Knight - Grim Sinners MC Rebels #2 - LeAnn Ashers
Knight - Grim Sinners MC Rebels #2 - LeAnn Ashers
Knight - Grim Sinners MC Rebels #2 - LeAnn Ashers
Posso
ouvir o pequeno tamborilar de pés minúsculos, o som de minha
filha Annie caminhando para o meu quarto como faz todas as
manhãs para pedir o café.
Para viver uma vida onde eu fosse livre, uma vida onde eu não
tivesse que me preocupar em ser castigada por não ter cumprido
meus deveres de esposa corretamente.
Mas ela não estava morta, eles mentiram para mim. Eles
fizeram isso para me causar dor. Pensaram que eu seria uma má
influência para minha filha e ela não teria sido criada
corretamente.
Deus, o medo que eu sentia era irreal. Não era medo por mim,
mas era o medo de algo acontecer com minha filha.
Pego minha última mala que ainda não está no meu SUV.
Annie está sentada no corredor brincando com suas bonecas. Ela
olha para mim sorrindo, mostrando o dente da frente que falta.
Bell olha para mim e sorri, mas posso ver que ela está triste
com a minha partida. Eu sorrio de volta para ela. — Annie, Bell
está aqui. — Sua cabeça se levanta olhando por cima do corrimão.
Ela grita e desce as escadas correndo como se não os visse há
meses, não apenas ontem.
Ela pode ser minha irmã, mas assumiu o papel de minha mãe,
por ser muito mais velha do que eu.
Ela ri e puxa as pontas do cabelo dele, e por sua vez ele faz
cócegas em seus lados enquanto ela cai na gargalhada.
Ele acena com a cabeça, mas não parece feliz. Bell abre a porta
e eu deslizo para o meu lugar, ligando o SUV.
Não sei nada sobre a tia de River além do fato de que ela está
vindo aqui para se esconder de um ex-marido com quem foi
forçada a se casar na seita.
Eu rio. Ela é a old lady do Presidente e foi feita para essa merda
com esse seu jeito. Já testemunhei seu lado ruim e daqueles que
sofreram por causa disso.
Estou fodido.
Sou apenas um ano mais velha que ela, eu com vinte e dois
anos e ela com vinte e um.
1
Estresse pós-traumático, é um distúrbio caracterizado pela dificuldade em se recuperar depois de
vivenciar ou testemunhar um acontecimento assustador.
visse. Confie em mim, ninguém perde Gage com o quão grande ele
é.
Ele para bem na minha frente; seu cabelo escuro, olhos azuis
brilhantes e a barba em seu rosto lhe dão uma aparência grosseira
e esfarrapada, complementando sua pele bronzeada pelo sol.
Ele sorri para mim e depois para Annie, que sorri por ter sido
notada. — Eu sou Knight, o médico do clube. — Ele levanta a mão
para eu apertar e com as mãos trêmulas coloco minha mão na
dele.
2
Knight, em inglês, significa Cavaleiro.
— Posso levá-la até sua casa, Lady Annie? — ele diz em um
tom formal e meu coração parece que vai explodir.
Ela aperta minha mão um pouco mais forte. — Estou feliz por
estarem aqui. Quero minha família perto e nada é mais perto do
que a casa ao lado, — ela brinca e eu sorrio para ela, grata por sua
despreocupação.
Olho para trás e vejo que Gage está no banco da frente do meu
SUV. — Bem, eu deveria ter vindo. — Estou envergonhada por ter
estacionado tão longe.
Knight olha para mim, eu olho para o chão e corro para o meu
SUV para ajudar a tirar minhas malas.
— Ok, obrigada.
Meu couro cabeludo está doendo por usar um coque alto por
tanto tempo, então eu me levanto e tiro meu cabelo da presilha e
passo meus dedos pelos fios indo até River e me sento ao lado dela,
deixando espaço suficiente para que os caras passem por nós
enquanto levam minhas coisas para dentro.
— É? — Eu repito.
Sorrio e olho para Annie, que está embalando seu bebê para
dormir. — Acho que preciso ir às compras antes de nos alojarmos.
Não quero cair nesses pensamentos, mas ouvir que ele está
procurando por mim traz de volta velhas lembranças que tentei
incansavelmente esquecer.
Nós não falamos até que ele esteja bem na minha frente. Dou
um passo para trás, permitindo que ele entre na casa. — Espero
que você tenha desempacotado tudo bem, — ele diz para mim, seus
olhos analisando meu rosto.
