0% acharam este documento útil (0 voto)
19 visualizações5 páginas

Historia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 5

Resumo – História 8 – Matéria para o Mini Teste

A ASCENSÃO DA EUROPA DO NORTE


• Durante a segunda metade do século XVI, o que fora até aí o domínio
dos países ibéricos nos mares sofreu com a concorrência de países do
Norte da Europa - a Holanda, a Inglaterra e a França.
• Estes países defendiam a teoria do mare liberum - o direito de os
povos navegarem e comerciarem nos mares e regiões descobertas.

O IMPÉRIO HOLANDÊS
• A Holanda era o mais rico e próspero dos estados que constituíam as
Províncias Unidas, ou seja, a federação de sete estados independentes
da Espanha desde 1581
• Os Holandeses foram um povo de marinheiros e de mercadores,
tinham uma poderosa marinha mercante, apesar de uma intensa
atividade agropecuária
• Comerciavam entre o Mediterrâneo e o Báltico, servindo de
intermediários entre o Norte e o Sul da Europa
• No início do século XVI, a Holanda tornou-se na primeira força
comercial e financeira da Europa
• Devido à descoberta da América e da rota do Cabo, os Holandeses
passaram a ir, frequentemente aos portos de Lisboa e de Sevilha
• Aí onde carregavam, produtos locais, especiarias e prata americana
• No final do século XVI, a Holanda, lançou-se na rota do Cabo com o
fim de se apoderar das feitorias e tráficos dos reinos ibéricos
• Por isso criou duas poderosas companhias comerciais:
- a Companhia das Índias Orientais, em 1602, que atuava no Índico e
no Pacífico
- a Companhia das Índias Ocidentais, em 1601, cuja ação se
desenrolava na área do Atlântico - África e América
• Para a Holanda foi muito proveitoso a ação das companhias de
comércio
• A Holanda criou um grande império colonial, que ia desde a
Indonésia e Ceilão (no Oriente) à Mina e Cabo (em África) e às Antilhas
e colónia de Nova Amesterdão (na América)
• Fundaram o Banco de Amesterdão, em 1609, que foi o grande centro
financeiro de toda a Europa do século XVII
• O apogeu marítimo e colonial holandês durou até 1670, época em
que a Inglaterra se impôs como primeira potência comercial do
mundo.

O IMPÉRIO INGLÊS
• A rainha Isabel I (1558-1603) e os negociantes de Londres e de
Bristol, em meados do século XVI, tiveram a intenção de alargar os
negócios para além dos mares de Inglaterra
• Assim:
- fizeram explorações geográficas com o fim de descobrirem novas
rotas marítimas para o Extremo Oriente
- os corsários, apoiados pela Coroa inglesa, saquearam os galeões
espanhóis da América e atacaram os litorais da Península Ibérica.
Altura em que se destacaram os corsários ingleses Francis Drake e
Walter Raleigh
- criaram Companhias Comerciais para os tráficos nos mares, com
realce para a Companhia das Índias Orientais, fundada em 1600, com
a finalidade de atuar no Oceano Índico
• As autoridades inglesas publicaram vários Atos de Navegação, com
o fim de desenvolver a marinha
• O Ato de Navegação mais importante é de 1651 e determinava que:
qualquer país estrangeiro só podia transportar para Inglaterra
produtos ou mercadorias do respetivo país ou colónia
• A partir dessa data apenas os barcos ingleses podiam levar para
Inglaterra os produtos das colónias britânicas no Oriente, África e
América.
• Estes Atos contribuíram para desenvolver a marinha mercante e o
comércio ultramarino ingleses, bem como levarem à decadência
comercial da Holanda, país que era a tradicional transportadora de
mercadorias coloniais para a Europa
• Nos finais do século XVII, a cidade de Londres tornou-se a grande
praça financeira da Europa
• Como resultado da grande atividade mercantil e do desenvolvimento
da indústria têxtil, fundou-se o Banco de Londres, em1694
• Com a sua solidez fez com que a libra se tornasse a moeda mais forte
dos negócios europeus
• No século XVIII, os domínios coloniais ingleses expandiram-se no
Oriente e na América do Norte
• Inglaterra tornou-se na primeira potência colonial do mundo

