2 - Caldeiras - Considerações Gerais

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24/08/2018

HISTÓRIA DO VAPOR

2 – CALDEIRAS Histórico
Não é de hoje que o homem
CONSIDERAÇÕES Segundo percebeu que o vapor podia
fazer as coisas se
NR 13 movimentarem.

GERAIS No primeiro século da era


cristã, portanto há mais de
1800 anos, um estudioso
chamado Heron de Alexandria,
construiu uma espécie de
turbina a vapor, chamada
eolípila.
Instrutor: Diogo Barradas Braz
diogo@essenciadaterra.eng.br

HISTÓRIA DO VAPOR MÁQUINA A VAPOR


Em 1712, Tho mas Ne w c o men ,
A S P R IMEIRAS M Á Q UINAS (1663- 1729) um pastor batista
TÉ R MICAS com pretensões científicas, teve a
Heron de Alexandria, Egito, idéia de separar o cilindro da
em 150 a.C. construiu um caldeira.
dispositivo esférico, que Esta máquin a gigante, na qual o
girava movido pela pressão êmbolo subia pela pressão do
de escape do vapor – vapor e descia pela pressão
atmosféric a, completava seis
princípio de ação e reação.
vezes o curso em um minuto e
Denominou o seu invento de
queimand o cerca de 35 dcm³ de
Eulópila. carvão para elevar 2,5 toneladas
de água. (5 HP).
A máquina a vapor que criou tinha
duas torneiras, uma para admitir o
vapor quente da caldeira e outra
para admitir a água fria que
condensava o vapor.

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BOMBA DE VAPOR HISTÓRIA DO VAPOR

As máquinas de Newcomen trabalharam satisfatoriamente por


mais de 75 anos, salvando realmente as minas da Inglaterra.
As minas, porém, foram escavadas mais e mais profundamente
na terra, até serem atingidas profundidades de mais de 30
metros. Foi então que faltou potência nas máquinas de
Newcomen.
Nas minas profundas, debaixo de camadas de água , jaziam
riquezas que não podiam ser alcançadas , aguardando a
invenção de um outro dispositivo capaz de bombear a água.
Esta invenção aconteceu através de um professor e construtor
de instrumentos da Universidade de Glasgow, chamado de
J a mes Wa tt .

HISTÓRIA DO VAPOR HISTÓRIA DO VAPOR

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HISTÓRIA DO VAPOR HISTÓRIA DO VAPOR

 1698 - Newcomen inventa uma máquina para drenar


a água acumulada nas minas de carvão. Patenteada
em 1705, foi a primeira máquina movida a vapor.
 1765 - Watt aperfeiçoa o modelo de Newcomen. Seu
invento deflagra a revolução industrial e serve de
base para a mecanização de toda a indústria.
 1785 - Boulton começa a construir as máquinas
projetadas por Watt
 George Stephenson projetou a sua primeira
locomotiva em 1814. Stephenson revoluciona os
transportes com a invenção da locomotiva a vapor.

HISTÓRIA DO VAPOR HISTÓRIA DO VAPOR

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HISTÓRIA DO VAPOR HISTÓRIA DO VAPOR

PROJETO DOS VASOS DE PRESSÃO PROJETO DOS VASOS DE PRESSÃO

 ►A grande maioria dos vasos de pressão são itens  Nas principais indústrias, três condições apresentam -se que
projetados e construídos “ taylor-made”, ou seja, por tornam necessário um elevado grau de confiabilidade:
en c omenda. D esta f or ma, sã o d i mensionados, pr oj etados e  Regime con tí nuo d e tra b alho;
f a br icados pa r a a tender d eterminadas c on dições d e  Ca d eia con tínua d e p rod ução;
pr oc esso, pr essão e temperatura, bem c omo ten do seu
ma terial sel ecionado pa r a oper a r c om d eterminado f l ui do e  Condições de gra n de ri sco, on d e en tendemos “ ri sco”como a
c on dição d e c or r osão. p rob abilidade d e ocorrên cia d e gra n de p eri go ou d a n o.

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EMPREGO APLICAÇÃO

► Armazenamento de gases sob pressão


Os gases são armazenados sob pressão para que se
possa ter um grande peso num volume relativamente
pequeno.
►Acumulação intermediária de líquidos e gases. Isto
ocorre em sistemas onde é necessária a
armazenagem de líquidos ou gases entre etapas de
um mesmo processo ou entre processos diversos.
►Processamento de gases e líquidos
Inúmeros processos de transformação em líquidos e
gases precisam ser efetuados sob pressão.

APLICAÇÃO DEFINIÇÃO - CALDEIRA

► Indústrias químicas e petroquímicas


►Indústrias alimentares e farmacêuticas Caldeiras a vapor são
►Refinarias equipamentos destinados a
►Terminais de armazenagem e distribuição de petróleo e
derivados.
produzir e acumular vapor sob
►Estações de produção de petróleo em terra e no mar. pressão superior à atmosférica,
utilizando qualquer fonte de
energia, projetados conforme
códigos pertinentes, excetuando-
se refervedores e similares.

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CALDEIRA CALDEIRA
DESENVOLVIMENTO DAS CALDEIRAS DESENVOLVIMENTO DAS CALDEIRAS

As primeiras aplicações práticas ou James Watt modificou um pouco o


de caráter industrial de vapor formato em 1769, desenhando a
surgiram por volta do século 17. O caldeira vagão, a precursora das
inglês Thomas Savery patenteou caldeiras utilizadas em
em 1698 um sistema de locomotivas a vapor. Nos finais do
bombeamento de água utilizando século 18 e início do século 19
vapor como força motriz. Em 1711, houveram os primeiros
Newcomen desenvolveu outro desenvolvimen tos da caldeira com
equipamento com a mesma tubos de água. O modelo de John
Stevens movimentou um barco a
finalidade, aproveitando idéias de vapor no Rio Hudson.
Denis Papin, um inventor francês.
A caldeira de Newcomen era
apenas um reservatório esférico,
com aquecimento direto no fundo,
também conhecida como caldeira
de Haycock .
Caldeira de Haycock, 1720 Caldeira Vagão de James Watt, 1769

CALDEIRA CALDEIRA
DESENVOLVIMENTO DAS CALDEIRAS DESENVOLVIMENTO DAS CALDEIRAS

Stephen Wilcox, em 1856, Em 1880, Alan Stirling


projetou um gerador de vapor desenvolveu uma caldeira de
com tubos inclinados, e da tubos curvados, cuja concepção
associação com George básica é ainda hoje utilizada nas
Babcock tais caldeiras grandes caldeiras de tubos de
passaram a ser produzidas, com água.
grande sucesso comercial.
Caldeira de tubos retos,Babcock e Wilcox, 1877.

Caldeira de tubos curvados, Stirling, 1880.

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QUANTO AO FLUIDO QUE PASSA PELOS


QUANTO À FONTE DE CALOR
TUBOS:

- f l a motubulares , onde os Caldeiras Elétricas


gases de combustão circulam
por dentro de tubos, Caldeiras com Câmaras de Combustão
vaporizando a água
que fica por fora dos mesmos Caldeiras de Recuperação
Caldeiras de Fluido Térmico
- a q u atubulares, onde os gases
circulam por fora dos tubos, e
a vaporização da água se dá
dentro dos mesmos.