Pego minha comida e olho para Knight para ver se ele aprova,
mas ele está me observando. — Está tudo bem? — Pergunto.
Ele ri também e olha para Annie e ela está rindo dele. — Sr.
Knight quase disse um palavrão, — ela o provoca.
Ele ri. — Tenho que ter mais cuidado, hein, — ele lhe diz e ela
ri ainda mais.
Ele ri, seu sorriso atingindo seus olhos enquanto ele olha para
ela.
— Opa. — Eu rio.
Puta merda.
Sinto uma pressão e suspiro, feliz por não estar sentindo nada.
— Italiana. A sua?
— Sua lasanha.
— Obrigado, Deus.
— Sim.
Ela pega minha mão e me leva até o sofá para que eu possa
me sentar. River está observando Knight e então se levanta. —
Bem, eu tenho que ir para casa para o meu homem. — Ela pisca
para mim e sai pela porta.
— Que horas você tem que sair para levá-la para a escola? —
Knight me pergunta.
Meu coração dói por ela ter qualquer medo. — Baby, eles são
loucos se não gostarem de você, você é incrível! — Eu digo a ela.
Ela desliza para fora da cama e escolhe o que quer que eu leia.
— Cinderela, boa escolha. — Todos os seus livros são sobre
princesas.
Meu coração dói com suas palavras. Beijo o topo de sua cabeça
e fecho meus olhos por um segundo, aproveitando o momento. Eu
me viro para o livro e o leio em voz alta.
Acordada?
Knight.
Deixei escapar uma respiração profunda, o medo diminuindo
de mim. Ele está carregando uma enorme sacola do McDonald's e
um café.
Eu caminho até a porta, abro para ele e ele olha para mim
sorrindo. — Bom dia, trouxe café da manhã para você e a
princesinha.
Eu olho para o meu prato tentando fingir que isso não é a coisa
mais doce de todas. — Obrigada por isso, — eu digo e ele sorri para
nós duas.
— Oh, por favor, ele pode? — Ela se vira para mim, seus olhos
grandes e esperançosos. Eu toco sua pequena bochecha. — Sim,
ele pode nos levar, mas precisamos pegar seu assento.
Eu posso sentir meu rosto ficando quente por tê-lo tão perto
de mim. Eu espio para ele e ele me pega.
Olho pela janela tentando não surtar enquanto meu estômago
revira. Ele ri e liga o rádio para preencher o silêncio. — Mamãe, —
Annie diz em um tom estranho.
— Tudo bem.
Abro a janela para que ela possa me ver através das janelas
escuras. Ela está procurando por mim em todas as janelas. Assim
que finalmente me vê, seus olhos se iluminam. Meu coração dói,
eu a amo tanto.
Ela ri e se vira para olhar para o meu lado. Knight está parado
ali. — Oi, querida, parece que você teve um bom dia.
Ela me solta e olha para Knight sem saber se deveria ir até ele.
Ele se abaixa e ela corre até ele, enfiando o rosto na curva do seu
pescoço.
Eu ponho minha mão no meu peito me emocionando ao ver
isso. Ele se levanta e a levanta com o braço sob sua bunda. —
Posso carregar a princesa até sua carruagem? — ele brinca e ela
sorri como se fosse a melhor coisa que já aconteceu com ela.
Eu gosto dele.
— Claro, querida. — Ela sorri para ela, e passo minha mão por
sua nuca.
Ela chega mais perto e abre a página para colorir das crianças
com os pequenos gizes de cera. — Foi tão divertido. A professora
deixou Penny se sentar ao meu lado e nos divertimos muito
conversando. Até brincamos de boneca no parquinho.
Eu olho para Knight, feliz por elas serem amigas. — Estou tão
feliz, talvez ela possa vir para uma festa do pijama em breve.
Juro que você poderia tê-la empurrado com uma pena. — Oh,
por favor!
Eu rio e Knight se junta a mim. — Bem, Royal é meu amigo,
então acho que posso fazer isso acontecer.
Só se eu estiver lá.
Eu torço para que eu possa fazê-lo sofrer mil vezes por colocar
aquele medo em seus olhos.
— Frozen.
Eu suspiro, ela está tão certa. Ele não tem sido nada além de
gentil comigo. Já está escuro lá fora, então vejo a luz do interior da
caminhonete acender quando ele abre a porta. A luz de dentro da
casa está brilhando pela janela, o brilho de dentro está cintilando
sobre ele.
