Reprodução - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
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Reprodução assexuada
Reprodução assexual (ou assexuada) é um processo biológico através do qual um
organismo produz uma cópia geneticamente igual a si próprio, sem que haja recombinação
de material genético. Um exemplo simples consiste na clonagem, como no ato de inserir
plantas em estacas, caso em que a reprodução é processada artificialmente, ainda que
possa ocorrer naturalmente. De fato, muitas espécies de plantas têm esta capacidade, sem
necessidade de intervenção humana, gerando estolhos que criam raízes, tornando-se,
posteriormente, independentes da planta-mãe. Noutros casos, uma parte do talo ou do soma
pode separar-se da planta-mãe e fixar-se noutro lugar, dando origem a uma nova planta. A
este tipo de reprodução assexuada dá-se o nome de multiplicação vegetativa, como
acontece, naturalmente, com o morangueiro. Note-se que, contudo, a maior parte destas
plantas também se pode reproduzir sexuadamente, através de esporos ou de sementes.
Muitos animais, ainda que se possam reproduzir também sexuadamente, como a hidra (da
ordem Hydroidea), procedem à gemulação, formando gomos na sua superfície externa, que
podem se desenvolver originando novos indivíduos. Não se deve confundir esta
característica com a capacidade, presente em alguns animais, como os lagartos e os
caranguejos, de regenerar partes do seu corpo, como um membro ou parte da cauda que se
perderam por acidente. Nestes casos, não se trata de reprodução, já que não há a formação
de novos organismos.
A reprodução dos vírus também pode ser considerada como assexuada, já que estes tomam
o controle do material genético de células hospedeiras para produzirem novos vírus.
Reprodução sexuada
A reprodução sexual (ou sexuada) implica a combinação de material genético (normalmente
o DNA) de dois seres distintos (os progenitores) através da conjugação de duas células
haplóides (os gâmetas) por cariogamia.
Esta definição engloba a "reprodução sexual" das bactérias, de muitos protistas e dos
fungos, sem que haja a necessidade de definição de sexos. Também se chama este tipo de
reprodução sexual indiferenciada.
Chlamydomonas reinhardtii
A maior parte dos organismos produzem dois tipos diferentes de gâmetas. Nestas espécies,
ditas anisogâmicas, os dois sexos são designados como macho (que produz esperma ou
microsporos) e fêmea (que produz óvulos ou megásporos). Nas espécies isogâmicas, os
gâmetas são semelhantes ou idênticos na sua forma, podendo apresentar outras
propriedades que os distingam, permitindo dar-lhes nomes diferentes. Por exemplo, na alga
verde Chlamydomonas reinhardtii, existem os gâmetas arbitrariamente designados como
"positivos" (+) e "negativos" (-). Alguns tipos de organismos, como os ciliados, têm mais de
dois tipos de gâmetas.
A maior parte dos animais (incluindo o ser humano) e das plantas reproduz-se
sexuadamente. Estes organismos, ditos diplóides, apresentam dois alelos (variedade de
genes) para cada traço genético. Os seus descendentes herdarão um alelo, para cada traço
que irão exibir, de cada um dos seus progenitores. Existindo duas cópias de cada gene, só
um expressar-se-á, permitindo que alelos com mutações possam ser "mascarados",
constituindo uma vantagem que se acredita que poderá ter levado a uma maior capacidade
adaptativa dos seres diplóides. Tal hipótese, contudo, tem sido criticada.[5]
Em última análise, a reprodução sexual radica na divisão celular, especialmente através dos
mecanismos da mitose e meiose. No primeiro caso, o número de células resultantes é o
dobro do das células originais. O número de cromossomas nas células resultantes será o
mesmo que na célula de origem. Na meiose, porém, o número de células resultantes da
divisão será o quádruplo do número de células original, formando-se células com metade do
número de cromossomas da célula inicial.
