TEXTO A USAR Da Primeira Opçao de Orientador 2

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DOI: 10.

53660/CONJ-649-709

Políticas educacionais na Amazônia: reflexão acerca das políticas para


o ensino médio da escola pública na região tocantina e Vale do
Acará/PA

Educational Policies in the Amazon: Reflection on policies for public high school
education in the region of Tocantins and Vale do Acará/PA

Fahid da Costa Kemil1*, Afonso Welliton de Sousa Nascimento 12, Alexandre Augusto
Cals e Souza 2¹

RESUMO
O artigo busca responder como as políticas públicas de educação têm refletido sobre o Ensino Médio (EM)
no município de Abaetetuba/PA? Partindo da discussão de Políticas Públicas de Educação, verificando a
Lei de Diretrizes e Bases, o Plano Nacional de Educação e o Plano Estadual da Educação. Fazendo a relação
com o EM a partir da bibliografia utilizada e de entrevistas realizadas com oito pessoas, sendo quadro delas
professores e quatro alunos do Ensino Médio de duas escolas públicas. O objetivo desde estudo consiste
em identificar o reflexo das políticas públicas educacionais, mais especificamente do EM em escolas
públicas estaduais. A partir das entrevistas realizadas foi possível identificar que os alunos vêm tendo
dificuldades em relacionar os conteúdos abordados em sala de aula com a realidade em que vivem. Na visão
dos professores são identificados três perfis de escolas no município de Abaetetuba, as que buscam apenas
aprovação em vestibulares, as que visam, além disso, o trato de conhecimentos culturais e as que apenas se
preocupam em transmitir conteúdos em sua maioria descontextualizados.

Palavras-chave: Educação na Amazônia; Ensino Médio; Políticas Públicas Educacionais.

ABSTRACT
The article seeks to answer how public education policies have reflected on High School (EM) in the city
of Abaetetuba/PA? Starting from the discussion of Public Education Policies, verifying the Law of
Directives and Bases, the National Education Plan and the State Education Plan. Making the relationship
with the EM from the bibliography used and from interviews with eight people, including teachers and four
high school students from two public schools. The objective of this study is to identify the reflection of
public educational policies, more specifically of EM in state public schools. From the interviews carried
out, it was possible to identify that students have been having difficulties in relating the contents covered
in the classroom with the reality in which they live. In the view of the teachers, three profiles of schools in
the municipality of Abaetetuba are identified, those that seek only approval in entrance exams, those that
aim, in addition, to deal with cultural knowledge and those that are only concerned with transmitting mostly
decontextualized content.

1
Universidade Federal do Pará- UFPA
*E-mail: alexandre@ufpa.br

Conjecturas, ISSN: 1657-5830, Vol. 22, Nº 3


Keywords: Education in the Amazon; High school; Public Educational Policies.

INTRODUÇÃO
No Brasil é possível verificar diferenciações no ensino de acordo com o grupo
social, as escolas que atendem os setores populares pelas condições infraestruturais
oferecidas, nem sempre conseguem manter a qualidade desejada. A educação é direito de
todos, mas vem sendo tratada como privilégio de alguns, segundo Simões (2011), ocorre
a distribuição desigual do capital simbólico da escola. O que justifica o interesse de maior
compreensão sobre a temática estudada. Ela tende a se expandir com funções mais
voltadas às formas tradicionais de regulação. O capitalismo precisa da escola por razões
ideológicas e econômicas, mas se recusa a mudar a função social dessa instituição.
A pesquisa busca responder como as políticas públicas de educação têm refletido
sobre o Ensino Médio no município de Abaetetuba/PA? Partindo da discussão de Políticas
Públicas de Educação e Ensino Médio, verificando a Lei de Diretrizes e Bases, o Plano
Nacional de Educação e o Plano Estadual da Educação. Fazendo a relação com o Ensino
Médio a partir da bibliografia utilizada e de entrevistas realizadas com oito pessoas, sendo
quatro professores(as) e quatro alunos(as) do Ensino Médio de duas escolas públicas de
Abaetetuba. Onde quatro dos sujeitos são de uma escola e as outras quatro da segunda
escola, tanto docentes quanto discentes.
O objetivo deste estudo consiste em identificar a relação das políticas públicas
educacionais, mais especificamente com o Ensino Médio em escolas públicas no
município de Abaetetuba, a partir de uma revisão bibliográfica e de entrevistas
semiestruturadas com os informantes da pesquisa. Sendo relevante no sentido de outros
olhares, acerca da temática além de fomentar o debate sobre o assunto.
A proposta, para Simões (2011) é de unidade entre os aspectos manuais e
intelectuais no Ensino Médio, envolvendo o exercício das mãos e da mente, não havendo
a limitação da escola aos interesses imediatos, utilitários e pragmáticos, mas, com
proposições a refletir, pensar e compreender as determinações da vida social e produtiva,
articulando o trabalho, a ciência e a cultura, visando à emancipação humana.