Levanto minha mão e ele enrola seus dedos em volta dos meus,
sua mão envolvendo a minha completamente. — Sim.
Ele me leva para fora de casa, olho para trás e vejo Annie
acenando para mim. Aceno de volta e ela volta para o filme.
Ele para em uma enorme casa de toras, mas passa pela casa
e vai para o quintal.
Ele ri. — Ouvi dizer que você ama os filmes de terror antigos,
então trouxe um monte deles.
Meu ex nunca fez nada assim por mim. Ele sempre foi cruel e
achava que era seu direito fazer o que quisesse comigo.
Ele me entrega uma taça de vinho e eu pego para que ele possa
me servir um pouco. — Obrigada. Como você sabia que este é o
meu favorito? — Eu pergunto.
— Estou tão feliz que Annie nunca terá que se preocupar com
isso, essa é minha única missão na vida.
Ele se vira para mim, e posso ver que ele está hesitando em
perguntar alguma coisa. — Quem está atrás de você e dela?
— Meu ex-marido.
Knight está olhando para mim, eu sei que ele está chocado. É
honestamente difícil acreditar que esse tipo de vida exista até que
você veja em primeira mão, mas eu vivi.
Tantas mulheres sofrem. Fui abençoada por ter alguém do
lado de fora porque, sem isso, não tenho certeza do que teria
acontecido comigo.
— Eu adoraria isso.
— Ótimo, querida.
Knight sai e eu saio do seu lado para que ele possa me ajudar
e subir correndo os degraus. — Como ela está?
Sinto alguém parado acima de nós e olho para cima para ver
Knight. Ele se inclina e pega nós duas. — Eu vou cuidar delas
River, se você quiser ir para casa, — diz Knight e eu abro minha
boca em estado de choque.
Não suporto que ela esteja doente; você nunca se sente mais
desamparado como pai do que quando seu filho está doente. É o
pior.
Ele olha para mim como se ela estivesse partindo seu coração.
Ele puxa o cobertor mais para cima, aconchegando-a.
— Por favor.
Pego a dosagem e ela toma como uma campeã. Daniella coloca
um pano frio na testa e suspira. Ela está exausta.
Pego sua mão e a faço olhar para mim. — Você está bem?
Daniella sorri para ela. — Estou tão feliz bebê, mas não há
escola para você hoje. Teremos um dia de filme e sofá. Como isso
soa?
Annie não passou mal o dia todo. Quando liguei para a escola,
disseram-me que um vírus estava circulando por lá.
Eu olho para ela. — Eu estou feliz. Quem não ficaria feliz com
uma menina como você? — Eu ando até ela e a puxo para um
aconchego. Ela ri e me abraça de volta com força. — Vamos
preparar você para dormir. — Eu dou um tapinha em suas costas
para fazê-la subir as escadas.
A manhã seguinte
Minha mente vai para o que mais ele tem reservado para mim
enquanto escova meu cabelo sobre meu ombro suavemente e
facilmente, como se ele nem tivesse pensado duas vezes sobre isso.
— Você pode fazer o que quiser, — ele lhe diz e ela olha para
ele como se ele tivesse alcançado a lua.
— Muito melhor, mas estou triste que Penny não estará aqui
hoje, — ela responde e eu saio, ignorando o olhar de Knight quando
ele me vê fazendo isso.
Meu ex-marido.
Ele bate no vidro e tenta puxar a porta para chegar até mim.
Consigo ouvir seus gritos e berros abafados enquanto ele bate na
porta.
Ele é cruel.
Ele nos leva para a sede do clube e River corre para fora como
se estivesse esperando por nós. — Você contou para ela? — Eu
sussurro o suficiente para que apenas ele ouça.
Seu tom é sombrio. Eu sei do que ele é capaz; sei do que sou
capaz para proteger minha filha daqueles que ousariam prejudicá-
la.
Não quero que a vida dela mude mais do que já mudou. Ela
está apenas começando a se acomodar.
— Acho melhor fingir que não está acontecendo nada, ela não
sabe o que está acontecendo e eu não quero que ela saiba.
Quero que isso acabe para poder viver minha vida e não ter
medo. Não quero que Annie seja tocada por nada relacionado à
vida do culto.
Eu o sigo pela porta dos fundos do clube e saio para uma das
maiores áreas de lazer que já vi. Sua boca se abre em choque ao
olhar para a área de recreação e ela grita, correndo direto para a
área de recreação do castelo.
