Cap 2

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MECANIZAÇÃO
Julião Soares de Souza Lima
Professor Adjunto da UFES
Ângelo Márcio Pinto Leite
Professor Adjunto da UFVJM

Introdução
Determinados processos de produção no setor florestal são
considerados mecanizados quando realizados com máquinas- motoras,
com mecanismos que contêm movimentos relativos ao acionamento
direto e, ou, quando se utilizam equipamentos e ferramentas adaptados
a uma máquina. A mecanização na atividade florestal pode ser
dividida em preparo inicial do solo; preparo periódico do solo; e
colheita e transporte. O preparo inicial do solo consiste na remoção da
vegetação para a introdução de uma cultura em áreas não utilizadas
anteriormente com essa finalidade. O preparo periódico normalmente
é realizado durante a reforma do povoamento florestal, com o intuito
de proporcionar condições favoráveis para o desenvolvimento da
semente ou muda plantada. No momento, algumas empresas vêm
adotando um sistema de preparo conservacionista (cultivo mínimo do
solo), diminuindo gradativamente a utilização de máquinas nesta
prática. A colheita e o transporte da madeira são as etapas finais do
processo mecanizado.
34 Lima e Leite

Mecanização
Há algum tempo, admitia-se que o maior benefício da
mecanização nas operações florestais fosse a redução dos custos
operacionais. Entretanto, com a diminuição da mão-de-obra
disponível e o aumento dos custos sociais, a mecanização das
operações tornou-se peça importante na busca do acréscimo da
produtividade e do controle mais efetivo dos custos e das facilidades
administrativas (Mendonça Filho, 1987). Nos últimos anos, as
atividades florestais estão passando por um processo intenso de
mecanização, o que certamente tem afetado positivamente ou
negativamente os custos de produção. Na colheita, os custos vão do
corte até a extração da madeira, ou seja, desde a derrubada da árvore
até a sua colocação na estrada, para ser transportada (Jacovine, et al.
1997).
O setor florestal é de grande interesse econômico para o Brasil,
mantendo cerca de 6 milhões de florestas plantadas e 3 milhões de
hectares de florestas nativas com plano de manejo, além de participar
com 5% na formação do Produto Interno Bruto (PIB) e criar milhares
de empregos diretos e indiretos (Silva e Valverde, 1997). A grande
demanda pelos produtos florestais nos mercados interno e externo
levou as empresas a adotarem um planejamento mais criterioso nas
diversas etapas do processo de produção, visando aumentar a
capacidade produtiva. Logo, utilizam máquinas florestais em larga
escala e espécies melhoradas geneticamente e realizam treinamento de
mão-de-obra, contribuindo positivamente para mudanças na economia
brasileira.
A colheita de florestas plantadas é uma atividade relativamente
recente no Brasil. As máquinas são, na maioria, adaptadas de outras
ou importadas de países com condições climáticas diferentes das
brasileiras. Com isso, várias pessoas se sentem inseguras para operá-
las, necessitando de um período maior de adaptação e estudos para se
adequarem às novas condições de trabalho. Quando da operação de
determinado trator florestal, por exemplo, em um sistema de colheita
ou equipamento específico, há um período de adaptação ao mesmo,
sendo a produtividade no primeiro momento baixa, causando elevação
nos custos.
Mecanização 35

A introdução de equipamentos que substituem o machado e a


motosserra possibilitou o aumento da produtividade das operações de
colheita, diminuindo a participação do homem nas atividades manual
e semimecanizada, que proporcionam elevado desgaste físico, por
serem, em geral, muito pesadas, e detêm elevado índice de acidentes.
Pequena alteração na produtividade de sistemas mecanizados será,
provavelmente, mais rentável do que grande modificação na
produtividade de sistemas de trabalhos manuais, em razão,
provavelmente, das elevadas diferenças de rendimentos que os
primeiros proporcionam (Santos, 1995).
Os tratores florestais usados nas diversas etapas da colheita
mecanizada são de grande porte, muito pesados, com elevada potência
no motor e maior velocidade de deslocamento, permitindo grande
mobilidade e proporcionando aumento na sua capacidade operacional,
uma vez que realizam maior quantidade de trabalho em menos tempo.
Entretanto, o excesso de tráfego na área de corte pode provocar danos
às cepas, comprometendo as futuras brotações e contribuindo para o
processo de compactação mecânica do solo.
Por razões de custo, esses tratores tendem a ser mantidos
durante todo o ano em operações. Um ponto importante a ser
observado é a disponibilidade mecânica deles, em virtude do sistema
de colheita adotado por algumas empresas, que exigem o
desenvolvimento de operações em três turnos de trabalho, totalizando
24 horas por dia. O setor de apoio deve ser composto de boa oficina
mecânica, com ferramentas especiais, peças de reposição e mecânicos
treinados para eventuais problemas que possam ocorrer durante a
realização de alguma das etapas da colheita.

