FA 12 - Fisica Atomica
FA 12 - Fisica Atomica
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2. Física atómica
A física atómica é o ramo da Física que se ocupa das interacções ao nível da electrosfera dos átomos.
A figura abaixo mostra um tubo de vidro contendo um gás no seu interior e munido de dois
eléctrodos com pólos contrários (cátodo e ânodo) e estabelecendo-se entre eles uma diferença de
potencial por uma fonte de energia externa.
Ao ligar a fonte externa, verifica-se que um feixe de electrões provenientes do pólo negativo (cátodo)
atravessa o tubo atraídos pelo pólo positivo (ânodo). A esse feixe de electrões denomina-se Raios
Catódicos
Raios catódicos são feixes de electrões que saem do cátodo para o ânodo devido a diferença de
potencial.
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Na medição da carga eléctrica do electrão bem como sua massa;
Nos aparelhos de televisão (O tubo de imagem é uma ampola de alto vácuo com certas
adaptações. Os raios catódicos incidem na superfície interna do vidro, que é revestida com
tinta fluorescente. Durante a descarga, a tela fica iluminada);
Na iluminação (a luz emitida pelas lâmpadas de sódio e de mercúrio resulta da descarga
eléctrica em tubos cilindros de vidro, contendo vapor de sódio e vapor de mercúrio como gás
residual e estando a baixa pressão).
Os electrões livres da superfície de um metal podem ser retirados do átomo de duas formas:
A figura mostra dois eléctrodos num balão de vidro do qual se retirou previamente o ar (fig. a). Num
dos eléctrodos, através de uma "janela" de quartzo, transparente não só para a luz visível como
também para a radiação ultravioleta, incidem os raios de luz.
Com o potenciómetro faz-se variar a diferença de potencial entre os eléctrodos, medindo-a por meio
de um voltímetro. O pólo negativo da pilha liga-se ao eléctrodo iluminado. Sob a acção da luz, este
eléctrodo emite electrões que, ao movimentarem-se no campo eléctrico, criam corrente eléctrica.
Quando o potencial é pequeno, nem todos os electrões atingem o outro eléctrodo. Se se aumentar a
diferença de potencial entre os eléctrodos e não se alterar o feixe de luz, a intensidade da corrente
aumenta, atinge o valor máximo e permanece constante.
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Figura 2a: Emissão de corrente fotoeléctrica num Figura 2b: a corrente fotoeléctrica aumenta
tubo de vácuo com o aumento da tensão, mas logo a seguir,
torna-se constante
A experiencia mostra que mesmo com ainda existe movimento de electrões entre os eléctrodos
e só cessa qundo se muda a polaridade da bateria porque os electrões ficam sujeitos a uma tensão
retardadora que os obriga a voltar para trás.
Todavia, existe um valor de tensão para o qual a energia cinética dos electrões arrancados da
superfície do cátodo é máxima, chamada tensão retardadora ou tensão de paragem que se
determina pela seguinte expressão:
As leis de efeito fotoeléctrico permitem – nos corresponder e determinar factores de que dependem os
números dos fotoelectrões emitidos por uma superfície metálica, a velocidade ou a energia cinética
dos mesmos.
2ª Lei do fenómeno fotoeléctrico – a energia cinética máxima dos electrões emitidos pelo cátodo é
independente da intensidade do feixe luminoso que incide sobre o cátodo e é directamente
proporcional à sua frequência.
3ª Lei do fenómeno fotoeléctrico – para um metal puro, a emissão fotoeléctrica inicia-se e termina
instantaneamente e só se produz se a frequência da radiação incidente for superior a um dado valor
denominado por frequência do limite fotoeléctrico ou limite vermelho do efeito fotoeléctrico.
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2.3.2. Equação de Albert Einstein para o efeito fotoeléctrico
Em 1900, o físico alemão Max Planck, propôs a ideia de que a luz é emitida por pequenos “pacotes” :
Teoria quântica da emissão da luz (teoria de Max Planck) – a emissão da luz é feita sob múltiplos
inteiros de igual porção de energia chamados quantum (fotões).
De acordo com Planck, os quanta (plural de quantum) de energia relacionam se com a sua frequência
da seguinte forma (equação de Planck):
Segundo Einstein é esta energia de uma porção de luz que permite realizar um trabalho de
arranque de um electrão no seio do metal e comunicar – lhe uma energia cinética, isto é,
Trabalho de arranque
Energia cinética
Os valores da frequência para os quais não ocorre a emissão fotoeléctrica localizam – se no intervalo
entre zero e (parte tracejada do gráfico).
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2.3.4. Equação e gráfico da tensão de paragem em função da frequência
Em 1895, o físico Alemão Wilherm Röntgen (1845 - 1923), verificou que num tubo de descargas
eléctricas a baixas pressões além dos raios catódicos são emitidos igualmente raios de natureza
diferente até então desconhecidos, susceptíveis de atravessarem inúmeros corpos opacos.