Ela acena para que eu entre no castelo com ela, então abro a
portinha e a fecho. — Knight, seja um monstro, — ela diz a ele e ri
fechando a pequena janela.
Eu sigo atrás dela rindo porque ele está logo atrás de mim me
perseguindo. Eu rio quando olho para trás para vê-lo a um braço
de distância de mim.
Eu me viro para olhar para Knight e vejo que ele está olhando
para mim; meu sorriso cai com a seriedade de seu rosto.
Reaper olha para ela e depois para nós e acena com a cabeça.
Falando em comida, um prospecto está andando atrás da sede do
clube até nós com uma sacola enorme.
Ele abre para ela e lhe entrega. — Acho que Reaper está
tentando roubar minha garota, — diz Knight com raiva fingida.
Minha irmã Bell foi casada por muitos anos e as coisas pelas
quais ela passou... Foi tão ruim, e eu gostaria de matá-lo
novamente pela maneira como ele a tratou se ele já não estivesse
morto.
Fico feliz que ela não tenha perguntado por que a tirei da
escola hoje. Não havia como deixá-la lá depois do que aconteceu e,
honestamente, estou com medo de que ela volte para lá.
— Sim?
Torço em meu assento para ter certeza de que Annie não pode
ver e com um aperto de mão, abro a mensagem de texto.
Você pode ter escapado hoje vadia, mas essa merda não
acabou. Você é minha esposa e vai voltar para casa.
Ou então.
River olha para nós. — Eu não gosto desse olhar em seu rosto.
Ouvir que ele estava procurando por mim era uma coisa, mas
estar cara a cara com ele é totalmente diferente.
Minha vida teria sido tão diferente se essa fosse a minha vida,
se eu fosse realmente uma criança. Quando eu tinha a idade dela,
minhas aulas sobre como ser a esposa perfeita começaram.
Ele olha para mim e viro minha cabeça para a TV. Meu coração
parece que está a segundos de explodir.
Posso senti-lo ainda olhando para mim e então ele ri. Olho
para ele e ele está balançando a cabeça, sorrindo para mim.
Só pelo jeito que ele cuida de mim, eu sei que ele está pronto
a qualquer momento para proteger a mim e a Annie.
Deus, é tudo.
É o negócio real.
Eu só o quero.
Sua mão aperta meu cabelo, puxando-me para mais perto
enquanto ele gentilmente me pressiona de volta na minha cama,
beijando-me mais profundamente.
Mordo meu lábio porque não posso acreditar que isso está
acontecendo agora.
— Querida, não faça isso. Você é linda, — ele me diz, sua voz
suave. Sua mão desliza do meu lado para o lado de fora da minha
coxa.
Eu sei que isso não é realista porque sei de todo o coração que
ele não me machucaria, mas talvez haja algo de errado comigo?
E se ele olhar para mim e decidir que não sou o que ele pensou
que eu fosse?
Abro minha boca e depois a fecho, sem saber o que dizer a ele.
— Nada, só estou nervosa, — admito honestamente porque é
verdade.
O medo é real, mas meu desejo por ele é muito mais. Eu quero
estar conectada a ele neste nível.
— Eu quero você, Knight. Eu quero estar com você. Quero que
me mostre como deve ser, de alguém que se importa comigo. Me
faça sua. — As palavras saem de mim.
Ele ri, sua cabeça bem acima do meu mamilo. Eu olho para
baixo assim que sua boca se fecha em torno dele, puxando
profundamente em sua boca.
Ele não para, seus dedos estão dentro de mim mais uma vez
enquanto sua língua tortura meu clitóris.
Corro meu dedo ao longo da ponta, amando o jeito que ele pula
com o contato repentino. — Faça amor comigo, — eu sussurro
emocionada.
Mas eu quero que ele me ame, quero sentir isso com ele. Ele
agarra minha coxa, levantando-a para que fique apoiada em seu
quadril.
Eu concordo. — Preparada.
Seus olhos se conectam com os meus. Sorrio para ele, ele sorri
de volta e segura meu rosto gentilmente, com ternura. Acho que
estou me apaixonando por ele; eu posso sentir isso bem na minha
alma.
Ele corre sua mão pelas minhas costas até que puxa meu
cabelo. Minha cabeça se estala para trás e ele bate sua boca na
minha com tanta força que tudo à minha volta fica preto.
E eu estou viciada.
— O mesmo, — eu brinco.