2 BREVE REFLEXÃO SOBRE ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS


É relevante considerarmos a diferenciação entre as nomenclaturas Estado e
Governo. Segundo Hofling (2001), o Estado é um conjunto de instituições permanentes

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(órgão legislativos, tribunais, exército e outras) que possibilitam a ação do governo. Esse
último é o conjunto de programas e projetos que parte da sociedade, propondo para a
sociedade como um todo, caracterizando-se como a orientação política de um dado
governo que assume e desempenha as funções de Estado num determinado período.
Os neoliberais não defendem a responsabilidade do Estado em relação ao
oferecimento de educação pública a todo cidadão, de forma padronizada e universal,
Hofling (2001). Segundo a autora, a centralização na escolaridade, trouxe unidades
maiores, reduzindo a capacidade dos consumidores de escolher e aumentando o poder dos
produtores. As teorias neoliberais propõem que o Estado transfira suas responsabilidades
para o setor privado, então as famílias teriam o direito de livre escolha sobre a educação
desejada para seus filhos, estimulando a competição entre os serviços oferecidos no
mercado. Portanto, a educação como produto mercadológico
Tem sido mais comum no Brasil a reivindicação de iniciativas governamentais na
área da educação, em especial para que sejam desenvolvidas como políticas públicas de
Estado. De acordo com Simões (2011), o conceito mais adequado de política pública,
propõe a ideia de Estado e não de governo. Havendo conceitos polissêmicos para o termo
“política pública”, onde este engloba o sentido de uma ação com os objetivos e meios
para sua realização.
Ao se falar em políticas públicas, era pensado em uma intervenção do Estado
numa situação social problemática. Entretanto, como afirma Simões (2011), toda política
pública é uma intervenção estatal, havendo a necessidade de incorporar a esse conceito o
que resulta da interação e do conflito entre a concepção de Estado e as necessidades
exigidas pela sociedade civil.
São várias as fases das políticas públicas educacionais, segundo Simões (2011), a
identificação da questão, formulação, autorização, implementação, monitoramento e
avaliação. Todas essas fases envolvem diversos personagens. Tendo quatro diferentes
ângulos e elementos de observação das políticas públicas, como coloca o autor: teoria,
práticas e resultados; atores interesses e regras; custos, suporte e financiamentos; saberes,
valores e linguagens. Componentes que refletem efetivamente nas políticas educacionais
em especial nas voltadas ao Ensino Médio.

3 POLÍTICAS EDUCACIONAIS E ENSINO MÉDIO

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O Ensino Médio faz parte da educação básica, situado entre o nível fundamental
e o superior. Essa denominação sofreu muitas variações ao longo do tempo e das políticas
públicas da educação brasileira. Segundo Lima et al (2009), na lei 4.024/61, a
denominação era Educação de Grau Médio ou Ensino Médio, dividida em dois ciclos,
Ginasial e Colegial. O ginásio tinha suas duas primeiras séries com oito disciplinas,
dessas, uma ou duas eram optativas. A terceira série era embasada em um currículo
pautado em aspectos históricos, linguísticos e literários. Já o colegial tinha um currículo
mais diverso, objetivando a preparação para cursos superiores, tendo de quatro a seis
disciplinas.
Com a reforma de 1971, sob a Lei 5.692, as escolas passaram a priorizar a
formação técnica, o Ensino Médio recebeu o nome de “2º Grau”, mantendo-se com essa
estrutura até a publicação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº 9.394/96, como afirma
Lima et al (2009). Segundo os autores, um fato curioso dessa formação foi o não
atendimento aos objetivos propostos, uma vez que não foi desenvolvido o gosto pela
cultura e também não houve a formação de técnicos capacitados para o mundo do
trabalho.
A partir da publicação da LDB, esse nível de ensino passou a ser chamado de
Ensino Médio. Em seu Artigo 35 o Ensino Médio é caracterizado como a etapa final da
educação básica, tendo a duração mínima de três anos e as finalidades de preparar o
educando para prosseguir os estudos em nível técnico ou superior, além de objetivar a
preparação básica para o trabalho e para a cidadania, formação ética, desenvolvimento da
autonomia intelectual, pensamento crítico, o entendimento dos fundamentos científico-
tecnológicos dos processos produtivos; compondo um currículo que aborde a educação
tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes, assim
como os conhecimentos acerca do processo histórico, das transformações sociais e
culturais, tendo a língua portuguesa como instrumento de comunicação. Além disso, o
Ensino Médio também pode formar o educando para o exercício de profissões técnicas.
O Ensino Médio no Brasil tem sido considerado um nível de difícil enfrentamento,
segundo Simões (2011), devido à sua concepção, estrutura, forma de organização,
mediação e à particularidade de atender à juventude. Ele vem com duas propostas,
preparar para a continuidade dos estudos e para o mundo do trabalho, no projeto
capitalista de sociedade, dentro de determinadas ralações sociais.

