Seleção e Organização Dos Conteúdos Curriculares

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Seleção e Organização dos Conteúdos Curriculares.

A Importância do Conteúdo
Os conteúdos são importantes à medida que constituem a organização sobre a qual o aluno constrói o conhecimento.
A escola como formadora é o centro da educação constante e tem como função
r e p a s s a r o c o n h e c i m e n t o . É p r e c i s o i n c u t i r n a s c r i a n ç a s e jovens o s valores essenciais
para a sobrevivência da comunidade, como cooperação, justiça, respeito ao próximo, valorização do trabalho
etc. O conteúdo é um conjunto de referencia a conhecimentos, atitudes, hábitos etc. O conceito do
conteúdo não é simplesmente a aquisição de informação, e sim assimilar o que se deseja
passar.C o n t e ú d o s p o d e m d i z e r r e s p e i t o à o r g a n i z a ç ã o d e c o n h e c i m e n t o sobre a base de
suas próprias regras ou são as experiências educativas no campo do conhecimento, selecionadas e
organizadas pelas escolas (Turra –planejamento de ensino e avaliação, p.102).Tanto a organização do conhecimento
como as experiências educativas são importantes, as experiências que o homem adquire serão
transmitidas ao aluno e as experiências que o próprio aluno vivenciara em torno desses conhecimentos
adquiridos. A experiência de quem aprendeu é antes, um processo de aquisição de novos modos de
perceber, ser, pensar e agir. Conteúdo são experiências educativas onde se apoia a prática mental, ponto de partida
para aquisição de informações, para o desenvolvimento de hábitos, habilidades e atitudes para
alcançarmos os objetivos proposto no processo de orientação educacional.

Critérios para a Seleção de Conteúdos


O programa escolar oficial é a ação educativa para um determinado grau de ensino, em geral elaborado
em nível de sistema oficial de ensino e c o n s e g u e d a r u m a u n i d a d e a o t r a b a l h o d o s
p r o f e s s o r e s n a s e s c o l a s d o estado ou município. O P r o g r a m a p e s s o a l d e c a d a p r o f e s s o r
pode ser anual, mensal
ous e m a n a l , v i s a o p e r a c i o n a l i z a r a s d i r e t r i z e s c u r r i c u l a r e s d o s i s t e m a d e e
nsino, especifica os objetivos e conteúdos de acordo com as condições de cada classe, observando o
desenvolvimento e aprendizagens do aluno. O professor dispõe de flexibilidade para selecionar os conteúdos mais
adequados aos seus alunos, porém deve o mesmo ter responsabilidade na montagem, observando a
qualidade, quantidade, conhecimento e interesses de seus alunos, o professor deve-se basear nos seguintes critérios:

•V a l i d a d e – r e l a ç ã o c l a r a e n í t i d a c o m o s o b j e t i v o s a s e r e m atingidos no ensino e
conteúdos
•Utilidade – possibilidade de aplicar o conhecimento em situações novas, adequados às exigências e
condições que os a l u n o s v i v e m , a j u d a n d o - o s n a v i d a c o t i d i a n a a s o l u c i o n a r o s problemas
e enfrentar situações novas.
•S i g n i f i c a ç ã o – i n t e r e s s a n t e p a r a o a l u n o q u a n d o r e l a c i o n a d o por situações vivenciadas por
ele, o professor dever fazer uma l i g a ç ã o d o j á c o n h e c i d o c o m o n o v o o q u e t o r n a o c o n t e ú d o
significativo.
Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno – adequar e respeitar a maturidade intelectual do aluno
deve haver assimilação essenciais e desejáveis contribuindo para seu desenvolvimento.
•Flexibilidade – somente quando houver possibilidade de fazer a l t e r a ç õ e s n o c o n t e ú d o
s u p r i m i n d o i t e n s o u i n c l u i n d o n o v o s tópicos de acordo com o interesse dos alunos. O aluno deve
ser envolver pessoalmente com o conteúdo, fazendo associações, pesquisando e organizando e
selecionando alternativas, assim estará construindo, ou melhor, reconstruindo o conhecimento.
A organização do Conteúdo. Os conteúdos devem apresentar uma sequência, uma organização vertica l
(plano temporal ) que envolver a continuidade e a sequencia que e n v o l v e o
conteúdo repetidas vezes em diferentes fases de um curso aprofundando e
a m p l i a n d o a s e q u e n c i a e o h o r i z o n t a l ( p l a n o d e u m a mesma série) que se refere ao
relacionamento entre as diversas áreas do currículo integrando e visando garantir a unidade do
conhecimento. Os conteúdos devem estar organizados por princípios lógicos estabelecendo relação entre seus
elementos, podendo também ser chamado de organização psicológica significativa para o próprio aluno. A unidade
que é um tipo de organização estrutural inclui experiências q u e a b r a n g e , v á r i a s s e m a n a s , é
organizada em torno dos problemas
o u projetos importantes dos alunos. Através da estrutura da disciplinapodemos ter uma visão ampla do
conhecimento estudado, o que foi mais importante e o que foi relevante. O Desenvolvimento dos Conteúdos e
as Concepções Pedagógicas. Cada proposta pedagógica baseia-se em uma determinada ideia de ensino-
aprendizagem e da interação professor-aluno. Pedagogia Liberal cujas tendências são, tradicional, renovada-
p r o g r e s s i s t a , r e n o v a d a n ã o - d i r e t i v a e a P e d a g o g i a p r o g r e s s i s t a q u e é libertadora,
libertária e crítica social dos conteúdos. O professor José Carlos Libâneo analisa cada uma dessas
tendências envolvendo os aspectos do papel da escola, conteúdo de ensino, métodos, relacionamento
professor e aluno, pressupostos de aprendizagem e prática escolar. A função da escolar é a difusão do
conhecimento visando à melhoria da qualidade de vida das camadas populares, o desenvolvimento do modelo
p e d a g ó g i c o a d e q u a d o p a r a o n í v e l d e a l u n o s q u e f r e q u e n t a a s e s c o l a r é essencial para
um bom desenvolvimento cognitivo. O papel do professor bem preparado é fundamental para o inferir
do aluno, desenvolvendo o conhecimento e o desenvolvimento de seu ser.
IDEB

Em 2007, foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ). O indicador, que mede a qualidade da
educação, foi pensado para facilitar o entendimento de todos e estabelecido numa escala que vai de zero a dez. A
partir deste instrumento, o Ministério da Educação traçou metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede
até 2022. O novo indicador utilizou na primeira medição dados que foram levantados em 2005. Dois anos mais tarde,
em 2007, ficou provado que unir o país em torno da educação pode trazer resultados efetivos. A média nacional do Ideb
em 2005 foi 3,8 nos primeiros anos do ensino fundamental. Em 2007, essa nota subiu para 4,2,ultrapassando as
projeções, que indicavam um crescimento para3,9 nesse período. O indicador já alcançou a meta para 2009. Se
o ritmo for mantido, o Brasil chegará a uma média superior a 6,0 em 2022. É o mesmo que dizer que teremos uma
educação compatível com países de primeiro mundo antes do previsto.
Com o Ideb, os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino têm metas de qualidade para atingir. O índice,
elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep /MEC), mostra as condições de ensino no Brasil. A fixação da média seis a ser alcançada considerou o
resultado obtido pelos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quando
se aplica a metodologia do Ideb em seus resultados educacionais. Seis foi a nota obtida pelos países desenvolvidos
que ficaram entre os 20 mais bem colocados do mundo.
A partir da análise dos indicadores do Ideb, o MEC ofereceu apoio técnico ou financeiro aos municípios com índices
insuficientes de qualidade de ensino. O aporte de recursos se deu a partir da adesão ao Compromisso Todos pela
Educação e da elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR).Em 2008, todos os 5.563 municípios brasileiros
aderiram ao compromisso. O ministro da Educação, Fernando Haddad, telefonou pessoalmente para os 15 últimos
prefeitos que ainda não haviam assinado o termo de adesão. No dia 30 de julho deste ano, foi completada a inscrição
de 100% dos municípios brasileiros. Assim, todos os municípios e estados do Brasil se comprometeram a atingir
metas como a alfabetização de todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. O MEC dispõe de recursos adicionais
aos do Fundo da Educação Básica (Fundeb) para investir nas ações de melhoria do Ideb.
O Compromisso Todos pela Educação propõe diretrizes e estabelece metas para o Ideb das escolas e das redes municipais e estaduais de ensino.
Ideb é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. O Ideb funciona como
um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a
sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o Ideb é calculado a partir
de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação)e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de
aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente.
As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb),
para os estados e o País, realizados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o
objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.