QUANTO À MOVIMENTAÇÃO DA ÁGUA NOS QUANTO À PRESSÃO DA CÂMARA DE


TUBOS COMBUSTÃO

Caldeiras de Circulação Natural Caldeiras de pressão positiva


Caldeiras de Circulação Forçada
Caldeiras de pressão negativa

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QUANTO À TIRAGEM QUANTO À PRESSÃO DE OPERAÇÃO

Caldeiras de Tiragem Forçada Caldeiras Subcritica


Caldeiras de tiragem Induzida Caldeiras Supercriticas

Caldeiras de tiragem Balanceada

CALDEIRA
QUANTO AO TIPO DE COMBUSTÍVEL CLASSIFICAÇÃO - CATEGORIA

Caldeiras a Combustíveis Líquidos


Caldeiras a Combustível Sólido a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de
operação é igual ou superior a 1960 kPa ( 19,98 k gf/cm2),
Caldeiras a gás com volume superior a 50 L (cinquenta litros);
b) caldeiras da categoria B são aquelas cuja a pressão de
operação seja superior a 60 kPa (0,61 k gf/cm2) e inferior a
1960 kPa (19,98 k gf/cm2), volume interno superior a 50 L
(cinquenta litros) e o produto entre a pressão de operação em
kPa e o volume interno em m³ seja superior a 6 (seis).

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CALDEIRAS
CALDEIRA FLAMOTUBULAR FLAMOTUBULARES

Caldeiras Flamotubulares ( ou tubos de fogo). São Constituem -se da grande maioria das
caldeiras, utilizada para pequenas
aquelas em que os gases quentes da combustão capacidades de produção de vapor (da
ordem de até 10 ton/h) e baixas
passam por dentro dos tubos, tubos estes circundados pressões (até 10 bar), chegando
algumas vezes a 15 ou 20 bar.
pela água. As caldeiras flamotubulares
São feitas para operar em pressões limitadas, uma horizontais constituem -se de um vaso
de pressão cilíndrico horizontal, com
vez que o vaso submetido a pressão é relativamente dois tampos planos (os espelhos) onde
estão afixados os tubos e a fornalha.
grande, o que inviabiliza o emprego de chapas de Caldeiras modernas tem diversos
passes de gases, sendo mais comum
maiores espessuras. uma fornalha e dois passes de gases.
A saída da fornalha é chamada câmara
Existem caldeiras flamotubulares verticais, porém, de reversão e pode ser revestida
atualmente as caldeiras horizontais são mais comuns, completamente de refratários ou
constituíd a de paredes metálicas
podendo ser constituídas de fornalhas lisas ou molhadas.
corrugadas; 1, 2, 3 passes; traseira seca ou molhada.

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CALDEIRA FLAMOTUBULAR

 Em geral, as caldeiras flamotubulares até 20 Ton/h


de geração de vapor têm menor custo e são de
operação mais econômica do que as aquotubulares.
Sua manutenção é mais simples, limitando -se
basicamente a troca de tubos, como num trocador
de calor, podendo ser instalada em lugares com pé
direito baixo, já que sua altura máxima é
determinada pelo diâmetro do vaso.

CALDEIRA FLAMOTUBULAR CALDEIRA FLAMOTUBULAR

Vantagens da caldeira flamotubular:


•Baixo custo de construção
•Compacta e simples Apresenta a limitação técnica de não gerar vapor
superaquecido e ter capacidade limitada. Assim
•Fácil operação
sendo, o seu uso é recomendado para os casos de
•Fácil manutenção necessidade de vapor para aquecimento, tornando
•Desvantagens da caldeira flamotubular: restrito o seu emprego na indústria que necessite de
•Inicio de operação retardada vapor superaquecido.
•Limitada em pressão e capacidades
•Baixa eficiência.

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CALDEIRAS AQUATUBULARES CALDEIRAS AQUATUBULARES

Caldeiras aquatubulares. São aquelas em que os Elas têm como característica: a produção de vapor,
gases quentes envolvem os tubos que possuem água pelo aquecimento de água que circula no interior dos
em seus interiores. tubos. Permitem a produção de grandes quantidades
Esse tipo de caldeira é de utilização mais ampla, uma de vapor, em alta pressão e temperatura. A diferencia
vez que possui vasos pressurizados ( tubulões ) de das Flamotubulares, elas trabalham em todas as
menores dimensões relativas, o que viabiliza, faixas de pressões
econômica e tecnicamente, o emprego de maiores
MUITO BAIXA PRESSÃO Até - 100 psi ou - 7 Kgf/cm²
espessuras e, portanto, a operação em pressões mais
BAIXA PRESSÃO 100 psi - 200 psi ou 7 - 14 Kgf/cm²
elevadas. Outra característica importante desse tipo
de caldeira é a possibilidade de adaptação de MÉDIA PRESSÃO 200 psi - 700 psi ou 14 - 49 Kgf/cm²
acessórios, como o superaquecedor, que permite o ALTA PRESSÃO 700 psi - 1500 psi ou 49 - 105 Kgf/cm²
fornecimento de vapor superaquecido, necessário ao MUITO ALTA PRESSÃO 1500 psi - 3.209 psi ou 105 - 225,6 Kgf/cm²
funcionamento de turbinas e de processos que SUPERCRÍTICA Acima de 3.309 psi ou acima de 225,6 Kgf/cm²
demandam temperaturas constantes.

AQUATUBULARES AQUATUBULARES

As caldeiras aquatubulares tem a produção de vapor dentro de


tubos que interligam 2 ou mais reservatórios cilíndricos horizontais,
conforme figura:
- o tubulão superior, onde se dá a separação da fase líquida e do
vapor, e
- o tubulão inferior, onde é feita a decantação e purga dos sólidos
em suspensão.
Os tubos podem ser retos ou curvados. As primeiras caldeiras
aquatubulares utilizavam tubos retos, solução hoje completamente
abandonada, apesar de algumas vantagens, como a facilidade de
limpeza interna dos tubos.
A caldeira de tubos curvados, interligando os balões, proporcionam
arranjo e projeto de câmaras de combustão completamente fechada
por paredes de água, com capacidades praticamente ilimitadas.
Dada a maior complexidade construtiva em relação às caldeiras
flamotubulares, as aquatubulares são preferidas somente para
maiores capacidades de produção de vapor e pressão, exatamente
onde o custo de fabricação do outro tipo começa a aumentar
desproporcionadamente .

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CALDEIRAS AQUATUBULARES CALDEIRAS AQUATUBULARES

Vantagens da caldeira aquotubular Desvantagens da caldeira aquotubular


-Grande capacidade e alta pressão. -Elevado custo de construção.
-Fornalha espaçosa, resultando em boa combustão. -Grande sensibilidade com relação à variação de
-Possibilidade de utilização de diversos tipos de carga, tornando necessário um sistema de controle da
combustíveis. unidade mais complexo.
-Grande área de troca de calor e alta eficiência. -Construção mais complexa.
-Início de operação eficiente e rápido. -A quantidade de tubos torna mais difícil a realização
de limpeza.
-Exigência de rigorosos cuidados no tratamento da
água utilizada.

CALDEIRAS AQUATUBULARES

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CALDEIRAS AQUATUBULARES CALDEIRAS AQUATUBULARES

CALDEIRAS AQUATUBULARES
CALDEIRAS AQUATUBULARES

Caldeiras aquatubulares . São aquelas em que os


gases quentes envolvem os tubos que possuem água
em seus interiores.
Esse tipo de caldeira é de utilização mais ampla, uma
vez que possui vasos pressurizados ( tubulões ) de
menores dimensões relativas, o que viabiliza,
econômica e tecnicamente, o emprego de maiores
espessuras e, portanto, a operação em pressões mais
elevadas. Outra característica importante desse tipo
de caldeira é a possibilidade de adaptação de
acessórios, como o superaquecedor, que permite o
fornecimento de vapor superaquecido, necessário ao
funcionamento de turbinas e de processos que
demandam temperaturas constantes.

