S CCSDC Charley
S CCSDC Charley
S CCSDC Charley
Em 2019, Marcão Britto, Heitor Gomes e Pinguim fizeram uma turnê com convidados nos
vocais.[10]
História
Início
Em 1987, Chorão se mudou para Santos, litoral de São Paulo após uma infância
traumática. Passou a se interessar pela prática do skate, chegando a figurar nas
melhores posições do ranking de vários campeonatos brasileiros. Ele teve uma
entrada repentina no cenário musical. Um dia, em um bar local, substituiu o
vocalista de uma banda, quando este precisou ir ao banheiro. Uma pessoa da plateia,
ao vê-lo cantar, fez um convite para integrar sua banda.
Em 1990, quando o baixista saiu, Champignon, com apenas 12 anos de idade, foi
apresentado a Chorão por músicos conhecidos que frequentavam o mesmo estúdio do
cantor, na cidade de São Vicente, para fazer um teste para baixista. Os dois
formaram então a banda What's Up.[13][14] Não há registros da What's Up disponíveis
na internet, mas a banda, segundo relatos, fazia um som semelhante ao thrash metal,
hardcore punk e crossover. As letras eram em inglês e a pegada era como a de bandas
como Biohazard e Suicidal Tendencies.[15] Os dois tentaram divulgar a banda pela
cidade.[14]
O nome Charlie Brown Jr. só foi escolhido pouco tempo após a formação clássica da
banda, quando Chorão atropelou uma barraca de água de coco com o desenho do
personagem Charlie Brown. O "Jr." foi acrescido, nas palavras de Chorão, "pelo fato
de sermos filhos do rock", inspirado por músicos do rock brasileiro à época como
Raimundos, O Rappa, Nação Zumbi e Planet Hemp.[19] A sonoridade do grupo tinha
influências de grupos como Blink-182, Sublime, Bad Brains, 311, Rage Against the
Machine, NOFX e Suicidal Tendencies, misturando hardcore, skate punk, reggae e ska.
Em 1995, já com o nome Charlie Brown Jr., a banda gravou sua segunda demo.
“ "Em 98, o Chorão foi ver o RZO tocar e depois foi ao camarim para nos fazer o
convite para participar do disco do Charlie Brown Jr."[23] ”
Saída de Thiago Castanho
Nadando com os Tubarões foi o último álbum com a formação original do Charlie Brown
Jr.. Após a turnê deste álbum, o guitarrista Thiago Castanho deixou o grupo,
alegando problemas de agenda.
No fim do ano, o Charlie Brown Jr. foi uma das bandas brasileiras que decidiu não
participar do Rock in Rio III que ocorreria em janeiro de 2001, por discordar do
tratamento dispensado às bandas nacionais.[24] Ao mesmo tempo, o guitarrista Thiago
Castanho deixa o grupo alegando divergências pessoais.
Também em 2002, a banda lança seu quinto álbum, Bocas Ordinárias, cujo título se
apropriou de uma expressão lusitana, devido ao sucesso do grupo em apresentações
realizadas em Portugal. A fusão de estilos gerou os hits "Papo Reto (Prazer é Sexo,
o Resto é Negócio)" e "Só por uma Noite", além da versão de "Baader-Meinhof Blues",
da Legião Urbana. Neste álbum, a banda optou por uma sonoridade mais polida,
diferente do disco anterior.
Alguns dias após o incidente, Chorão formalizou um pedido de desculpas via site
oficial da banda.[27] Mesmo assim, alguns dias mais tarde, os Los Hermanos abriram
dois processos contra Chorão, sendo um na cidade do Rio de Janeiro, pedindo
indenização por danos morais e materiais e outro em São Paulo, no qual o grupo
exigiu mais R$ 43 mil para compensar os cachês de shows e eventos que foram
cancelados após a agressão.[35]
Foi neste clima que a banda lançou o álbum Tamo Aí na Atividade, que marca o
retorno de Rick Bonadio, que não produzia um álbum da banda desde Preço Curto...
