paz
em Angola.

Já nos objetivos específicos, devem se usar termos que e verbos que indicam
comportamentos observáveis (Objectivos comportamentais) . deve-se também
selecionar as condutas específicas que sejam importantes e adequa-las ao objetivo
geral que se descreve. As condutas especificas não podem exigir operações
mentais de um nível cognitivo mais elevados do que o nível definido nos objetivos
gerais. .
O objetivo comportamental (Objectivo especifico comportamental tem que revelar o
comportamento do aluno. Ele tem como função mostrar o que o aluno será capaz
de entender ou que deve resolver.

 Objectivos Gerais

Os objetivos gerais traçam-se a partir das Unidades temáticas de ensino, e indicam


aspectos mais abrangentes que podem ser alcançados ao longo de um período
longo de ensino, Uma unidade de Ensino.
- Os objetivos gerais devem definir-se com um verbo que exprime o nível de
generalidade que se pretende. São exemplos de verbos utilizados: Conhecer,
Compreender, Reconhecer, analisar, aplicar, escrever, resolver, Julgar,
interagir.
- Só pode incluir cada objetivo um resultado de aprendizagem. Ex: conhecer as
políticas expansionistas de D. Afonso V. é mais correto enunciar uma de
cada vez porque indicam operações cognitivas de níveis diferentes. Não se
deve utilizar dois verbos ou dois enunciados no mesmo objetivos

 Objectivos específicos
Depois de estabelecer os objetivos gerais, o professor, deve deve passar a
definir os termos de conduta do aluno (objetivos comportamentais ). Os
objetivos específicos traçam-se a partir dos sumários de ensino, que
permitem:
- Revelar o alcance e o significado dos termos utilizados nos objetivos
gerais
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- Descrever através de determinadas condutas os resultados da
aprendizagem.
- Enunciar objetivos específicos com verbos que indicam um
comportamento observável

Assim, alguns termos, comportamentais utilizados nos objetivos específicos são:


enumerar, enunciar, descrever, explicar.

 Objectivos educacionais para a disciplina de História

Maria Cândida Proença, apresenta a taxonomia/modelo desenvolvida por Jeanette


Coltham e Jonh Fines, publicada pela Associaçao de História Inglesa, que organiza
da seguinte forma:

A- ATITUDE PERANTE O ESTUDO DA HISTÓRIA


- Entender (capacidade de recepção)
- Corresponder (Capacidade de resposta)
- Imaginar (Capacidade de se colocar na pele do outro)
B- NATUREZA DA DISCIPLINA
- Natureza de informação
- Processo de organização
- Produções
C- APTIDÕES E CAPACIDADES
- Memorização
- Compreensão
- Interpretação
- Análise
- Extrapolação
- Síntese
- Juizo critico e avaliação
- Aptidões de comunicação
D- RESULTADOS EDUCACIONAIS DO ESTUDO
- Capacidade de discernimento
- Conhecimento de valores juízo fundamentado

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-
 Taxonomia dos objetivos educacionais

Taxnonomia constituem um auxilio valioso na constituição de um objetivo de ensino.


As taxonomias são um conjunto de categorias gerais e especificas que incluem
todosos possíveis a esperar no ensino.

Os primeiros trabalhos de taxonomia foram feito por Benjamim Bloon em 1956 e


depois pelos seus discípulos Krathwolhl em 1964 e Harrow em 1972.

As taxnonomias existem em 3 dominios, que são:


1. Domínio Cognitivo – Bloom (1956): seus objetivos incluem resultados
intelectuais tais como conhecimento, compreensão, aplicação , analise,
síntise, avaliação.

2. Domínio afectivo – Krathwolhh (1964): inclui sentimentos, sentimentos e


emoções como interesses, atitudes a apreciação.
3. Domínio Psico-motor – A. Harrow (1972) : inclui objetivos que dão premissas
as aptidões motoras como caligrafia, exercícios físicos ou trabalho com
máquinas.

Zeferino Kapupulu
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Tema: Estratégia de ensino e aprendizagem: Tecnica não directivas no
ensino/aprendizagem da História
 O trabalho de grupo na aprendizagem da História

Neste método de Ensino uma grande parte do trabalho dos alunos é feita sem o
controlo directo do professor. O trabalho de grupo aposta fundamentalmente na
liberdade de aprendizagem, e como tal, o professor deve ter a flexibilidade
necessária para aceitar alguns desafios.