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CALDEIRA AQUATUBULAR
- TRANSFERÊNCIA DE CALOR CALDEIRA AQUATUBULAR

Em relação ao modo de transferência de calor no interior de caldeira


existem normalmente duas seções:
- a secção de radiação, onde a troca de calor se dá por radiação direta
da chama aos tubos de água, os quais geralmente delimitam a
câmara de combustão.
- a secção de convecção, onde a troca de calor se dá por convecção
forçada, dos gases quentes que saíram da câmara de combustão
atravessando um banco de tubos de água.
Não há limite físico para capacidades.
Encontram-se hoje caldeiras que produzem 2250 t/h de vapor com
pressões até 3450 atm.
Para aplicação industrial, as capacidades variam da ordem de 15 a
150 t/h, com pressões até 90-100 bar.
As figuras a seguir mostram caldeiras aquatubular de alta produção
de vapor.

CIRCULAÇÃO DE ÁGUA COMPONENTES PRINCIPAIS


a ) c i n z e i r o : em ca l d ei r a s d e co mb u stí v ei s
só l i d o s, é o l o ca l o n d e se d ep o si ta m a s ci n za s
o u p eq u en o s p ed a ço s d e co mb u stí v el n ã o
q u ei ma d o .
b ) f o r n a l h a co m gr el h a ( co mb u stí v el só l i d o ) o u
A água pode circula r por convec ção q u ei ma d o r es d e ó l eo o u gá s.
natu ral pelos tu bos, devi do a diferenç a c ) s e ç ã o d e i r r a d i a ç ã o : sã o a s p a r ed es d a
câ ma r a d e co mb u stã o r ev esti d a s i n ter n a men te
de densid ade ent re o lí quido e vapo r p o r tu b o s d e á gu a .
formado pelo aquec imen to conforme d ) s e ç ã o d e c o n v ec ç ã o : fei x e d e tu b o s d e á gu a ,
esquematiz ado na figura ao lado. A r eceb en d o ca l o r p o r co n v ecçã o fo r ça d a ; p o d e
ter u m o u ma i s p a ssa gen s d e ga ses.
figura 12 mostra um g ráfico q ue nos e ) s u p e r a q u e c e d o r : tr o ca d o r d e ca l o r q u e
fornece a rel ação e nt re os pesos a q u ecen d o o v a p o r sa tu r a d o tr a n sfo r ma - o em
v a p o r su p er a q u eci d o .
específicos do líqui do e vapo r sat urado f ) e c o n o m i za d o r : tr o ca d o r d e ca l o r q u e a tr a v és
em funç ão da pressão de satu raç ão. A d o ca l o r sen sí v el d o s ga ses d e co mb u stã o
sa i n d o d a ca l d ei r a a q u ecem a á gu a d e
força mot riz d a ci rcul ação de águ a é a l i men ta çã o .
exatame nte a diferen ça de peso g ) p r é - a q u e ce d o r d e a r : tr o ca d o r d e ca l o r q u e
a q u ece o a r d e co mb u stã o ta mb ém tr o ca n d o
específico. ca l o r co m o s ga ses d e ex a u stã o d a ca l d ei r a .
Caldei ras de pressão p róxi ma ao pon to h ) e x a u sto r : fa z a ex a u stã o d o s ga ses d e
co mb u stã o , fo r n ecen d o en er gi a p a r a v en cer a s
crítico (218 atm), ou maio r, necessita m p er d a s d e ca r ga d ev i d o a ci r cu l a çã o d o s ga ses.
de circula ção assisti da , devi do a pouc a i ) c h a m i n é : l a n ça o s ga ses d e co mb u stã o a o
mei o a mb i en te, ger a l men te a u ma a l tu r a
diferenç a ent re as de nsida des de líqu ido su fi ci en te p a r a d i sp er sã o d o s mesmo s.
e vapor.
Figura 12 - Relação entre os pesos
específicos da água líquida e vapor saturado,
em função da pressão de saturação

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COMPONENTES PRINCIPAIS FORNALHA PAREDES D ÁGUA

j ) So pra do r de fuligem ser vem para


remover f ul igem o u de pó sito s d e
cinzas das super fíci es de aquecimento
e funci onam, em ge ral com vapo r As par ed es d e á gua da câ mara d e
seco. E ss e sai d o t ubo em alta combustã o p odem ser totalmente
veloci dade , po den do atingir tubo s
dis tantes a 2 ou 3 metro s. A r emoção integra is, ou seja , ca da tub o
do material part icula do da super fíci e tan gen te a o próximo for mand o
de aquecimento pode melhorar o
rendimento da caldeira de 2% a 10%. uma par ed e imper meáv el aos
gases, ou a inda podem ser
k ) V á lvulas de s e g ur ança é aplicada constru ída s c om tu bos
em ser viços com fluídos compressíveis
como gases e vapores, aliviando o interligad os p or a leta s d e c hapa
excesso de pressão deforma rápida e
instantânea (ação pop). Também são soldada s. H á aind a par edes d e
conhecidas como PSV (pressure safety água com tub os espaçad os e
valve). No caso específico do código
ASME Seção I, caldeiras com pared e r efra tár ia. O ca lor qu e nã o
super2 fície de aquecimento superior a atin g e d ireta mente os tub os é
47m devem possuir duas válvulas de
segurança. Neste caso, é permitido reirrad iad o pelo r ev estimen to
um acréscimo de pressão durante a refratário.
descarga, com as duas válvulas
abertas de no máximo 6% da PMTA .

CALDEIRA - EQUIPAMENTO

SUPERAQUECEDORES Tubulão de água (inferior)


COMPONENTES

Feixes tubulares
determinados a elevar a
temperatura do É o elemento de ligação dos tubos
vapor proveniente do
tambor da caldeira e são para possibilitar a circulação de água
localizados
de modo a melhor
aproveitar o calor na caldeira, tem por função de
disponível nos gases
de combustão acumular lama formada pela reação
(temperaturas mais altas
=> mais próximas
da câmara de combustão). dos produtos químicos com a água
Super aquecedores:
convectivos ou radiativos. da caldeira.
Radiação proveniente do
calor emitido pela fornalha

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CALDEIRA - EQUIPAMENTO

Tubulão de água (inferior)


Tubulão de água (inferior)

Tubulão de água Tubulão de vapor


externo interno

Tubulão de vapor Tubulão de vapor

É um corpo cilíndrico contendo em seu interior


água e vapor formado pela troca térmica entre os
gases da combustão e a água em circulação na
caldeira.
Estes tubos contem conexões para visores de nível,
válvulas, de segurança, vents, instrumentos de
indicação e controle, além de tubos de ligação com
superaquecedor de vapor.
A principal função:

É a separação da água do
vapor. Tubulão de vapor
externo

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TUBULÃO DE ÁGUA INTERNO TUBOS DE PURGA CONTÍNUA

Localiza-se abaixo do nível de


água aproximadamente, com
furos em toda a extensão.