Fatores Relevantes
A seqüência dos fatores aqui discutidos não está em ordem de
importância, pois todos devem ser observados no contexto do processo de
produção. Naturalmente, algumas empresas se preocupam também com
outros fatores, em virtude da diversidade de sistemas de colheita das
florestas plantadas no Brasil.
36 Lima e Leite

Topografia do Terreno
A declividade do terreno é, provavelmente, uma das variáveis
operacionais mais importantes a considerar na mecanização florestal.
Assim, em áreas cuja topografia é muito acidentada pode se tornar
inviável o tráfego de máquinas-motoras, uma vez que a estabilidade
dessas máquinas e, portanto, a segurança da operação ficam
comprometidas. Esta limitação pode ser parcial ou total no tráfego
dentro da área de colheita florestal, de acordo com cada situação. A
declividade-limite como indicador da estabilidade e dirigibilidade para
o tráfego transversal foi determinada por Lima (1998) para os tratores
Feller-buncher e Skidder, com rodados de pneus, sendo de 23,3 e
33,2%, respectivamente.
Em situações de limitações no tráfego, uma das opções é adotar
o corte, o desgalhamento e o traçamento com motosserras, outra é
empregar o sistema misto (motosserra + machado). Ambas as
alternativas vêm sendo freqüentemente adotadas por empresas
florestais brasileiras e fazendeiros.

Solo
As características do solo que normalmente afetam as atividades
de colheita são: profundidade da camada superficial, tipo de solo, teor
de umidade e presença de rochas, as quais podem influir sobre a
tração, a flutuação e o rendimento operacional dos tratores. O teor de
água no solo pode proporcionar limitações no rendimento dos
operadores e no tráfego das máquinas, que normalmente são operadas
com cargas de peso elevado. A umidade modifica as propriedades
mecânicas do solo, ao alterar a sua capacidade de suporte,
principalmente o de textura argilosa, mais propenso a tornar o tráfego
das máquinas impraticável por determinados períodos. Solo com
cobertura de restos florestais, como galhos, cascas e folhas, contribui
para menor efeito da compactação mecânica.

Clima
As atividades de colheita são bastante afetadas pelas condições
climáticas, como temperatura, umidade relativa, velocidade do vento
e, principalmente, precipitação. Assim, o índice de pluviosidade da
Mecanização 37

região na época da colheita deve ser conhecido, bem como a duração


das estações chuvosas e secas. As empresas procuram adotar
estratégias no planejamento da colheita, prática muito comum entre
aquelas que adotam sistemas mecanizados, de forma a realizar a
colheita em áreas mais difíceis na época seca. Os fatores climáticos
podem afetar também o desempenho operacional do profissional
florestal se este trabalha em área aberta da floresta ou no interior de
máquinas inadequadas, podendo causar desconforto, aumento no risco
de acidentes e, conseqüentemente, baixa produtividade.

Povoamento Florestal
O tipo de floresta a ser colhida (Pinus, Eucalyptus etc.)
constitui-se num dos principais fatores a serem considerados, pois é a
partir daí que será adotado o sistema de colheita. Além disso, outras
informações relacionadas ao povoamento florestal devem ser levadas
em consideração, como número de árvores por hectare, altura média,
diâmetro médio na altura do peito, volumes por hectare e árvore,
tamanho do talhão e alinhamento de plantio. Estas informações são
importantes para a definição do sistema de colheita e do método a ser
utilizado (mecanizado, semimecanizado ou manual) e, portanto, para a
elaboração do planejamento operacional.

Finalidade da Madeira
No Brasil, a madeira oriunda das florestas plantadas é destinada, na
sua maioria, à produção de energia (lenha ou carvão vegetal), celulose,
chapas, embalagens, serrarias etc. No entanto, para a definição do sistema
de colheita que será utilizado, o primeiro passo é saber a finalidade da
madeira. Outros pontos importantes a considerar são se ela será
processada com ou sem casca e se os povoamentos são de primeiro corte.
Normalmente, a mecanização é mais intensa em povoamentos de
primeiro corte, em que o alto volume por árvore e a homogeneidade da
floresta são favoráveis à mecanização.

