EQS U1
EQS U1
EQS U1
Objetivos
Conteúdo Programático
Autoria
Objetivo
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de:
Conteúdo Programático
Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas:
Uma equação diferencial que descreve algum processo físico é chamada, muitas
vezes, de um modelo matemático do processo.
1) 𝑦 ′ = 2𝑥 , que é equivalente a 𝑦 ′ − 2𝑥 = 0
2) 𝑦 ′′ + 𝑦 3 = 0
3) (𝑦 ′′ )3 + 𝑦 ′ = 5𝑦 + 𝑥 que é equivalente a (𝑦 ′′ )3 + 𝑦 ′ − 5𝑦 − 𝑥 = 0
4) (𝑦 ′ )2 + 𝑦 5 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) que é equivalente a (𝑦 ′ )2 + 𝑦 5 − 𝑠𝑒𝑛(𝑥) = 0
Caso as derivadas sucessivas sejam denotadas por 𝑦 ′ , 𝑦 ′′ , 𝑦 ′′′ , 𝑦 (4) … , 𝑦 (𝑛) , dizemos
que a EDO está escrita na notação de Leibnitz.
𝑑𝑦 𝑑²𝑦 𝑑³𝑦 𝑑𝑛 𝑦
Caso as derivadas sucessivas sejam denotadas por 𝑑𝑥 , 𝑑𝑥² , 𝑑𝑥³ , … , 𝑑𝑥 𝑛 , dizemos que a
EDO está escrita na notação de Lagrange.
Todos os exemplos vistos anteriormente podem ser escritos com a
notação de Lagrange. Veja:
𝑑𝑦
1) 𝑑𝑥
= 2𝑥
𝑑²𝑦
2) 𝑑𝑥²
+ 𝑦3 = 0
3
𝑑²𝑦 𝑑𝑦
3) (𝑑𝑥²) + 𝑑𝑥 = 5𝑦 + 𝑥
𝑑𝑦 2
4) (𝑑𝑥 ) + 𝑦 5 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑑𝑦
5) A EDO 𝑑𝑥
= 7𝑥 tem ordem 1 e grau 1.
𝑑²𝑦
6) A EDO 𝑑𝑥²
+ 𝑦3 = 0 tem ordem 2 e grau 1.
7) A EDO (𝑦 ′′ )3 ′
+ 𝑦 = 5𝑦 + 𝑥 tem ordem 2 e grau 3.
8) A EDO (𝑦 ) + 𝑦 5 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) tem ordem 1 e grau 2.
′ 2
Tema 2
Interpretação geométrica e existência e
unicidade de solução de Equações Diferenciais
Dizemos que uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) é uma solução da equação diferencial ordinária
𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑦 ′ , … , 𝑦 (𝑛) ) = 0 se, quando substituída na equação dada, a converte em uma
igualdade.
Exemplo 1
Verificar se a função 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝑥) é solução da EDO: 𝑦 ′′ + 𝑦 = 0
Exemplo 2:
𝒅𝟐 𝒚
Verificar se a função 𝑦 = 𝑒 3𝑥 é a solução da EDO: 𝒅𝒙²
− 𝒚=𝟎
𝑦 = 𝑒 3𝑥 → 𝑦 ′ = 3. 𝑒 3𝑥 → 𝑦 ′′ = 9. 𝑒 3𝑥
𝒅𝟐 𝒚
Com isso, 𝒅𝒙²
− 𝒚 = (9. 𝑒 3𝑥 ) − (𝑒 3𝑥 ) = 8. 𝑒 3𝑥 ≠ 0, e dessa forma a função
não cumpre a igualdade, e, então, não é uma solução da EDO.
Exemplo 3:
Encontrar a solução da EDO: 𝑦 ′ = 8𝑥
𝑦 = ∫ 8𝑥𝑑𝑥 →
𝑥²
𝑦 = 8. +𝐶 →
2
𝑦 = 4𝑥 2 + 𝐶 , 𝑐𝑜𝑚 𝐶 ∈ ℝ
Observe que temos um conjunto formado por infinitas funções que cumprem a EDO (já
que 𝐶 ∈ ℝ é uma constante arbitrária). Essa família de funções é denominada Solução
Geral da EDO.
Como 𝐶 é uma constante arbitrária, podemos substituir, na solução geral, valores para
𝐶, como mostrado a seguir.
𝐶 = 0 → 𝑦 = 4𝑥²
𝐶 = 1 → 𝑦 = 4𝑥 2 + 1
𝐶 = 2 → 𝑦 = 4𝑥 2 + 2
𝐶 = −1 → 𝑦 = 4𝑥 2 − 1
𝐶 = −2 → 𝑦 = 4𝑥 2 − 2
⋮
Exemplo:
Encontrar a solução da EDO: 𝑦 ′ = −3𝑥 2 + 1, que passe pelo ponto (0,1)
𝑦 = ∫(−3𝑥 2 + 1)𝑑𝑥 →
𝑥3
𝑦 = −3. +𝑥+𝐶 →
3
Como procuramos, dentre todas as soluções, a que passa pelo ponto (0,1), iremos
substituir na solução geral as condições 𝑥 = 0 𝑒 𝑦 = 1. Dessa forma:
1 = −03 + 0 + 𝐶 →
𝐶=1
• 1° Forma: 𝑦 ′ = 𝑓(𝑥, 𝑦)
• 2° Forma: 𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑁(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0
Importante saber que as duas formas são equivalentes. Vejamos dois exemplos:
Exemplo 1:
𝒙𝒚′ + 𝒚 − 𝒙𝟑 = 𝟎.
