Cópia Cláudio
Cópia Cláudio
Cópia Cláudio
ACADÊMICO
LUDICIDADE
CIDADE/ESTADO
SETEMBRO DE..........
ACADÊMICO
RESUMO
Tamanho 10 e espçto simples
Palavras-chave:
1 INTRODUÇÃO
É indiscutível a necessidade da existência de brincadeiras para o
desenvolvimento da criança, tanto nos aspectos físicos quanto intelectuais,
emocionais e motores. Na história da humanidade as brincadeiras sempre estiveram
presentes, desde os tempos mais remotos.
O brincar é uma necessidade que todo indivíduo tem, e não deve ser visto
apenas como diversão, uma vez que isso lhe causa prazer. Prazer e brincar não se
dissociam jamais. As brincadeiras são atividades que desenvolvem a comunicação e
a expressão entre as pessoas, associando pensamentos e ações, fantasias e
experiências diversas, que contribuem para a vida adulta de cada indivíduo.
É por meio das atividades lúdicas e dos jogos que se dá a relação da criança
com o mundo. Através do lúdico ela forma conceitos, seleciona ideias e se socializa,
desenvolvendo suas habilidades de forma natural, pois brincando ela aprende a
comunicar-se com outras crianças, ampliando suas relações sociais, interações e
formas de comunicação, sem medo e sempre com prazer.
Os estudiosos da área da Educação afirmam que, apesar das brincadeiras
ajudarem muito no desenvolvimento das crianças, estão se tornando cada vez mais
escassas nas escolas, principalmente por falta de profissionais que buscam no
lúdico as ferramentas necessárias para o desenvolvimento dos alunos em sala de
aula.
Durante observações praticadas em um estágio em Educação Infantil,
realizado por este acadêmico, surgiram questões sobre como facilitar o aprendizado
das crianças. Pesquisando-se sobre métodos de ensino chegou-se até a ludicidade.
Então surgiram mais questões: Quais atividades podem ser consideradas lúdicas?
Qual o propósito didático das brincadeiras? Como relacionar brincadeiras e
conteúdos nas aulas? Qual a Importância do lúdico para a aprendizagem? O
que a ludicidade proporciona para o desenvolvimento das crianças?
Nessa premissa este trabalho buscou como objetivo geral analisar a
importância do lúdico no desenvolvimento e aprendizagem da criança em fase
escolar. E como objetivos específicos:
• Apresentar o brincar como ferramenta de aprendizagem;
• Esclarecer que as atividades lúdicas são quesitos indispensáveis no
processo de ensino e aprendizagem;
• Resgatar a importância do lúdico para o processo ensino-
aprendizagem;
Justifica-se o trabalho pela grande relevância que o lúdico possui no
desenvolvimento motor e psíquico das crianças, uma vez que o brincar faz parte do
cotidiano da criança, e através dele ela se desenvolve plenamente, cresce como ser
social e aprende a criar, seguir e respeitar regras de convívio social. Soma-se a isso
a necessidade de implantá-lo cada vez mais em sala de aula para se evitar o
sedentarismo infantil.
O presente trabalho é composto por cinco seções. A primeira é a introdução,
onde se expõe o tema abordado no trabalho. Na segunda apresenta-se o processo
metodológico utilizado na realização do estudo para se chegar ao objetivo geral
definido. A terceira seção constitui-se na fundamentação teórica, utilizada para
embasamento do trabalho e com base em diversos autores. Na quarta seção
apresentam-se as considerações finais e as referências utilizadas estão expostas na
quinta seção.
2. ASPECTOS METODOLÓGICOS
Este estudo tem caráter bibliográfico exploratório, cujo tema tratado é uma
questão bastante discutida entre vários teóricos da área educacional, na atualidade.
A revisão de literatura, ou pesquisa bibliográfica, é a análise crítica, ampla e
meticulosa das publicações ocorridas de certa área do conhecimento (TRENTINI;
PAIM, 1999). Para Lakatos; Marconi (2010) esse tipo de pesquisa busca colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito sobre determinado
assunto.
Após a coleta de material e leitura dos dados, as principais informações
foram selecionadas, analisadas e compreendidas, para ampliação do conhecimento
do tema estudado. Serão apresentadas e discutidas nos próximos capítulos deste
estudo.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo são abordados de forma simples vários conceitos relacionados
ao tema ludicidade, com a finalidade de fundamentar e explorar o entendimento do
tema proposto neste trabalho.
3.1 Definição de Lúdico/Ludicidade
Lúdico vem do latim ludus que, conforme afirma Huizinga (2004, p. 41)
“abrange os jogos infantis, a recreação, as competições, as representações
litúrgicas e teatrais, e os jogos de azar”.
No dicionário Novo Aurélio encontra-se a definição de lúdico como “relativo a
jogo ou divertimento”, “que serve para divertir ou dar prazer”, “relativo a qualquer
atividade que distrai ou diverte”, para a Pedagogia é “relativo a brincadeiras e
divertimentos, como instrumento educativo” (FERREIRA, 1999).
Para Almeida (2003) ludicidade é todo e qualquer movimento que objetiva
produzir prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante.