ENEM

Reconhecido como o maior exame educacional do país, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998, pelo Ministério da
Educação (MEC), com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao m da escolaridade básica.
Atualmente, o Enem avalia o desempenho e a qualidade do ensino no país, sendo uma ferramenta que auxilia na mensuração de desempenho dos
estudantes, para que assim possam ser realizadas, se necessário, a implementação das políticas públicas na
área da educação. Ele também é a principal forma de ingresso no ensino superior.
É por meio do Enem que estudantes podem participar de programas criados pelo governo federal para acesso ao , como:
- Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferta bolsas de estudo parciais ou integrais em instituições particulares;
- Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que concede financiamento sem juros ou com juros baixo em faculdades particulares;
- Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que oferta vagas em instituições públicas de ensino superior.
Hoje é possível até estudar em Portugal com o Enem, desde que sejam obedecidos os critérios de classificação.
Quem pode se inscrever no Enem? Todos os estudantes que estão no ensino médio ou que já concluíram o ensino básico podem participar do
Enem. No caso dos estudantes do 1º e do 2º ano do ensino médio, eles participam do exame como treineiros, ou seja,
não poderão usar as notas para ingressar no ensino superior.

Os alunos de supletivo e os aprovados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos
(Encceja) também podem fazer o Enem. Quando e onde se inscrever no Enem. As inscrições para o Enem são abertas
anualmente, ainda no primeiro semestre, geralmente no mês de maio, e os interessados em participar devem se
inscrever dentro do prazo, no endereço eletrônico destinado pelo MEC, no site do Enem.

Como é a prova do Enem:

Os inscritos no Enem passam pelas provas durante dois domingos consecutivos. Pautado nos conhecimentos e
habilidades do aluno, o teste tem como diferencial a transdisciplinaridade nas questões, ou seja, mescla nas perguntas
variados assuntos e conteúdos de disciplinas estudadas no ensino médio. A proposta é avaliar o estudante pelo
raciocínio, interpretação e domínio de todo o conteúdo ministrado no ensino médio.

Juntando os dias de provas, os estudantes respondem 180 questões de múltipla escolha. Elas possuem cinco
alternativas, sendo apenas uma verdadeira. As questões são divididas em quatro áreas de conhecimento.
No primeiro domingo, os participantes respondem 45 questões de cada uma das seguintes áreas:

- Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e Sociologia.

- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira, Artes, Educação Física
e Tecnologias da Informação e Comunicação).

A parte de língua estrangeira possui cinco questões de inglês ou espanhol. O participante faz a opção no momento da
inscrição no Enem.

A prova de Linguagens também cobra uma redação dissertativo-argumentativa sobre um tema de ordem
social, cientifico, cultural ou político, que deve ser escrita em até 30 linhas.

No segundo domingo, são aplicadas outras 45 questões para cada uma das áreas abaixo:

- Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Química, Física e Biologia; Matemática e suas Tecnologias

O primeiro domingo de provas tem duração de cinco horas e meia, e o segundo de cinco horas.

DCN/EM

RESOLUÇÃO Nº 3, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2018


Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o EnsinoMédio.O Presidente da Câmara de Educação
Básica do ConselhoNacional de Educação, em conformidade com o disposto no art.
9º, § 1º, alínea “c” da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961,com a redação dada pela Lei nº 9.131,
de 25 de novembro de1995, no § 1º do art. 9º e no art. 90, bem como nos argos 22,23, 24, 25, 26,
26-A, 27, 28, 35, 35-A, 36, 36-A, 36-B e 36-C, 37,
38, 61 e 62 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, aten-
dendo aos disposivos da Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de
2017, e tendo em vista o Parecer CNE/CEB nº 3, de 8 de novem-bro de 2018, homologado pela
Portaria MEC nº 1.210, de 20 denovembro de 2018, publicada no DOU de 21 de novembro de2018,
resolve:
TÍTULO IOBJETO E REFERENCIALCAPÍTULO IOBJETO
Art. 1º A presente Resolução atualiza as Diretrizes Curricu-lares Nacionais para o Ensino Médio, a
serem observadas pelossistemas de ensino e suas unidades escolares na organizaçãocurricular, tendo
em vista as alterações introduzidas na Lei nº
9.394/1996 (LDB) pela Lei nº 13.415/2017.Parágrafo único. Estas Diretrizes aplicam-se a todas as for
-mas e modalidades de ensino médio, complementadas, quandonecessário, por diretrizes próprias.Art.
2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio arculam-se com as Diretrizes Curriculares NacionaisGerais para a Educação Básica e
contemplam os princípios efundamentos denidos na legislação para orientar as polícaspúblicas
educacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios na elaboração, planejamento, implementação
e avaliação das propostas curriculares das instuições ou redesde ensino públicas e privadas que
ofertam o ensino médio.
CAPÍTULO IIREFERENCIAL LEGAL E CONCEITUAL
Art. 3º O ensino médio é direito de todos e dever do Estado
e da família e será promovido e incenvado com a colaboração
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualicação para otrabalho, conforme previsto no art. 205
da Constuição Federal
e no art. 2º da Lei nº 9.394/1996 (LDB).
Art. 4º As instuições de ensino que ofertam essa etapa
da Educação Básica devem estruturar suas propostas pedagó-
gicas considerando as nalidades previstas no art. 35 da Lei nº
9.394/1996, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Art. 5º O ensino médio em todas as suas modalidades de
ensino e as suas formas de organização e oferta, além dos prin-cípios gerais estabelecidos para a
educação nacional no art. 206
da Constuição Federal e no art. 3º da LDB, será orientado pelosseguintes princípios especícos:
I - formação integral do estudante, expressa por valores, as-
pectos sicos, cognivos e socioemocionais;II - projeto de vida como estratégia de reexão sobre tra
- jetória escolar na construção das dimensões pessoal, cidadã e
prossional do estudante;III - pesquisa como práca pedagógica para inovação, cria
-ção e construção de novos conhecimentos;IV - respeito aos direitos humanos como direito
universal;V - compreensão da diversidade e realidade dos sujeitos,das formas de produção e
de trabalho e das culturas;VI - sustentabilidade ambiental;
VII - diversicação da oferta de forma a possibilitar múl
-
plas trajetórias por parte dos estudantes e a arculação dossaberes com o contexto histórico,
econômico, social, cienco,
ambiental, cultural local e do mundo do trabalho;

