Seleção e Organização Dos Conteúdos Curriculares
Seleção e Organização Dos Conteúdos Curriculares
Seleção e Organização Dos Conteúdos Curriculares
A Importância do Conteúdo
Os conteúdos são importantes à medida que constituem a organização sobre a qual o aluno constrói o conhecimento.
A escola como formadora é o centro da educação constante e tem como função
r e p a s s a r o c o n h e c i m e n t o . É p r e c i s o i n c u t i r n a s c r i a n ç a s e jovens o s valores essenciais
para a sobrevivência da comunidade, como cooperação, justiça, respeito ao próximo, valorização do trabalho
etc. O conteúdo é um conjunto de referencia a conhecimentos, atitudes, hábitos etc. O conceito do
conteúdo não é simplesmente a aquisição de informação, e sim assimilar o que se deseja
passar.C o n t e ú d o s p o d e m d i z e r r e s p e i t o à o r g a n i z a ç ã o d e c o n h e c i m e n t o sobre a base de
suas próprias regras ou são as experiências educativas no campo do conhecimento, selecionadas e
organizadas pelas escolas (Turra –planejamento de ensino e avaliação, p.102).Tanto a organização do conhecimento
como as experiências educativas são importantes, as experiências que o homem adquire serão
transmitidas ao aluno e as experiências que o próprio aluno vivenciara em torno desses conhecimentos
adquiridos. A experiência de quem aprendeu é antes, um processo de aquisição de novos modos de
perceber, ser, pensar e agir. Conteúdo são experiências educativas onde se apoia a prática mental, ponto de partida
para aquisição de informações, para o desenvolvimento de hábitos, habilidades e atitudes para
alcançarmos os objetivos proposto no processo de orientação educacional.
•V a l i d a d e – r e l a ç ã o c l a r a e n í t i d a c o m o s o b j e t i v o s a s e r e m atingidos no ensino e
conteúdos
•Utilidade – possibilidade de aplicar o conhecimento em situações novas, adequados às exigências e
condições que os a l u n o s v i v e m , a j u d a n d o - o s n a v i d a c o t i d i a n a a s o l u c i o n a r o s problemas
e enfrentar situações novas.
•S i g n i f i c a ç ã o – i n t e r e s s a n t e p a r a o a l u n o q u a n d o r e l a c i o n a d o por situações vivenciadas por
ele, o professor dever fazer uma l i g a ç ã o d o j á c o n h e c i d o c o m o n o v o o q u e t o r n a o c o n t e ú d o
significativo.
Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno – adequar e respeitar a maturidade intelectual do aluno
deve haver assimilação essenciais e desejáveis contribuindo para seu desenvolvimento.
•Flexibilidade – somente quando houver possibilidade de fazer a l t e r a ç õ e s n o c o n t e ú d o
s u p r i m i n d o i t e n s o u i n c l u i n d o n o v o s tópicos de acordo com o interesse dos alunos. O aluno deve
ser envolver pessoalmente com o conteúdo, fazendo associações, pesquisando e organizando e
selecionando alternativas, assim estará construindo, ou melhor, reconstruindo o conhecimento.
A organização do Conteúdo. Os conteúdos devem apresentar uma sequência, uma organização vertica l
(plano temporal ) que envolver a continuidade e a sequencia que e n v o l v e o
conteúdo repetidas vezes em diferentes fases de um curso aprofundando e
a m p l i a n d o a s e q u e n c i a e o h o r i z o n t a l ( p l a n o d e u m a mesma série) que se refere ao
relacionamento entre as diversas áreas do currículo integrando e visando garantir a unidade do
conhecimento. Os conteúdos devem estar organizados por princípios lógicos estabelecendo relação entre seus
elementos, podendo também ser chamado de organização psicológica significativa para o próprio aluno. A unidade
que é um tipo de organização estrutural inclui experiências q u e a b r a n g e , v á r i a s s e m a n a s , é
organizada em torno dos problemas
o u projetos importantes dos alunos. Através da estrutura da disciplinapodemos ter uma visão ampla do
conhecimento estudado, o que foi mais importante e o que foi relevante. O Desenvolvimento dos Conteúdos e
as Concepções Pedagógicas. Cada proposta pedagógica baseia-se em uma determinada ideia de ensino-
aprendizagem e da interação professor-aluno. Pedagogia Liberal cujas tendências são, tradicional, renovada-
p r o g r e s s i s t a , r e n o v a d a n ã o - d i r e t i v a e a P e d a g o g i a p r o g r e s s i s t a q u e é libertadora,
libertária e crítica social dos conteúdos. O professor José Carlos Libâneo analisa cada uma dessas
tendências envolvendo os aspectos do papel da escola, conteúdo de ensino, métodos, relacionamento
professor e aluno, pressupostos de aprendizagem e prática escolar. A função da escolar é a difusão do
conhecimento visando à melhoria da qualidade de vida das camadas populares, o desenvolvimento do modelo
p e d a g ó g i c o a d e q u a d o p a r a o n í v e l d e a l u n o s q u e f r e q u e n t a a s e s c o l a r é essencial para
um bom desenvolvimento cognitivo. O papel do professor bem preparado é fundamental para o inferir
do aluno, desenvolvendo o conhecimento e o desenvolvimento de seu ser.