Prazo Longo, além de algumas inovações na sonoridade, como batidas eletrônicas. O
disco teve como músicas de trabalho as faixas "Tamo Aí na Atividade" e "Champanhe e
Água Benta".
No dia 11 de setembro do mesmo ano, a banda abriu o primeiro show do Linkin Park no
Brasil, que aconteceu na 1ª edição do Chimera Music Festival, no Estádio do
Morumbi, em São Paulo. Este show foi lançado no terceiro DVD do grupo, Charlie
Brown Jr. na Estrada 2003-2004, incluindo imagens inéditas captadas durante sua
última turnê nacional e internacional, incluindo os principais momentos do show
acústico nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Santos, com cenas de bastidores
e galeria de fotos.
Após alguns shows da turnê desse disco num show no Planeta Atlântida em 2005,
Chorão aparentemente emocionado diz: “Tá acabando, eu quero ter mais tempo pra
ficar com você, cuidar melhor de você!”. E em Fevereiro do mesmo ano no Rio de
Janeiro, logo após tirar uma foto com o público de fundo na qual ele disse que iria
fazer um quadro, ele solta: “Hoje eu estou aqui, mas amanhã isso tudo pode
acabar!”[38] Estes discursos evidenciavam cada vez mais que o clima dentro da banda
já não eram mais amistosos, e fortaleciam os boatos sobre o fim da banda.
A banda fez um show em São Paulo no dia 26 de fevereiro de 2005, onde afirmavam que
a banda não acabaria, mas logo após, estranhamente o Charlie Brown Jr. entrou em
férias.[39] Havia mais um show pendente na agenda da banda, que aconteceria em São
Paulo, no dia 15 de abril de 2005.
Por meio do site oficial da banda, Chorão desmentiu os boatos sobre o fim da banda.
[40]
“Esse é um comunicado que eu, Chorão, fundador, líder e compositor do Charlie Brown
Jr. dirijo aos fãs da banda e às pessoas dos meios de comunicação que divulgam e
prestigiam nosso trabalho. Tenho visto todo tipo de especulação à respeito do fim
da banda e venho por meio desta nota dizer mais uma vez a todos que a banda não
acabou, e sim entrou de férias. Tenho consciência de que sou uma pessoa pública e
sou constantemente julgado por indivíduos que não me conhecem, mas tenho certeza de
que tenho os fãs da banda ao meu lado. Estarei nesse período cuidando de projetos
paralelos, como meu filme e um disco solo que irá compor a trilha desse mesmo
filme. Obrigado à todos que tem nos apoiado e a todo o carinho e preocupação dos
fãs”.
Chorão, desmentindo boatos sobre separação, em nota divlgada no site oficial da
banda, em 2005.
Em abril de 2005, Chorão participou sozinho do programa Gordo a Go-Go, da MTV
Brasil, no qual afirmou muito que o Charlie Brown Jr. era a sua vida e que ele só
deixaria de existir quando ele anunciasse. Disse também que nessas férias que a
banda teve, cada um estava cuidando de seus projetos paralelos, Champignon já
pretendia lançar um disco solo, Renato Pelado se dedicava a casa noturna Karuna,
Marcão Britto continuava estudando guitarra e Chorão estaria com uma banda paralela
ao Charlie Brown Jr., banda essa formada com o até então ex-guitarrista Thiago
Castanho. Essa banda faria a trilha sonora do futuro filme O Magnata.
Logo após saber o comunicado dos músicos, Chorão postou uma mensagem no site
oficial da banda desejando sorte aos amigos. Na postagem, ele explicou que ninguém
havia sido mandado embora e que ele estava triste com a saída dos caras.[41]
Um mês após o ocorrido, Champignon aceitou dar uma entrevista à revista Jovem Pan.