É deste tubo que se faz coleta de água


para análise de sólidos, fosfatos,
dispersantes, pH, sulfito, alcalinidade,
sílica,a qual é feito o controle químico da
água da caldeira.

SEPARADORES DE VAPOR TUBOS DE CIRCULAÇÃO

Consiste em chicanas e
filtros que destinam-se a
reter água do vapor, de São tubos traseiros do feixe
tubular que conduzem a água do
maneira que esse entre Tubulão de vapor para o Tubulão
de água, chamadas de tubos
“seco” no super aquecedor.
descendentes.

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TUBOS DA FORNALHA (PAREDE DE


TUBOS GERADORES
ÁGUA)

parede frontal,
São tubos dianteiros do feixe tubular ascendentes e Esses tubos estão traseira e
divididos em:
descendentes, que conduzem a mistura água e vapor lateral.

saturado para o tubulão de vapor.


O resfriamento da fornalha é feito através do fluxo de água que
Estes tubos são que recebem maior quantidade de circula pelos tubos que formam as paredes, onde são eliminados
calor da fornalha e a caldeira propriamente dita. pela coleta inferior e descarregam o vapor gerado no coletor superior
que está interligado com o balão de vapor.

TUBOS DA FORNALHA (PAREDE DE TUBOS DA FORNALHA (PAREDE DE


ÁGUA) ÁGUA)

Os tubos da fornalha podem ser Aletados ou membranados


classificados em:
Tangentes

Espaçados

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CONJUNTO DE ALIMENTAÇÃO DO CONJUNTO DE ALIMENTAÇÃO DO


BAGAÇO BAGAÇO
Podem ser do tipo:

gavetas

comportas transversais

seguidas de alimentadores
comportas longitudinais,
com rotor simples,

duplo rotor

passagem livre

pneumático

CONJUNTO DE ALIMENTAÇÃO DO INJETOR PNEUMÁTICO


BAGAÇO

Rotor Duplo

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GRELHA MECÂNICA BASCULANTE GRELHA MECÂNICA BASCULANTE

São peças de ferro fundido, montadas sobre eixos, os


quais estão conectados ao mecanismo de acionamento
por meio de barras de aço.

Os elementos da grelha possuem furos suficientes


dimensionados para a passagem de ar, que mistura com
o bagaço, e torna a queima sobre o grelhado sob em
forma de colchão.

VENTILADOR DE TIRAGEM INDUZIDA


VENTILADOR DE AR FORÇADO (F.D.F.)
(I.D.F.)

Sua finalidade é de Sua função é retirar da caldeira todo o gás formado pela
combustão.
aspirar o ar ambiente e
insuflá-lo para dentro da
fornalha, onde a
combustão se realiza.

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EXAUSTORES PRÉ- AQUECEDORES DE AR

Destina-se a fazer o aquecimento do ar de


O exaustor tem por finalidade combustão, através da troca térmica entre
o gás passando por dentro dos tubos e o
retirar os gases formados pela ar por fora.
combustão, possui entrada de gás
com Dampers (registros)
comandados por atuadores
Localiza-se na saída de gases da caldeira
pneumáticos.
logo após o feixe tubular.

INDICADORES DE NÍVEL INDICADORES DE NÍVEL

Sua finalidade permitir ao operador verificar o nível de


água no tubulão de vapor, fator este indispensável na
SEGURANÇA de operação da caldeira.

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CHAMINÉ Chaminés

Tem por objetivo conduzir para São dutos verticais destinados a garantir a circulação dos
atmosfera os gases formados na gases de combustão das caldeiras para a atmosfera
combustão. Quando a tiragem não é Tiragem
efetuada por exaustores, sendo Tiragem natural: A chaminé é a responsável de produzir a
aspiração necessária para que os gases possam vencer as
portanto do tipo natural, são as resistências que encontram em seu caminho circulando com
chaminés que mantém a depressão na uma velocidade aceitável de maneira que saiam da chaminé
fornalha, portanto nesta condição eles com suficiente energia para atingir regiões elevadas da
atmosfera
são de grande diâmetro e altura
elevada. Tiragem artificial: A varredura dos gases se realiza mediante
meios mecânicos

•Tiragem •Tiragem
forçada induzida 5
1

Chaminés

As c h a minés p od em ser
c on struídas em tijolos, c on creto
a r ma do ou a ç o
Q u a n do c on struídas em c on c reto,
é n ec essária a u tilização d e u m
r ev estimento d e tijolos ou
c on c reto r efr atário
As c h a minés d e a ç o, d ev em
p ossu ir u m r ev estimento c om
r efr atário a n tiácido, d e for ma que
seja ev ita da a c or r osão p or
c on d ensa ção d e g a ses á c idos
O u tr os tip os d e c h a minés
c on struídas d e a ç o u sa m
r ev estimento r efr a tário p a r a
r esfr iar a c h a paria e p er mitir a
u tilização a u tilização d e
esp essura s d e c h a p as men or es
5
CECAP - Centro de Capacitação Profissional 2

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CALDEIRA - EQUIPAMENTO

Refratários Refratários

São materiais cerâmicos, usados sob a forma de tijolos ou Concretos Refratários


concreto monolítico, cuja finalidade é proteger as partes
pressurizadas das caldeiras da incidência de chama, bem como,
para evitar perdas de energia para o exterior da caldeira

Existem duas grandes classes de refratários:


Tijolos e concretos isolantes e Tijolos e concretos refratários
•Os tijolos e concretos isolantes são, em geral, leves e possuem baixa
densidade e resistência mecânica, sendo usados, basicamente, para
impedir a troca térmica (isolantes térmicos)

•Os tijolos e concretos refratários são duros e possuem alta densidade e


baixa permeabilidade, sendo usados, primordialmente, para vedação de
gases e proteção contra a incidência de chama

Refratários Refratários

Refratários também são utilizados nos queimadores da caldeira como


Em tubos horizontais, como nos tubos do piso de uma caldeira, direcionadores de chama, dando forma e impedindo que a mesma incida
são colocados refratários para evitar que haja vaporização da nas paredes do queimador. A figura a seguir mostra, esquematicamente, a
água, o que viria a impedir a circulação da mesma na parte utilização de refratários em um queimador a óleo
superior do tubo, provocando o seu superaquecimento. Este
fenômeno é conhecido como "steam blanketing"

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Refratários Refratários

Os refratários usados em caldeiras são do tipo sílico-


aluminosos, que consistem de uma mistura de sílica e
alumina

•Quanto maior a quantidade de alumina, maior a resistência à temperatura


•Quanto maior o teor de sílica, maior é a resistência à condensação ácida

•Os refratários de alta alumina são mais caros que os de alta sílica

Este é o motivo pelo qual usam-se refratários de alta alumina junto aos
queimadores (porcentagem de alumina superior a 80%) enquanto que,
nas chaminés, são mais indicados refratários com altos teores de sílica

5
7

Componentes e Dispositivos auxiliares Componentes e Dispositivos auxiliares

JUNTAS DE EXPANSÃO
São utilizados, na grande maioria das vezes,
para melhorar a performance das caldeiras São elementos flexíveis cuja finalidade é acomodar as
dilatações de dutos e invólucros de gases
DUTOS DE AR E GASES
São geralmente construídos em chapas finas de aço carbono ou
Sua finalidade é conduzir o ar necessário à queima do
aço inoxidável. Caso não houvesse a presença da junta de
combustível nos queimadores da caldeira e os gases de
expansão, o duto de gases provocaria danos ao se dilatar entre a
combustão para o exterior
caldeira e a chaminé
•Geralmente construídos em aço carbono estrutural

•Devido à dilatação, são utilizadas juntas de expansão

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Componentes e Dispositivos auxiliares Componentes e Dispositivos auxiliares

A junta de expansão deve possuir um isolamento térmico na sua


superfície externa para evitar o resfriamento do seu fole. Caso
isso aconteça, os gases de combustão no interior do duto podem
se condensar sobre a superfície do fole e provocar a sua corrosão

Pré aquecedor de ar Pré aquecedor de ar

Os pré-aquecedores de ar tubulares são constituídos de um feixe tubular,


fixado em espelhos, inserido em um invólucro de chapa metálico. Os gases de
combustão circulam pelo interior dos tubos e o ar pelo lado externo aos
mesmos. Este arranjo facilita a limpeza dos pré-aquecedores, uma vez que se
pode fazer a lavagem das cinzas depositadas no interior dos tubos pelos
São permutadores de calor; com a finalidade de aquecer o ar
espelhos dos pré-aquecedores
destinado a combustão, aproveitando, normalmente, o calor dos
gases de combustão.