IDEB
Em 2007, foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ). O indicador, que mede a qualidade da
educação, foi pensado para facilitar o entendimento de todos e estabelecido numa escala que vai de zero a dez. A
partir deste instrumento, o Ministério da Educação traçou metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede
até 2022. O novo indicador utilizou na primeira medição dados que foram levantados em 2005. Dois anos mais tarde,
em 2007, ficou provado que unir o país em torno da educação pode trazer resultados efetivos. A média nacional do Ideb
em 2005 foi 3,8 nos primeiros anos do ensino fundamental. Em 2007, essa nota subiu para 4,2,ultrapassando as
projeções, que indicavam um crescimento para3,9 nesse período. O indicador já alcançou a meta para 2009. Se
o ritmo for mantido, o Brasil chegará a uma média superior a 6,0 em 2022. É o mesmo que dizer que teremos uma
educação compatível com países de primeiro mundo antes do previsto.
Com o Ideb, os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino têm metas de qualidade para atingir. O índice,
elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep /MEC), mostra as condições de ensino no Brasil. A fixação da média seis a ser alcançada considerou o
resultado obtido pelos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quando
se aplica a metodologia do Ideb em seus resultados educacionais. Seis foi a nota obtida pelos países desenvolvidos
que ficaram entre os 20 mais bem colocados do mundo.
A partir da análise dos indicadores do Ideb, o MEC ofereceu apoio técnico ou financeiro aos municípios com índices
insuficientes de qualidade de ensino. O aporte de recursos se deu a partir da adesão ao Compromisso Todos pela
Educação e da elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR).Em 2008, todos os 5.563 municípios brasileiros
aderiram ao compromisso. O ministro da Educação, Fernando Haddad, telefonou pessoalmente para os 15 últimos
prefeitos que ainda não haviam assinado o termo de adesão. No dia 30 de julho deste ano, foi completada a inscrição
de 100% dos municípios brasileiros. Assim, todos os municípios e estados do Brasil se comprometeram a atingir
metas como a alfabetização de todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. O MEC dispõe de recursos adicionais
aos do Fundo da Educação Básica (Fundeb) para investir nas ações de melhoria do Ideb.
O Compromisso Todos pela Educação propõe diretrizes e estabelece metas para o Ideb das escolas e das redes municipais e estaduais de ensino.
Ideb é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. O Ideb funciona como
um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a
sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o Ideb é calculado a partir
de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação)e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de
aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente.
As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb),
para os estados e o País, realizados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o
objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.
ENEM
Reconhecido como o maior exame educacional do país, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998, pelo Ministério da
Educação (MEC), com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao m da escolaridade básica.
Atualmente, o Enem avalia o desempenho e a qualidade do ensino no país, sendo uma ferramenta que auxilia na mensuração de desempenho dos
estudantes, para que assim possam ser realizadas, se necessário, a implementação das políticas públicas na
área da educação. Ele também é a principal forma de ingresso no ensino superior.
É por meio do Enem que estudantes podem participar de programas criados pelo governo federal para acesso ao , como:
- Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferta bolsas de estudo parciais ou integrais em instituições particulares;
- Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que concede financiamento sem juros ou com juros baixo em faculdades particulares;
- Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que oferta vagas em instituições públicas de ensino superior.
Hoje é possível até estudar em Portugal com o Enem, desde que sejam obedecidos os critérios de classificação.