Posteriormente esses raios foram chamados raios x.
Raios X são ondas electromagnéticas cujo comprimento de onda se situa entre e que se
obtêm pela travagem dos raios catódicos a alta velocidade no impacto com o ânodo.
O aparelho usado para a obtenção dos raios X é constituído por dois eléctrodos aos quais se aplica
uma elevada tensão da ordem dos 50 a 200 kW.
Os electrões emitidos pelo cátodo, são acelerados pelo campo eléctrico de grande intensidade que se
forma no espaço entre o cátodo e o ânodo. Animados de uma elevada velocidade, chocam com o e
em consequência desse impacto são emitidos da superfície do alvo, os raios x que atravessam o
vidro e se propagam para o exterior.
A frequência máxima e o comprimento de onda mínimo dos raios X são determinados pela seguinte
equação:
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2.4.2. Propriedades dos raios X
Os raios X têm numerosas aplicações práticas na medicina, na técnica, na arte e noutras áreas do
conhecimento.
Na medicina, os raios X podem ser usados como meio de diagnóstico e de terapia. Como
meio de diagnóstico, os raios X podem ser usados na detenção de ossos partidos, investigação
de desordens respiratórias ou digestivas. Como meio de terapia os raios X podem ser usados
no tratamento de cancros malignos;
Na arte, os raios X são usados na verificação de imagens ocultas em pinturas antigas, estudo
da idade e técnicas usadas, bem como a investigação de obras falsas;
Na técnica, devido ao seu grande poder de atravessar corpos opacos, os raios X são usados na
detenção de imperfeições em peças, fissuras e outros defeitos de fabrico;
Na segurança dos aeroportos, portos e fronteiras os raios X para examinar as bagagens dos
passageiros (os objectos metálicos são mais opacos aos raios X, sendo por isso vistos por
contraste)
Nota: os raios X podem destruir tecidos vivos, razão pela qual se deve evitar que uma pessoa esteja
constantemente a ser radiografada.
O espectro dos raios X apresenta – se como um espectro continuo com uma série de picos. Na figura 6
estao apresentadas curvas obtidas a dois valores de ddp diferentes sendo .
O espectro contínuo dos raios X é devido à súbita desaceleração dos raios catódicos que não
produziram a ejecção de electrões (fotões) dos átomos do alvo metálico.
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Figura 6: Espectro dos raios X
Parte dos electrões que colidem com os átomos do alvo metálico, tendo adquirido energia suficiente,
deslocam um dos electrões interiores de um átomo do alvo metálico, por exemplo um da camada K. O
espaço vago ou lacuna é imediatamente ocupado por um dos electrões da camada L, M ou N. isso
ocorre com a diminuição da energia do átomo e com a emissão de um fotão de raios X.
Os picos de intensidade no espectro dos raios X têm características únicas para cada material usado no
alvo. Esses picos correspondem a transições electrónicas de electrões de níveis superiores para níveis
mais profundos do átomo deixados vagos após a colisão.
Para explicar a estabilidade do átomo, o cientista dinamarquês Niels Bohr (1885 - 1962) em 1913
formulou os seus postulados onde se defendia a ideia da quantização das órbitas circulares dos
electrões, ou seja, que os seus momentos angulares podiam assumir apenas os múltiplos de um certo
valor básico ( ).
Todo electrão ao passar de um estado estacionário para o outro, emiti ou absorve um quanto de
energia electromagnética. A emissão da radiação verifica-se no instante em que um dado electrão
passa de um estado estacionário com energia maior para o outro com energia menor e no caso
contrário, ele absorve.
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A frequência correspondente ao quanto que é emitido durante a transição de um estado estacionário
para o outro determina-se pela seguinte expressão:
Onde:
| |
3º Postulado
As ondas circulares estacionárias do átomo de hidrogénio podem ser determinadas pela seguinte
equação:
Onde;
massa do electrão
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O nível mais baixo de energia de um electrão denomina-se estado fundamental. Os restantes estados
energéticos acima do estado fundamental denominam-se estados excitados.
Pode encontra-se o valor de cada um dos estados de energia no átomo de hidrogénio através da
relação:
Para a mesma serie usam – se os índices para distinguir uma linha da outra.
Questionário
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21. Quando a radiação electromagnética incide em uma superfície metálica há a retirada de
electrões desta superfície. Esta ocorrência é denominada…
A. efeito Joule. B. efeito fotoeléctrico. C. interferência da luz. D. dispersão da luz.
28. Num salto quântico, um electrão emite uma quantidade de energia igual a 10,6 eV.
-15
Qual é, em Hz, a frequência da radiação emitida? ( )?
A 7,5 B 10 C 12,5 D 15
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