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O professor não deve dirigir o trabalho , mas apenas intervir quando solicitado e
sempre no sentido de ajudar o grupo a encontrar o seu caminho. Mais do que que
dirigir, o professoe deve ser o de acompanhar os grupos, observando a forma como
os grupos vão desempenhando o trabalho.

 Jogos Dramatizações e simulações

Os jogos, dramatizações e simulações são técnicas que podem ser aproveitados


com grande vantagem pelo professor de História. Tem incontáveis
vantagenspsicologicas para a melhor inserção do aluno nos grupos com que
trabalha e ao mesmo tempo um frte carácter motivador , além de desenvolver
criatividade e imaginação histórica.

As modernas técnicas de ensino ligadas à utilização do audiovisuais e do ensino


programado também têm aplicação no ensino da História. Os audiovisuais são
extremamente importantes
Para ajudar a caracterizar uma época e para tornar o ensino da História mais
atrativo ao mesmo tempo contribuir para o desenvolvimento de determinadas
competências.

 ensino da História através do meio

O ensino da História através do meio contribui para melhor inserção do aluno na


sociedade pelo contacto com os problemas do meio. Ao aperceber-se dos
problemas da sua comunidade e ao ser confrontado com a pluralidade de opiniões
nele existente, o aluno adquire uma maior noção da responsabilidade como agente
de transformação da realidade que o cerca

O meio como um meio auxiliar no ensino e aprendizagem da história visa


integrar o estudo do meio e releva uma posição pedagógico-didáctica em que se
manifesta a constatação da necessidade de se aprofundar a relação escola/meio,
que nem sempre foi acompanhada por uma prática lectiva que permita concretizar
essa intenção.

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 A História ao vivo

A história ao vivo é outra das técnicas de de exploração do meio que possibilita o


desenvolvimento de uma série de capacidades e actitudes. Esta técnica didáctica
deve ser utilizada de preferência nos alunos dos primeiros níveis devido às
características psico-pedagogicas.
 As visitas de estudo

A visita de estudo é uma das estratégias que mais estimula os alunos, devido seu
caracter motivador. Esta estratégia permite realizar um ensino activo e interessante
porque a aprendizagem faz-se pelo contacto com objectos históricos. A visita de
estudo tem inúmeras vantagens especialmente nos aspectos referentes ao ao
conhecimento e respeito pelo património histórico –cultural.

Tema: A Utilização do quadro

O quadro é um meio de ensino muito importante. Esta cientificamente comprovado


que as pessoas sem limitações, cerca de 83% dos conteúdos assimilados está
ligado a visão. Este pode ser maior quando a visão é acompanhada da exposição
oral. Desta forma o quadro ganga uma grande importância.
 Regras básicas para a utilização do quadro:
- Não escrever no quadro nada que não seja importante
- Não escrever nada que o professor não se referia em algum detalhe
- Não escrever nada excessivamente longo
 Funções do quadro
1. Apresentar esquemas, resumos, quadro sinópticos
2. Registar dados
3. Visualizar ideias através de desenhos
4. Transcrever e resolver esercicios

Procedimentos essenciais na utilização do quadro


 Limpar totalmente o quadro antes de qualquer utilização
 Começar a escrever na parte de cima do quadro
 Usar o apagador no sentido vertical

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 Não dar costas totalmente ao aluno , isto é, escrever um pouco ao lado e
falar ao mesmo tempo para manter a atenção do aluno
 Escrever de forma legível e com letras grandes
 Usar giz de cor para dar ênfase a uma palavra ou parte de um desenho. E as
cores mais adequadas são vermelha, amarela, azul e verde.
 Repartir o quadro em 3 três partes, onde na primeira faz-se uma sintise
(sumário) e em outras para dar uma visão global da matéria.