•Pré-aquecedores de ar tubular

•Pré-aquecedores de ar regenerativos

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Pré aquecedor de ar ECONOMIZADOR

Pré-Aquecedores de Ar Equipamento que efetua-se o aquecimento da água de


Tubulares alimentação da caldeira aproveitando parte do valor
dos gases resultantes da combustão que pode ser
instalado antes ou após o pré-aquecedor de ar.

objetivo
com a elevação da temperatura na água há redução
significativa de consumo de combustível produzindo a
mesma quantidade de vapor.

Economizador INVÓLUCRO

São as paredes que envolvem toda a caldeira,


podendo ser constituídos de tijolos refratários
internamente e tijolos comuns externamente, ou ainda
placas refratarias, chapas expandida, lã isolante e
chapa lisa, ou também lã de rocha e chapas de
alumínio.

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INVÓLUCRO Defletor É constituído de chapas, colocados


no costado frontal do tubulão de
vapor, formando uma câmara para
receber o vapor dos tubos
geradores.

Separadores de vapor Tubos

Consiste em •São os elementos de maior volume em uma caldeira aquotubular


chicanas e filtros
•O conjunto de tubos forma o que chamamos de fornalha da caldeira
que destinam-se a
•Os tubos das caldeiras são construídos em aço carbono (ASTM A – 178)
reter água do
vapor, de maneira •As caldeiras modernas possuem aletas ou chapas de selagem
Desta forma, os tubos passam a formar um painel ao
que esse entre
qual se dá o nome de "parede d'água". Este tipo de
“seco” no montagem tem sido muito utilizado em projetos
modernos, sendo todas as paredes laterais da
superaquecedor.
caldeira montados em forma de painéis

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Coletores e distribuidores

Os coletores são elementos tubulares onde se fixam os tubos


de uma parede ou painel. Os distribuidores interligam os
coletores aos tubulões.

CALDEIRA - EQUIPAMENTO

Coletores e distribuidores Fixação dos tubos nos balões

A fixação dos tubos de uma parede ou painel aos coletores pode ser Mandrilagem
por solda ou por mandrilagem
A mandrilagem pode ser feita manualmente ou com
Na fixação por mandrilagem, é necessária a existência de uma abertura
"portaló" na parede oposta do coletor para possibilitar a instalação de ferramenta pneumática.
mandriladora. Esta abertura possui sede elíptica
Em caldeiras de alta pressão, após a mandrilagem, é
efetuada uma solda de selagem.

Após um tubo ter sido removido, o técnico de


inspeção deve verificar se não ocorreram avarias
no tubulão e nos ressaltos do furo (grooves).

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Fixação dos tubos nos balões Fixação dos tubos nos balões

Groove

Fixação dos tubos nos balões Fixação dos tubos nos balões

Mandrilagem
Quanto maior o número de roletes, melhor e mais uniforme é a
dilatação do tubo. Uma quantidade insuficiente de roletes pode
provocar escamação, trincas, encruamento, tensões excessivas
ou irregulares além de vazamentos

A mandrilagem de um tubo deve ser controlada para


evitar falhas por expansão excessiva

Quando da troca de um tubo, devem ser verificados os


diâmetros do tubo novo (interno ou externo) e do furo do
tubulão, uma vez que, após ter sofrido excessivas
mandrilagens, o tubulão pode apresentar um alargamento de
seus furos de tal monta que prejudique a fixação do tubo novo

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Fixação dos tubos nos balões Tubos de circulação

São tubos traseiros


do feixe tubular que
conduzem a água do
tubulão de vapor para
o tubulão de água,
chamadas de tubos
descendentes.

Tubos Geradores Válvula de Segurança

São tubos dianteiros do feixe tubular É um dispositivo que deve atender de


forma confiável e precisa como;
ascendentes e descendentes, que
conduzem a mistura água e vapor Abrir a uma pressão pré-determinada
saturado para o tubulão de vapor. Descarregar o volume previsto no
dimensionamento e na sobre pressão
Estes tubos são que recebem maior permitida.
Fechar dentro do diferencial de alivio
quantidade de calor da fornalha e a permitido, com a vedação inicial.
caldeira propriamente dita.

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Válvula de Controle Sopradores de fuligem

Tem por objetivos a remoção de resíduos sólidos


resultantes da combustão que aderem na parte externa
Seu funcionamento é
da tubulação do feixe tubular ou mesmo no
automático e comandado
superaquecedor, dificultando a troca térmica /
por instrumentos.
eficiência do gerador de vapor (caldeira).

Podem ser retrátil ou rotativo fixo. É constituído de


tubo com vários furos ou bocais por onde o vapor é
soprado.

Sopradores de fuligem Sopradores de fuligem

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Sopradores de fuligem Sopradores de fuligem

FUNCIONAMENTO

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CALDEIRAS ELÉTRICAS

Basicamente a caldeira elétrica é constituída de um


vaso de pressão não sujeito a chama, um sistema de
aquecimento elétrico e de um sistema de água de
alimentação. O rendimento deste tipo de caldeira é
bastante elevado já que por efeito joule a troca de
calor ocorre no interior da massa líquida sem perda do
calor gerado.

CALDEIRAS ELÉTRICAS CALDEIRAS ELÉTRICAS

A caldeira elétrica é um equipamento bastante simples, ao As perdas citadas, no entanto, podem ser minimizadas. A
contrário de suas similares que utilizam combustíveis, que podem primeira delas, conforme o isolamento térmico do vaso, se
ser muito complexas. Sem levar em conta os sistemas de controle situará na faixa de 0,2% a 1%. Este isolamento é um dos
e proteção, que poderão ser mais ou menos simples, em função pontos a serem cuidadosamente verificados pelo comprador
das necessidades ou das concepções de controle e segurança de de uma caldeira elétrica. A segunda perda, devida à
cada tipo de indústria, basicamente, uma caldeira elétrica é
constituída por um vaso de pressão não sujeito à chama, de um descarga de fundo, também poderá ser bastante reduzida
sistema de aquecimento elétrico e de um sistema de alimentação pela seleção, aplicação e rigoroso controle no tratamento da
de água. água da caldeira.
Tendo em vista a simplicidade de sua concepção e operação, o O controle eficiente dessas duas perdas pode permitir que o
rendimento deste equipamento é bastante elevado. A rendimento de caldeiras elétricas se situe em um patamar
transformação da energia elétrica em energia térmica se faz no superior a 95%, havendo situações especiais em que, sob
interior da caldeira, em meio à água a ser vaporizada, tornando rígido controle, o equipamento chegará a obter 99,5% de
as perdas desprezíveis, a não ser aquelas devidas às trocas de rendimento.
calor de seu corpo, cuja temperatura sempre será muito próxima
a do vapor gerado, com o meio e às perdas devidas às descargas Tais caldeiras, por simples que são, dispensam combustores
de fundo para a retirada de resíduos. (queimadores), câmaras de combustão , tubos de
transferências de calor, refratários, chaminés etc..