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Na contramão a essa concepção, o conceito de politecnia, pensado por Gramsci
(2006) vem agregar a escola ao trabalho, propondo fundamentos científicos de diferentes
técnicas relacionadas ao trabalho moderno, à união entre instrução intelectual e trabalho
produtivo. Para o melhor desenvolvimento das questões culturais e educacionais, é
necessária a superação dessa proposta dual de educação, na visão de Simões (2011). Não
basta apenas reivindicar mais educação para os trabalhadores, mas a busca se estende a
um tipo de escola novo, com perspectivas de transformação social.
Se faz necessária a definição da identidade do Ensino Médio, sendo esse, a etapa
final da educação básica, tendo no trabalho um princípio educativo e não uma adaptação
à organização produtiva. Para Simões (2011) as dimensões constituintes dessa identidade
devem ser: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. Pautado na universalização de um
Ensino Médio de qualidade de cultura geral e ampla, articulando conhecimentos e saberes
da ciência, tecnologia, cultura e do trabalho.

4 LEGISLAÇÃO NACIONAL E O ENSINO MÉDIO


Políticas Públicas são entendidas como o Estado implantando um projeto de
governo, na visão de Hofling (2001), por meio de programas e ações voltadas para setores
específicos da sociedade. Para a autora a educação é tida como uma política pública
social, de corte social, de responsabilidade do Estado, a qual não é pensada apenas por
seus organismos.
A partir de 1985, com a redemocratização da sociedade brasileira, surgiu um
movimento que revisou suas instituições e leis, resultando na Assembléia Nacional
Constituinte. A Constituição Federal, de 1988, acarretou em mudanças nos direitos civis
como a educação, exigindo reformas. Então, um tempo de debate e resistência na
elaboração da Carta Magna, de certa forma, participativa, com um certo grau de
envolvimento pela sociedade organizada. Nesse contexto, a ideia de uma Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB) com princípios populares, seria a tônica inicial.
Com ela, viriam as propostas de politecnia no Ensino Médio. Entretanto, a ala
conservadora do Congresso Nacional conseguiu atrasar a aprovação dessa lei e quando
tiveram a presença de um eixo político favorável, veio a ideia de outro projeto, o qual
valorizava muito mais a educação profissional, na perspectiva neoliberal, passando a
dominar o Estado a partir de 1990.