Quem pode se inscrever no Enem? Todos os estudantes que estão no ensino médio ou que já concluíram o ensino básico podem participar do
Enem. No caso dos estudantes do 1º e do 2º ano do ensino médio, eles participam do exame como treineiros, ou seja,
não poderão usar as notas para ingressar no ensino superior.
Os alunos de supletivo e os aprovados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos
(Encceja) também podem fazer o Enem. Quando e onde se inscrever no Enem. As inscrições para o Enem são abertas
anualmente, ainda no primeiro semestre, geralmente no mês de maio, e os interessados em participar devem se
inscrever dentro do prazo, no endereço eletrônico destinado pelo MEC, no site do Enem.
Os inscritos no Enem passam pelas provas durante dois domingos consecutivos. Pautado nos conhecimentos e
habilidades do aluno, o teste tem como diferencial a transdisciplinaridade nas questões, ou seja, mescla nas perguntas
variados assuntos e conteúdos de disciplinas estudadas no ensino médio. A proposta é avaliar o estudante pelo
raciocínio, interpretação e domínio de todo o conteúdo ministrado no ensino médio.
Juntando os dias de provas, os estudantes respondem 180 questões de múltipla escolha. Elas possuem cinco
alternativas, sendo apenas uma verdadeira. As questões são divididas em quatro áreas de conhecimento.
No primeiro domingo, os participantes respondem 45 questões de cada uma das seguintes áreas:
- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira, Artes, Educação Física
e Tecnologias da Informação e Comunicação).
A parte de língua estrangeira possui cinco questões de inglês ou espanhol. O participante faz a opção no momento da
inscrição no Enem.
A prova de Linguagens também cobra uma redação dissertativo-argumentativa sobre um tema de ordem
social, cientifico, cultural ou político, que deve ser escrita em até 30 linhas.
No segundo domingo, são aplicadas outras 45 questões para cada uma das áreas abaixo:
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Química, Física e Biologia; Matemática e suas Tecnologias
O primeiro domingo de provas tem duração de cinco horas e meia, e o segundo de cinco horas.
DCN/EM
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados em1996, foram elaborados com o intuito de
melhorar o quadro da
educação no Brasil. Visto que há muito tempo os olhares políco
e econômico à educação têm sofrido desvios, esses parâmetros
servem como guia ao trabalho docente para a formação crí cae social do ser humano, na tenta va
de estabelecer mudança
nessa realidade. Em linguagens, códigos e suas tecnologias, pri-meiro volume das orientações para o
ensino médio, os PCN divi-dem o conhecimento da língua portuguesa em cinco subpartes.A primeira
subparte ressalta a importância do ensino mé-
dio em consolidar, enquanto etapa nal da educação básica, osconhecimentos ob dos até então pelos
alunos. Espera-se que,a parr dessa fase, os alunos possam avançar para níveis mais
complexos de conhecimento, agir fora do contexto escolar como
cidadãos e como prossionais, se assim desejarem. Com relaçãoespecí ca à disciplina de língua
portuguesa, percebe-se a preo
-cupação em consolidar as habilidades de leitura, escrita, fala eescuta, básicas para o processo de
comunicação.
A seguir, estabelece-se uma breve retrospec va até os anos70, época em que se almejava
reformular os conteúdos traba
-lhados em sala de aula. Buscava-se um olhar à luz de elementossocioculturais que interfeririam no
processo de aprendizagem,tais como: classe social, espaço regional, faixa etária, gênero,dentre
outros. É nesse momento que os olhares voltam-se à
língua portuguesa para a necessidade de adequação de conteú
-dos à realidade escolar e percebe-se que a língua, de fato, mudacom o passar do tempo e isso não
deve passar despercebidopela escola. Outro fator importante, mas que não teve a ava-liação devida
na época, foi o fato de que o estudo da variação
linguísca deveria fazer-se intrínseco ao estudo da língua portu
-
guesa. Percebeu-se, nesse debate de “inovações”, que a língua
deve ser trabalhada levando-se em consideração os mais diver-
sos usos e “usuários”, para que os alunos percebam as estrutu
-
ras linguíscas equivalentes a cada ambiente social. Posterior
-mente, já em 1980, nota-se que esse processo de inserção das
variações linguíscas só seria possível por meio de um estudomais abrangente do texto, que
produzisse sendos entre o textoe o contexto a que se refere. A par r disso, passa-se a dar maior
valor ao trabalho com textos na disciplina de língua portuguesa,
atribuindo-lhe sendos entre produtor e receptor.Na terceira subparte das orientações ao ensino
médio, r
-ma-se a ideia de interação entre produção, recepção e circula-ção de diferentes textos. As
concepções de língua e linguagem e
prácas de ensino, que intulam essa subparte, baseiam-se naa rmação de que é pela li
nguagem que o homem se faz sujeito.