Operador
Com a intensificação da mecanização da colheita na década de
90, máquinas com tecnologias avançadas entraram no mercado
38 Lima e Leite

brasileiro, exigindo maior qualificação profissional para serem


operadas. Assim, o operador vem se tornando, atualmente, um dos
principais fatores a serem considerados no processo de adoção de um
sistema mecanizado de colheita. Deve haver grande preocupação com
seu adequado treinamento teórico e prático quanto ao uso e
manutenção dessas máquinas, bem quanto aos aspectos
comportamentais, operacionais, de qualidade e segurança.

Máquinas
O sistema de colheita adotado por uma empresa está diretamente
ligado aos tipos de tratores florestais a serem utilizados para a definição
das etapas do processo de corte e extração. Assim, a escolha das
máquinas requer das empresas uma série de medidas, com o intuito de
atingir, rapidamente, a produtividade esperada. O desenvolvimento de
novas máquinas para a colheita é constante na maioria das empresas, que
adquirem máquinas específicas e adotam novos sistemas. A escolha
adequada de máquinas exige, via de regra, ensaios preliminares. Dentre
os fatores considerados nas análises destinadas à seleção das máquinas,
citam-se: disponibilidade mecânica, reposição de peças, termo e garantia
da revenda, assistência técnica, manual do operador com detalhes de
funcionamento e manutenção preventiva e corretiva, constando dados
como velocidade do deslocamento e do mecanismo de corte, vida útil
prevista, conforto e segurança do operador.

Malha Viária
Para uso intenso de máquinas na colheita é preciso que a
empresa tenha boa rede de estradas florestais e que estas permaneçam
em bom estado de conservação e apresentem dimensões adequadas
para facilitar o transporte e o deslocamento entre os talhões. Estes
fatores são extremamente importantes para a execução da colheita de
madeira de forma adequada, ou seja, buscando-se a máxima
produtividade, segurança, menor custo e menor impacto negativo ao
meio ambiente.
Mecanização 39

Efeitos do Tráfego de Máquinas


Os danos causados aos povoamentos estão relacionados com
alguns dos fatores já descritos. A movimentação das máquinas na área
de corte pode provocar modificações importantes em solos
compactados, como: aumento da resistência à penetração das raízes,
redução da aeração, alteração na disponibilidade de fluxo de água,
calor e nutrientes. Num determinado tempo e local, um desses fatores
pode-se tornar importante para o desenvolvimento das árvores e
dependerá do tipo de solo, das máquinas utilizadas, das condições
climáticas, das espécies e do estágio de desenvolvimento da cultura.
Severos danos às cepas podem ser provocados, em virtude do
cisalhamento do dispositivo de corte (disco, serra ou tesoura) nas
árvores e pela passagem dos rodados sobre elas, influenciando as
futuras brotações, levando o povoamento a uma baixa produtividade.
Em povoamento com reforma após o corte e a extração da madeira
não se levam em consideração os danos causados às cepas pelos
rodados, uma vez que elas serão eliminadas para implantação de um
novo plantio.
Normalmente, o trator florestal é muito pesado. Além disso o
empurra, puxa e levanta as toras e trafega dentro da área de corte
carregado de árvore que caíram. Isso faz com que ele exerça grandes
pressões no solo, provocando mudança em algumas de suas
propriedades físicas. Portanto, certos sistemas mecanizados estão
sendo hoje adotados, após trabalhos realizados pelas empresas e
instituições de pesquisas, mostrando que tratores montados com
rodados de semi-esteiras e esteiras proporcionam melhor distribuição
da carga aplicada ao solo.
Um estudo realizado por Lima (1998) em um sistema
mecanizado de colheita em povoamentos de eucalipto, com o corte
realizado pelo trator Feller-buncher e o arraste das bandeiras de toras
por um trator Skidder, mostrou que a movimentação deste na operação
de arraste nas trilhas de tráfego proporcionou pouco incremento na
resistência do solo à penetração, em comparação com a operação de
corte das árvores realizado pelo Feller-buncher. Este fato mostra que
as primeiras cargas externas aplicadas ao solo na colheita contribuíram
para maior compactação mecânica e que o acréscimo total na
40 Lima e Leite

densidade do solo antes e depois da intervenção das máquinas foi de


19,56% no nível de 0 a 10 cm de profundidade nas trilhas de tráfego.

Principais Características Técnicas


das Máquinas
Os tratores florestais têm características e recursos próprios que
os deixam muito à frente dos tratores agrícolas, constituindo uma
categoria especial, cujas aplicações são comumente o corte, o
processamento e a extração da madeira, que é colocado em um local
de acesso para o transporte florestal. Atualmente, o mercado tem
disponível grande número destes tratores com múltiplos propósitos,
concentrando todas as funções em um só chassi necessitando de
apenas um operador. A produtividade destes tratores é determinada
em função do volume de madeira processada na unidade de tempo.
Alguns deles e suas características serão discutidos a seguir.