Ao ser questionado sobre o motivo de eles estarem saindo da banda e se Chorão era o
fundador, líder e compositor da banda, como alegava ser, o baixista deu a seguinte
resposta[42]:
Divergências musicais não foram. Senão, a gente não teria feito 7 cds juntos. Quem
não é otário sabe disso. O lance da banda foi um desentendimento com o empresário
PIPO e o Chorão comprou a dele. Então eu, o Marcão e o Pelado fomos cada um para um
lado. Tem coisas aí que não podem ser abertas porque são particulares e prefiro nem
falar. Neguinho aí até parou de tocar porque ficou abalado com a situação, não
acreditou. Na boa, eu não quero ficar falando mal do cara (Chorão), jogando bomba,
quero mais que ele fique bem rico, bem milionário e me esqueça. Esqueça a gente.
Tem uma parte que não pode ser falada. Todo mundo gostaria de saber, mas a gente
tem um acordo. (...) Tínhamos uma banda antes, chamada "What’s Up", de covers de
Beastie Boys, Suicidal Tendencies... Isso foi em 1991, 1992, época em que a gente
se conheceu. Eu fundei a banda junto com o Chorão. Sou fundador do CBJr. também,
mas se ele quer falar que foi ele, foda-se – foi ele, então. (...) Ele falou no
Faustão que faz 100% de tudo. Isso é desrespeito com o Marcão, comigo e com o
Pelado. Ele nunca tocou baixo, bateria, porra nenhuma. O que ele fazia era dar as
ideias de boca e de gente desenvolvia.
Champignon, em entrevista à revista Jovem Pan, em junho de 2005.
Nova formação e Imunidade Musical
Contrariando as expectativas sobre o fim da banda, Chorão veio com uma nova
formação para o Charlie Brown Jr. O novo núcleo era baseado na cidade de Santos,
onde a banda surgiu. Thiago Castanho, guitarrista que fez parte dos três primeiros
discos da banda, retornou ao grupo. Dois novos músicos assumiram, respectivamente,
a bateria e o baixo; André Luís Ruas, conhecido como Pinguim; e Heitor Gomes, filho
do baixista Chico Gomes.[43]
Em maio de 2007, a imprensa noticiou que Marcão e Champignon estariam usando o nome
da banda Charlie Brown Jr. indevidamente no exterior. Segundo apurado pelo jornal
Folha Online, chegou aos ouvidos de Chorão a informação de que Champignon e Marcão
fizeram três shows em cidades norte-americanas no fim de abril.[44] A gravadora EMI
divulgou nota afirmando que a marca "Charlie Brown Jr." pertence a Chorão,[45] e
que "a menção da marca, no Brasil e fora dele, da forma que for, é expressamente
proibida, sujeitando quem a utilize as sanções legais cabíveis".[44] Em nota,
Marcão e Champignon se defenderam das acusações, afirmando que eles "não eram
responsáveis pelo material promocional do show".[45]
Em 2008, é lançado o quinto DVD do Charlie Brown Jr., Ritmo, Ritual e Responsa ao
Vivo, gravado no dia 29 de junho de 2007 no Expresso Brasil, na Zona Leste de São
Paulo.
“ "Eu gostaria de comunicar aos fãs e a quem mais possa interessar que o meu
contrato com a banda CBJr. acabou, e não houve interesse de ambas as partes em
renovar o contrato. Boa sorte a todos nós!!!"[46] ”
Em 16 de maio de 2008, a banda participou do programa Estúdio Coca-Cola Zero -
Charlie Brown Jr. e Vanessa da Mata, um episódio do Estúdio Coca-Cola, que foi um
projeto da MTV Brasil em parceria com a Coca-Cola que promoveu a misturas de vários
artistas e bandas de diferentes estilos.[47]
Após sete anos na EMI, a banda assina com a gravadora Sony Music. Novamente com a
produção de Rick Bonadio, a banda lança em setembro daquele ano, o álbum Camisa 10
Joga Bola Até na Chuva. Seu título é um trocadilho por este ser o décimo álbum da
banda, além de ser o primeiro com o baterista Bruno Graveto. O álbum traz a canção
"O Dom, a Inteligência e a Voz", feita a pedido da cantora Cássia Eller, que Chorão
fez para entrar no disco que a cantora iria fazer em 2002. Porém, a cantora faleceu
15 dias após a criação da música. A canção "Me Encontra", foi lançada como primeiro
single do álbum em julho de 2009.