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CALDEIRAS ELÉTRICAS A RESISTORES CALDEIRAS ELÉTRICAS A RESISTORES

Estas caldeiras são constituídas por um vaso de A produção de vapor varia desde poucos
pressão não sujeito à chama e de um conjunto de quilogramas por hora até a valores de 100
resistências elétricas blindadas inseridas no vaso
que devem ser mantidas imersas em água. A toneladas por hora.
energia elétrica passando nos resistores se As pressões também têm uma ampla faixa de
transforma em calor, o qual, então, é transferido à variação, indo de poucos kgf/cm² até a
água por convecção. 100kgf/cm².
O funcionamento da caldeira deve ser automático. O
controle da produção de vapor pode ser efetuado
pelo simples ato de ligar ou desligar o conjunto de
resistores. Com o objetivo de garantir uma vida útil
razoável das resistências, deve-se mantê-las sempre
imersas na água

O HIDROGÊNIO E AS CALDEIRAS
COMBUSTÍVEL
ELÉTRICAS
A preocupação crescente dos usuários de caldeiras elétricas É toda substância que, combinando-se
com a ocorrência de hidrogênio nas mesmas prende -se ao
fato deste gás ser altamente inflamável. quimicamente com outra, principalmente o
De acordo com as condições e as proporções da mistura de oxigênio, produz uma reação que libera energia
hidrogênio com oxigênio, podem ocorrer explosões ou
detonações, com diferentes velocidades de onda de pressão. térmica (calor).
O hidrogênio surge nas caldeiras elétricas a eletrodos por
efeito da eletrólise da água, que quebra a molécula de água Os combustíveis podem se apresentar nos três
produzindo hidrogênio e oxigênio. Para eliminar esse risco,
basta instalar nos pontos altos da caldeira eliminadores estados: sólido, liquido e gasoso.
termostáticos de gases, semelhantes aos purgadores
termostáticos. Dessa forma, fica eliminada a possibilidade
de explosão.
Embora a quantidade de gases gerada seja muito pequena e
o vapor iniba qualquer explosão, há de se considerar que,
quando a caldeira for desligada e o vapor deixa de ser
renovado no sistema, este mesmo vapor se condensará e
desaparecerá o seu efeito inibidor da combustão.

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COMBUSTÍVEL
Tipos de combustivel

Além da propriedade de entrar em combustão, a


substância deverá apresentar outros requisitos
para que seja considerada industrialmente
viável:
- disponibilidade em grandes quantidades;
- baixo custo de operação;
- facilidade de queima;
- e bom poder calorífico.

CALDEIRAS DE COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS CALDEIRAS DE COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS

Inúmeros são os combustíveis sólidos que podem ser aplicados O processo de colocar toras de lenha rachada diretamente na
para queima em caldeiras. Eles tanto podem ser combustíveis fornalha, usado em caldeiras flamotubulares de pequeno por te, na
naturais como derivados, como apresentados a seguir: faixa de produção de vapor de 1 tonelada de vapor /h e pressão
Combustíveis Sólidos Naturais não superior a 7kgf/cm², é encontrável geralmente em indústrias
no interior do país.
Madeira
O processo de grelha fixa é indicado para a queima de resíduos
Turfa industriais, combustíveis moídos, ou triturados, casca de
Carvão mineral amendoim, bagaço de cana, casca de arroz etc.. Neste processo,
Bagaço de cana, etc. os combustíveis são projetados por um dispositivo mecânico no
interior da câmara de combustão (ou fornalha), onde queimam
parcialmente em suspensão e os demais saem em meio às cinzas.
Combustíveis sólidos Derivados Periodicamente, as cinzas são removidas pelo basculamento das
Carvão vegetal grelhas. O ar de combustão é insuflado sob pressão por baixo da
grelha, ser vindo também como ar de resfriamento das grelhas.
Coque de carvão
Normalmente, este processo é usado em caldeiras aquotubulares
Coque de petróleo, etc. de grande por te.

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CALDEIRAS DE COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS CALDEIRAS DE COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS

Quando são utilizadas grelhas rotativas, o processo de As fornalhas que utilizam o processo de leito fluidizado tem se
alimentação é totalmente mecanizado; o ar de combustão entra apresentado uma alternativa viável, com a vantagem adicional
pela parte inferior da grelha e a descarga das cinzas é também de operarem com eficiência, apesar de queimarem
mecanizada. Há grelhas de 4 até 8 metros de comprimento, combustíveis menos nobres. O princípio de funcionamento é
mas a aplicação de grelhas rotativas está limitada a caldeiras simples: o combustível permanece em suspensão sobre um
até 75 ton.de vapor /h (em alguns casos até 100ton/h). leito, submetido a ação de uma corrente ascendente de ar, de
Normalmente, as caldeiras com grelhas rotativas usam cavaco modo que a combustão se complete.
de madeira ou carvão como combustível. Nessas fornalhas, o combustível utilizado apresenta uma
granulometria menor do que a habitual e a movimentação
contínua do leito garante taxas de transferência de calor muito
acima dos valores encontrados em outras fornalhas

Caldeira combustível sólido

8/24/2018 151 152

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CALDEIRAS A COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS CALDEIRAS A COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS

Principais combustíveis líquidos queimados em Para perfeita queima, o óleo deve ser nebulizado e
caldeiras: Óleo BPF Baixo ponto de fluidez, Óleo misturado com o ar, de forma a assegurar uma chama
estável e suficientemente distante das paredes da fornalha,
APF Alto ponto de fluidez, Óleo diesel e resíduo sendo que nas caldeiras flamotubulares o comprimento da
de vácuo. chama não deve ultrapassar ¼ do comprimento da fornalha.
Nos casos em que a chama se torna muito comprida, existe
No Brasil, o óleo diesel é subsidiado pelo a possibilidade de se afetar o refratário do trapézio e os
Governo, mesmo assim não se constitui na tubos da segunda passagem de gases.
opção mais econômica para a indústria. O uso O espaço reservado para combustão é bastante variável. As
de óleo combustível envolve o emprego de caldeiras flamotubulares, por exemplo, são normalmente
queimadores projetados especificamente para equipadas com pequenas câmaras de combustão, enquanto
as caldeiras aquotubulares normalmente são equipadas
este fim, que são distribuídos pela fornalha com câmaras de combustão maiores.
atendendo a princípios técnicos consagrados
pela teoria e pela prática.