Harvester
Este trator, conhecido como colhedor e, ou, processador
florestal, é automotriz e tem a finalidade de cortar e processar árvores
dentro da floresta. Suas características principais são definidas por um
conjunto-motriz de alta mobilidade e boa estabilidade. O seu sistema
de rodados pode ser com pneus em tandem ou esteiras. Existem no
mercado várias marcas e modelos. Hoje, algumas empresas florestais
estão adotando o trator com rodados de esteiras, por entenderem que,
assim, menor pressão será aplicada ao solo, contribuindo para menor
compactação mecânica. Alguns modelos desenvolvidos e utilizados
são oriundos da adaptação de uma retroescavadeira. A cabina,
devidamente fechada, contém sistema condicionador de ar e proteção
contra queda de galhos e árvores. A estrutura da cabina permite uma
movimentação de 180 graus de giro e boa visão, facilitando a ação do
operador. O cabeçote de múltiplas funções é acoplado no braço
hidráulico (lança) da retroescavadeira. Este cabeçote de Harvester, em
associação com a estrutura da retro, é comumente chamado de trator
Harvester. A altura máxima e o comprimento do braço hidráulico
articulado são, em alguns modelos com movimento telescópico,
pontos importantes na seleção. O cabeçote é constituído de braços
Mecanização 41

acumuladores (prensores), que têm a finalidade de segurar e levantar a


árvore após o corte. Este, em alguns modelos, é realizado por uma
serra, um sabre ou um disco. Após o corte, a árvore é posicionada na
horizontal e movimentada por rolos dentados ora para a esquerda, ora
para a direita, de forma que o descasque e o desgalhamento sejam
realizados por uma estrutura metálica de corte. Então, iniciam-se a
toragem e o empilhamento, de acordo com a finalidade da madeira
colhida. Nesse tipo de trator, a movimentação e o acionamento dos
dispositivos que compõem o cabeçote são realizados pelo operador,
que empunha um joystick. Alguns modelos têm um sistema de
informação que determina e registra o volume de madeira processada
no turno de trabalho. A potência do motor varia, conforme os modelos
disponíveis, entre 70 e 170 kW, e o peso total, entre 8,5 e 16,5 t. Este
trator tem sido muito utilizado em povoamentos florestais de alta
produtividade (Figura 2.1).

Fonte: Waratah
Figura 2.1 - Cabeçote de Harvester.
42 Lima e Leite

Feller
No mercado, encontra-se em várias versões e denominações, em
razão da seqüência de atividades executadas por ele. Quanto ao
sistema de rodados, pode ser com pneus ou esteiras. O trator é
conhecido como Feller (derrubador) quando realiza somente o corte e
o tombamento de árvores individuais, não ocorrendo acúmulo em seu
cabeçote. Alguns modelos são adaptações feitas em retroescavadeira,
com um dispositivo hidráulico para tombamento e corte feito na base
da árvore por um sabre com capacidade de corte de até 90 cm de
diâmetro. Este trator apresenta cabina fechada com condicionador de
ar e segurança contra queda de galhos e árvores. Associado a este
trator no sistema mecanizado, é comum o processamento das árvores
por outro trator adaptado com um cabeçote semelhante ao do
Harvester para o traçamento das árvores tombadas. Normalmente,
realiza-se o corte de uma linha de árvore por vez em deslocamento
contínuo ou até a certa distância, em razão do módulo de colheita
adotado.

Feller-Buncher
O Feller-buncher (derrubador-acumulador) é o trator que corta,
acumula várias árvores e tomba-as (bascula), formando feixes de toras
ou de árvores. O cabeçote é uma peça de construção rígida, como em
outros tratores, onde estão localizados o órgão de corte composto por
um disco dentado, ou uma tesoura de dupla ação, ou uma serra, ou um
sabre, e os braços acumuladores, todos acionados por um sistema
hidráulico. O procedimento de corte consiste em fixar a árvore por
duas garras na altura aproximada do DAP e, em seguida, fazer o corte
no nível do solo com o instrumento adequado. Após o corte, é
acionado o braço acumulador, firmando uma árvore no cabeçote,
reabrindo as garras e acionando a máquina de corte para nova
operação, até atingir a capacidade de carga (Figuras 2.2 a 2.6). Este
trator com rodados de pneus pode estar disponível no mercado com
dois eixos-motriz, com chassi articulado e com quatro pneus, ou no
formato triciclo. A versão triciclo possui um eixo-motriz e uma roda
"maluca" na traseira. A potência do motor varia de 50 a 90 kW, e seu
peso total sem carga, em alguns modelos, chega a 20 t, adaptado com
rodado de esteiras. Os feixes formados em ângulos de 45 ou 90 graus,
Mecanização 43

ao longo da linha de plantio, são extraídos pelo trator Skidder até o


local de traçamento.