Juro que poderia cair no chão com o que ele está jogando. —
O que você está dizendo? — Minha voz mal passa de um sussurro,
meu coração parece que pode parar.
Bem, ok então.
A MANHÃ SEGUINTE
Assim que meus olhos se abrem, eles vão para o lindo rosto de
Daniella, dormindo pacificamente. Minha mente vagueia para o
que aconteceu ontem à noite e como nosso relacionamento deu um
grande salto.
Eu sabia que ela era minha, mas ontem à noite foi o prego na
porra do caixão. A maneira como ela olhou sob mim, a sensação
dela gozando ao meu redor, eu nunca vou esquecer isso.
Olho para seu estômago e esfrego sua barriga vazia. Mal posso
esperar para vê-la grávida do meu bebê, mas, acima de tudo, Annie
seria a melhor irmã mais velha.
Viro de costas, lutando contra o desejo de puxá-la para cima
de mim e me enterrar até o fim dentro dela.
Mas sei que ela vai estar sensível com o que fizemos ontem.
Antes que eu possa entrar em pânico, ela sorri para mim, seus
olhos brilham. — Estou feliz, — diz e se move para se aconchegar
em meu peito.
Tento não chorar porque eles estão fazendo isso para garantir
que Annie possa entrar na escola com segurança.
Ele parece muito bom em seu colete agora, seu cabelo está
levemente com gel para o lado e a lateral de seu cabelo é cortado
mais curto, e há barba em seu rosto desde que ele não se barbeou
esta manhã.
Senhor me ajude.
Ele segue meu olhar e sorri. — Quando digo que você é minha,
baby, isso significa que todos no clube vão proteger você e Annie
com suas vidas.
Ela sorri para mim, mas não alcança seus olhos. — Obrigada,
adoro essas garotas.
Eu sorrio e olho para minha garota mais uma vez antes de
sairmos da escola. Ela abre um dos livros dentro da sala de aula
com Penny.
Porque nos foi ensinado que o nosso lugar era criar os filhos e
cuidar da casa, só isso.
— Eu sei que ela teve que deixar muitas coisas em sua antiga
casa, — ele me diz e eu começo a protestar quando ele desliza seu
cartão sem pensar duas vezes.
Ele sorri. — Eu não acho que você queira ver, — ele diz para
ela e seu rosto fica vermelho, o meu também com sua admissão.
Ela fez isso para machucar minha filha. Sua boca se abre em
choque. — Você está me ameaçando?
Gage balança a cabeça. — Não, você não tem que voltar, — ele
diz a ela, sua voz suave, mas posso ver que ele está chateado.
Estou enlouquecida.
Olho para Knight e ele entrega Annie para Royal, que tira as
meninas da escola. Annie está olhando para mim por cima do
ombro, mas eu superei essa professora.
Meu coração afunda. — O que ela quis dizer com ele a fez?
Ela olha por cima do meu ombro e eu me viro para ver quem
é, e quase caio no chão.
Arthur.
Meu ex-marido.
— Oh, meu Deus, por favor, não me mate, — ela implora a ele
e então sai correndo, direto para fora.
Oh, meu Deus, ele estava aqui para levar minha filha. Se eu não
tivesse vindo para o almoço... O pensamento desaparece na minha
cabeça ao pensar em algo assim acontecendo.
Não é muito, mas vai valer a pena. Se ele tivesse levado minha
filha por causa dela? Eu teria acabado com ela. Eu teria tirado sua
vida sem pensar duas vezes.
Ela sorri e corre para Penny, segurando sua mão. River acena
para nós e olha para Knight antes de sair.
Deixando-me, Royal, Reaper, Terror, Andrey e Gage na sala.
— Vamos terminar essa merda, — Gage diz a todos.
Knight pega minha mão; ele nem queria que eu fosse, mas isso
é uma coisa que eu não vou deixar para lá.
Ele ri. — Querida, você é tão fofa. — Ele beija minha bochecha
mal exposta, balançando a perna para se sentar na minha frente.
Knight tira meu capacete. Ele pega minha mão e eu ando até
a porta da frente com ele, certificando-me de ficar um pouco atrás.
Seus olhos viram para nós do lado de fora da porta. Ela grita
e Arthur fica chocado por estarmos aqui.
Ele olha para mim. — Você vai pagar por isso, sua puta
miserável, — ele cospe em minha direção, tentando empurrar
Knight para longe dele para chegar até mim.