VIII - indissociabilidade entre educação e prá ca social, con


-siderando-se a historicidade dos conhecimentos e dos protago-
nistas do processo educa vo;IX - indissociabilidade entre teoria e prá 
ca no processo de
ensino-aprendizagem.
Art. 6º Para ns de obtenção de maior clareza de exposi
-
ção, cam denidos os seguintes termos ulizados na presente
Resolução:I - formação integral: é o desenvolvimento intencional dos
aspectos sicos, cognivos e socioemocionais do estudantepor meio de processos educavos
signicavos que promovam
a autonomia, o comportamento cidadão e o protagonismo naconstrução de seu projeto de vida;II -
formação geral básica: conjunto de competências e ha-bilidades das áreas de conhecimento previstas
na Base NacionalComum Curricular (BNCC), que aprofundam e consolidam asaprendizagens essenciais
do ensino fundamental, a compreen-
são de problemas complexos e a reexão sobre soluções para
eles;
III - inerários forma vos: cada conjunto de unidades cur
-
riculares ofertadas pelas ins tuições e redes de ensino que
possibilitam ao estudante aprofundar seus conhecimentos e sepreparar para o prosseguimento de
estudos ou para o mundo dotrabalho de forma a contribuir para a construção de soluções de
problemas especícos da sociedade;
IV - unidades curriculares: elementos com carga horária pré-
-denida, formadas pelo conjunto de estratégias, cujo obje vo édesenvolver competências
especícas, podendo ser organizadas
em áreas de conhecimento, disciplinas, módulos, projetos, entreoutras formas de oferta;V - arranjo
curricular: seleção de competências que promo-vam o aprofundamento das aprendizagens
essenciais demanda-
das pela natureza do respec vo inerário forma vo;
VI - competências: mobilização de conhecimentos, habilida-
des, atudes e valores, para resolver demandas complexas davida co  diana, do pleno exercício da
cidadania e do mundo do
trabalho. Para os efeitos desta Resolução, com fundamento no
caput do art. 35-A e no § 1º do art. 36 da LDB, a expressão “com
-
petências e habilidades” deve ser considerada como equivalen
-
te à expressão “direitos e obje vos de aprendizagem” presente
na Lei do Plano Nacional de Educação (PNE).
VII - habilidades: conhecimentos em ação, com signi cadopara a vida, expressas em prá cas
cogni vas, pro ssionais e so
-
cioemocionais, a tudes e valores con nuamente mobilizados,ar  culados e integrados;VIII -
diversicação: arculação dos saberes com o contex
-to histórico, econômico, social, ambiental, cultural local e do
mundo do trabalho, contextualizando os conteúdos a cada si
-
tuação, escola, município, estado, cultura, valores, ar  culando
as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura:
a) o trabalho é conceituado na sua perspec  va ontológica
de transformação da natureza, ampliada como impulsionador
do desenvolvimento cogni vo, como realização inerente ao ser
humano e como mediação no processo de produção da sua exis-tência;b) a ciência é conceituada como
o conjunto de conhecimen-
tos sistema zados, produzidos socialmente ao longo da história,
na busca da compreensão e transformação da natureza e da so-ciedade;c) a tecnologia é conceituada
como a transformação da
ciência em força produ va ou mediação do conhecimento cien
-
co e a produção, marcada, desde sua origem, pelas relações
sociais que a levaram a ser produzida;d) a cultura é conceituada como o processo de produção
de expressões materiais, símbolos, representações e signi ca
-
dos que correspondem a valores é cos, polí cos e esté cos que
orientam as normas de conduta de uma sociedade.
IX - sistemas de ensino: conjunto de ins  tuições, órgãosexecu  vos e norma vos, redes de ensino e
instuições educa
-
cionais, mobilizados pelo poder público competente, na ar  cu
-lação de meios e recursos necessários ao desenvolvimento da
educação, u lizando o regime de colaboração, respeitadas as
normas gerais vigentes. No âmbito destas Diretrizes, o poder
público competente refere-se às Secretarias Estaduais de Educa
-
ção e Conselhos Estaduais de Educação, conforme norma vo de
cada Unidade da Federação.
X - redes de ensino: conjunto formado pelas ins  tuiçõesescolares públicas, ar 
culadas de acordo com
sua vinculação 
-nanceira e responsabilidade de manutenção, com atuação nasesferas municipal, estadual, distrital e
federal. Igualmente, as
instuições escolares privadas também podem ser organizadas
em redes de ensino.
Parágrafo único. O i
nerário de formação técnica e pro
-
ssional compreende um conjunto de termos e conceitos pró
-prios, tais como:a) ambientes simulados: são ambientes pedagógicos que
possibilitam o desenvolvimento de a vidades prá  cas da apren
-
dizagem prossional quando não puderem ser elididos riscos
que sujeitem os aprendizes à insalubridade ou à periculosidadenos ambientes reais de trabalho;b)
formações experimentais: são formações autorizadas
pelos respec vos sistemas de ensino, nos termos de sua regula
-
mentação especíca, que ainda não constam no Catálogo Nacio
-nal de Cursos Técnicos (CNCT);
c) aprendizagem prossional: é a formação técnico-pro s
-
sional compavel com o desenvolvimento sico, moral, psicoló
-gico e social do jovem, de 14 a 24 anos de idade, previsto no §4º do art. 428 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e em
legislação especíca, caracterizada por a vidades teóricas e prá
-
cas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidadeprogressiva, conforme respec vo
perl prossional;d) qualicação prossional: é o processo ou resultado de
formação e desenvolvimento de competências de um determi-
nado perl prossional, denido no mercado de trabalho;e) habilitação pro ssional técnica de nível
médio: é a qua
-
licação prossional formalmente reconhecida por meio de di
-ploma de conclusão de curso técnico, o qual, quando registrado,tem validade nacional;f) programa de
aprendizagem: compreende arranjos e com-
binações de cursos que, ar culados e com os devidos aprovei
-
tamentos curriculares, possibilitam um i nerário forma vo. Aoferta de programas de aprendizagem
tem por obje vo apoiartrajetórias forma vas, que tenham relevância para os jovens e
favoreçam sua inserção futura no mercado de trabalho. Obser-vadas as normas vigentes relacionadas
à carga horária mínimae ao tempo máximo de duração do contrato de aprendizagem,
os programas de aprendizagem podem compreender dis  ntos
arranjos