Fonte: John Deere


Figura 2.2 - Direcionamento do cabeçote de corte a uma árvore,
estando abertos as garras e o braço acumulador.

Fonte: John Deere


Figura 2.3 - Corte de uma árvore, abraçamento e sua sustentação pelo
cabeçote.
44 Lima e Leite

Fonte: Caterpillar
Figura 2.4 - Direcionamento do cabeçote para o próximo corte, com
uma árvore presa pelo braço acumulador e as garras
abertas.

Fonte: John Deere


Figura 2.5 - Transporte de árvore antes do tombamento, realizado pelo
Feller-buncher.
Mecanização 45

Fonte: John Deere


Figura 2.6 - Tombamento realizado pelo Feller-buncher.

Feller-Skidder
Esta máquina realiza o corte com cabeçote similar ao do Feller-
buncher, cortando e acumulando feixes de árvores. Após atingir sua
capacidade de acúmulo, o feixe de árvores é colocado sobre uma
estrutura traseira própria do trator (garra hidráulica), para que seja
realizada a extração. Estes tratores são de grande porte, com potência
de 110 kW, apresentando, na maioria dos modelos, sistemas de
rodados com esteiras ou pneus em tandem.

Slingshot
É uma máquina básica, com cabeçote denominado Slingshot, o
qual permite o corte e o processamento de diversas árvores ao mesmo
tempo, graças à sua capacidade de acumular árvores antes de
processá-las. Normalmente, é utilizada em povoamentos de baixa
produtividade ou naqueles em que a brotação é conduzida para o
segundo e, ou, terceiro cortes.
46 Lima e Leite

Skidder
É um trator florestal arrastador, articulado com tração 4 x 4 e com
pneus nas mesmas dimensões, desenvolvido exclusivamente para o
arraste de madeira. A sua cabina contém sistema condicionador de ar e
estrutura que permite grande mobilidade dentro da área de corte.
Alguns modelos são adaptados com uma garra traseira
telescópica acionada pelo sistema hidráulico ou sistema de cabos de
aço para o arraste dos feixes de toras. A garra traseira é acionada para
abrir e, em seguida, abaixar sobre os feixes de árvores ou toras
compridas e, depois, suspendê-los e arrastá-los até a margem da
estrada, colocando-os perpendicularmente à estrada. Nesta operação, o
trator pode subir sobre as pilhas de toras visando a um melhor
empilhamento, mantendo os feixes com suas bases rentes às dos
outros. Na parte frontal, o Skidder apresenta uma lâmina que auxilia
no nivelamento das toras e na limpeza de vias de acesso. No mercado,
a potência do motor deste trator varia em torno de 100 a 130 kW, e o
peso, entre 10 e 16,3 t. O seu uso tem de ser bem planejado para
minimizar as passadas dos pneus sobre as cepas. Normalmente, ele
trabalha arrastando-se paralelamente ao alinhamento do plantio. Em
áreas de plantio seguindo as curvas de níveis do terreno, o
alinhamento do povoamento do talhão não forma um ângulo de 90
graus com a estrada, o que pode ser um complicador para o arraste,
danificando as cepas. O desempenho operacional é afetado pela
distância de arraste. À medida que aumenta a distância de arraste para
um mesmo volume de madeira, o seu rendimento diminui.
Existem três tipos básicos de Skidders: com cabo, com garra e
com garra e grua (Figura 2.7).
Mecanização 47

Fonte: Caterpillar
Figura 2.7 - Skidder com garra.

Guincho Arrastador
É uma máquina formada por um trator agrícola de rodas e um
guincho com grande capacidade de carga, acoplado e acionado pela
tomada de potência (TDP) do trator, com a finalidade de extrair
madeira em áreas de difícil acesso. Algumas empresas florestais
utilizam este sistema em regiões de topografia acidentada, sendo a
retirada da madeira feita por arraste direto, o que provoca sulcos no
terreno. Em alguns modelos, o guincho pode ter até 200 metros de
cabo de aço, com uma de suas extremidades fixa a um carretel. Faz
parte ainda deste equipamento um gancho metálico, que é fixado à
outra extremidade do cabo. O rendimento operacional deste
equipamento é afetado pela distância de arraste e pela declividade do
terreno, bem como pelo módulo de trabalho e treinamento da equipe.