Solução:
𝑥 3 −𝑦
1° Forma: 𝑥𝑦 ′ = 𝑥 3 − 𝑦 ⇒ 𝑦 ′ = 𝑥
𝑑𝑦 𝑥 3 −𝑦
2° Forma: 𝑑𝑥 = 𝑥
⇒ (𝑥 3 − 𝑦)𝑑𝑥 = 𝑥𝑑𝑦
(𝑥 3 − 𝑦)𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0
𝑀(𝑥, 𝑦) = 𝑥 3 − 𝑦 , 𝑁(𝑥, 𝑦) = −𝑥
Exemplo 2:
𝒙𝒚′ = 𝟓𝒚.
Solução:
5y
1° Forma: y ′ = x
dy 5y
2° Forma: dx = x
⇒ 5ydx = xdy
5ydx − xdy = 0
M(x, y) = 5y , N(x, y) = −x
Iremos agora conhecer o primeiro tipo de EDO. Embora simples, é uma equação que
contêm aplicações muito importantes, em especial em engenharia.
Uma EDO de 1ª ordem pode ser classificada como EDO de Variáveis Separáveis se,
de alguma forma, pudermos escrevê-la como:
𝐴(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐵(𝑦)𝑑𝑦 = 0
Dessa forma, basta integrar todos os membros da equação para encontrar a solução
geral.
Exemplo 1:
Obter a solução geral da EDO 𝑦 ′ − 𝑦 = 0
Solução:
Separando as variáveis:
𝑑𝑦
= 𝑑𝑥
𝑦
𝑑𝑦
∫ = ∫ 𝑑𝑥
𝑦
ln 𝑦 + 𝐶1 = 𝑥 + 𝐶2
ln 𝑦 = 𝑥 + (𝐶2 − 𝐶1 )
ln 𝑦 = 𝑥 + 𝐶
Essa é a solução geral da EDO. Vamos explicitar a função 𝑦. Para isso, fazemos:
𝑦 = 𝑒 𝑥+𝐶 = 𝑒 𝑥 . 𝑒 𝐶 = 𝑒 𝑥 . 𝐶
𝑦 = 𝑒 𝑥. 𝐶 , 𝐶 ∈ ℝ
• ln 𝐴 = 𝐵 ⇒ log 𝑒 𝐴 = 𝐵 ⇒ 𝐴 = 𝑒 𝐵
• 𝑘. ln 𝐴 = ln(𝐴𝑘 )
• 𝑒 ln 𝐴 = 𝐴
• 𝑒 𝐴 . 𝑒 𝐵 = 𝑒 𝐴+𝐵
Exemplo 2:
Obter a solução geral da EDO 𝑥𝑦 ′ = −4𝑦
Solução:
Separando as variáveis:
𝑑𝑦 −4𝑦
=
𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑦 −4𝑑𝑥
=
𝑦 𝑥
𝑑𝑦 −4𝑑𝑥
∫ =∫
𝑦 𝑥
ln 𝑦 = −4 ln 𝑥 + 𝐶
𝑦 = 𝑒 −4 ln 𝑥+𝐶 = 𝑒 −4 ln 𝑥 . 𝑒 𝐶 = 𝑒 −4 ln 𝑥 . 𝐶
−4 )
𝑦 = 𝑒 ln(𝑥 .𝐶
𝑦 = 𝑥 −4 . 𝐶
Tema 4
Aplicações de Equações Diferenciais de 1°
Ordem de Variáveis Separáveis em Problemas de
Engenharia
Problema 1:
Um investidor aplica seu dinheiro em uma instituição que remunera o capital investido
𝑑𝐶
de acordo com a equação 𝑑𝑡
= 0,08𝐶. Supondo que o capital investido no instante 𝑡 =
0 seja R$10.000,00, determine o valor do capital aplicado no instante 𝑡.
Solução:
𝑑𝐶
∫ = ∫ 0,08𝑑𝑡
𝐶
ln 𝐶 = 0,08𝑡 + 𝐾
𝐶 = 𝑒 0,08𝑡 . 𝐾
Solução:
𝑑𝑣
𝑎= = 𝛼. 𝑡
𝑑𝑡
𝑑𝑣 = 𝛼. 𝑡. 𝑑𝑡
∫ 𝑑𝑣 = ∫ 𝛼. 𝑡. 𝑑𝑡
𝑡²
𝑣=𝛼 +𝐶
2
Substituindo 𝑡 = 0 𝑒 𝑣 = 9, obtemos:
0²
9=𝛼 2
+ 𝐶 ⇒𝐶=9
Logo:
𝑡²
𝑣=𝛼 +9
2
Substituindo 𝑡 = 3 𝑒 𝑣 = 0, obtemos:
3²
0=𝛼 +9
2
9
𝛼 = −9
2
Ou seja,
𝛼 = −2
Assim,
𝑡²
𝑣 = −2. +9
2
𝑣 = −𝑡 2 + 9
𝑑𝑠
Como 𝑣 = , ficamos com:
𝑑𝑡
𝑑𝑠
= −𝑡² + 9
𝑑𝑡
Separando as variáveis:
𝑑𝑠 = (−𝑡² + 9)𝑑𝑡
Integrando:
∫ 𝑑𝑠 = ∫(−𝑡² + 9)𝑑𝑡
𝑡³
𝑠=− + 9𝑡 + 𝐶
3
Substituindo 𝑡 = 3 𝑒 𝑠 = 0, obtemos:
3³
0=− + 9.3 + 𝐶
3
E assim, 𝐶 = −18. Com isso:
𝑡3
𝑠=− + 9𝑡 − 18
3
Resumo da Unidade
Referências