Mas tudo o que ouço é a voz dela gritando cada vez mais alto
a cada golpe.
Ele tirou tanto da minha vida de mim e agora não pode fazer
nada disso novamente. — Annie nunca terá que se preocupar, —
eu digo a ele, com lágrimas caindo dos meus olhos.
Acabou.
— Vadia, você é burra pra caralho. Ele veio até mim, disse que
poderíamos criar Annie juntos! Ele me prometeu que poderíamos
ser uma família; ele veio até mim depois que veio para a escola
naquele dia. Eu estava na lista negra da igreja, mas se eu a
entregasse a ele, estaria de volta à vida da minha família para me
livrar dessa vida de pecados que estou vivendo.
Knight pega minha mão enquanto olho para trás uma última
vez. — Tenho alguns prospectos a caminho para cuidar disso, —
diz Gage.
Passamos por ela e ela grita quando nos vê. Estende a mão e
tenta agarrar minha perna, tentando me impedir.
Ele fez isso por mim. Se eu tinha alguma dúvida sobre o que
ele sentia por mim, ela se foi; ele matou por mim e por Annie.
Sua cabeça se inclina para baixo, olhando para mim com seu
pau na minha boca e minha mão dentro da minha calcinha.
Eu preciso dele.
Levanto minha cabeça para que possa olhar para ele. — Nunca
mais. — Eu sei que assassinato não é bom, entendo isso, mas não
tenho um pingo de remorso em meu corpo que ele o matou.
Senhor, me ajude.
Ele sorri e então olha para mim e de volta para ela, seus olhos
suaves. Knight nunca teve família; ele cresceu em um orfanato,
nunca teve uma festa de aniversário antes.
Isso parte meu coração porque ele merece tudo isso e muito
mais. Eu ando e coloco a bandeja na cama ao seu lado.
Nunca sonhei que teria isso; nunca sonhei que esta seria
minha vida e que seria tão feliz com alguém.
Ele realmente tomou conta da minha vida da melhor maneira
possível e para Annie também.
Não sabia para onde minha vida teria ido. Eu estava bem
somente eu e Annie, mas agora que eu o tenho, nada é melhor do
que isto.
Eu rio e bagunço seu cabelo, ela olha para mim e afasta minha
mão. Nós terminamos nossa comida e eu empilho os pratos na
bandeja para que possa levá-los para baixo e lavá-los mais tarde.
— Posso ir buscá-los agora? — Annie me pergunta.
Eu concordo.
— O quê? — Eu pergunto.
Seus olhos estão nublados, posso ver que ele está tentando
conter as emoções. — Eu adoraria nada mais do que levá-la, doce
menina.
— Espere, — ela diz, mas ele não escuta. Ele pisca para mim
e a pega, jogando-a por cima do ombro e levando-a para fora de
casa.
Desta vez ela não está lutando, mas sim sorrindo para nós.
Mas esta noite mal posso esperar para ver as fotos deles no
baile. Ela teve um baile em sua última escola e Maverick a levou.
Ela estava feliz em ir, mas desta vez ela pedindo a Knight, eu
poderia dizer que significava muito para ela.
Faço um desvio para ver se Reaper ainda está vivo depois que
ele sequestrou aquela garota. Ele está sentado na varanda
bebendo uma cerveja enquanto ela está dentro de casa em frente
à porta de vidro.
Eu rio enquanto ela corre para fora e tenta passar por ele, mas
ele pega sua mão, puxando-a para o assento ao lado dele para que
não possa fugir.
Reaper acena para mim quando passo e ela acena para mim,
então para como se tivesse se pego quebrando o personagem.
Eu ia ver se ela queria fazer terapia para lidar com tudo isso;
eu sei que se você está envolvido com o culto/igreja, nada de bom
sai disso.
Mas assim que saí e me sentei para ler a Bíblia, percebi que
eles pegaram pequenas partes da Bíblia e a distorceram para seu
benefício, nada sobre eles é honesto.
Casa.
Ele pode chamar este lugar de nosso lar, mas ele é o nosso lar.
Este lugar era novo para nós, estávamos começando de novo, mas
ele apareceu e fez deste local uma casa para nós.
Ele ri. — Sim, acho que é isso que eu preciso fazer, — ele
brinca comigo, mas o que eu sei talvez ele não esteja brincando.
Annie parece insegura para mim; levanto minha mão para ela
e ela sorri. Eu a pego e beijo sua bochecha, ela sorri e me abraça
forte enquanto me movo de um lado para o outro, ela não se mexe
a música inteira.