ALGUMAS PROPRIEDADES IMPORTANTES ALGUMAS PROPRIEDADES IMPORTANTES


DOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS DOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Viscosidade As viscosidades requeridas para uma boa queima (combustão) são
Se tentarmos bombear água e glicerina por tubos exatamente obtidas na faixa de temperatura entre 100 e 130ºC. A temperatura
iguais, notaremos que é muito mais difícil bombear a glicerina de bombeamen to depende do óleo utilizado, podendo variar entre
do que a água. Assim, a viscosidade pode se r entendida como 40 e 60ºC. O óleo pode ser aquecido com vapor, resistências
elétricas ou fluido térmico. O líquido deve ser nebulizado de
uma medida de resistência do fluido ao escoamento na
maneira a se transformar no maior número de gotículas, tão
verdade, é uma medida de resistência ao cisalhamento, mas não minúsculas quanto seja possível, garantindo consequentemente
vamos nos aprofundar nos aspectos mais elaborados da questão. uma maior área de contato com o ar de combustão. O tamanho das
É, como se pode notar, uma característica muito importante dos gotas geralmente variam de 10μm a 200μm. Bons queimadores
óleos combustíveis. É ela que fornece informações sobre a garantem um mínimo de 85% de gotículas com diâmetro de 50μm.
facilidade de movimentar e transferir fluidos, combustíveis A determinação da viscosidade de um fluido é feita utilizando -se
incluídos, nas instalações industriais. Também será em função aparelhos chamados viscosímetr os e os mais usados são os
da viscosidade que se determinará o grau de pré -aquecimento a "Saybolt". Todos esses aparelhos são baseados no tempo de
que um óleo combustível deve ser submetido para obtermos uma escoamento de um dado volume de fluido através de um orifício de
temperatura correta de atomização, a fim de termos uma dimensões pré-determinada s, a uma temperatura específica.
combustão eficiente.

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ALGUMAS PROPRIEDADES IMPORTANTES ALGUMAS PROPRIEDADES IMPORTANTES


DOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS DOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Ponto de fluidez É a mais baixa temperatura na qual um fluido P o n t o d e f u lg o r ( f la s h p o in t )
(óleos combustíveis inclusive) ainda é capaz de fluir em É a temperatura em que aparece uma chama cur ta, quando o combustível
é aquecido lentamente. No entanto, a chama não se sustém. O ponto de
condições normais nas tubulações, válvulas, tanques de fulgor é adotado ordinariamente como indicador de risco de fogo.
armazenamento etc.. Essa característica é impor tante porque Como medida de segurança para todos tipos de óleo combustíveis, adota -
dela depende a facilidade de escoamento do fluido. se 66ºC (150ºF) como ponto de fulgor mínimo, de acordo com a
Operacionalmente, um óleo combustível de ponto de fluidez regulamentaçã o técnica do Conselho Nacional de Petróleo CNP nº
009/82 - rev. 1 .
elevado pode causar entupimentos em filtros e tubulações, e
dificultar o seu bombeamento. Evitam-se tais problemas com o P o d er Ca lo r íf ico
pré-aquecimento do óleo, aquecimento da tubulação de É a quantidade de calor liberado pela queima total de uma unidade de um
transferência e, eventualmente, com a adição de um redutor de combustível.
ponto de fluidez ao óleo. Densidade Em termos bem simples, é a A unidade empregada usualmente é:
relação entre a massa e o volume de uma quantidade qualquer kcal/kg
de uma substância. Quilocaloria s por quilo de combustível
Nos casos de combustíveis sólidos e líquidos

ALGUMAS PROPRIEDADES IMPORTANTES


CALDEIRAS A COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
DOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
P on to d e Or v alho e E n xofre
Óleo Combustível
A presença de enxofre no combustível é responsável por sérios
problemas de corrosão nas regiões mais frias da caldeira, O óleo combustível é obtido a partir da
principalmente nos equipamentos recuperadores de calor e na
chaminé. O enxofre ataca metais e suas ligas, seja na forma de mistura de um derivado de petróleo
enxofre puro, seja sob a forma de composto, como ácido
sulfúrico, por exemplo.
pesado, resíduo de vácuo ou resíduo
Dependendo de sua concentração e temperatura, as partículas asfáltico, com derivados mais leves,
de enxofre (S) em suspensão nos gases com temperaturas na
faixa de 100 a 170ºC adere às partes mais frias da caldeira,
adicionados com a finalidade de
formando depósitos que atacam violentamente a superfície especificar a viscosidade.
metálica. Igualmente perigosa, a condensação de compostos de
enxofre penetra em juntas e soldas, corroendo o equipamento.

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Óleo Ponto de Teor de Viscosidade Teor de

Combustível Fulgor Enxofre Sedimentos

Tipos ºC % Peso (máx.) SSF a 50 ºC % Peso CALDEIRAS A COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS


1A 66 5,0 600 2,0
2A 66 5,5 900 2,0
3A 66 5,5 2.400 2,0 Resíduo d e V á cu o
4A 66 5,5 10.000 2,0 A PETROBRÁS consome nos fornos e caldeiras da maioria de
5A 66 5,5 30.000 2,0 suas refinarias resíduo de vácuo puro. Ou seja, o produto de
6A 66 5,5 80.000 2,0
fundo da torre de destilação a vácuo é encaminhado
7A 66 5,5 300.000 2,0
diretamente para consumo sem nenhum tipo de diluição.
8A 66 5,5 1.000.000 2,0
Quando consumido diretamente, sem passar por tancagem, o
9A 66 5,5 Sem Limite 2,0
produto não necessita de aquecimento adicional, já que a
1B 66 1,0 600 2,0
temperatura de retirada do produto da torre, 380 ºC, é maior do
2B 66 1,0 900 2,0
que a temperatura necessária para queima, 240 a 270 ºC.
3B 66 1,0 2.400 2,0
Assim, o controle de temperatura é feito através da mistura do
4B 66 1,0 10.000 2,0
resíduo de vácuo retirado da bateria de preaquecimento de
5B 66 1,0 30.000 2,0
6B 66 1,0 80.000 2,0
carga de um ponto, com temperatura mais elevada que o
7B 66 1,0 300.000 2,0
desejado, com resíduo de outro ponto, com temperatura inferior
8B 66 1,0 1.000.000 2,0
à desejada. Este combustível, também, é fornecido para
9B 66 1,0 Sem Limite 5,0
grandes consumidores, para utilização em fornos e caldeiras,
C 66 - 2,1 a 26,0 em volume
sendo enquadrado para efeito de faturamento como óleo 8A .
cST a 37,8 ºC

CALDEIRAS A COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS

Ó l eo Di esel
As caldeiras são construídas de acordo com o tipo de
combustível que irá utilizar. As caldeiras que utilizam
combustíveis líquidos possuem características bem definidas
para isto. Como sabemos toda queima só ocorre após uma
mistura adequada entre as moléculas do combustível com as
moléculas do comburente e numa determinada temperatura.

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CALDEIRAS A GÁS CALDEIRAS A GÁS

Gás Natural Considerações sobre o gás natural


As caldeiras projetadas para
a queima de gás são em O gás natural é mais leve do que o ar. Portanto,
geral muito mais simples
que as utilizadas para os as instalações onde ele seja utilizado devem ser
demais combustíveis. Isto se bem ventiladas e mantidos desobstruídos os
explica pelo fato do gás não
requerer nenhum dutos e janelas de ventilação dos recintos. Além
aquecimento prévio para ser
queimado nas fornalhas, não disso, as partes mais altas dos compartimentos,
necessitar de grandes onde há maior tendência de acúmulo do gás, não
reservatórios para sua
estocagem, e por ser um devem abrigar equipamentos elétricos sujeitos a
combustível de alto faísca ou centelhamento, superfícies
rendimento contendo poucas
impurezas. superaquecidas e outros tipos de fontes de
ignição.

