Acordao 4
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PROJUDI - Recurso: 0037551-87.2019.8.16.0014 - Ref. mov. 32.1 - Assinado digitalmente por Claudio Smirne Diniz:21083
Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
02/08/2023: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargador Claudio Smirne Diniz - 6ª Câmara Cível)
Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PROJUDI - Recurso: 0037551-87.2019.8.16.0014 - Ref. mov. 32.1 - Assinado digitalmente por Claudio Smirne Diniz:21083
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02/08/2023: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargador Claudio Smirne Diniz - 6ª Câmara Cível)
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1. RELATÓRIO
01 – lote de terras nº 10 da quadra nº 06, com área de 295,71 m², situado na Rua
Oswaldo dos Santos, nº 75, Jardim Paraty, Londrina-PR, 01 – automóvel da marca
WG/Golf – ano 2002 – Placa LOG-9349, avaliado em R$ 20.000,00; 01 – moto da
marca HONDA/CB – ano 2010 – PLACA ASL-2758.
Sobre o valor dos honorários advocatícios deverão incidir correção monetária pelos
índices da Contadoria Judicial, desde a publicação da sentença, além de juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês, estes a partir do trânsito em julgado da decisão”.
Houve acolhimento dos Embargos de Declaração (mov. 224.1), a fim de fixar os aluguéis e
determinar o recolhimento dos impostos relativos aos bens. Dessa forma, o dispositivo da
sentença passou a ter a seguinte redação:
a) Proceda-se à avaliação judicial dos bens descritos na inicial, quais sejam: 01 - lote
de terras nº 10 da quadra nº 06, com área de 295,71 m2, situado na Rua Oswaldo
dos Santos, nº 75, Jardim Paraty, Londrina-PR, 01 - automóvel da marca VW /Golf –
ano 2002 – PLACA LOG-9349, avaliado em R$ 20.000,00; 01 – moto da marca
HONDA/CB – ano 2010 – PLACA ASL-2758.
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02/08/2023: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargador Claudio Smirne Diniz - 6ª Câmara Cível)
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c) Na ocasião da avaliação do bem imóvel, deve também ser aferido o valor inerente
Sobre o valor dos honorários advocatícios deverão incidir correção monetária pelos
índices da Contadoria Judicial, desde a publicação da sentença, além de juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês, estes a partir do trânsito em julgado da decisão”.
Em suas razões recursais de mov. 185.1, Marcelo Augusto de Vasconcelos afirma que o
imóvel nunca foi de propriedade do casal, pois como é financiado existe apenas uma
expectativa de direito. Argumenta, assim, que a alienação do bem é juridicamente impossível.
Quanto ao valor dos aluguéis, defende a necessidade de uma perícia para verificar o valor
devido. Com relação ao automóvel e à motocicleta, refere que ambos possuem
responsabilidade pelos impostos e taxas. Salienta que a motocicleta está financiada junto ao
Banco Itaú, havendo parcelas em atraso e um processo de busca e apreensão.
Por fim, ambiciona que “tanto a apelada quanto o apelante dividam o passivo e o ativo dos
bens que estavam em condomínio, levando-se em conta a impossibilidade jurídica de se
dispor, vender um bem que não é de propriedade dos ex-consortes”.
Nas contrarrazões (mov. 248.1), a apelada menciona, inicialmente, que após o acolhimento
dos Embargos de Declaração, que determinou o pagamento de aluguéis, bem como tributos e
eventuais multas, apesar de intimado, o apelante não se manifestou, precluindo o direito de
apelar deste tópico. Afirma que o imóvel, a motocicleta e o automóvel foram adquiridos e
quitados na constância da união conjugal. Defende a manutenção da sentença, pois os bens
sempre permaneceram na posse do apelante, a quem cabe arcar com débitos pendentes. Por
fim, pleiteia a aplicação de multa por litigância de má-fé.
É, em síntese, o relatório.
PROJUDI - Recurso: 0075210-91.2023.8.16.0014 - Ref. mov. 1.3 - Assinado digitalmente por Flavio Jesuino da Silva Peixoto:03347489926
16/11/2023: JUNTADA DE PETIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL. Arq: acordaoapelaçao
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Inicialmente, cabe destacar que não há interesse recursal no pleito de que os valores dos
aluguéis passem pela análise de um perito, uma vez que o magistrado de origem, ao analisar e
acolher os Embargos de Declaração, fixou que o valor dos alugueis será apurado através de
perito avaliador.