O Antigo Regime Português na 1ª metade do século


XVIII
O PESO DA AGRICULTURA
• Antigo Regime - período da história europeia que se desenrolou
desde o século XVI até às revoluções liberais, ou seja, desde finais do
século XVIII a inícios do século XIX .
• As atividades económicas mais importantes do Antigo Regime eram
a agricultura e os tráficos comerciais .
• A agricultura ocupava a maior parte da mão-de-obra e dava as
matérias-primas para o artesanato (madeira) e para o comércio
(cereais, vinhos, produtos coloniais).
• A agricultura portuguesa era rudimentar, as técnicas agrícolas e as
formas de explorar a terra pouco evoluíram desde a Idade Média.
• Continuava a utilizar-se a força animal e humana, instrumentos de
madeira, adubos de origem animal ou vegetal
• Os campos eram ainda sujeitos a pousio.
• O número considerável de terras estava nas mãos do clero e da
nobreza.
• Estes obrigavam os camponeses a pagarem grandes rendas.
• Em resultado do atraso técnico, dos maus anos climáticos e dos
tributos, a produtividade da terra era muito baixa
• Sucederam-se anos de fome, devido à falta de cereais. No século XVII
o pão constituía a base da alimentação.

A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO MARÍTIMO


• O comércio marítimo teve no Antigo Regime, transformações várias
• Portugal exportava:
- produtos continentais
- vinho, sal
- produtos coloniais – açúcar, tabaco, sobretudo brasileiros
• Importava:
- metais
- armas
- cereais
• Esta forma de comércio era feita com o Mediterrâneo e com o Norte
da Europa.
• No Atlântico, as trocas comerciais faziam-se segundo o comércio
triangular.
• Entre Portugal e África (fornecedora de escravos) e o Brasil (local de
onde recebíamos açúcar e tabaco
• No século XVII o Atlântico tornou-se a principal área económica
portuguesa, suplantando a rota do Cabo para o Índico.
• D. João IV e D. Pedro II criaram companhias para o tráfico com as
colónias, com o fim de estimular o comércio atlântico.

A CRISE COMERCIAL
• A economia portuguesa sofreu uma grande crise, durante a segunda
metade do século XVII.
• Por via dos gastos com a guerra da Restauração e da pouca procura
do sal e da crescente concorrência das potências coloniais - Franceses,
Holandeses, Ingleses - aos nossos produtos brasileiros, Portugal viveu
uma grave crise comercial.
• Os grandes gastos com a importação de produtos de luxo e os
reduzidos rendimentos do Estado, provocaram uma profunda crise
financeira.
• Devido à gravidade da situação, políticos e economistas portugueses
defenderam a aplicação das ideias mercantilistas, já divulgadas
noutros países europeus.
• Um deles foi Duarte Ribeiro de Macedo, nosso representante
diplomático em França.
• Em 1675 propôs como solução uma política de fomento
manufatureiro.
• Com efeito, em França estavam a ser aplicadas por Colbert ideias
mercantilistas de desenvolvimento manufatureiro. Segundo o
mercantilismo, a riqueza de um país dependia da abundância de
metais preciosos. Ora, para os conseguir, devia-se desenvolver as
manufaturas de modo a exportar o máximo e a importar o mínimo.
Por outro lado, com vista a defender a indústria nacional, era
necessário tomar medidas protecionistas, proibindo-se ou limitando-
se a importação de produtos estrangeiros. Desta forma, a balança
comercial seria favorável ao país. Portugal viveu uma das mais graves
depressões económicas da sua história.