Eu quero ser o pai dela, quero que seja legal no papel, ela é
minha filhinha. Ela é minha desde o segundo em que me pediu
para brincar de boneca.
— Sabe, Annie, eu te amo, — digo a ela. Faz muito tempo que
quero contar a ela.
Ela se recosta e olha para mim. — Posso não ser seu pai
biológico, baby, mas quero ser seu pai, ser esse papel para você
em sua vida, se você quiser.
Eu também o amo.
— Quer que eu corte seu bife, Annie? — ele pergunta e ela olha
para mim e depois para ele. Ela leva o prato para ele que o corta
em pedacinhos.
Tento não rir de novo, ela então o tem enrolado em seu dedo.
— Obrigada pelo jantar, — Knight me agradece, beijando-me na
bochecha.
Annie sai correndo, você nunca precisa falar duas vezes com
ela sobre assistir TV, é um vício.
Assim que ela está fora do alcance da voz, ele diz: — Guarde o
resto. Quero ver se esse glacê fica igualmente bom em você.
Ele se senta e ela rasteja na frente dele. Ele sorri para mim por
cima do ombro e passa a escova pelos fios dela.
Depois que ele termina o cabelo dela, espero que ela apenas se
deite, mas não o faz, ela se vira e se aconchega em Knight,
querendo que ele a abrace.
Demorou muito para Annie entender que eu era sua mãe e ela
foi tirada de mim. A dor que senti quando pensei que ela estava
morta, todos esses anos ainda me assombram.
Agradeço a Deus todos os dias por ela estar aqui comigo, ela
estar segura, saudável e acima de tudo feliz.
Mas estamos quebrando esse ciclo, ela vai ter a melhor vida e
vou me certificar disso, vá para o inferno ou morra tentando.
Sim, ninguém.
— Na geladeira.
Oh, garoto.
Oh, Deus.
Jogo minha cabeça para trás e olho para Knight, amando que
eu possa fazê-lo assim.
Ele puxa todo o caminho até que sua ponta esteja apenas
encaixada, então bate de volta, a cabeceira batendo na parede.
Não posso nem me mover, meu corpo não é meu agora. Não, é
de Knight.
— O que é isso?
Chego até ele e pego sua mão na minha. Espreito atrás de mim
para Annie, que está tentando agir calmamente. Ela cobre a boca,
escondendo suas risadas.
— Só com fome.
PARABÉNS, KNIGHT.
Ele olha para mim, como se não acreditasse que planejei isso.
— Nós vamos.
Aceno para os outros que passam por nós, voltando para casa.
Reaper passa com sua namorada, Julia. Ela acena para mim
e eu aceno de volta. Ela descansa a cabeça nas costas de Reaper,
já que está muito frio lá fora, aconchegando-se perto dele.
Fiquei chocado que Daniella fez tudo isso por mim. Estou tão
apaixonado por ela e por essa garotinha, que está segurando
minha mão e confiando em mim.
O que eu digo, porra? Eu não digo nada, eu fico lá. Não posso
deixar Annie ir procurá-la, ela precisa ser levada para algum lugar
seguro para que eu encontre sua mãe.
Porra.
A porra da dor que essa pessoa vai sofrer vai ser inimaginável,
mal posso esperar.
Coloco o telefone no coldre, Gage olha para ele e ruge para fora
do estacionamento em direção à Daniella.
Estamos a caminho querida; nós estamos chegando. A viagem
até lá é uma tortura literal; tudo o que posso fazer é rezar para que
ninguém a machuque.
Eu os destruirei.
Ela disse que seu marido morreu durante o sono, mas eles
alegaram que ela o envenenou e a mataram por isso.
Logo o veículo para e eu choro por dentro. Não vou dar a eles
a satisfação de me ver quebrar.
Porra.
Não quero que Annie fique perturbada com isso, não quero que
ela saiba a verdade sobre minha morte. Ela passou por tanta coisa
em sua pequena vida, eu só quero que ela tenha uma boa vida.
Oh, Deus, Knight. Isso vai matá-lo porque ele é muito protetor.
Meu coração se parte por Annie e Knight porque eu os amo mais
no mundo.
A porra da professora.
Ryan caminha até ela e fico tensa, apenas esperando para ver
o que ele vai fazer com ela. — Porque você não impediu que ele
fosse assassinado, você é tão culpada, — ele lhe explica e se afasta.