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A LDB (Lei nº 9.394, de 1996) estabelece a identidade do Ensino Médio como
uma etapa de consolidação da educação básica, aprimorando o educando como ser
humano, retrata a continuidade e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, oferecendo a preparação básica para o trabalho e a cidadania. Assim,
de acordo com Simões (2011) o governo centrou sua ação na integração do Ensino Médio
com a educação profissional, sem propor um ensino não profissionalizante, de interesse
dos trabalhadores e da juventude em geral.
A LDB define e regulariza o sistema de educação brasileiro, com base nos
princípios presentes na Constituição Federal de 1988. Segundo Lima et al (2009), a
primeira LDB foi criada em 1961, seguida por uma versão em 1971, que vigorou até o
estabelecimento da mais recente, em 1996. Essa lei é composta por diretrizes, indicativa
e não resolutiva das questões educacionais. Essas diretrizes fazem relação com o artigo
210 da Constituição Federal de 1988. A Resolução número 2, de abril de 1998, da Câmara
de Educação Básica, apresenta as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), como
diretrizes de base descritas pela Carta Magna Brasileira, sendo essa, matéria-prima da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Segundo Lima et al (2009), para o
funcionamento das redes escolares, é necessária a união das ações do texto constitucional
e do contexto da LDB. A partir dessa realidade surgem a política e os planejamentos
educacionais no intuito de estabelecer um funcionamento independente e harmônico.
O Artigo 36 da LDB trata as diretrizes do currículo do Ensino Médio destacando
a Educação Tecnológica Básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das
artes, o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura e tendo a língua
portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da
cidadania. Esse artigo também propõe o uso de metodologias de ensino e avaliação que
estimulem a iniciativa dos estudantes, além da inclusão de uma língua estrangeira
moderna como disciplina obrigatória escolhida pela escola e uma segunda, em caráter
optativo. Essas metodologias e avaliações devem proporcionar ao aluno, no final do
curso, domínio dos princípios científicos e tecnológicos da produção moderna do
conhecimento. Conhecimentos sobre as formas contemporâneas de linguagem, saberes
sociológicos e filosóficos necessários ao exercício da cidadania:

§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão


organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando
demonstre:

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I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia
necessários
ao exercício da cidadania.( LDB, Lei Nº 9.394/1996.)

A Lei 13.005 de 25 de junho de 2014 aprova o Plano Nacional de Educação (PNE


2014), o qual descreve diretrizes e metas para a educação no Brasil, estabelecendo o prazo
de dez anos para a sua realização, ou seja, são metas para serem realizadas em até dez
anos e assim vai ocorrendo sua atualização. Entre as principais metas podemos citar a
melhoria da qualidade do ensino e a erradicação no analfabetismo. Sobre o Ensino Médio
é possível observar na terceira meta do referido Plano a intenção em universalizar o
atendimento escolar, elevando a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio:

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a


população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do
período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino
médio para 85% (oitenta e cinco por cento). (PNE, 2014).

A meta 3 do Plano Nacional trata sobre a universalização, até 2016, do


atendimento escolar para a população com idade entre 15 e 17 anos, visando elevar até
2024, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85%. Para a concretização de
tal meta existe a necessidade de uma política clara com o intuito de garantir o acesso e
permanência à educação com qualidade. Atualmente, ainda não houve a universalização
do atendimento escolar, o caminho é mais longo e complexo devido às enormes disputas
que marcam a concepção de juventude, as diferentes realidades em que se encontram os
jovens, suas expectativas e as possibilidades de oferta de oportunidades educacionais pelo
poder público. Todos esses aspectos interferem no acesso, assim como na adequação
série-idade dos jovens, sendo desafios para os próximos anos. As medidas adotadas até
então pelo governo tem sido insuficientes diante das dificuldades encontradas no eixo do
acesso e permanência à educação com qualidade no Ensino Médio brasileiro.
Em sua sétima meta é tratada como proposta melhorar a qualidade da educação
básica, visando elevar os níveis do IDEB: “Meta 7: fomentar a qualidade da educação
básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da
aprendizagem” (PNE, 2014). Já em sua oitava meta a intenção é de elevar a escolaridade
média da população com idade entre 18 e 29 anos, em especial nas regiões de menores
índices de escolaridade, igualando a escolaridade média entre as populações:

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Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29
(vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de
estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do
campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e
cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre
negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE. (PNE, 2014).