g) cercação intermediária: é a possibilidade de emi r cer


-
cação de qualicação para o trabalho quando a formação for
estruturada e organizada em etapas com terminalidade;
h) cercação pro ssional: é o processo de avaliação, reco
-
nhecimento e cer cação de saberes adquiridos na educaçãopro  ssional, inclusive no trabalho, para
ns de prosseguimento
ou conclusão de estudos nos termos do art. 41 da LDB.
TÍTULO IIORGANIZAÇÃO CURRICULAR E FORMAS DE OFERTACAPÍTULO
IORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Art. 7º O currículo é conceituado como a proposta de ação
educa va constuída pela seleção de conhecimentos construí
-
dos pela sociedade, expressando-se por prá  cas escolares quese desdobram em torno de
conhecimentos relevantes e per
-
nentes, permeadas pelas relações sociais, ar culando vivências
e saberes dos estudantes e contribuindo para o desenvolvimen-
to de suas idendades e condições cogni vas e socioemocionais.
§ 1º Atendidos todos os direitos e objetivos deaprendizagem instituídos na Base Nacional Comum
Curricular(BNCC), as instituições e redes de ensino podem adotar formasde organização e propostas
de progressão que julgarempertinentes ao seu contexto, no exercício de sua autonomia, naconstrução
de suas propostas curriculares e de suas identidades.§ 2º O currículo deve contemplar tratamento
metodológicoque evidencie a contextualização, a diversificação e atransdisciplinaridade ou
outras formas de interação e articulaçãoentre diferentes campos de saberes específicos,
contemplandovivências práticas e vinculando a educação escolar ao mundodo trabalho e à prática
social e possibilitando o aproveitamentode estudos e o reconhecimento de saberes adquiridos
nasexperiências pessoais, sociais e do trabalho.§ 3º As aprendizagens essenciais são as que
desenvolvemcompetências e habilidades entendidas como conhecimentosem ação, com significado
para a vida, expressas em práticascognitivas, profissionais e socioemocionais, atitudes e
valorescontinuamente mobilizados, articulados e integrados, pararesolver demandas complexas da
vida cotidiana, do exercício dacidadania e da atuação no mundo do trabalho.§ 4º Cada unidade escolar,
em consonância com o sistemade ensino, deve estabelecer critérios próprios para que aorganização
curricular ofertada possibilite o desenvolvimentodas respectivas competências e habilidades.
§ 5º A organização curricular deve possibilitar contínuo
e articulado aproveitamento de estudos e de experiênciaspessoais, sociais e do trabalho.§ 6º A
distribuição da carga horária da formação geral básicae dos itinerários formativos deve ser definida
pelas instituições eredes de ensino, conforme normatização do respectivo sistemade ensino.Art. 8º
As propostas curriculares do ensino médio devem:
I - garan r o desenvolvimento das competências gerais e es
-
pecícas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC);II - garan  r ações que promovam
:a) a integração curricular como estratégia de organizaçãodo currículo em áreas do conhecimento que dialogue
com todos
os elementos previstos na proposta pedagógica na perspec  va
da formação integral do estudante;b) cultura e linguagens digitais, pensamento computacio-
nal, a compreensão do signicado da ciência, das letras e dasartes, das tecnologias da informação, da
matemá ca, bem como
a possibilidade de protagonismo dos estudantes para a autoriae produção de inovação;c) o processo
histórico de transformação da sociedade e dacultura;d) a língua portuguesa como instrumento
de comunicação,acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;III - adotar metodologias de ensino
e de avaliação de apren-dizagem que potencializem o desenvolvimento das competên-
cias e habilidades expressas na BNCC e es mulem o protagonis
-mo dos estudantes;
IV - organizar os conteúdos, as metodologias e as formasde avaliação, por meio de a vidades teóricas e
prá cas, provasorais e escritas, seminários, projetos e a  vidades online, auto
-
ria, resolução de problemas, diagnós  cos em sala de aula, pro
-
jetos de aprendizagem inovadores e a vidades orientadas, detal forma que ao nal do ensino médio
o estudante demonstre:
a) competências e habilidades na aplicação dos conheci-mentos desenvolvidos;
b) domínio dos princípios ciencos e tecnológicos que es
-tão presentes na produção moderna;
c) prá cas sociais e produ vas determinando novas re  e
-xões para a aprendizagem;d) domínio das formas contemporâneas de linguagem;V - considerar a
formação integral do estudante, contem-
plando seu projeto de vida e sua formação nos aspectos sicos,cognivos e socioemocionais;VI -
considerar que a educação integral ocorre em múl plos
espaços de aprendizagem e extrapola a ampliação do tempo depermanência na escola.Art. 9º As redes
de ensino devem pautar a construção dos
seus currículos e as instuições escolares a elaboração das suas
propostas pedagógicas, na seleção dos conhecimentos, meto-
dologias, tempos, espaços, arranjos alterna  vos e formas deavaliação, com base nos princípios
denidos no art. 5º desta
Resolução.
SEÇÃO IDA ESTRUTURA CURRICULAR
Art. 10. Os currículos do ensino médio são compostos por
formação geral básica e i
nerário formavo, indissociavelmente.
Art. 11. A formação geral básica é composta por competên-cias e habilidades previstas na Base
Nacional Comum Curricular
(BNCC) e ar culadas como um todo indissociável, enriquecidas
pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental, cultural
local, do mundo do trabalho e da prá ca social, e deverá ser
organizada por áreas de conhecimento:I - linguagens e suas tecnologias;
II - matemá ca e suas tecnologias;
III - ciências da natureza e suas tecnologias;IV - ciências humanas e sociais aplicadas.§ 1º A
organização por áreas do conhecimento implicao fortalecimento das relações entre os saberes e a
suacontextualização para apreensão e intervenção na realidade,requerendo planejamento e execução
conjugados ecooperativos dos seus professores.
§ 2º O currículo por área de conhecimento deve serorganizado e planejado dentro das áreas de
forma interdisciplinare transdisciplinar.§ 3º A formação geral básica deve ter carga horária
totalmáxima de 1.800 (mil e oitocentas) horas, que garanta os direitose objetivos de aprendizagem,
expressos em competências ehabilidades, nos termos da Base Nacional Comum Curricular(BNCC).§ 4º
Devem ser contemplados, sem prejuízo da integraçãoe articulação das diferentes áreas do
conhecimento, estudos epráticas de:I - língua portuguesa, assegurada às comunidades indíge-
nas, também, a u lização das respec vas línguas maternas;II - matemá ca;III - conhecimento do
mundo sico e natural e da realidadesocial e políca, especialmente do Brasil;
IV - arte, especialmente em suas expressões regionais, de-
senvolvendo as linguagens das artes visuais, da dança, da músi
-ca e do teatro;V - educação física, com prática facultativa ao estudantenos casos previstos em
Lei;VI - história do Brasil e do mundo, levando em conta as con-tribuições das diferentes culturas e
etnias para a formação dopovo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africanae
europeia;VII - história e cultura afro-brasileira e indígena, em especialnos estudos de arte e de
literatura e história brasileiras;
VIII - sociologia e losoa;
IX - língua inglesa, podendo ser oferecidas outras línguas es-
trangeiras, em caráter opta
vo, preferencialmente o espanhol,de acordo com a disponibilidade da instuição ou
rede de en
-sino.
§ 5º Os estudos e práticas destacados nos incisos de I
a IX do § 4º devem ser tratados de forma contextualizadae interdisciplinar, podendo ser
desenvolvidos por projetos,oficinas, laboratórios, dentre outras estratégias de ensino-aprendizagem
que rompam com o trabalho isolado apenas emdisciplinas.§ 6º Devem ser incluídos temas exigidos por
legislação enormas específicas, na forma transversal e integradora, taiscomo o processo de
envelhecimento e o respeito e valorizaçãodo idoso; os direitos das crianças e adolescentes; a
educaçãopara o trânsito; a educação ambiental; a educação alimentare nutricional; a educação em
direitos humanos; e a educaçãodigital.§ 7º A critério dos sistemas de ensino, a formação geralbásica
pode ser contemplada em todos ou em parte dos anosdo curso do ensino médio, com exceção dos
estudos de línguaportuguesa e da matemática que devem ser incluídos em todosos anos escolares.
Art. 12. A par r das áreas do conhecimento e da formaçãotécnica e pro  ssional, os i
nerários