Forwarder
Máquina com grua hidráulica e caçamba, também conhecida
como trator florestal transportador. Pode ser dotada de sistemas de
48 Lima e Leite

rodados de pneus em tandem ou esteiras, com chassi articulado,


possibilitando a diminuição do raio de giro nas manobras dentro do
talhão. A este trator é adaptada uma cabina de proteção ao operador,
com sistema condicionador de ar e assento giratório, facilitando a ação
e visibilidade na operação. Faz-se o seu carregamento por um braço
hidráulico articulado e telescópico acoplado a uma garra com
movimento de abrir e fechar. Sua função é retirar a madeira de dentro
dos talhões, levando-a para as margens das estradas. O seu uso é mais
comum em sistemas mecanizados, em que o corte e o processamento
das árvores são realizados por um Harvester. Ele se movimenta no
talhão, posicionando-se próximo aos feixes de toras. Acionam-se,
hidraulicamente, calços que permitem o posicionamento do braço de
carregamento em um ângulo de 90 graus com o plano longitudinal do
trator, com o objetivo de minimizar o momento provocado após o
abraçamento e a suspensão das toras pelo braço, com um alcance
aproximado de sete metros. Na seqüência, processa-se o carregamento
de sua caçamba de comprimento variável, adaptada com estruturas
laterais que permitem o empilhamento das toras. O comprimento
destas pode variar de acordo com os diferentes sistemas de colheita,
sendo o mais comum o de até 6 metros. No mercado encontram-se
várias marcas e modelos, com o peso variando de 9 a 12 t e potência
do motor na ordem de 70 a 120 kW. A distância dos deslocamentos
carregado e vazio influencia o rendimento no seu ciclo operacional
mas o carregamento e o descarregamento são os elementos do ciclo
operacional mais importante por consumirem até 85% do tempo total.
A capacidade de carga varia entre 10 e 19 t, e os pontos de
carregamento devem ser levados em consideração no planejamento da
operação. Inclinação maior que 40 graus da área de colheita pode
limitar o tráfego dessa máquina.

Traçador
Esta máquina é conhecida por garra traçadora. É adaptada em
uma retroescavadeira, normalmente com rodados de esteiras, cuja
função é o traçamento de fustes. Nos últimos anos, seu uso tem sido
bastante difundido como substituição às atividades exercidas pelos
motosserristas. É usada em sistemas mecanizados de colheita que
adotam o Feller ou o Feller-buncher e o Skidder. O traçador trabalha
próximo das margens da estrada, pegando os feixes de toras (fuste),
Mecanização 49

realizando traçamento e formando pilhas de toras para posterior


carregamento. A distribuição de peso e potência é similar à do
Harvester. Os circuitos do braço e o cabeçote de corte, giro e
deslocamento são acionados por um sistema hidráulico composto de
duas bombas de deslocamento variável e pistões axiais (Figura 2.7).

Fonte: John Deere


Figura 2.8 - Garra traçadora.

Avaliação de Máquinas Florestais


Nas últimas décadas houve modernização dos sistemas de
colheita, principalmente com a introdução da mecanização intensiva,
devido aos seguintes fatores: grande demanda pelos produtos e
subprodutos da madeira nos mercados interno e externo; expansão das
áreas plantadas e aumento da produtividade das florestas, alto custo e
pouca disponibilidade de mão-de-obra no campo; e grande avanço
tecnológico das indústrias de maquinário, que têm posto no mercado
diferentes opções de máquinas e equipamentos. Entretanto, de acordo
com Lima (1998), ainda têm sido colocados no mercado diversos tipos
de máquinas sem acessórios indispensáveis à realização de
50 Lima e Leite