Em muitos casos, como nos mamíferos, aves e répteis, a fecundação é interna. Neste caso, o
óvulo encontra-se dentro do corpo da fêmea. O macho tem que introduzir aí os
espermatozoides, durante a cópula. Em muitos animais, o macho possui para esse fim um
órgão copulador que, nos mamíferos, se chama pênis.
Estratégias de reprodução
Um dos problemas principais que os organismos vivos tiveram que resolver ao longo do
processo evolutivo para tentarem "perpetuar" a espécie foi o da sobrevivência de um número
suficiente de descendentes. Para além de eventuais situações de falta de alimentos e da
predação, é necessário pensar que os recém-nascidos são geralmente muito mais sensíveis
que os adultos às variações do meio ambiente, como a temperatura, ventos, correntes
oceânicas, entre outros. As formas como os organismos resolveram esses problemas
designam-se de estratégias reprodutivas. Em geral, os animais "concentraram" as suas
atenções na protecção dos óvulos, dos embriões ou das crias. As plantas especializaram-se
nas formas de disseminação dos produtos sexuais.
Uma vez que são "descendentes" das bactérias e dos protistas, os animais começaram
como ovíparos, ou seja, o zigoto, com maior ou menor protecção, é lançado no mundo, à sua
sorte. Nos animais actuais, a maioria dos invertebrados e dos peixes são ovíparos.
As estratégias para a sobrevivência desses zigotos — e dos embriões que deles resultam —
incluem:
Ao contrário dos animais, as plantas, em geral, têm uma grande capacidade de reprodução
vegetativa, ou seja, assexual: as partes vegetativas, ou não-reprodutoras, podem facilmente
produzir uma nova planta. Por exemplo, um pedaço de hifa de um fungo transportada na
pata de um cão ou de uma mosca pode produzir outro "indivíduo" da mesma espécie noutro
local. Um pedaço do talo de uma alga arrastada pelas correntes oceânicas pode produzir
uma nova alga noutro local onde as condições sejam adequadas. As plantas verdes
rastejantes muitas vezes lançam estolhos que produzem raízes e se podem tornar
independentes da planta-mãe.
Mas é na dispersão das várias estruturas que as plantas geram para se reproduzir que
encontramos maiores especializações:
Ver também
Gametogénese
Reprodução e gravidez na ficção
especulativa
Referências
1. “Reprodução – a continuidade da
vida” no site ClickBio em
br.geocities.com (http://br.geocities.
com/clickbio/textos/reproducao.ht
ml) Arquivado em (https://web.archi
ve.org/web/20090724042841/http://
br.geocities.com/clickbio/textos/rep
roducao.html) 24 de julho de 2009,
no Wayback Machine. acessado a 2
de julho de 2009
2. Halliday, Tim R.; Kraig Adler (eds.)
(1986). Reptiles & Amphibians. [S.l.]:
Torstar Books. 101 páginas. ISBN 0-
920269-81-8
3. Savage, Thomas F. (12 de Setembro
de 2005). «A Guide to the
Recognition of Parthenogenesis in
Incubated Turkey Eggs» (https://we
b.archive.org/web/2006111520171
3/http://oregonstate.edu/dept/anim
al-sciences/poultry/index.html) .
Oregon State University. Consultado
em 11 de outubro de 2006.
Arquivado do original (http://oregons
tate.edu/Dept/animal-sciences/poult
ry/index.html) em 15 de novembro
de 2006
4. "Female Sharks Can Reproduce
Alone, Researchers Find" (http://ww
w.washingtonpost.com/wp-dyn/cont
ent/article/2007/05/22/AR2007052
201405.html) , Washington Post, 23
de Maio, 2007; Page A02
5. ORR, H. Allen; OTTO, Sarah P., Does
Diploidy Increase the Rate of
Adaptation? (http://www.genetics.or
g/cgi/reprint/136/4/1475.pdf) ,
1993 - acesso a 23 de Janeiro de
2009
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