forma vos devem ser orga
-nizados, considerando:I - linguagens e suas tecnologias: aprofundamento de co-nhecimentos
estruturantes para aplicação de diferentes lingua-gens em contextos sociais e de trabalho,
estruturando arranjoscurriculares que permitam estudos em línguas vernáculas, es-trangeiras,
clássicas e indígenas, Língua Brasileira de Sinais (LI-BRAS), das artes, design, linguagens digitais,
corporeidade, artescênicas, roteiros, produções literárias, dentre outros, conside-rando o contexto
local e as possibilidades de oferta pelos siste-mas de ensino;
II - matemá ca e suas tecnologias: aprofundamento de
conhecimentos estruturantes para aplicação de diferentes con-
ceitos matemá cos em contextos sociais e de trabalho, estrutu
-rando arranjos curriculares que permitam estudos em resoluçãode problemas e análises complexas,
funcionais e não-lineares,
análise de dados estascos e probabilidade, geometria e topo
-
logia, robó ca, automação, inteligência ar cial, programação,
jogos digitais, sistemas dinâmicos, dentre outros, considerandoo contexto local e as possibilidades
de oferta pelos sistemas deensino;III - ciências da natureza e suas tecnologias: aprofundamen-to
de conhecimentos estruturantes para aplicação de diferentesconceitos em contextos sociais e de
trabalho, organizando ar-ranjos curriculares que permitam estudos em astronomia, me-
trologia, sica geral, clássica, molecular, quânca e mecânica,instrumentação, ó ca, acús ca, química dos
produtos naturais,análise de fenômenos sicos e químicos, meteorologia e clima
-tologia, microbiologia, imunologia e parasitologia, ecologia, nu-trição, zoologia, dentre outros,
considerando o contexto local eas possibilidades de oferta pelos sistemas de ensino;IV - ciências
humanas e sociais aplicadas: aprofundamentode conhecimentos estruturantes para aplicação de
diferentesconceitos em contextos sociais e de trabalho, estruturando ar-ranjos curriculares que
permitam estudos em relações sociais,
modelos econômicos, processos polí  cos, pluralidade cultural,
historicidade do universo, do homem e natureza, dentre outros,considerando o contexto local e as
possibilidades de oferta pelossistemas de ensino;
V - formação técnica e prossional: desenvolvimento de
programas educacionais inovadores e atualizados que promo-
vam efe vamente a quali cação pro ssional dos estudantespara o mundo do trabalho, obje  vando sua
habilitação pro s
-sional tanto para o desenvolvimento de vida e carreira, quantopara adaptar-se às novas condições
ocupacionais e às exigências
do mundo do trabalho contemporâneo e suas con nuas trans
-
formações, em condições de compe vidade, produ  vidade e
inovação, considerando o contexto local e as possibilidades deoferta pelos sistemas de ensino.§ 1º Os
itinerários formativos devem considerar asdemandas e necessidades do mundo contemporâneo,
estarsintonizados com os diferentes interesses dos estudantes e suainserção na sociedade, o
contexto local e as possibilidades deoferta dos sistemas e instituições de ensino.§ 2º Os itinerários
formativos orientados para oaprofundamento e ampliação das aprendizagens em áreas
doconhecimento devem garantir a apropriação de procedimentoscognitivos e uso de metodologias
que favoreçam o protagonismo juvenil, e organizar-se em torno de um ou mais dos seguinteseixos
estruturantes:
I - invesgação cienca: supõe o aprofundamento de con
-ceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fe-
nômenos e processos para serem ulizados em procedimentosde inves gação voltados ao
enfrentamento de situações codia
-
nas e demandas locais e colevas, e a proposição de interven
-ções que considerem o desenvolvimento local e a melhoria daqualidade de vida da comunidade;
II - processos criavos: supõe o uso e o aprofundamento doconhecimento cienco na construção e criação de
experimen
-
tos, modelos, protópos para a criação de processos ou produtosque atendam a demandas pela resolução de problemas
iden
-cados na sociedade;III - mediação e intervenção sociocultural: supõe a mobiliza-
ção de conhecimentos de uma ou mais áreas para mediar coni
-tos, promover entendimento e implementar soluções para ques-
tões e problemas idencados na comunidade;
IV - empreendedorismo: supõe a mobilização de conheci-mentos de diferentes áreas para a formação de organizações
comvariadas missões voltadas ao desenvolvimento de produtos ouprestação de serviços inovadores com o uso das
tecnologias.§ 3º Itinerários formativos integrados podem ser ofertadospor meio de arranjos curriculares que combinem
mais de umaárea de conhecimento e da formação técnica e profissional.§ 4º A definição de itinerários formativos
previstos nesteartigo e dos seus respectivos arranjos curriculares deve serorientada pelo perfil de saída almejado para o
estudante com basenos Referenciais para a Elaboração dos Itinerários Formativos,e deve ser estabelecido pela instituição
ou rede de ensino,considerando os interesses dos estudantes, suas perspectivas decontinuidade de estudos no nível pós-
secundário e de inserção nomundo do trabalho.
§ 5º Os itinerários formativos podem ser organizados
por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, dada arelevância para o contexto local e a possibilidade dos
sistemasde ensino.§ 6º Os sistemas de ensino devem garantir a oferta de maisde um itinerário formativo em cada
município, em áreas distintas,permitindo-lhes a escolha, dentre diferentes arranjos curriculares,atendendo assim a
heterogeneidade e pluralidade de condições,interesses e aspirações.§ 7º A critério dos sistemas de ensino, os currículos
do ensinomédio podem considerar competências eletivas complementaresdo estudante como forma de ampliação da carga
horária doitinerário formativo escolhido, atendendo ao projeto de vida doestudante.§ 8º A oferta de itinerários
formativos deve considerar aspossibilidades estruturais e de recursos das instituições ou redesde ensino.§ 9º Para
garantir a oferta de diferentes itinerários formativos,podem ser estabelecidas parcerias entre diferentes instituiçõesde
ensino, desde que sejam previamente credenciadas pelossistemas de ensino, podendo os órgãos normativos em
conjuntoatuarem como harmonizador dos critérios para credenciamento.§ 10. Os sistemas de ensino devem estabelecer
o regramentodo processo de escolha do itinerário formativo pelo estudante.§ 11. As instituições ou redes de ensino
devem orientar osestudantes no processo de escolha do seu itinerário formativo.§ 12. O estudante pode mudar sua
escolha de itinerárioformativo ao longo de seu curso, desde que:
I - resguardadas as possibilidades de oferta das instuições
ou redes de ensino;
II - respeitado o instrumento normavo especíco do sistema
de ensino.§ 13. Os sistemas de ensino devem garantir formas deaproveitamento de estudos realizados com êxito para
oestudante em processo de transferência entre instituições ouredes de ensino ou em caso de
mudança de itinerário formativoao longo de seu curso.§ 14. O itinerário formativo na formação
técnica profissionaldeve observar a integralidade de ocupações técnicasreconhecidas pelo setor
produtivo, tendo como referência aClassificação Brasileira de Ocupações (CBO).
§ 15
. Cabe ao Ministério da Educação a elaboração deum guia que oriente as instituições e redes de ensino
naimplementação dos itinerários formativos.Art. 13. Nos currículos da Educação Escolar Indígena,
Edu-cação Escolar Quilombola e de comunidades tradicionais podemser considerados outros saberes
relevantes às realidades dessascomunidades.
Art. 14. A critério das instuições e redes de ensino, emobservância às normas de nidas pelo
sistema de ensino, os
currículos e as matrizes podem ser organizados de forma quea distribuição de carga horária da
formação geral básica e dos
inerários formavos sejam dispostos em parte ou em todos os
anos do ensino médio.
Parágrafo único. Os currículos podem permi r que o estu
-dante curse:
I - mais de um inerário formavo dentro de seu curso de
ensino médio;
II - inerários formavos de forma concomitante ou se
-quencial.
Art. 15. Na organização do inerário de formação técnica eprossional podem ser ofertados tanto
a habilitação prossionaltécnica quanto a quali cação pro ssional, incluindo-se o progra
-
ma de aprendizagem prossional em ambas as ofertas.
§ 1º A habilitação profissional técnica de nível médio deveatender as respectivas diretrizes
curriculares nacionais.§ 2º As instituições e redes de ensino podem iniciar aoferta de formações