Em 2012, a banda lança seu segundo álbum ao vivo, Música Popular Caiçara, em CD,
DVD e blu-ray, agora com a distribuição do selo independente Radar Records. O álbum
foi gravado em dois shows feitos pela banda no ano anterior, sendo o primeiro, no
dia 23 de setembro no Curitiba Master Hall, com as participações especiais de
Marcelo Nova (Camisa de Vênus) e Márcio Mello; e o segundo, no dia 8 de outubro na
Associação Atlética dos Portuários de Santos, com as participações especiais de
Marcelo Falcão (O Rappa) e Zeca Baleiro.
Nova briga com Champignon
Durante um show da turnê em Apucarana, no Paraná, Chorão criticou Champignon,
afirmando que ele deveria ser muito grato por ter sido aceito de volta ao grupo
"depois de tudo que fez".[50] Após quase cinco minutos, Champignon deixou o palco
quando Chorão disse que iam tocar a canção "O Preço". O show continuou sem o
baixista, e com a plateia gritando "arregou, arregou". A briga virou notícia após
um fã, que gravou todo o discurso de Chorão, divulgar o vídeo com a discussão no
YouTube.[51] Com a repercussão negativa da briga, Chorão e Champignon divulgaram um
vídeo no YouTube, pedindo desculpas aos fãs, e reafirmando suas amizades.[52][53]
A banda estava de férias, com seu último show tendo sido em janeiro em Balneário
Camboriú,[56] e o próximo show estava marcado para o dia 22 de março, no bairro de
Campo Grande, no Rio de Janeiro. "Íamos voltar a tocar no dia 22, mas isso não vai
mais acontecer".[48] Champignon declarou que o futuro da banda era incerto.[56]
Poucos dias antes de sua morte, Chorão divulgou o novo single do Charlie Brown Jr.,
intitulado "Meu Novo Mundo", que seria lançada no próximo álbum do grupo.[57] A
canção foi apresentada no dia 28 de fevereiro de 2013, em visita ao estúdio da
rádio 89FM, em São Paulo.[58] Na semana da morte de Chorão, o Charlie Brown Jr.
dominou a lista de compras eletrônicas no Brasil. No top 10 das músicas mais
compradas da semana, a banda apareceu em nove das 10 posições. O único single da
lista que não era do grupo correspondia à 5ª posição.[59] Além disso, no dia 14 de
março, havia sete discos da banda entre os 200 mais vendidos em uma loja virtual no
Brasil. A coletânea De 1997 a 2007 figurou na segunda posição dos álbuns mais
vendidos deste dia.[60]
A primeira apresentação da banda com o novo nome foi no programa Altas Horas, no
dia 11 de abril de 2013,[64] e a banda foi confirmada como uma das atrações do
festival João Rock 2013.[65] No dia 9 de setembro de 2013, Champignon foi
encontrado morto em sua residência em São Paulo, após ter cometido dois tiros, um
para teste em direção ao chão acertando em um de seus instrumentos e outro na
região de sua boca, resultando em seu falecimento. Câmeras de seguranças flagraram
Champignon fazendo dois gestos: o primeiro de "paz e amor" em direção ao chão; e o
segundo fazendo o gesto de "degola" com dois dedos, sendo uma prévia de seu
suicídio. Sua mulher, grávida de cinco meses, estava na residência e foi levada em
estado de choque ao hospital.[66] Os músicos remanescentes seguiram seus próprios
rumos,[67] com Marcão Britto, Lena Papini e Bruno Graveto se reunindo no grupo
D'Chapas,[68] e todos mais o predecessor de Bruno Graveto no Charlie Brown Jr.,
Pinguim, na banda Bula.[69]
La Familia 013
No dia 8 de outubro de 2013, é lançado o último álbum do Charlie Brown Jr., La
Familia 013, pela gravadora Som Livre,[70] após seu lançamento inicial em setembro
ser adiado devido à morte de Champignon. O disco vazou antes de seu lançamento
oficial no site de streaming Deezer.[71] Segundo comunicado da banda, o título do
álbum tem a ver com o DDD da cidade de Santos, que é 013. O álbum ganhou bastante
notoriedade no cenário nacional e gerou dois singles, "Meu Novo Mundo" e "Um Dia a
Gente Se Encontra".