O FRACASSO DAS PRIMEIRAS MEDIDAS MERCANTILISTAS


• Em Portugal, as ideias de Colbert foram postas em prática pelo Conde
da Ericeira, ministro de D. Pedro II, entre os anos de 1675 e 1689.
• As suas medidas tendiam para o desenvolvimento do sector
manufatureiro.
• Por isso:
- contratou operários especializados em vários países da Europa,
especialmente em França
- fomentou a manufatura dos lanifícios, em especial na Covilhã,
Fundão e Portalegre, do couro, do ferro, em Tomar e Lisboa e a
construção naval
- fez publicar leis – Leis Pragmáticas - que proibiam o uso de artigos de
luxo e a sua importação
• A política mercantilista do Conde da Ericeira visava evitar a saída de
metais preciosos, como ouro e prata, do país e, por isso evitava o
empobrecimento do país
• Mas a política de fomento manufatureiro do Conde da Ericeira não
deu os resultados esperados porque:
- não tínhamos manufaturas capazes de rivalizar com as estrangeiras
- não possuíamos dirigentes nem técnicos muito capazes
- faltava-nos matéria-prima, dinheiro e meios de transporte.
• Mas a economia portuguesa começou a dar sinais de melhoria, no
fim do século XVII
• Para tal foi importante:
- a recuperação do comércio colonial (em particular dos produtos
brasileiros) nos mercados internacionais
- a descoberta de ouro no Brasil.
A política manufatureira é posta de lado e no ano de 1703 é celebrado,
entre Portugal e a Inglaterra, o Tratado de Methuen.
• Este Tratado fazia com que:
- Portugal colocasse na Inglaterra os seus vinhos em condições
vantajosas
- a Inglaterra, em troca, podia vender os seus tecidos nos mercados
portugueses
• Consequências deste acordo económico:
- a indústria portuguesa de tecidos foi afetada pela concorrência dos
têxteis ingleses
- a cultura de cereais foi prejudicada, devido à plantação da vinha em
terrenos até aí cerealíferos
- o ouro, escoado em grande parte para Inglaterra para equilibrar a
balança comercial, foi pouco aplicado no sector manufatureiro.

A DESCOBERTA DO OURO DO BRASIL


• O ouro brasileiro e os diamantes, descobertos mais tarde,
permitiram à Coroa pagar as importações e o luxo da corte
• Contribuiu para o abandono da política protecionista
• O ouro do Brasil serviu para satisfazer a política faustosa de D. João
V

A SOCIEDADE DE ORDENS
• O Antigo Regime é uma sociedade de ordens ou estados - Clero,
Nobreza, Terceiro Estado ou Povo
• Cada ordem ou estado tinha funções e atividades específicas, direitos
e deveres próprios
• Cada ordem social era formada por vários estratos com importância
social e riqueza distintas.
O clero e a nobreza eram as ordens sociais privilegiadas
• Distinguiam-se pelas regalias, títulos, formas de tratamento e
vestuário
• O povo era sujeito a vários serviços, a rendas e impostos e era uma
ordem que não tinha privilégios
• Havia diferenças entre o alto clero, os bispos e abades e o baixo clero,
os monges e párocos, entre a alta nobreza, que habitava junto ao rei e
a nobreza rural
• A sociedade do Antigo Regime era dividida em estratos e era
hierarquizada
• Em Portugal o mesmo se passava
• O clero e a nobreza portugueses eram proprietários de terras:
- estavam isentos de muitos impostos
- recebiam rendas e pensões
- tinham direito a uma justiça especial
- gozavam do exclusivo de alguns cargos e funções
• O clero ocupava-se do culto, assistência e ensino
• A nobreza estava ligada à administração pública, à vida militar e aos
negócios coloniais
• No Terceiro Estado destacava-se um importante grupo social, a
burguesia
• Estabeleceu-se uma alta burguesia, muito rica, com os cristãos-
novos, que financiava a Coroa a taxas de juro muito altas
• Logo depois a média e a pequena burguesia, os proprietários,
comerciantes, mestres de ofícios
• Por fim, os trabalhadores por conta de outrem
• No fim da escala social, estavam os escravos, oriundos de África -
ocupavam-se de variadas tarefas, na agricultura e serviços domésticos
• Os estratos sociais dividiam a sociedade e distinguiam-se pelos bens,
cargos, privilégios, títulos e vestuário que possuíam e estilo de vida
• Havia pessoas que conseguiam elevar-se na sociedade, passar de um
estrato inferior para um estrato superior, devido à riqueza adquirida
ou aos cargos ou funções públicas que desempenhavam.

Você também pode gostar