Ele olha para nós duas, alegre, vendo-nos amarradas e
completamente à mercê deles. Ela está olhando para mim. Isso é
tudo sua culpa, ela fez isso, ela correu para essas pessoas e abriu
a boca.
Fecho os olhos ao perceber que ela era casada e não podia ter
filhos. Então, eles não tinham mais utilidade para ela, mas em
seus cérebros ignorantes eles não entendem que o homem também
pode ser o problema.
Ninguém nunca chega ao fim, mas você acha que eles param
até não sobrar absolutamente nada de você?
Lágrimas rolam pelo meu rosto com isso, isso é tão terrível.
Eles estão todos rindo como se não tivessem tirado sua vida
porque ela não impediu Knight de matar Arthur.
Eu não respondo.
Ryan ri. — Não tão durona agora, hein. — Ele agarra meu rosto
com força, puxando-me para ele, embora eu não possa me mover,
já que estou amarrada ao poste.
— Pena que ela está virada para o lado errado, hein, — diz um
dos homens atrás de mim.
— Eu acho que ela está realmente com medo, Ryan. Você acha
que devemos parar? — um deles afirma divertido.
Ryan ri. — Bem, merda, eu posso ver duas razões pelas quais
Arthur lutou tanto para ter você de volta.
Knight olha por cima do ombro para Gage, que toma seu lugar,
puxando a arma da parte de trás da calça de Ryan.
Ele solta um suspiro profundo. — Ela está bem. Ela não sabe
o que aconteceu. Ela acha que você pode estar pregando uma peça
nela.
Sua cabeça voa para trás e ele se vira para olhar para mim,
ódio em seus olhos. — Não olhe para ela desse jeito! — Knight ruge
e empurra o rosto para baixo, então ele está olhando para o chão.
Ele não faz o que Knight ordenou. Neste ponto, quero ver todos
eles sofrerem, sentir a dor que causaram a tantas pessoas. Eles
são a razão, todos esses homens aqui, do sofrimento de tantos.
Mas eu não.
Ele beija minha testa. — Você não a deixa sair da porra da sua
vista. Fique do lado de fora da porta dela e não se mexa. — Ele
aponta para o prospecto.
Ele pressiona sua testa contra a minha uma última vez antes
de eu seguir o prospecto pelo campo. Eu olho para trás uma última
vez. — Você precisa que eu te carregue? Você está machucada? —
ele me pergunta e eu balanço a cabeça negativamente.
Fui atingida, mas não estou ferida; poderia ter sido muito pior
se Knight e os caras não aparecessem naquele momento.
Crack!
Crack!
Crack!
Eu amo meus irmãos; eles são a família que eu não tive e que
às vezes sinto que não mereço.
Reaper sorri para mim e é a primeira vez que o vejo sorrir. Ele
caminha até a caminhonete de Gage e abre a porta para nós.
Knight sobe comigo ainda em seus braços, grata pelo calor que nos
lava.
Descanso minha cabeça em seu ombro precisando disso
agora. — Eu te amo, — eu sussurro para ele, o choque de tudo
começando a me desgastar.
Ele ri, levanta minha mão e a beija, logo abaixo do anel. — Nós
vamos nos casar, — ele me diz e eu começo a rir.
Eu estava com medo de que ela ficasse com ciúmes, mas ela
estava animada desde o início. Ela e Penny planejaram
praticamente todo o berçário. Eu as peguei antes de sair para o
hospital fazendo um cronograma de quando elas seriam babás.
Ele vira a cabeça para o lado, percebendo minha dor. Ele odeia
me ver com dor, mas não vou tomar nada porque estou
amamentando e não quero nenhum analgésico afetando os bebês.
Mal sabia eu que ela viraria meu mundo de cabeça para baixo.
Eu conheci o meu para sempre e agradeço a Deus todos os dias,
porra, pela minha família.
Sim, essa merda é a melhor.
Olho pela minha janela, sorrindo quando vejo Penny abaixo.
— Apresse-se vadia antes que nossos pais descubram.
Meu irmão está apaixonado por Penny desde que ele tinha
idade suficiente para entender o que significa uma old lady.
Ele tem doze anos e nós dezessete, mas isso não o impede. —
Bostinha, vá para dentro e durma. Estamos apenas nos
encontrando com os outros garotos do MC.
Ele pode ter doze anos, mas tudo o que faz é reclamar como
um velho sobre como é sua responsabilidade cuidar de nós,
meninas.