A parr disso, cabe aos estudos de língua portuguesa estabele
-
cer avidades que reforcem as concepções do próprio ser hu
-mano, antes de qualquer coisa. Esse processo se estabeleceria
por meio do estudo de textos, proporcionando ao “alunado”, demaneira sistemá ca, a produção e
compreensão de linguagens
em diferentes situações de interação.
Posteriormente, desna-se um espaço no texto, para a dis
-cussão do papel da disciplina de Língua Portuguesa no ensinomédio. Discutem-se, nessa seção, as
capacidades que os alunos,
vindos do ensino fundamental, devem culvar, tais como: convi
-ver com situações de produção e escrita de textos, reconhecen-
do a mulplicidade de linguagens no ambiente de letramento;conviver com situações de produção oral
e imagéca de leiturae escuta, relacionando processos de interpretação e ressigni
-
cação; reer sobre os usos da língua. Ressalta-se, por m, o
destaque que deve ser dado ao trabalho com usos da língua,tendo em vista o valor histórico e social
que se estabelecem nasociedade.
Na quinta e úlma subparte, arrolam-se algumas conside
-
rações acerca da organização e abordagem dos conteúdos noensino médio. Problemaza-se, primeiramente, o
fato de nãoser possível estabelecer parâmetros capazes de sa sfazer as
tendências regionais e locais sem a presença de arbitrariedades.
Com isso, arma-se que é tarefa da escola, juntamente com ocorpo docente, de nir os conteúdos a
serem desenvolvidos em
sala de aula, o que resulta em ações de ensino e aprendizagem.Para melhor esclarecer essas
ações, foram elaborados dois qua-
dros explicavos. O primeiro foca avidades de produção e re
-
cepção de textos, do qual fazem parte avidades de produção e
escrita de diferentes gêneros; produção de textos em eventos
da oralidade; avidades de escuta de textos em situações deleitura em voz alta; a vidades de
retextualização e avidadesde reexão sobre os textos em a vidades de análise. Já o segun
-
do quadro foca as avidades de análise, abarcando elementospragmá cos envolvidos na interação
com os textos; estratégiastextualizadoras; mecanismos enuncia vos; intertextualidade e
ações de escrita.
Como considerações nais, as orientações para o ensinomédio a rmam que essas proposições são
impulsionadas porprácas sociais de diferentes culturas, o que revela um teor de
adaptação do ensino da língua portuguesa ao meio em que seráensinada. Ressalta-se, ainda, o papel
do ensino médio enquanto
etapa nal da educação básica, fato que carrega essa etapa com
os deveres de concluir o processo de aprendizagem, desenvolvi-do durante o ensino fundamental, e
capacitar o aluno a aprofun-dar conhecimentos futuramente.
Os PCN desnados ao ensino de língua portuguesa no en
-
sino médio sintezam de maneira objeva uma série de pro
-
blemácas presentes no sistema atual. Além de arrolar falhas,
essas orientações discutem causas e efeitos e projetam, ainda,
possíveis recursos e métodos a serem u lizados por escolas e
professores para que, na medida do possível, a realidade do en-sino médio se transforme. Sabe-se
que, na maioria das vezes, oensino de língua portuguesa, nessa etapa da educação básica,assim como
outras disciplinas, é direcionado para a prova do
vesbular. Com base nisso, elementos-chave para o desenvol
-vimento da disciplina, como produção de diferentes textos, por
exemplo, restringe-se à produção de texto disserta vo, dentre
outros exemplos.
A leitura das orientações em questão des na-se às pessoas
relacionadas à área de Letras ou da educação, bem como a to-
dos aqueles que, por um movo ou outro, almejam mudanças
no processo de ensino e aprendizagem do ensino médio brasi-leiro.
PROJETO
POLÍTICOPE
DAGÓGICO
DA ESCOLA.