O apelante afirma que o imóvel é financiado, de forma que existiria apenas expectativa de
direito, tornando a alienação pretendida juridicamente impossível.
Extrai-se dos documentos acostados aos autos que o imóvel “Lote de Terras nº 10 da Quadra
nº 6, com área de 295,713 m², situado no Jardim Paraty, na cidade de Londrina, inicialmente
pertencia à JR Loteadora a Incorporadora S/S LTDA, sendo que em 20/04/2004 a autora
Jaqueline Magalhães Pires, promitente compradora, cedeu seus direitos e obrigações relativos
ao imóvel para Francisco Carlos de Vasconcelos e Maria Vilani de Vasconcelos (mov. 107.3).
PROJUDI - Recurso: 0037551-87.2019.8.16.0014 - Ref. mov. 32.1 - Assinado digitalmente por Claudio Smirne Diniz:21083
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quanto a financiamento ou algum valor pendente. Na ocasião, apresentaram o mesmo contrato
Apesar de o apelante afirmar que o imóvel ainda está financiado, não trouxe qualquer
Contudo, apesar de ocupar o imóvel (fato incontroverso), constar como um dos compradores
no contrato de mov. 117.3 e ser filho dos cessionários do contrato de mov. 107.3, nenhuma
documentação traz em abono à sua tese, ônus que lhe incumbia, conforme artigo 373, II do
CPC.
Dessa forma, conclui-se pelos documentos que constam nos autos que, apesar de pendente
registro de propriedade na matrícula do imóvel, esse pertence ao casal. Assim, diante do
acordado na ocasião do divórcio, deve ser vendido e dividido em partes iguais entre os
cônjuges.
Como o demandado está auferindo vantagem por um bem que não lhe pertence por inteiro,
pois incontroversa a ocupação do bem, correta a sentença que reconheceu o dever de
pagamento de alugueis pela fruição do imóvel.
Com relação à motocicleta, consta no documento de mov. 1.12 que, em 11/06/2016, estava
alienada fiduciariamente. Contudo, apesar de o apelante afirmar que a motocicleta está
financiada junto ao Banco Itaú, havendo parcelas em atraso e um processo de busca e
apreensão, nada comprovou do alegado. Assim, não é possível acolher a tese alegada, porque
desprovida de qualquer lastro probatório, pois o apelante não demonstrou o valor das parcelas
que estariam em aberto, tampouco anexou recibo do pagamento das parcelas quitadas, a fim
de demonstrar quem estava realizando o pagamento do financiamento após o divórcio. Ainda,
a última informação concreta que se tem nos autos é esta de 2019, sendo que atualmente não
se sabe a real situação do bem.
Litigância de má-fé
PROJUDI - Recurso: 0037551-87.2019.8.16.0014 - Ref. mov. 32.1 - Assinado digitalmente por Claudio Smirne Diniz:21083
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02/08/2023: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargador Claudio Smirne Diniz - 6ª Câmara Cível)
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Entretanto, dos autos não se vislumbra qualquer atitude, dentre as descritas no art. 80, do
Na hipótese dos autos é cabível a fixação de honorários recursais em favor dos procuradores
da parte apelada, nos moldes do que prevê o art. 85, § 11º, do CPC, tendo em vista que, em
consonância com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça no EDcl no REsp 1.573.573
/RJ, uma vez que na sentença recorrida foi prolatada na vigência do CPC/2015, foram fixados
honorários de sucumbência em favor da parte apelada e o presente recurso de apelação foi
parcialmente conhecido e, nesta parte, desprovido, o que possibilita a fixação de honorários
recursais nesta instância.
Nesses termos e em observância dos critérios do art. 85, § 2º, do CPC, bem como do
arbitramento de honorários advocatícios na sentença no percentual de 10% (dez por cento)
sobre o valor atualizado da causa, fixo os honorários recursais, em favor do procurador da
parte apelada, no percentual de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa.
3. DISPOSITIVO
O julgamento foi presidido pelo Desembargador Cláudio Smirne Diniz (relator), com
voto, e dele participaram Desembargador Robson Marques Cury e Desembargador
Renato Lopes de Paiva.
Relator