determinado trabalho com conforto e segurança, que demonstra que


seus fabricantes, pelo menos aparentemente, não vêm se preocupando
com isto. A introdução da mecanização requer das empresas a adoção
de uma série de atitudes, com o intuito de se atingir, rapidamente, a
produtividade esperada. Uma dessas atitudes é a escolha adequada de
máquinas e equipamentos dentro de determinado sistema, que, via de
regra, pode ser realizada por intermédio de ensaios.
Segundo Mialhe (1996), os ensaios de máquinas evidenciam, na
prática, as características técnicas e operacionais de espécimes
apresentados nos centros de ensaios, seguindo-se de procedimentos
normatizados que constituem um dos principais instrumentos para a
homologação e certificação de conformidade destas. Podem-se
conseguir, por meio dos ensaios, informações precisas de
determinados atributos de cada máquina, tanto para os fabricantes
quanto para seus usuários. Os ensaios podem, também, criar
parâmetros técnicos para projetos futuros (apoio ao desenvolvimento
tecnológico), bem como contribuir para a correção de erros em
projetos de máquinas submetidas à avaliação.
A realização de ensaios requer, portanto, a existência, a priori,
de normas técnicas, definindo os principais parâmetros e
características dos tratores a serem levados em consideração durante a
avaliação. Algumas características e parâmetros técnicos relevantes,
relacionados aos aspectos dimensionais, ponderais, ergonômicos e
operacionais e mecânicos, bem como ao raio e espaço de giro,
segurança e funcionalidade, devem ser considerados em ensaios de
tratores florestais.

Ensaios de Máquinas Florestais


Ressalta-se inicialmente que, no Brasil, não existem normas
específicas no âmbito da ABNT ou de outras entidades normatizadoras
internacionais que definem características e parâmetros a serem
considerados em ensaios de tratores florestais. Indiferentemente da
espécie florestal e do sistema de colheita adotado, as condições de campo
irão refletir, com bastante ênfase, no desempenho operacional dos
tratores. Os principais fatores que interferem na colheita mecanizada
devem ser levados em consideração. Cabe salientar ainda que para a
realização de qualquer tipo de ensaio de tratores envolvidos na colheita de
Mecanização 51

madeira deve-se considerar o sistema adotado, bem como o treinamento


dos operadores.

Características Gerais do Trator


Especificação Técnica
Na especificação técnica de um trator devem-se constar alguns
itens prescritos pela NBR 10400 (Métodos de ensaios de tratores
agrícolas), como: identificação do fabricante (nome e endereço);
identificação do trator (marca, modelo, número de série e ano de
fabricação); identificação do motor (fabricante, modelo, número de série,
potência nominal e torque máximo conforme a NBR 5484, que trata de
método de ensaio: motores alternativos de combustão interna de ignição
por compressão a Diesel ou ignição por centelha (Otto) de velocidade
angular variável, rotação nominal de potência máxima, cilindrada, tipo de
aspiração e taxa de compressão); tipo de caixa e número de marchas;
número de eixo-motriz; tipo de rodados, de freio e de direção;
reservatório de combustível e de lubrificantes; estrutura de proteção
contra capotamento (EPCC); sistema condicionador de ar; e sistema
hidráulico.
Além dos itens citados, devem-se constar ainda as curvas
características de desempenho do motor, com os valores corrigidos
segundo a NBR 5484.

Aspectos dimensionais e ponderais


Tratam da caracterização de atributos resultantes da interação
entre dimensões e distribuição da massa do espécime submetido a
ensaio, tendo como norma de referência a NBR 10400. Nesse sentido,
os atributos fornecidos pelo fabricante devem ser comparados com os
determinados durante o ensaio. Os itens a serem considerados devem
ser: largura, comprimento total, altura máxima, projeção da distância
entre os eixos, altura livre, raio estático das rodas dianteira e traseira,
bitolas, posição do centro de gravidade, alturas máxima e mínima do
dispositivo de trabalho, alcance horizontal máximo do dispositivo de
trabalho em relação ao ponto de fixação, largura de abertura do
52 Lima e Leite

dispositivo de trabalho, área útil do dispositivo de trabalho, dimensão


dos rodados e área de contato dos rodados sobre o solo e as massas
dianteira, traseira e total do trator. O dispositivo de trabalho refere-se
ao elemento de corte, processamento, arraste e carregamento,
conforme o tipo de máquina a ser ensaiada.

Raio, espaço e alcance de giro


Constituem também atributos dimensionais, que refletem na
capacidade de manobra de tratores, realizando atividade específica ou
não, tendo como norma de referência a NBR 12566 (trator agrícola –
determinação do raio e espaço de giro – método de ensaio).
De maneira geral, de acordo com estes parâmetros, quanto
menor o valor do raio e espaço de giro do trator mais qualificado este
será para realizar manobras dentro dos talhões do povoamento nas
suas cabeceiras e carreadores, bem como nos pátios de estocagem da
madeira. Além disso, há também redução nos tempos improdutivos
das manobras e redução da área de pisoteio pelos rodados dos tratores.
O alcance de giro é um quesito importante para os tratores que
trabalham com braço hidráulico no corte, processamento e
carregamento, influenciando no planejamento das operações.