Tema: Organização do processo de ensino e aprendizagem

1- Caracteristicas gerais da aula:


- Ampliação do nível cultural e científica dos alunos, assegurando
profundidades e solidez aos conhecimentos assimilados.
- Seleção e organização das atividades que possibilitam desenvolver sua
independência de pensamento,
- Formação do espirito de colectividade, solidariedade e ajuda mutua sem
esquecer o individual
- Valorização da sala como meio educativo
- Empenho na formação dos métodos e hábitos de estudo

2- Estrutura didáctica da Aula

Alguns autores dizem que as principais fases didáticas são:


- Introdução e Motivação
- Mediação e assimilação
- Domínio e consolidação
- Controlo e avaliação

Outros como Libaneo, defendem as seguintes fases:


1. Preparação e Introdução da Matéria
2. Tratamento didático da nova matéria
3. Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades
4. Aplicação
5. Controlo e avaliação dos resultados

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SUBTEMA: CONCEITO DE AULA & TIPOS DE AULA
Buscar entender o conceito de aula é, acima de tudo, reflectir sobre os espaços
onde ela acontece. Na educação actual, salvas pequenas exceções, as aulas
acontecem nas salas de aula, espaços limitados, herméticos, fechados em um
cômodo que foi construído ou adaptado para este fim. Considerando esta linha de
pensamento, "a aula é o horário de estudo de uma turma na escola ou instituição
acadêmica, em que se pretende um processo de aprendizagem".

Poderá alguém entre nós questionar, "será o processo de aprendizagem acontece


simplesmente na sala de aula?". Ora, vista a questão, há necessidade de
envocarmos a opinião do didácta #Edson_Inforsato (2016, p:80/81) que faz a
seguinte análise: "Se levarmos em conta que sala de aula pode ser chamada de
espaço de aprendizagem, precisamos repensar sua estrutura física também. A sala
de aula como espaço de aprendizagem, será todo o espaço físico onde ocorre a
aprendizagem. Mas, ao acompanhar a mãe ao mercado, visualizando marcas,
produtos, dinheiro e etc, a criança passa por um aprendizado fora do espaço formal
da sala de aula. Quando recebe os valores básicos da educação está aprendendo,
desenvolvendo-se enquanto cidadão e ser aprendente".

Logo, a aprendizagem que buscamos por meio da aula pode ocorrer dentro ou fora
de escolas e academias, como em aulas de ginástica, música, culinária, teleaulas
(como filmes), aulas particulares, entre outras...
.
Ora, voltado directamente ao assunto de hoje, o termo "Aula" deriva do latím = aulé
= significando palácio; sala onde se recebem lições e classe. Antigamente, seriam
os locais para onde os discípulos eram conduzidos para que recebessem o
conhecimento. Popularmente a palavra ‗‘‘aula‘‘‘ compreende dois (2) requisítos: O
local, onde contém os meios didácticos (livros, mesas, quadro-de-giz, e outros) e
pessoas (alunos e professores).

Em uma aula tradicional sempre foi considerado necessário a existência de ao


menos dois personagens: o professor, que detém o conhecimento e representa o
ensino, e o aluno, representando o aprendizado. Contudo, modernamente, com o

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desenvolvimento da tecnologia, constata-se que uma aula pode ocorrer sem a
presença de um professor, utilizando-se novas formas e instrumentos para se
adquirir conhecimento de forma sistemática, como as teleaulas, os cursos por
correspondência ou online, cursos em apostilas e entre outros, possibilitando a um
aluno autodidata escolher um horário personalizado para a sua aula, realizando-a no
seu ritmo pessoal de assimilação, e conforme o seu interesse particular por um
assunto.

SUBTEMA: TIPOS DE AULAS, O ACTO PEDAGÓGICO.

Existem 3 famosos tipos de aula na pedagogia:

1- Aula de tratamento de novos conhecimentos: Onde os alunos mantêm


contacto directo com os conteúdos de novas matérias.

2- Aula de consolidação e sistematização: Onde aprofunda-se os conhecimentos


já adquiridos e também verifica-se quais os alunos que apresentam mais
dificuldades nos determinados assuntos.
.
3- Aula de avaliação ou controlo: Onde comprova-se o grau de assimilação dos
conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e a capacidade dos alunos. Este
tipo de aula permite a realização de provas do professor e de escola.

Elaborar uma aula é tarefa de muita complexidade, geralmente realizada por um


professor, com formação média e superior em Educação. Uma aula pode estar
isolada ou incluída em um planejamento curricular maior. A estrutura de uma aula
deve apresentar começo, meio e fim, sendo o conteúdo da aula distribuído nessa
sequência lógica. Dependendo da metodologia de ensino, uma aula poderá ser
essencialmente teórica, prática, ou teórico-pratica.