Atualmente
Os integrantes remanescentes da então formação do Charlie Brown Jr. têm investido
na carreira solo e em projetos paralelos na música como forma de seguir em frente
suas carreiras musicais.[78]
Em novembro de 2013, Bruno Graveto passou a ser baterista da banda Strike. Seu
primeiro show aconteceu na casa de shows Hangar 110 em São Paulo em dezembro do
mesmo ano. Além disso, trabalha no projeto D'Chapas.[78] Ele revelou ao site G1 que
os integrantes do grupo poderiam se reunir em um novo projeto, para formar o
D'Chapas, uma banda que toca rock clássico.
Também em novembro de 2014, Thiago Castanho anuncia sua nova banda, intitulada de
"O Legado", com duas músicas já lançadas, "Mais Um Dia Sem Você" e "Paraíso de
Ilusão".
Em maio de 2015, em entrevista ao site UOL, Alexandre Abrão disse que algumas
músicas inéditas da banda devem ser lançadas em breve. Ele afirmou, no entanto, que
não há data certa para lançar as canções.[80]
“ "Tem algumas músicas que vão sair futuramente, mas nada para esse ano, nem
para o ano que vem, mas quando eu achar que está na hora de mostrar. É
possivelmente um novo CD, mas eu não posso falar. É segredo de estado."[80] ”
No dia 21 de agosto de 2015, em entrevista ao programa Boa da Pan, da Jovem Pan
Curitiba, o filho de Chorão informou que a música "Fina Arte", presente no álbum La
Familia 013, será liberada, em breve, pela primeira vez em sua versão acústica.
Além disso, ele contou que um documentário em livro da banda será lançado até o
final de 2015. Outra novidade revelada por ele foi que o Charlie Brown Jr. será
“namingbrand” em breve, emprestando seu nome para uma marca de cerveja.[81]
Em abril de 2017, foi lançado o livro Eu Estava Lá Também - Um Livro Criado por
Chorão.[83] Pensado em 2011, o livro foi um dos últimos projetos de Chorão, quando
ele ainda estava vivo. Trata-se de um livro de fotografia com imagens de dentro do
estúdio, alguns momentos introspectivos à beira-mar e turnês realizadas entre 2005
e 2012.[84]
Esta notícia, porém, gerou uma série de críticas. Thiago Castanho disse que não
tinha interesse em participar do evento, ao contrário do que foi divulgado, de que
ele não participaria por estar doente. Em um vídeo no Instagram, ele disse: "O
Charlie Brown Jr. não vai voltar porque Charlie Brown Jr. sem Chorão não existe, e
eu não estou doente".[87] Graziela Gonçalves, viúva de Chorão, comentou o assunto
em uma rede social: "Estou recebendo umas mensagens agora perguntando de uma
notícia que saiu aí, a respeito da volta do Charlie Brown Jr., se eu tenho alguma
coisa a ver com isso, se eu concordo, enfim… Não tenho nada a ver com isso e, de
acordo com essa notícia, tem um cara ali que vai fazer parte dessa formação que já,
poxa, já processou a banda, já fez mal pra gente. Quer dizer, acho que o Ale não ia
curtir nem um pouco isso. Enfim, é chato".[88] Para Mauro Ferreira, crítico musical
do portal G1 "Um show de Charlie Brown Jr. sem Chorão é contrariar o discurso
oficial de que o vocalista era insubstituível. É fazer soar uma nota desafinada
porque, no caso, o clichê é verdadeiro: Chorão é mesmo insubstituível, o que
somente alimenta a aura de estranheza em torno dessa volta de Charlie Brown Jr.,
banda que efetivamente morreu em 2013".[89]
Homenagens
Em 2019, a Universal Music preparou uma série de homenagens a Chorão. A primeira
foi o relançamento do single "Zóio de Lula", em comemoração aos 20 anos desta
canção. A releitura da música de 1999, foi lançada nas plataformas digitais no dia
9 de abril, data em que Chorão completaria 49 anos de idade,[90] contendo o
relançamento da versão original, mais uma nova versão da música, gravada por
Hungria Hip Hop, Maneva, Marcelo D2, Nação Zumbi.[91][92][93]
Na ocasião os guitarristas anunciaram uma nova tour que se chamaria "C. Brown JR. -
Tour Celebração 30 anos", a qual não teria o envolvimento do herdeiro de Chorão.