A meta 11 visa triplicar as matrículas da educação profissionalizante de nível


médio, garantindo a qualidade de oferta. É uma meta importante, porém não estabelece
prazos nem meios que permitam seu monitoramento e avaliação. Ao se falar em expansão
profissional e técnica é preciso pensar a ação da rede pública, a manutenção do processo,
a interiorização e democratização para que todos tenham esse direito garantido
independente da localidade, condição social, atendimento especial e outros. Todos têm
esse direito e ele deve ser garantido. Além disso, é perceptível a necessidade em ampliar
os debates sobre as políticas e processos formativos presentes nesse processo.
Políticas voltadas para a educação e aqui, mais especificamente voltadas ao EM
devem envolver debates com pesquisadores professores, gestores, redes e sistemas,
pessoas inseridas nesse processo e nessa realidade, estudiosos da área. Existe a
necessidade de envolver sua participação de forma democrática e transparente. Não é
reduzindo o currículo que se resolve o problema, como afirma Dourado (2017), assim
fazendo pode haver a negação do direito a múltiplas oportunidades formativas e à
formação básica comum, reforçando a desigualdade no âmbito das desigualdades
educacionais. Algumas das dificuldades já sinalizadas envolvem a falta de estrutura e
recursos. Diversos municípios brasileiros apresentam apenas uma escola pública com
oferta ao Ensino Médio, com turno triplo, além disso, vários professores não possuem
formação na área em que lecionam. Esses são alguns dos fatores que inviabilizam, na
maioria dos municípios a garantia do ensino, a oferta de educação integral e outros. Por
não haver a estrutura necessária para a garantia da proposta.
Para a concretização das metas e a superação de algumas das dificuldades
presentes no EM, é fundamental considerar a interdisciplinaridade, a inovação, a relação
entre teoria e prática e currículos que organizem de forma equilibrada e diversificada os
conteúdos, articulando-os em diferentes contextos. A política de EM precisa considerar
as questões curriculares específicas, os aspectos voltados à infra estrutura, os objetivos, a
profissionalização docente, assim como, as diversidades sociais. Dessa forma, existem
grandes desafios para o cumprimento das metas até o prazo estabelecido, pois, muitos
passos precisam ser dados ainda.

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As lutas sobre as políticas públicas, inclusive a defesa ao Plano Nacional de
Educação, envolvem a organização e mobilização da sociedade civil na busca da
superação da lógica histórico política brasileira, a qual é limitada nos aspectos estruturais,
políticos, econômicos, culturais e pedagógicos, como afirma Dourado (2017). Durante a
história da educação brasileira vem ocorrendo diversas disputas de projetos com distintas
concepções sobre o papel do Estado e do planejamento, havendo diferentes visões
políticas e pedagógicas refletindo em vários campos da educação, como no financiamento
e nos processos de gestão. A partir da polarização entre os adeptos ao ensino público e os
adeptos do ensino privado, o uso e a compreensão do fundo público tem sofrido
argumentos éticos e políticos.
A falta de um sistema nacional de educação institucionalizado, a existência de
políticas e planejamento descontinuados, a falta de cooperação entre a União, os estados,
o Distrito Federal e os municípios, são fatores que dificultam os meios de acesso e
garantia à educação. Levando a discussões tardias sobre a concretização de planos
nacionais e/ou setoriais que, de acordo com Dourado (2017), estão em debate desde a
década de 1930.

5 A EDUCAÇÃO PARAENSE A PARTIR DO PLANO ESTADUAL DE


EDUCAÇÃO

O Plano Estadual de Educação (PEE), desenvolvido no estado do Pará, tem


vigência de dez anos, visa articular as políticas educacionais com as políticas sociais, em
especial as culturais; considerar as necessidades específicas da população do campo e das
comunidades indígena e quilombolas, garantir a equidade educacional e a diversidade
cultural; possibilitar o atendimento das necessidades específicas na educação especial em
todos os níveis, etapas e modalidades e fazer articulações interfederativas para a
implementação de políticas educacionais. Em seu Artigo 1º são esclarecidas suas
estratégias:

I - articulação das políticas educacionais com as demais políticas


sociais, particularmente as culturais;
II - consideração com as necessidades específicas das populações do
campo e das comunidades indígenas e quilombolas, asseguradas a
equidade educacional e a diversidade cultural;

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III - garantia do atendimento das necessidades específicas na educação
especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os
níveis, etapas e modalidades;
IV - promoção da articulação interfederativa na implementação das
políticas educacionais. (PNE, Lei N° 8.186, de 23 de junho de 2015)

O PEE em seu Artigo 2º trata sobre suas diretrizes, como é possível observar a
seguir:

I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na
promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de
discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do
Estado;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e
equidade;
IX - valorização dos profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à
diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Assim, o Plano Estadual de Educação é composto por metas e estratégias que


visam sua realização e cumprimento no prazo de dez anos, uma década. Visando a oferta
de ensino a todos com igualdade e qualidade, promovendo o respeito e o atendimento aos
direitos da população. Tem vigência de dez anos, contados a partir de sua publicação, em
junho de 2015. O Plano trata sobre dificuldades que são encontradas diariamente nos
diversos municípios do estado do Pará. Porém muitas vezes a realidade parece estar em
curso contrário às proposições legislativas, onde ainda é visível a desvalorização do
profissional da educação e a falta de investimentos na área.