TEMA: ETAPAS DE UMA AULA

Zeferino Kapupulu
A ideia mais comum que nos vem em mente quando se fala de "aula" é a de um
professor expondo um tema perante uma classe silenciosa. De acordo a esse
entendimento, a aula é projectada de forma isolada e não combinada.
.
Ora, o estudo que realizamos anteriormente sobre "Conceitos & Tipos de aula"
mostrou claramente que a aula é a forma predominante de organização do processo
de ensino-aprendizagem, onde se desenvolvem as condições necessárias para que
os alunos assimílem conhecimentos, habilidades, atitudes e convições para um
aprendizado significativo. Se considerarmos o processo de ensino-aprendizagem
como uma acção conjunta do professor e dos alunos, podemos entender que o
"ensino" e a "aprendizagem" para serem realizados, requer, aprior, ponderar uma
fase de estruturação que remete-nos a olhar nas estapas de uma aula.

A forma fundamental da estruturação de uma aula está composta pelas seguintes


etapas:

1- ETAPA DA PLANIFICAÇÃO: Refere-se ao trabalho de previsão de uma aula.


Nesta etapa, deve-se preparar todos recursos materiais e metodológicos a serem
empregues durante a aula, seleccionando os conteúdos científicos, instrutívos e
educativos a serem transmitidos aos alunos.

2- ETAPA DA EXECUÇÃO: Neste etapa concretiza-se aquilo que o professor


planificou em casa, ou seja, é a passagem da teoria para a prática, de todos
aspectos prevístos durante a etapa da planificação. É o famoso momento onde o
professor mostra todo seu saber e habilidades na condução da aula.

3- ETAPA DA VERIFICAÇÃO: É a etapa final da acção docente e que também


requer uma planificação. Nesta etapa, o professor faz a verificação ou controlo da
matéria ensinada. A verificação também deve estar presente na execução com o
grande objectivo de avaliar, controlar, constatar a aprendizagem e o rendimento dos
alunos para a reorientação em caso de fracasso. Importa enfatizarmos que, o
alcance dos objectivos do trabalho docente depende da assimilação e aprendizagem
dos alunos.

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A indicação de etapas do desenvolvimento da aula não significa que todas as aulas
devem seguir um esquema rígido. A opção por qual o professor deve seguir,
dependerá dos objectivos, conteúdos da matérias, das características dos alunos,
dos recursos didácticos disponíveis, e etc... Por causa disso, devemos aqui assinalar
que "a estruturação de uma aula é um processo que implica criatividade e
flexibilidade do professor".

O ENSINO ATRAVÉS DE PROJETOS DE TRABALHO


Bittencourt (2005) aborda que os projetos devem estar profundamente
relacionados/articulados aos interesses e desejos dos estudantes e comprometidos
no alcance de resultados/alternativas ou na apresentação de produções, precisam
avançar, dar um passo à frente de uma situação, problema ou tema, não podem
somente constatar ou explicar algo que ocorre.

Entre os elementos fundamentais de projetos tem-se:


• o tema (a partir dos interesses dos estudantes, o professor desempenha um
papel de orientador, mediador facilitador);
• os problemas (do contexto de experiências ou expectativas dos estudantes);
• as justificativas (o porquê da escolha do tema);
• os objetivos (o que se quer fazer, realizar, resolver, aonde se quer chegar);
• a metodologia de desenvolvimento (como será feito, que disciplinas/matérias
estarão envolvidas, que conteúdos serão abordados, que atividades, quais os
passos do trabalho);
• o cronograma de execução (tempo e ações);
• os recursos humanos (professores, estudantes, funcionários e demais
envolvidos);
• recursos materiais à realização do projeto;
• as fontes, a bibliografia/referências e a avaliação.

Pode ser que os objetivos aos quais o professor se propõe sejam diferentes dos que
os estudantes possuem, ocorre que muitas vezes os objetivos não coincidam, cabe
ao professor orientar e auxiliar com clareza, na identificação, formulação e
apresentação dos mesmos. Experiências de ensino e aprendizagem a partir de
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projetos de trabalho pode significar a superação da concepção de ―tábula rasa‖ para
com história de nossos estudantes enquanto sujeitos históricos, capazes de
transformar a realidade na qual se encontram (individual e coletiva), e não
meramente receptores de conhecimentos ou espectadores da performance de seus
professores, mas sujeitos conscientes, pensantes, criativos e transformadores da
realidade.

Zeferino Kapupulu

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