TCC1 - Emmanuelli
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RESUMO:
Palavras-chave: Alfabetização. Pandemia. Educação.
1 INTRODUÇÃO
O professor precisou, nesse contexto, ser capaz de focar seus alunos no que
era importante no momento, e por estes motivos os recursos tecnológicos foram tidos
enquanto uma peça fundamental nesse contexto, envolvendo a continuidade das
ações educacionais e tecnológicas nas salas de aula para além do imaginável antes
desse momento. (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2009)
Para Demo (2008) o professor teve que mudar a forma de mediar o ensino de
língua portuguesa, utilizando os mais variados recursos, pois apenas a leitura nos
livros não era suficiente, foi preciso usar os diversos meios e recursos existentes,
como também despertar a curiosidade, explorando os sentidos, a sensibilidade de
forma lúdica em um espaço de criatividade, exercícios de imaginação, criatividade,
alegria e prazer.
Foi imprescindível que este se apropriasse de novas ferramentas tecnológicas,
criando aulas atrativas para que seus alunos tivessem total interesse em aprender, na
busca pela construção de uma educação para a diversidade. Para o mesmo, na
atualidade ensinar exige múltiplas ações e conhecimentos, que se ampliaram devido
ao intenso contato com as TICs.
Conforme aponta Luiz (2020) a pandemia de Coronavírus fez com que as
escolas se esforçassem para repensar a maneira como ofereciam educação, com o
objetivo de atender às crianças de forma mais eficaz, sem interromper o processo de
alfabetização.
Nesse contexto, diversos fatores impactaram e tem deixado resquícios no
processo de alfabetização atual, incluindo a qualidade das práticas educativas, a
dificuldade de acompanhamento por parte das famílias, a escassez de recursos
tecnológicos como computadores, laptops e tablets (para professores e estudantes),
bem como a falta de habilidades no uso de ferramentas digitais, entre outros desafios.
Conforme aponta Luiz (2020), dados reiteram que nesse período e ainda no
pós pandêmico, a alfabetização enfrentou e tem enfrentado desafios significativos
como a falta de acesso equitativo à tecnologia e à internet, recursos adequados para
participar das aulas virtuais e das atividades de alfabetização, a falta de motivação
pessoal e familiar das crianças, agravando as disparidades no aprendizado.
Além disso, a ausência do ambiente escolar tradicional afetou a interação social
e a motivação das crianças para aprender a ler e escrever. A falta de contato direto
com professores e colegas de classe reduziu as oportunidades de prática e retorno,
tornando mais desafiador o desenvolvimento das habilidades de alfabetização ainda
no cenário vigente.
Conforme mencionam Bof; Basso e Santos (2022), em meio ao estresse e
incerteza causados pela pandemia, muitas crianças também enfrentaram dificuldades
emocionais que afetaram sua capacidade de concentração e aprendizado, agravando
ainda mais os obstáculos na jornada da alfabetização.
O fato é que, até nos dias atuais em meio a um período de desafios e
adaptações, os dados indicam as inúmeras consequências desse cenário pandêmico,
que ampliou as disparidades educacionais preexistentes e criou novos desequilíbrios
nesse importante processo.
Sob essa ótica, as autoras enxergam as crianças como sujeitos ativos que não
apenas absorvem passivamente o conhecimento, mas que também buscam
ativamente compreender a linguagem escrita.
Essa abordagem pedagógica ressalta a importância na atualidade de vencer
aspectos tradicionalistas no ensino. Elas reiteram que é preciso envolver as crianças
em atividades que façam sentido para elas, permitindo que explorem a escrita de
maneira autêntica e relevante para seu desenvolvimento linguístico e cognitivo.
As demandas atuais preveem a criação de ambientes de aprendizagem mais
inclusivos e eficazes, nos quais as crianças são incentivadas a explorar a escrita de
forma ativa e engajada. Isso implica levar em conta as vivências individuais das
crianças e adaptar o ensino para atender às suas necessidades específicas, tornando
o aprendizado da língua escrita um processo significativo e enriquecedor.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das abordagens aqui discutidas, conclui-se que a alfabetização pós-
pandêmica enfrenta uma série de desafios cruciais, pois a educação foi
profundamente afetada pelo contexto de isolamento social, aprendizado remoto e
interrupções nas rotinas escolares. Para superar esses obstáculos, é imprescindível
reconhecer as lacunas de aprendizado que se aprofundaram durante esse período e
adotar abordagens pedagógicas inovadoras e flexíveis.
Foi visto que é essencial abordar a questão das disparidades já existentes, com
estudantes diversos e suas dificuldades de acesso à tecnologia e recursos
educacionais. A alfabetização pós-pandêmica deve se concentrar em garantir que
todos os estudantes tenham acesso igualitário à educação, por meio de iniciativas que
ofereçam dispositivos e conectividade, bem como apoio adicional e melhorias em
processos mais dinâmicos.
Além disso, os educadores enfrentam o desafio de abordar as lacunas de
aprendizado que se aprofundaram durante a pandemia. A individualização do ensino
torna-se ainda mais importante, permitindo que os professores busquem conhecer as
fases do processo alfabetizador e associam suas ações ao letramento.
Conforme destacado, existem processos interligados para que o estudante se
aproprie da escrita, e isso prevê práticas de alfabetização que sejam envolventes, pois
os educadores devem incorporar estratégias que tornem a aprendizagem mais
interativa e acessível.
Ficou relatado que é crucial reconhecer que a alfabetização não se limita à
leitura e escrita, mas abrange habilidades críticas de pensamento e comunicação. Em
suma, a alfabetização pós-pandêmica é um desafio complexo que requer uma
abordagem multifacetada.
Logo, torna-se fundamental abordar as desigualdades de acesso, fornecer
apoio individualizado, considerar o bem-estar emocional dos estudantes, incorporar a
tecnologia de forma eficaz e expandir a noção de alfabetização para incluir habilidades
críticas.
4 REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto legislativo nº 6 de 20 de março de 2020. Reconhece, para os fins do art. 65 da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública, nos termos
da solicitação do Presidente da República encaminhada por meio da Mensagem nº 93, de 18 de março
de 2020. Brasília, DF.
BOF, Alvana Maria; BASSO, Flavia Viana; DOS SANTOS, Robson. Impactos da pandemia na
alfabetização das crianças brasileiras. Cadernos de Estudos e Pesquisas em Políticas
Educacionais, v. 7, 2022. Disponível
em:<TRABALHO_COMPLETO_EV180_MD1_ID1074_TB264_22112022092623.pdf
(editorarealize.com.br)>. Acesso em: 20 de set. de 2023.
DEMO, Pedro. Habilidades do século XXI. Boletim Técnico do SENAC, v. 34, n. 2, p. 4-15,
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de 2023.
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre, Artes Médicas,
1999.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
LUIZ, Silvania Sousa Felipe. Alfabetização na pandemia: realidades e desafios. 2020. Disponível
em:<Repositório Institucional da UFPB: Alfabetização na pandemia: realidades e desafios>. Acesso em
15 de set. de 2023.
MAINARDES, Jefferson. Alfabetização e prática pedagógica: trajetórias & vivências. Editora CRV,
2021.
MALUF, Maria Regina; MARTINS, Cláudia Cardoso. Alfabetização no século XXI: Como se aprende
a ler e a escrever. Penso Editora, 2013.
MEC. PORTARIA MEC Nº 343, DE 17 DE MARÇO DE 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas
presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus
- COVID-19.
MORAN, J.M.; MASETTO, M.T; BEHRENS, M.A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 15ª
Ed. Campinas: Papirus, 2009.
MORAIS. Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2012