CALDEIRAS A GÁS CALDEIRAS A GÁS

O gás natural é incolor, mas detectável pelo sentido do O monóxido de carbono, que é altamente tóxico, é um
olfato, devido ao seu odor característico. subproduto da queima de gás. Em ambientes fechados ou
Contudo, mesmo não se sentindo o seu cheiro, em ambientes com difícil circulação de ar, pode representar grave risco,
onde ele esteja sendo utilizado devem ser evitados trabalhos principalmente nas situações em que haja vazamentos com
a quente, soldagem, esmerilhamento, corte com maçarico fogo.
etc., principalmente dentro da casa de caldeira à Os vazamentos, com ou sem fogo, deverão ser eliminados
combustível gasoso deve-se respeitar um raio mínimo de 5 mediante o bloqueio da tubulação alimentadora, através da
(cinco) metros para se executar algum trabalho a quente. válvula de bloqueio de emergência manual, a qual deverá
Basicamente, o gás natural é composto de metano. Por isso, estar sempre livre, desimpedida e localizada em posição de
apresenta o risco moderado de intoxicação por via fácil acesso. A simples extinção do fogo pelo uso de
respiratória e elevado risco de incêndio e explosão. Sendo extintores ou a aplicação de água, antes de se efetuar o
assim, alguém somente poderá aproximar -se de áreas onde fechamento do suprimento de gás, poderá produzir o risco do
estejam ocorrendo vazamentos se o fizer usando proteção gás vir a se acumular em algum ponto do recinto e explodir,
respiratória adequada, com suprimento de ar compatível causando prejuízos materiais e pessoais.
com o tempo esperado de intervenção, e controlando -se Os equipamentos próximos do fogo e sujeitos a sua ação,
permanentemente o nível de explosividade no ambiente. deverão ser mantidos resfriados com água.

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CALDEIRAS A GÁS CALDEIRAS A GÁS

O ponto de descarga do ventilador deve estar sempre livre e em O gás natural é mais leve que o ar enquanto que o GLP, é mais
local seguro. Nenhum componente elétrico deverá estar localizado pesado que ar. A densidade relativa do gás natural gira em torno
em um raio de 3 ( três ) metros. Esse ponto (ventilador) deverá de 0,63 e a do GLP fica em torno de 1,7.
estar localizado obrigatoriamente fora da casa de caldeiras e no O poder calorífico inferior do gás natural .é 8.500kcal/m³.
mínimo a 3 (três) metros acima do telhado da casa de caldeiras. O poder calorífico superior do gás natural é 9500 kcal/m³.
Deverão ser obedecidas as seguinte Normas Regulamentadoras do A experiência tem mostrado que a temperatura na traseira de
Ministério do Trabalho: NR13, NR14 e NR 23. uma fornalha de uma caldeira a gás natural não deverá
Os combustíveis gasosos são de fácil queima, bastando haver uma ultrapassar 900ºC, pois acima desta temperatura há o risco de se
mistura adequada (mistura ideal) de gás e ar e a simples trincar os tubos da segunda passagem, junto ao espelho da
aproximação de uma fonte de calor para que haja combustão. A caldeira. Essa temperatura poderá ser verificada através de um
combustão dos gases proporciona uma queima completa com pirômetro (termômetro) digital adaptado com um termopar,
pequeno excesso de ar e sem presença de fumaça. introduzindo-se o termopar num oríficio de ½" (previamente feito)
A densidade relativa e o poder calorífico, dentro de limites pré - na traseira da caldeira, na direção da fornalha. Após 30 minutos,
estabelecidos, são as propriedades mais importantes para o com a caldeira em fogo alto, faze-se a leitura da temperatura no
controle de fornecimento de calor a uma caldeira a gás. pirômetro. Caso a temperatura esteja acima de 900ºC, procede -se
a uma regulagem na combustão da caldeira, para ela ficar, no
máximo, com 900ºC.

CALDEIRAS A GÁS QUEIMADORES

E con omizadores em ca l d eiras a gá s Os queimadores também são conhecidos como


combustores ou maçaricos. São equipamentos
Aquecedores de água de alimentação, denominados
economizadores, podem economizar significativa quantidade de destinados a realizar a pulverização do óleo,
combustível. Considera-se que para cada 6ºC de aumento de projetando-o no interior da fornalha. O queimador de
temperatura na água de alimentação, economiza -se 1% de
combustível. São particularmente apropriados para uso em óleo tem, assim, por finalidade pulverizar o óleo
caldeiras a gás natural. A maioria das caldeiras, tanto as que combustível e lançá-lo no interior da fornalha
utilizam combustíveis, quanto líquidos ou gasosos apresentam um
forte ruído causado pelo ventilador de ar de combustão.O ruído é dividido em gotículas, cujos diâmetros variam
bastante desconfortável e existem caldeiras que chegam a aproximadamente de 30μm a 150μm. Dessa forma,
produzir 95dB (decibéis) de ruído. Uma das soluções para diminuir
esse ruído é a instalação de atenuadores de ruído na admissão do ocorre gaseificação rápida, permitindo que a
ventilador, ou a instalação de uma caixa de isolamento acústico superfície de contato do combustível com o oxigênio
em todo ventilador. O operador da caldeira deverá usar sempre do ar seja grandemente aumentada.
protetor auricular nas imediações da caldeira. E quando for
realizar o teste manual com as válvulas de segurança, usar A pulverização do combustível é obtida por meio de
abafador de ouvido. O teste manual das válvulas de segurança
deverá ser realizado uma vez por dia. um agente pulverizador ou atomizador.

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QUEIMADORES QUEIMADORES

Este tipo de queimador, também chamado de jato - Queimadores de atomização a vapor Neste tipo de
pressão, é normalmente empregado em instalações queimador, o vapor atua como agente atomizador. A
de grande porte. A atomização do óleo combustível é pressão necessária à atomização do combustível é
produzida pela passagem do óleo sob alta pressão menor (algo na faixa de 2kgf/cm²) do que aquela
através de um orifício. A pressão do óleo varia
normalmente entre 4 e 10kgf/cm². A pressão é utilizada na atomização mecânica. Também são
produzida por uma bomba para óleo. aceitáveis viscosidades maiores do óleo combustível
(até 200 SSU). É necessário, no entanto, que o vapor
de atomização tenha pouca umidade e esteja a uma
pressão diferente daquela em que está o óleo
normalmente a uma pressão maior. Nas refinarias,
os queimadores empregados usualmente operam
com pressão de vapor 1,5kgf/cm² acima da pressão
do óleo.

QUEIMADORES QUEIMADORES
Queimadores a gás. São , em geral, queimadores simples. Nestes casos,
Ao passar, o vapor arrasta consigo pequenas o combustível é introduzido diretamente na fornalha, passando através
de uma simples lança, sem qualquer preparo. Aqui, não há a
gotículas de óleo combustível, de forma que, ao necessidade do combustível ser atomizado com ar ou vapor, como no
caso dos combustíveis líquidos, porque o combustível já se encontrar no
sair do queimador, o óleo estará atomizado. estado gasoso. Estabelece -se, apenas, a proporção da mistura de
combustível (gás) e ar deseja-se sempre uma mistura ideal.
A atomização a vapor, além de produzir A regulagem é simples e a chama bastante estável. O gás natural é
partículas menores, acaba por manter a largamente usado em caldeiras .

temperatura do óleo na lança, evitando o


aumento da viscosidade

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