6 REALIDADE EDUCACIONAL E O ENSINO MÉDIO


Segundo a LDB, lei 9394/96 o Ensino Médio é um processo da educação básica
para o exercício da cidadania, para o acesso às atividades produtivas e para o
prosseguimento nos níveis mais elevados de estudos. Em seu Artigo 22 a LDB coloca que
a educação básica tem como finalidade desenvolver o educando, garantindo a ele

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formação cidadã e meios para progredir no trabalho e prosseguir nos estudos. De acordo
com Carmo (2013) sobre as vagas em universidades publicas os cursos de maior
concorrência tem predominância de alunos provenientes do Ensino Médio em escolas
particulares. Já os cursos menos concorridos, têm um número maior de alunos oriundos
de escolas públicas. Em termos de aprovação escolar, também é verificado um índice
maior de aproveitamento nas escolas particulares. E os percentuais de repetência e
abandono tem sido maiores em escolas públicas. A evasão escolar, segundo Carmo
(2013), é maior em escolas públicas. A carga horária em sala de aula também costuma
ser maior em escolas particulares, comparadas às privadas. Embora haja certa
similaridade de qualidade de ensino em ambas as redes.
Os mapas abaixo trazem alguns dados sobre a Educação Básica, mais
especificamente o Ensino Médio no Brasil em 2014:

Mapa 1: Educação básica 2014

Fonte: IBGE, 2021.

Mapa 2: Educação básica 2014

73
Fonte: IBGE, 2021.

A partir dos Mapas 1 e 2 é possível identificarmos a taxa de distorção idade-série


no Ensino Médio, assim como a taxa de abandono escolar nesse nível de ensino. Onde as
taxas de distorção idade-série variam de 14,50% a 51,70% entre os estados brasileiros. O
estado do Pará se encontra com a maior taxa, de 50,01% a 51,70%. A taxa de abandono
escolar varia de 3,20% a 16,10% entre os estados brasileiros, onde também o estado
paraense está com a maior taxa, de 14,01% a 16,10%.

Mapa 3: Educação Básica 2014.

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Fonte: IBGE, 2020.

O Mapa 3 traz uma análise sobre o quantitativo brasileiro da população sem


instrução. Ao se falar sobre a população de 25 anos de idade ou mais, sem instrução ou
com menos de um ano de estudo, o percentual varia de 6,70% a 26,10% entre os estados
brasileiros. Sendo de 10,01% a 15% no estado do Pará.
Uma falha do sistema regular de ensino pode-se dizer que seja a
descontextualização dos saberes e a dificuldade de contextualizá-los e trazê-los para a
realidade do aluno. Segundo Carmo (2013) a partir das décadas de 1960 e 1970, com o
elevado desenvolvimento da industrialização do país, a política educacional priorizou a
capacitação de mão de obra mecanizada para a produção.
O problema da cobertura do Ensino Médio persiste segundo Melo e Duarte (2011)
é o alto índice de jovens que estão fora da escola, especialmente aqueles com idade acima
de 14 a 17 anos. Foram adotadas iniciativas supostamente voltadas para a melhoria do
Ensino Médio, dentre as quais as autoras citam: a responsabilidade da oferta prioritária
foi transferida para os estados, foi modificada a estrutura e relação com a educação
profissional, foi introduzido o currículo por competências e a avaliação em larga escala,
passando a ser usada como forma de ingresso no nível superior e outras. Entretanto,
segundo as autoras, essas medidas não foram suficientes para a ampliação da cobertura
nem para a melhoria da qualidade do ensino oferecido.

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Seria interessante que o Ensino Médio tivesse uma política específica que o
conduza além da mera intervenção na formação, como afirma Pereira (2008), mas
considere os direitos dos sujeitos enquanto cidadãos. No estado do Pará o desafio é a
efetivação de políticas que visem além da inserção de jovens com idade entre 15 e 17
anos no Ensino Médio, mas também a sua permanência e continuação dos estudos,
segundo Pereira (2008), por meio da criação de uma rede de escolas com a possibilidade
de desenvolver um currículo que atenda às necessidades dos alunos.