Capacidade de levantamento do sistema hidráulico


A verificação deste item é importante para que se conheça a
capacidade de sustentação da bomba do sistema hidráulico. A
capacidade operacional de um trator está diretamente ligada ao
volume de árvores ou toras que ele é capaz de processar em um ciclo
operacional, uma vez que esta máquina é acionada por um sistema
hidráulico.

Parâmetros de Desempenho

Operacionais e mecânicos
Estes parâmetros estão relacionados com o desempenho
operacional do trator ao realizar sua operação específica. Até o
momento, não existem normas técnicas a serem seguidas para o
levantamento desses parâmetros em tratores florestais, levando cada
Mecanização 53

empresa compradora a adotar seus próprios procedimentos técnicos de


avaliação. Nesta análise, devem-se considerar as características
técnicas do trator e as edafoclimáticas do povoamento, bem como o
sistema de colheita adotado.
Recomenda-se considerar, na avaliação de desempenho, alguns
parâmetros, como consumo horário e específico de combustível,
autonomia de combustível, desempenho do sistema hidráulico (força
de levantamento, potência hidráulica e carga sustentada), coeficiente
de tração, relação massa/potência, disponibilidade mecânica,
eficiência, desgaste dos componentes do dispositivo de trabalho,
escalonamento de marchas, produtividade da máquina e interferência
na estrutura física do solo (compactação). Com base nesses
parâmetros de desempenho, pode-se selecionar a máquina mais
adequada e dimensionar o sistema de colheita a ser adotado.

Fatores ergonômicos, de segurança e de


funcionalidade
Estão relacionados com aspectos importantes a serem
observados em uma avaliação ergonômica de máquinas, visando
maior conforto e segurança do operador e maior produtividade durante
a realização do trabalho.
Recomenda-se considerar nesta avaliação alguns parâmetros,
como: acesso ao posto de trabalho (dimensões e posições dos degraus,
manoplas, ângulo de abertura das portas), assento (dimensões e
regulagens gerais), alavancas de controle, pedais e volantes (medidas
com relação ao ponto de referência do assento), esforço físico para
acionamento, condições do posto do operador (espaciais, tipo da
plataforma de apoio, vibração, ruído e térmicas), campo visual do
operador (análises qualitativa e quantitativa), simbologia dos
indicadores no painel e alavancas de comando (verificar conformidade
com a norma brasileira), estrutura de proteção contra capotamento -
EPCC (presença e teste dinâmico), estabilidades longitudinal e
transversal do trator (com e sem carga) e acesso aos reservatórios de
óleo combustível, lubrificante e do sistema hidráulico.
A determinação e o conhecimento desses parâmetros são
importantes para proporcionar uma relação satisfatória do homem com
o ambiente de trabalho, do ponto de vista da saúde, organização e
54 Lima e Leite

segurança, contribuindo para a melhoria da produtividade do operador


e da máquina.
Esta avaliação deve ser realizada tendo como referência as
seguintes normas técnicas ou similares:
ISO 4253 - Agricultural tractors - operator's seating accomodation
dimensions.
ISO 2631/1 - Guide for the evaluation of human exposure to whole-
body vibration.
ISO 3463 - Agricultural and forestry wheeled tractors - protective
structures - dinamic test method and acceptance
conditions.
ISO 5721 - Agricultural tractors: operator's field of vision.
ISO 5131 - Measurement of noise at the operator's position survey
method (Acoustics - Tractors and machinery for
agricultural and forestry).
NBR 9999 - Medição do nível de ruído no posto de operação, de
tratores e máquinas agrícolas.
NBR 8433 - Medição do nível de ruído de passagem.
ISO 789/II - Agricultural tractores - Test procedures - part II:
Hydraulic power and lifting capacity.

Considerações Finais
O conhecimento desses atributos traz diversas informações e
subsídios relevantes sobre o desempenho das máquinas que,
normalmente, são de grande utilidade para os fabricantes, que podem
aperfeiçoar os seus produtos; para os usuários, que podem fazer a
escolha correta da máquina; e na definição do sistema de colheita
adotado.
Ressalta-se que, no Brasil, não existe nenhum órgão de caráter
particular ou oficial credenciado para a realização desses ensaios,
ficando eles normalmente a critério de decisão unilateral do fabricante
ou da empresa florestal. Em virtude disso, cabe salientar a necessidade
da criação de um organismo independente, regulamentador, capaz de
avaliar todos esses atributos, sugerir mudanças e com poderes para
Mecanização 55

autorizar ou não a comercialização do produto avaliado, seja a


máquina brasileira ou importada.

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na compactação do solo florestal. In. SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA
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