Para Kishimoto (2010) o lúdico engloba a proposta de jogos, brinquedos e
brincadeiras, fazendo-se a integração do lúdico com os conteúdos curriculares
propostos, para que todos possam aprender com prazer.
Não é necessário que haja brinquedos em sala de aula para que se possa
realizar uma aula lúdica. Ludicidade está diretamente relacionada com a
atitude do professor, seu envolvimento com a construção do conhecimento
dos discentes. Assim, é preciso que se supere o olhar do lúdico apenas
como sinônimo de jogos e brincadeiras. Se o educador proporciona
momentos de prazer e entrega dos estudantes, situações de integração em
que todos estão envolvidos em prol da consecução de algo, isso é sem
dúvida uma aula lúdica. (MELO, 2018, p. 36)
Para Barros (2009, p.54) o momento do brincar “deve ser percebido como
uma atividade essencial e potencializadora do desenvolvimento, e que proporciona à
criança durante seu processo a capacidade de ler o mundo adulto, opinando e
criticando-o”.
Oliveira (2010, p. 26) afirma “não se pode falar de educação de crianças
sem se falar do brincar, este é um “processo” que atua de forma significativa no
desenvolvimento da criança”. Para o mesmo autor o brincar não pode desmembra-
se da escola, principalmente dos centros de educação infantil. De outro modo, nega-
se à criança o seu direito de ser quem é, um individuo em desenvolvimento pleno,
que se constrói em meio a ludicidade.
As atividades lúdicas integram-se ao dia a dia das pessoas desde a.C.,
forma individual ou coletiva, sempre obedecendo ao espírito e a cultura de cada
época (LEITÃO, 2008, p. 10).
3.3 O Lúdico na Aprendizagem
A aprendizagem é um processo longo e contínuo, que se inicia com
nascimento e só termina com a morte do indivíduo, que evolui a partir dos vínculos e
laços firmados com a família e com a sociedade e aprimora-se no ambiente
educacional através do ensino científico. (Souza, 2016, P. 10).
Ao pensar no lúdico como meio educacional, é preciso situá-lo a partir da
definição de objetivos mais amplos. Para Friedmann (1996) a escola é um elemento
de transformação da sociedade, e tem como função contribuir para que essas
transformações se efetivem, junto com outras instâncias da vida social. Então, o
trabalho da escola deve considerar as crianças como seres sociais e trabalhar com
elas no sentido de que sua integração na sociedade seja construtiva.
Para Fortuna (2000) é necessário o professor encontrar o equilíbrio entre o
cumprimento de suas funções pedagógicas e psicológicas, pois isso contribuirá para
o desenvolvimento da subjetividade e para a construção do ser humano autônomo e
criativo. Portanto, se o professor conseguir conciliar os objetivos pedagógicos com
os desejos do aluno a sala de aula será vista por eles como um lugar prazeroso, de
brincar.
Conforme afirmam Ivo; Oaigen (2015, p.120) não se pode afirmar que o
aluno só aprende brincando, mas as brincadeiras facilitam muito o processo de
aprendizagem e motiva-os para o novo. Para os autores a ludicidade deve ser posta
em prática em forma de aliada à aprendizagem, para que traga ao aluno significado
ao que se aprende.
A ludicidade como forma de aprendizagem é um estímulo para o educando,
pois ela estimula várias áreas do desenvolvimento infantil, como cognitiva, motora e
afetiva. Também desperta as potencialidades através do meio em que a criança se
encontra e dos conteúdos a serem passados, de formas eficientes que causem
estímulos para o aprendizado (PIERS; LANDAU, 1990).
Para Leitão (2008, p. 08) pensar sobre o papel do jogo e da brincadeira na
educação é, antes de tudo, considerá-los uma forma de atividade que não só
acompanha a história do homem, mas também apresenta situações desafiadoras
que contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem escolar.
3.4 O Professor e o Lúdico
“Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que
tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender” (CURY, 2003, p.
17).
Para Almeida (2003) numa visão mais poética, o lúdico deveria ser visto
como uma “jóia didática” a ser requisitada por todo professor, uma vez que traz
diversas possibilidades de educar, seja por meio de jogos, brincadeiras, ou do
teatro, pintura, desenho, e outros. Cada criança possui uma maneira de aprender.
Em vista disso, a escola deve ter várias formas de ensinar para que ela consiga
alcançar a todos, valorizando as individualidades e especificidades. Assim, dentre
outras formas e métodos adotados, o lúdico pode e deve ser visto pelo professor
como uma possibilidade a mais no processo educativo.
Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se
repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia
(jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por
elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens,
criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem as regras e
dar explicações.
O volume 7 de Educação Física expõe que
A maneira de brincar e jogar sofre uma profunda modificação no que diz
respeito à questão da sociabilidade. Ocorre uma ampliação da capacidade
de brincar: além dos jogos de caráter simbólico, nos quais as fantasias e os
interesses pessoais prevalecem, as crianças começam a praticar jogos
coletivos com regras, nos quais têm de se ajustar às restrições de
movimentos e interesses pessoais. Essa restrição é a própria regra.
(BRASIL, 1997, p. 60).
PIERS, M. W.; LANDAU, G. M. O dom de jogar e por que as crianças não podem
prosperar sem ele. São Paulo: Cortez, 1990.