7 POLÍTICA EDUCACIONAL DO ENSINO MÉDIO REFLEXOS EM ESCOLAS


PÚBLICAS NO MUNICÍPIO
Para a melhor compreensão da situação atual do Ensino Médio no município de
Abaetetuba, foram realizadas oito entrevistas com quatro alunos de duas escolas públicas
e quatro professores sendo quatro de cada uma das escolas. Assim, foi possível identificar
a relação entre as políticas públicas de educação para o Ensino Médio e a realidade atual
nas respectivas escolas públicas que oferecem esse nível de ensino.
A partir das entrevistas realizadas com as professoras foi possível observar que
algumas escolas de Abaetetuba têm foco na preparação para o vestibular, outras para o
desenvolvimento cultural além da preparação para o vestibular e ainda há escolas que se
preocupam apenas com a transmissão de conteúdos. Em resposta à primeira pergunta,
sobre os objetivos demonstrados no Ensino Médio, pelas escolas e como eles se aplicam,
na visão de uma das professoras entrevistadas: “O Ensino Médio em Abaetetuba vem
mostrando hoje três perfis de escolas, as que visam a preparação para o vestibular,
conhecimentos gerais e culturais além dessa preparação e as que buscam a mera
transmissão de conteúdos” (PROFESSORA A). A segunda entrevistada mencionou como
principais objetivos no Ensino Médio em Abaetetuba os mesmos pontos relatados pela
primeira e acrescentou: “Atualmente trabalho em duas escolas públicas aqui no
município, uma busca a preparação dos alunos para a aprovação em vestibulares, a outra
busca o desenvolvimento dos conteúdos planejados” (PROFESSORA B). A entrevistada,
assim como a anterior, fez um relato geral sobre o município, pois, ambas tem acesso a
informações de várias escolas: “Na verdade em ambas as escolas que trabalho
dificilmente conseguimos cumprir com o planejamento, as vezes chegamos ao final do
ano sem termos estudado a metade do esperado [...]”(PROFESSORA A). Ainda, para
ambas, citam como possível causa para a dificuldade em cumprir o planejamento: “[...]

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são feriados, eventos, greves, problemas na escola, falta de material, falta de
investimentos... E isso é comum em outras escolas também” (PROFESSORA B). Ambas
as professoras relataram que poucas instituições de ensino apresentam estruturas como
laboratório de informática ou multidisciplinar.
Quando vamos as vozes dos discentes, ao serem perguntados sobre seus
objetivos e perspectivas quanto ao seu estudo no Ensino Médio, os alunos relataram ter
foco em: obter aprovação em universidades públicas ou cursos técnicos (dois alunos) e
na busca de emprego (dois alunos). Em resposta à pergunta um dos alunos informou: “Eu
quero melhorar de vida, ajudar minha família e preciso de um bom emprego, aí tem que
estudar né?” (ALUNO A).

Objetivos quanto aos estudos no


Ensino Médio

Aprovação em vestibulares
ou cursos técnicos
Busca por um emprego

Ao serem perguntadas sobre os conhecimentos ministrados em sala de aula as


professoras relataram que é difícil a relação com a realidade dos alunos, os conteúdos são
descontextualizados. Uma delas afirmou: “São trabalhados conteúdos engessados, pouco
voltados ao cotidiano dos alunos, ao que eles vivem” (PROFESSORA C). Ou seja, os
conteúdos estão sendo desenvolvido sem atender ao contexto histórico, social e
econômico do público ao qual se aplica, deixando de atender às reais necessidades dos
estudantes. Se torna difícil para os alunos perceberem a aplicação desses assuntos
estudados em sala de aula, visualizar sua origem e relevância assim como seu
aprofundamento para melhor qualificação e êxito na busca de seus objetivos. Tanto que
ao serem perguntados sobre a relação dos conteúdos abordados em sala de aula com sua
realidade, os alunos entrevistados pouco souberam relatar, um dos relatos foi: “Procuro
aprender os assuntos para conseguir passar nas provas, passar de ano e no vestibular”

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(ALUNO B). Outro aluno relatou: “Não sei pra que estudamos certos assuntos, não serve
pra nada... Só uso na sala mesmo” (ALUNO C).
Como proposta de melhora tanto os alunos quanto as professoras abordaram em
suas respostas a necessidade de melhorar a estrutura das escolas, as professoras
enfatizaram as melhorias nas escolas do campo, as quais estão prejudicadas em sua grande
maioria. As educadoras também afirmaram sobre a necessidade de maior
contextualização dos conteúdos. Além da melhor capacitação dos professores para
ampliar o acesso ao ensino, com ênfase para a educação especial.