[97]
Turnê Marcão Britto & Thiago Castanho - Charlie Brown Jr. 30 Anos
No dia 7 de abril de 2022 os guitarristas anunciaram de forma oficial uma nova tour
em celebração aos 30 anos do Charlie Brown. A tour foi anunciada nos mesmos moldes
da que havia sido proposta pelo filho de Chorão no ano anterior, reunindo os
antigos membros e contando com Egypcio nos vocais. O primeiro show da nova turnê,
intitulada Marcão Britto & Thiago Castanho - Charlie Brown Jr. 30 Anos, ocorreu no
dia 25 de junho no Qualistage, no Rio de Janeiro.[6]
Em março de 2023 a banda anunciou que o Heitor Gomes optou por deixar o projeto.
[98] A partir disso Denis Mascote, que já tocava junto com Thiago Castanho em seu
projeto solo e também na banda "O Legado", assumiu o posto de baixista da banda.[5]
[99]
Em 2014, o jornalista André Forastieri do portal R7, publicou o livro "O Dia em Que
o Rock Morreu". Nele, há uma passagem que diz[103]:
"Por vinte anos o Charlie Brown Jr. esteve nas FMs, rádios pop, rádios rock, nas
TVs e festivais. Alguma coisa eles tinham. As canções eram rock ligue-os-pontos.
Conectavam com muita gente. As letras de Chorão eram toscas e sinceras. Ganhavam
ressonância e sentido em sua voz malaca. Quando a banda apareceu, era única. Era o
som moderno da Califórnia via Santos, muito brasileiro, galinha, eshperto. Eles
descobriram um mundo lá fora, recriaram esse mundo aqui dentro, e ali reinaram sem
rivais. Mais triste que pensar que o Charlie Brown Jr. morre com Chorão, é
reconhecer que a banda não deixa herdeiros."
O Dia Em Que O Rock Morreu, de Andre Forastieiri.
Mauro Ferreira, crítico musical carioca, afirma que "ao tocar rap, rock e reggae
com a linguagem e os códigos do hardcore, a banda santista estabeleceu empatia
quase imediata com a parcela (imensa) da juventude que se sentia à margem da
sociedade, excluída dos círculos da elite burguesa."
Para Marcelo Moreira, do site Combate Rock, "o Charlie Brown Jr., faz falta ao
cenário do pop rock nacional, ainda que, em termos de qualidade, estivesse longe
das grandes bandas nacionais do gênero. Mesmo em processo de decadência, com alta
rotatividade na formação e nos constantes barracos e polêmicas que envolviam a
banda, Chorão conseguia manter a cabeça acima da água no pântano lamacento que se
tornou o pop rock nacional". Bruno Saruê complementa afirmando que "O Charlie Brown
Jr. mudou completamente o cenário decadente do rock nacional, trazendo o rock de
volta ao mainstream e angariando fãs de outros segmentos musicais, em razão da sua
mistura de ritmos e letras que representavam o sentimento dos jovens na época".
[104]