experimentais de cursos de habilitaçãoprofissional técnica de nível médio que não constem no
CatálogoNacional de Cursos Técnicos com autorização específica de seusistema de ensino.§ 3º Em até
3 (três) anos do início da oferta da referidaformação experimental, o sistema de ensino deverá
deliberara respeito do seu reconhecimento e, em caso positivo, oscursos serão incluídos no Catálogo
Nacional de Cursos Técnicos,preferencialmente, no prazo de até 6 (seis) meses, limitados ao
prazo de 5 (cinco) anos, contados da data de oferta inicial da
formação.§ 4º O itinerário formativo possibilita a concessão decertificados intermediários de
qualificação profissionaltécnica, desde que seja estruturado e organizado em etapascom
terminalidade, segundo os interesses dos estudantes, aspossibilidades das instituições e redes de
ensino, as demandasdo mundo do trabalho e a relevância para o contexto local.
§ 5º Os itinerários de formação técnica e profissional podem
compreender a oferta de um ou mais cursos de qualificaçãoprofissional, desde que articulados entre
si.§ 6º As instituições de ensino que adotem itinerárioformativo que contemple programa de
aprendizagemprofissional, desenvolvido em parceria com as empresasempregadoras, incluindo fase
prática em ambiente real detrabalho no setor produtivo ou em ambientes simulados,devem observar
estas Diretrizes Curriculares Nacionais e osinstrumentos estabelecidos pela legislação da
aprendizagemprofissional.
Art. 16. A critério dos sistemas de ensino, a oferta do i ne
-
rário formavo da formação técnica e pro ssional deve consi
-derar:
I - a inclusão de vivências prácas de trabalho, constante decarga horária especí ca, no setor
produvo ou em ambientes
de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quandoaplicável, de instrumentos estabelecidos
pela legislação sobre
aprendizagem prossional;II - a possibilidade de concessão de cercados intermediá
-
rios de qualicação para o trabalho, quando a formação for es
-truturada e organizada em etapas com terminalidade.
CAPÍTULO IIFORMAS DE OFERTA E ORGANIZAÇÃO
Art. 17. O ensino médio, etapa nal da educação básica,concebida como conjunto orgânico, sequencial
e arculado,deve assegurar sua função forma va para todos os estudantes,
sejam adolescentes, jovens ou adultos, mediante diferentes for-mas de oferta e organização.§ 1º O ensino
médio pode organizar-se em temposescolares no formato de séries anuais, períodos semestrais,ciclos,
módulos, sistema de créditos, alternância regular deperíodos de estudos, grupos não seriados, com
base na idade,na competência e em outros critérios, ou por forma diversade organização, sempre que
o interesse do processo deaprendizagem assim o recomendar.§ 2º No ensino médio diurno, a duração
mínima é de 3(três) anos, com carga horária mínima total de 2.400 (duas mil equatrocentas) horas,
tendo como referência uma carga horáriaanual de 800 (oitocentas) horas, distribuídas em, pelo
menos,200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, considerandoque:I - a carga horária total
deve ser ampliada para 3.000 (três
mil) horas até o início do ano levo de 2022;
II - a carga horária anual total deve ser ampliada progressi-vamente para 1.400 (um mil
e quatrocentas) horas.§ 3º No ensino médio noturno, adequado às condições doestudante e
respeitados o mínimo de 200 (duzentos) dias letivose 800 (oitocentas) horas anuais, a proposta
pedagógica deveatender, com qualidade, a sua singularidade, especificandouma organização curricular
e metodológica diferenciada, epode, para garantir a permanência e o êxito destes estudantes,ampliar
a duração do curso para mais de 3 (três) anos, commenor carga horária diária e anual, garantido o
total mínimo de2.400 (duas mil e quatrocentas) horas até 2021 e de 3.000 (trêsmil) horas a partir do
ano letivo de 2022.§ 4º Na modalidade de educação de jovens e adultos deveser especificada uma
organização curricular e metodológicadiferenciada para os jovens e adultos, considerando
asparticularidades geracionais, preferencialmente integrada coma formação técnica e profissional,
podendo ampliar seus temposde organização escolar, com menor carga horária diária e anual,garantida
a carga horária mínima da parte comum de 1.200 (ummil e duzentas) horas e observadas as diretrizes
específicas.
§ 5º Na modalidade de educação de jovens e adultos épossível oferecer até 80% (oitenta por cento)
de sua carga
horária a distância, tanto na formação geral básica quanto nositinerários formativos do currículo,
desde que haja suportetecnológico - digital ou não - e pedagógico apropriado.§ 6º Na educação
especial, na educação do campo, naeducação escolar indígena, na educação escolar quilombola,na
educação de pessoas em regime de acolhimento ouinternação e em regime de privação de liberdade,
atendimentoescolar de adolescentes e jovens em cumprimento de medidassocioeducativas, na
educação escolar para populações emsituação de itinerância e na educação a distância devem
serobservadas as respectivas diretrizes e normas nacionais.§ 7º As áreas do conhecimento podem
ser organizadasem unidades curriculares, competências e habilidades,unidades de estudo, módulos,
atividades, práticas e projetoscontextualizados ou diversamente articuladores de
saberes,desenvolvimento transversal ou transdisciplinar de temas ououtras formas de organização.§
8º As áreas do conhecimento devem propiciar aoestudante a apropriação de conceitos e categorias
básicas e não
o acúmulo de informações e conhecimentos, estabelecendo um
conjunto necessário de saberes integrados e significativos.§ 9º A organização curricular do ensino
médio deveoferecer tempos e espaços próprios ou em parcerias comoutras organizações para estudos
e atividades, a fim de melhorresponder à heterogeneidade e pluralidade de condições,
múltiplos interesses e aspirações dos estudantes, com suas
especificidades etárias, sociais e culturais, bem como sua fasede desenvolvimento, desde que:
I - a parceria com as organizações esteja devidamente r
-
mada com a instuição ou rede de ensino e reconhecida pelo
sistema de ensino;II - a organização esteja credenciada pelo sistema de ensi-no, quando a parceria
envolver a oferta de formação técnica e
prossional;III - a instuição escolar de origem dos estudantes se res
-ponsabilize pelos atos escolares, incluindo, entre outros, matrí-
cula, controle de frequência, aproveitamento e cer cação dos
estudantes.§ 10. Formas diversificadas de itinerários formativospodem ser organizadas, desde que
articuladas as dimensõesdo trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, e definidaspela proposta
pedagógica, atendendo necessidades, anseios easpirações dos estudantes e a realidade da escola e do
seu meio.§ 11. A contextualização e a interdisciplinaridade devemassegurar a articulação entre
diferentes áreas do conhecimento,propiciando a interlocução dos saberes para a solução deproblemas
complexos.§ 12. Para efeito de cumprimento das exigênciascurriculares do ensino médio, os sistemas
de ensino podemestabelecer critérios para que atividades realizadas por seusestudantes em outras
instituições, nacionais ou estrangeiras,sejam avaliadas e reconhecidas como parte da carga horáriado
ensino médio, tanto da formação geral básica quanto dositinerários formativos.§ 13. As atividades
realizadas pelos estudantes, consideradasparte da carga horária do ensino médio, podem ser
aulas,cursos, estágios, oficinas, trabalho supervisionado, atividades deextensão, pesquisa de campo,
iniciação científica, aprendizagemprofissional, participação em trabalhos voluntários e
demaisatividades com intencionalidade pedagógica orientadas pelosdocentes, assim como podem
ser realizadas na forma presencial
- mediada ou não por tecnologia - ou a distância, inclusivemediante regime de parceria com
instituições previamentecredenciadas pelo sistema de ensino.§ 14. As atividades referidas no § 13
devem ter carga horáriaespecífica de acordo com critérios previamente definidospela instituição ou
rede de ensino, observadas as normasdos sistemas de ensino e podem ser contabilizadas
comocertificações complementares e constar do histórico escolar doestudante.
§ 15
. As atividades realizadas a distância podem contemplar
até 20% (vinte por cento) da carga horária total, podendo incidir
tanto na formação geral básica quanto, preferencialmente,nos itinerários formativos do currículo,
desde que hajasuporte tecnológico - digital ou não - e pedagógico apropriado,necessariamente com
acompanhamento