8 CONSIDERAÇÕES POSSÍVEIS
Um grande desafio colocado sobre a educação consiste na necessidade de um
serviço público que garanta o direito à educação e acesso à cultura para todas as crianças
e jovens, com igualdade e mesmas oportunidades de justiça social. Na visão de Barroso
(2005), é relevante desmontar a lógica de mercado na educação, fazendo da regulação e
construção das políticas educativas um processo de construção coletiva, em condições de
igualdade para todos os cidadãos.
Segundo Sposito e Carrano (2003) outro desafio é colocar as políticas de
juventude em uma pauta ampliada de direitos públicos de caráter universalista.
Considerando os jovens sujeitos com autonomia e personagens ativos no processo de
formulação, execução e avaliação das políticas a eles destinadas.
De acordo com Carmo (2013), uma proposta encontrada nos Parâmetros
Curriculares Nacionais do Ensino Médio, visa à aproximação da escola à nova realidade
nacional. Propondo aos jovens e adolescentes uma participação social mais ativa.
Talvez uma administração formada por uma concepção crítica de Estado, veja
como seu real objetivo e função atender a sociedade como um todo, não favorecendo
apenas aos grupos detentores de poder econômico, mas tendo como prioridade programas
de ação universalizantes, incorporando conquistas sociais pelos grupos e setores
desfavorecidos, no intuito de propor um equilíbrio social.
A partir das entrevistas realizadas foi possível identificar que os alunos vêm tendo
dificuldades em relacionar os conteúdos abordados em sala de aula com a realidade em
que vivem, chegando a ter esses assuntos apenas como necessários para aprovação em
processos avaliativos, pouco visualizando sua interação com o contexto em que se vive.
Sobre os objetivos e perspectivas dos alunos acerca do Ensino Médio foi possível

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perceber a busca por um emprego, vaga em universidades ou cursos técnicos, vendo o
Ensino Médio como uma etapa para cumprir e se alcançar um desses objetivos. Pouco foi
observado sobre a relação com o saber, a motivação pela busca do conhecimento e
compreensão da realidade.
Na visão das professoras são identificados três perfis de escolas no município
de Abaetetuba, as que buscam apenas aprovação em vestibulares, as que visam, além
disso, o trato de conhecimentos culturais e as que apenas se preocupam em transmitir
conteúdos em sua maioria descontextualizados. Pouco se tem feito a relação com o
conhecimento e com a realidade vivida pelos alunos, não favorecendo sua compreensão
da mesma. Também foi mencionada a falta de investimentos em infraestrutura,
preparação e desenvolvimento das escolas, principalmente de educação no campo e sobre
a educação especial as quais tem apresentado ainda mais necessidades nesse contexto.
É central o trato de conteúdos contextualizados, voltados à realidade em que o
sujeito vive, os conhecimentos escolares e científicos são importantes e devem ser
abordados, certamente, porém é interessante a relação dos mesmos com o contexto social,
político, econômico e cultural em que o aluno vive, para assim lhe oferecer condições de
compreender tais realidades e poder atuar sobre elas. É visível também a necessidade de
maiores investimentos sobre a educação em termos de infraestrutura, acessibilidade e
garantia de direitos, abordados inclusive, nas leis.
Até mesmo quando se fala na busca por um bom emprego ou na preparação para
aprovação em vestibulares ou cursos técnicos, parcela significativa dos alunos do ensino
Médio é obrigada a recorrer a cursos para além de sua escola pública, como cursinhos
preparatórios. Por não estar conseguindo alcançar seu objetivo apenas na escola pública.
Sabendo que a educação é central para o desenvolvimento social e expansão de
uma dada região, durante esse processo educativo é interessante o diálogo e a relação com
instituições ligadas ao ensino e à extensão, para que assim possa haver uma maior
aproximação do ensino à realidade do jovem, podendo tornar a escola mais estimulante,
assegurando os direitos à liberdade ao respeito e às identidades. Fazendo uma reflexão
sobre a realidade atual é perceptível a necessidade de políticas que preparem os alunos
para a cidadania, possibilitando a compreensão do contexto social, político e econômico
em que se encontram.

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REFERÊNCIAS
BARROSO, João. O Estado, a Educação e a Regulação das Políticas Públicas.
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Recebido em: 20/01/2022


Aprovado em: 21/02/2022
Publicado em: 25/02/2022

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