coordenação dedocente da unidade escolar onde o estudante está matriculado,podendo a critério dos
sistemas de ensino expandir para até
30% (trinta por cento) no ensino médio noturno
.Art. 18. Para efeito de cumprimento das exigências curricu-lares do ensino médio, os sistemas de
ensino devem estabelecercritérios para reconhecer competências dos estudantes, tanto
da formação geral básica quanto dos i nerários forma vos do
currículo, mediante diversas formas de comprovação, a saber:I - avaliação de saberes;
II - demonstração práca;III - documentação emida por ins tuições de caráter edu
-
cavo.Parágrafo único. No âmbito do inerário de formação téc
-
nica e prossional, as instuições e redes de ensino devem rea
-
lizar processo de avaliação, reconhecimento e cer cação desaberes e competências adquiridos na
educação prossional,inclusive no trabalho, para ns de prosseguimento ou conclusão
de estudos nos termos do art. 41 da LDB, conferindo aos aprova-dos um diploma, no caso de
habilitação técnica de nível médio,
ou cercado idênco ao de curso correspondente, no caso decurso(s) de qualicação
prossional.Art. 19. As instuições e redes de ensino devem emi r cer 
-
cação de conclusão do ensino médio que evidencie os saberesda formação geral básica e
dos inerários formavos.Parágrafo único. No caso de parcerias entre organizações:I - a instuição de
ensino de origem do estudante é a res
-
ponsável pela emissão de cercados de conclusão do ensino
médio;
II - a organização parceira deve emir cercados, diplomasou outros documentos comprobatórios
das avidades concluí
-das sob sua responsabilidade;
III - os cercados, diplomas ou outros documentos com
-
probatórios de avidades desenvolvidas fora da escola de ori
-
gem do estudante devem ser incorporados pela ins tuição deorigem do estudante para efeito de
emissão de cercação de
conclusão do ensino médio;
IV - para a habilitação técnica, ca autorizada a organiza
-
ção parceira a emir e registrar diplomas de conclusão válidosapenas com apresentação do
cercado de conclusão do ensino
médio.
T Í T U L O I I I DOS SISTEMAS DE ENSINO E DA PROPOSTA
PEDAGÓGICAC A P Í T U L O I DOS SISTEMAS DE ENSINO
Art. 20. Os sistemas de ensino, atendendo a legislação e a
normazação nacional vigentes e na busca da adequação às ne
-cessidades dos estudantes e do meio social, devem:
I - garanr liberdade, autonomia e responsabilidade às unida
-des escolares, fortalecendo sua capacidade de concepção, formu-lação e execução de suas propostas pedagógicas;
II - promover, mediante a instucionalização de mecanismosde parcipação da comunidade, alternavas de organização
ins
-tucional que possibilitem:
a) respeito à idendade própria de adolescentes, jovens e
adultos organizando espaços e tempos adequados para a apren-dizagem;
b) várias alternavas pedagógicas, incluindo ações, situações
e tempos diversos, bem como diferentes espaços - intraescolares
ou de outras instuições ou redes de ensino e da comunidade- para avidades educacionais e socioculturais
favorecedoras deiniciava, autonomia e protagonismo social dos estudantes;
c) realização, inclusive pelos colegiados escolares e órgãos de
representação estudanl, de ações fundamentadas nos direitoshumanos e nos princípios écos, de convivência e de
parcipaçãodemocráca visando a construir uma sociedade livre de precon
-ceitos, discriminações e das diversas formas de violência;
III - fomentar alternavas de diversicação e exibilização
curriculares, pelas unidades escolares, que ampliem as opções deescolha pelos estudantes;
IV - promover a organização dos tempos escolares a m de
atender ao interesse do estudante em seu processo de aprendiza-gem, seja essa organização no formato de séries anuais,
períodossemestrais, ciclos, módulos, sistema de créditos, alternância re-gular de períodos de estudos, grupos não seriados,
com base naidade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversade organização.
V - orientar as instuições ou redes de ensino para promo
-verem:
a) classicação do estudante, mediante avaliação pela ins
-tuição, para inserção em etapa adequada ao seu grau de desen-volvimento e experiência;b) aproveitamento de estudos
realizados e de conhecimen-
tos constuídos tanto no ensino formal como no informal e na
experiência extraescolar;
c) cercação que habilite o concluinte do ensino médio ao
prosseguimento dos estudos em nível superior ou em outros cur-sos ou formações para os quais a conclusão do ensino
médio sejaetapa obrigatória;d) aproveitamento de conhecimentos para o prosseguimentodos estudos em diferentes
formações, seja por aproveitamento
de créditos, por cercações complementares, entre outras, con
-forme o art. 18.
VI - estabelecer normas complementares e polícas educa
-cionais para execução e cumprimento das disposições destas Di-retrizes, considerando as peculiaridades regionais ou
locais;
VII - instuir sistemas de avaliação e ulizar os sistemas deavaliação operados pelo Ministério da Educação, a m de
acom
-panhar resultados, tendo como referência a formação geralbásica, a legislação e as normas, estas
Diretrizes e as propostaspedagógicas das unidades escolares.
VIII - possibilitar, mediante a disponibilidade de vagas narede, ao estudante concluinte,
imediatamente após a conclusão
do curso de ensino médio, cursar outro inerário forma vo de
que trata o art. 12.Art. 21. Para a implementação destas Diretrizes, cabe aossistemas de ensino
prover:
I - os recursos nanceiros e materiais necessários à amplia
-
ção dos tempos e espaços dedicados ao trabalho educa vo nas
unidades escolares;II - aquisição, produção e/ou distribuição de materiais didá-
cos e escolares adequados;
III - professores com jornada de trabalho e formação, inclu-
sive connuada, adequadas para o desenvolvimento do currícu
-
lo, bem como dos gestores e demais pro ssionais das unidades
escolares;
IV - instrumentos de incenvo e valorização dos pro ssio
-nais da educação, com base em planos de carreira e outros dis-
posivos voltados para esse m;
V - acompanhamento e avaliação dos programas e ações
educavas nas respecvas redes e unidades escolares.
Art. 22. Cabe ao Ministério da Educação oferecer subsídios
e apoio técnico e nanceiro para a implementação destas Di
-retrizes, em regime de colaboração com os Estados, o DistritoFederal e os Municípios.
Art. 23. Os sistemas de ensino devem ulizar os resultados
do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), como sub-
sídio para avaliar, rever e propor polícas públicas para a edu
-cação básica.
Art. 24. As instuições e redes de ensino devem u lizar avaliação especíca tanto para a formação geral
básica quantopara os inerários formavos do respecvo currículo que consi
-ga acompanhar o desenvolvimento das competências previstas.
Art. 25. Os sistemas de ensino devem estabelecer formasde reconhecer, validar e cer car os
saberes adquiridos tanto
em processo de escolarização quanto nas experiências de vidae trabalho, daqueles que estão fora da
escola ou em distorçãoidade/ano de escolarização.
CAPÍTULO IIDA PROPOSTA PEDAGÓGICA
Art. 26. Com fundamento no princípio do pluralismo deideias e de concepções pedagógicas, no
exercício de sua auto-
nomia e na gestão democráca, a proposta pedagógica das uni
-
dades escolares deve traduzir a proposta educa va construída colevamente, garanda a parcipação
efeva da comunidadeescolar e local, bem como a permanente construção da iden
-dade entre a escola e o território no qual está inserida.§ 1º Cabe a cada unidade escolar a
elaboração da suaproposta pedagógica em consonância com o documentocurricular definido pelo seu
sistema de ensino.§ 2º A proposta pedagógica deve conter o desenho dosarranjos curriculares a
serem oferecidos pela unidade escolar,bem como as estratégias para oferta de itinerários
formativos.§ 3º A proposta pedagógica, na sua concepção eimplementação, deve considerar os
estudantes e os professorescomo sujeitos históricos e de direitos, participantes ativos
eprotagonistas na sua diversidade e singularidade.§ 4º A instituição de ensino deve atualizar,
periodicamente,sua proposta pedagógica e dar-lhe publicidade à comunidadeescolar e às famílias.Art.
27. A proposta pedagógica das unidades escolares queofertam o ensino médio deve considerar:
I - avidades integradoras arsco-culturais, tecnológicas ede iniciação cien ca, vinculadas ao
trabalho, ao meio ambientee à práca social;II - problemazação como instrumento de incen vo à pes
-quisa, à curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do es-
pírito invenvo;III - a aprendizagem como processo de apropriação signi 
-
cava dos conhecimentos, superando a aprendizagem limitada
à memorização;IV - valorização da leitura e da produção escrita em todos oscampos do saber;
V - comportamento éco, como ponto de par da para o
reconhecimento dos direitos humanos e da cidadania, e para a
práca de um humanismo contemporâneo expresso pelo reco
-
nhecimento, respeito e acolhimento da iden dade do outro e
pela incorporação da solidariedade;
VI - arculação entre teoria e práca, vinculando o trabalhointelectual às a vidades prá cas
ou experimentais;
VII - integração com o mundo do trabalho por meio de es-
tágios, de aprendizagem prossional, entre outras, conformelegislação especí ca, considerando
as necessidades e demandas
do mundo de trabalho em cada região e Unidade da Federação;
VIII - ulização de diferentes mídias como processo de dina
-mização dos ambientes de aprendizagem e construção de novossaberes;IX - capacidade permanente
de aprender a aprender, desen-volvendo a autonomia dos estudantes;
X - avidades sociais que esmulem o convívio humano;XI - avaliação da aprendizagem, com diagnósco
preliminar,e entendida como processo de caráter forma vo, permanentee cumula vo;
XII - acompanhamento da vida escolar dos estudantes, pro-movendo o desempenho, análise de
resultados e comunicaçãocom a família;
XIII - avidades complementares e de superação das di cul
-dades de aprendizagem para que o estudante tenha êxito emseus estudos;XIV - reconhecimento e
atendimento da diversidade e di-ferentes nuances da desigualdade e da exclusão na
sociedadebrasileira;XV - promoção dos direitos humanos mediante a discussão
de temas relavos a raça e etnia, religião, gênero, idendade degênero e orientação sexual, pessoas
com deciência, entre ou
-
tros, bem como prácas que contribuam para a igualdade e para
o enfrentamento de preconceitos, discriminação e violência sobtodas as formas;
XVI - análise e reexão críca da realidade brasileira, de suaorganização social e produva na relação de
complementarida
-de entre espaços urbanos e do campo;
XVII - estudo e desenvolvimento de avidades socioambien
-
tais, conduzindo a educação ambiental como uma prá ca edu
-
cava integrada, connua e permanente;XVIII - prá cas despor vas e de expressão corporal,
quecontribuam para a saúde, a sociabilidade e a cooperação
XIX - avidades intersetoriais, entre outras, de promoção dasaúde sica e mental, saúde sexual e
saúde reproduva, e pre
-venção do uso de drogas;
XX - produção de mídias nas escolas a par r da promoçãode a vidades que favoreçam as
habilidades de leitura e análisedo papel cultural, polí co e econômico dos meios de comunica
-ção na sociedade;
XXI - parcipação social e protagonismo dos estudantes,
como agentes de transformação de suas unidades de ensino ede suas comunidades;
XXII - condições materiais, funcionais e didá co-pedagógi
-
cas, para que os prossionais da escola efevem as proposições
do projeto;XXIII - o projeto de vida e carreira do estudante como uma
estratégia pedagógica cujo objevo é promover o autoconheci
-mento do estudante e sua dimensão cidadã, de modo a orientar
o planejamento da carreira prossional almejada, a par r de
seus interesses, talentos, desejos e potencialidades.
Parágrafo único. A proposta pedagógica deve, ainda, orien
-tar:
a) disposivos, medidas e atos de organização do trabalho
escolar;b) mecanismos de promoção e fortalecimento da autono-
mia escolar, mediante a alocação de recursos nanceiros, ad
-
ministravos e de suporte técnico necessários à sua realização;c) adequação dos recursos sicos,
inclusive organização dos
espaços, equipamentos, biblioteca, laboratórios e outros am-bientes educacionais.
TÍTULO IVDISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 28. A formação de docentes para atuar no ensino mé-dio far-se-á em nível da educação superior,
em cursos de licen-ciatura.
Art. 29. Prossionais com notório saber reconhecido pelosrespec vos sistemas de ensino podem
atuar como docentesdo ensino médio apenas no i nerário de formação técnica epro ssional para
ministrar conteúdos ans à sua formação ouexperiência pro ssional, devidamente comprovadas,
conforme
inciso IV do art. 61 da LDB.
Parágrafo único. A docência nas instuições e redes de en
-
sino que ofertam o inerário de formação técnica e prossionalpoderá ser realizada
por prossionais com comprovada compe
-
tência técnica referente ao saber operavo de a vidades ineren
-
tes à respecva formação técnica e prossional.Art. 30. Podem ser admidos para a docência no
ensino mé
-
dio, prossionais graduados que tenham realizado programas
de complementação pedagógica ou concluído curso de pós-gra-duação stricto sensu, orientado para o
magistério na educaçãobásica.Art. 31. A União deve estabelecer os padrões de desempe-nho
esperados para o ensino médio, que serão referência nos
processos nacionais de avaliação em larga escala, a par r da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC).Art. 32. As matrizes do Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) e dos demais processos selevos para acesso à edu
-cação superior deverão necessariamente ser elaboradas emconsonância com a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) e
o disposto nos Referenciais para a Elaboração dos I neráriosForma vos.
§ 1º O Exame Nacional do Ensino Médio será realizadoem duas etapas, onde a primeira terá como
referência a BaseNacional Comum Curricular (BNCC) e a segunda, o disposto nosReferenciais para a
Elaboração dos Itinerários Formativos.§ 2º O estudante inscrito no Exame Nacional do EnsinoMédio
(ENEM) escolherá as provas do exame da segunda etapade acordo com a área vinculada ao curso
superior que pretendecursar.§ 3º As instituições de ensino superior deverão considerarpara fins de
acesso os resultados de ambas as etapas do ExameNacional do Ensino Médio, quando for o caso.Art.
33. O Ministério da Educação deve estabelecer os Re-
ferenciais para a Elaboração dos Inerários Formavos no prazo
de até 90 (noventa) dias a contar da data de publicação destaResolução.Art. 34. Estas Diretrizes
devem nortear a elaboração de pro-
postas curriculares, a formação de professores, os invesmentosem materiais didácos e os
sistemas nacionais de avaliação da
Educação Básica.
Parágrafo único. O Ministério da Educação deve adequar oPrograma Nacional do Livro Didáco (PNLD) e
demais programasnacionais voltados à distribuição de livros e materiais didácos,recursos sicos e
digitais para alunos e professores que atendamao que foi denido para formação básica geral e
inerários for
-
mavos, organizados de acordo com estas Diretrizes.Art. 35. A implementação das Diretrizes
Curriculares Nacio
-nais dispostas nesta Resolução obedecerá aos procedimentos e
cronograma denidos nos termos do art. 12 da Lei nº 13.415, de
16 de fevereiro de 2017.§ 1º O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deveráser adequado ao disposto
nesta Resolução, de acordo comcronograma a ser proposto pelo Ministério da Educação (MEC).§ 2º O
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) deveráser adequado ao disposto nesta Resolução, de
acordo com ocronograma de implementação dos novos currículos do ensinomédio.Art. 36. É
assegurado aos alunos matriculados no ensinomédio em data anterior ao início da implementação das
Dire-trizes Curriculares Nacionais dispostas na presente Resolução,o direito de concluírem seus
estudos segundo organização cur-ricular orientada pela Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janei-ro de
2012, ou de migração para nova organização curricular,
garando o aproveitamento integral dos estudos anteriormente
realizados e vedado o alongamento do período de duração des-sa etapa da educação básica.Art. 37. A
Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de2012, permanecerá em vigor até o ano de início
de implementa-ção do disposto na presente Resolução.Art. 38. Esta Resolução entra em vigor na data
de sua publi-cação, revogando-se as disposições em contrário.
PCN/EM

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados em1996, foram elaborados com o intuito de
melhorar o quadro da
educação no Brasil. Visto que há muito tempo os olhares políco
e econômico à educação têm sofrido desvios, esses parâmetros
servem como guia ao trabalho docente para a formação crí cae social do ser humano, na tenta va
de estabelecer mudança
nessa realidade. Em linguagens, códigos e suas tecnologias, pri-meiro volume das orientações para o
ensino médio, os PCN divi-dem o conhecimento da língua portuguesa em cinco subpartes.A primeira
subparte ressalta a importância do ensino mé-
dio em consolidar, enquanto etapa nal da educação básica, osconhecimentos ob dos até então pelos
alunos. Espera-se que,a parr dessa fase, os alunos possam avançar para níveis mais
complexos de conhecimento, agir fora do contexto escolar como
cidadãos e como prossionais, se assim desejarem. Com relaçãoespecí ca à disciplina de língua
portuguesa, percebe-se a preo
-cupação em consolidar as habilidades de leitura, escrita, fala eescuta, básicas para o processo de
comunicação.
A seguir, estabelece-se uma breve retrospec va até os anos70, época em que se almejava
reformular os conteúdos traba
-lhados em sala de aula. Buscava-se um olhar à luz de elementossocioculturais que interfeririam no
processo de aprendizagem,tais como: classe social, espaço regional, faixa etária, gênero,dentre
outros. É nesse momento que os olhares voltam-se à
língua portuguesa para a necessidade de adequação de conteú
-dos à realidade escolar e percebe-se que a língua, de fato, mudacom o passar do tempo e isso não
deve passar despercebidopela escola. Outro fator importante, mas que não teve a ava-liação devida
na época, foi o fato de que o estudo da variação
linguísca deveria fazer-se intrínseco ao estudo da língua portu
-
guesa. Percebeu-se, nesse debate de “inovações”, que a língua
deve ser trabalhada levando-se em consideração os mais diver-
sos usos e “usuários”, para que os alunos percebam as estrutu
-
ras linguíscas equivalentes a cada ambiente social. Posterior
-mente, já em 1980, nota-se que esse processo de inserção das
variações linguíscas só seria possível por meio de um estudomais abrangente do texto, que
produzisse sendos entre o textoe o contexto a que se refere. A par r disso, passa-se a dar maior
valor ao trabalho com textos na disciplina de língua portuguesa,
atribuindo-lhe sendos entre produtor e receptor.Na terceira subparte das orientações ao ensino
médio, r
-ma-se a ideia de interação entre produção, recepção e circula-ção de diferentes textos. As
concepções de língua e linguagem e
prácas de ensino, que intulam essa subparte, baseiam-se naa rmação de que é pela li
nguagem que o homem se faz sujeito.
A parr disso, cabe aos estudos de língua portuguesa estabele
-
cer avidades que reforcem as concepções do próprio ser hu
-mano, antes de qualquer coisa. Esse processo se estabeleceria
por meio do estudo de textos, proporcionando ao “alunado”, demaneira sistemá ca, a produção e
compreensão de linguagens
em diferentes situações de interação.
Posteriormente, desna-se um espaço no texto, para a dis
-cussão do papel da disciplina de Língua Portuguesa no ensinomédio. Discutem-se, nessa seção, as
capacidades que os alunos,
vindos do ensino fundamental, devem culvar, tais como: convi
-ver com situações de produção e escrita de textos, reconhecen-
do a mulplicidade de linguagens no ambiente de letramento;conviver com situações de produção oral
e imagéca de leiturae escuta, relacionando processos de interpretação e ressigni 
-
cação; reer sobre os usos da língua. Ressalta-se, por m, o
destaque que deve ser dado ao trabalho com usos da língua,tendo em vista o valor histórico e social
que se estabelecem nasociedade.
Na quinta e úlma subparte, arrolam-se algumas conside
-
rações acerca da organização e abordagem dos conteúdos noensino médio. Problemaza-se, primeiramente, o
fato de nãoser possível estabelecer parâmetros capazes de sa sfazer as
tendências regionais e locais sem a presença de arbitrariedades.
Com isso, arma-se que é tarefa da escola, juntamente com ocorpo docente, de nir os conteúdos a
serem desenvolvidos em
sala de aula, o que resulta em ações de ensino e aprendizagem.Para melhor esclarecer essas
ações, foram elaborados dois qua-
dros explicavos. O primeiro foca avidades de produção e re
-
cepção de textos, do qual fazem parte avidades de produção e
escrita de diferentes gêneros; produção de textos em eventos
da oralidade; avidades de escuta de textos em situações deleitura em voz alta; a vidades de
retextualização e avidadesde reexão sobre os textos em a vidades de análise. Já o segun
-
do quadro foca as avidades de análise, abarcando elementospragmá cos envolvidos na interação
com os textos; estratégiastextualizadoras; mecanismos enuncia vos; intertextualidade e
ações de escrita.
Como considerações nais, as orientações para o ensinomédio a rmam que essas proposições são
impulsionadas porprácas sociais de diferentes culturas, o que revela um teor de
adaptação do ensino da língua portuguesa ao meio em que seráensinada. Ressalta-se, ainda, o papel
do ensino médio enquanto
etapa nal da educação básica, fato que carrega essa etapa com
os deveres de concluir o processo de aprendizagem, desenvolvi-do durante o ensino fundamental, e
capacitar o aluno a aprofun-dar conhecimentos futuramente.
Os PCN desnados ao ensino de língua portuguesa no en
-
sino médio sintezam de maneira objeva uma série de pro
-
blemácas presentes no sistema atual. Além de arrolar falhas,
essas orientações discutem causas e efeitos e projetam, ainda,
possíveis recursos e métodos a serem u lizados por escolas e
professores para que, na medida do possível, a realidade do en-sino médio se transforme. Sabe-se
que, na maioria das vezes, oensino de língua portuguesa, nessa etapa da educação básica,assim como
outras disciplinas, é direcionado para a prova do
vesbular. Com base nisso, elementos-chave para o desenvol
-vimento da disciplina, como produção de diferentes textos, por
exemplo, restringe-se à produção de texto disserta vo, dentre
outros exemplos.
A leitura das orientações em questão des na-se às pessoas
relacionadas à área de Letras ou da educação, bem como a to-
dos aqueles que, por um movo ou outro, almejam mudanças
no processo de ensino e aprendizagem do ensino médio brasi-leiro.

PROJETO
POLÍTICOPE
DAGÓGICO
DA ESCOLA.

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