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TRABALHO EM ALTURA

MATERIAL DIDÁTICO DA AULA 05

PROFESSOR JOSÉ NETO

ANÁLISE DE RISCO E MEDIDAS PREVENTIVAS II

O trabalho nas alturas oferece muitos riscos à segurança e à integridade física dos
colaboradores. Para evitar acidentes e garantir o bem-estar dos funcionários é fundamental conhecer
todos os eventos negativos que podem ocorrer em uma empresa durante o desempenho das
atividades laborais. Por isso, é importante realizar corretamente a análise de risco (AR).
Vale lembrar que, além de prevenir a ocorrência de acidentes por meio da constatação dos
riscos presentes no ambiente de trabalho e adoção de medidas eficazes para eliminá-los, a realização
da AR é fundamental para estar em dia com as obrigações legais, afinal, a Norma Regulamentadora 35
(NR-35) estabelece que ela é uma obrigação do empregador.

IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE RISCO NO TRABALHO NAS ALTURAS

O ambiente de trabalho ou atividade laboral expõe a integridade física e a vida do colaborador


a riscos. No trabalho nas alturas, não é diferente.
Aqueles que desempenham suas funções 2 metros acima do solo estão sujeitos a muitos
riscos, tais como os decorrentes de quedas, da exposição a condições de temperaturas e pressão
adversas, ruídos, choques elétricos etc.
Os tipos de evento danosos que podem ocorrer durante a realização de tarefas nas alturas
podem variar de acordo com a função do trabalhador, afinal, cada atividade possui suas
particularidades e, por isso, oferecem riscos diferentes.
Nesse cenário, a análise de risco é extremamente importante. Por meio de estudos prévios e
minuciosos, ela permite conhecer os riscos oferecidos por tipo tarefa, antever eventuais eventos
negativos e, consequentemente, identificar as medidas necessárias para redução ou eliminação deles.
Assim, ela auxilia na construção e manutenção de um ambiente de trabalho de qualidade e
seguro, bem como para a preservação da integridade física e bem-estar dos colaboradores da
empresa.
No entanto, vale lembrar que a análise de risco só será efetiva se feita da maneira correta, ou
seja, levando-se em consideração, dentre outros fatores, todas as fases da etapa produtiva, o local em
que o serviço é realizado, as condições meteorológicas, os pontos de ancoragem e os riscos de
quedas. Além disso, de tempos em tempos, é necessário atualizar os estudos, afinal novas ameaças
podem surgir.

ANÁLISE DO LOCAL DE TRABALHO

Cada ambiente de trabalho tem suas particularidades e, por isso, oferecem perigos diversos ao
trabalhador. Desse modo, a análise de risco também varia de acordo com o local em que a atividade é
desempenhada.
Para a identificação dos eventos negativos que podem ocorrer na empresa, é fundamental que
os estudos prévios dos riscos levem em consideração o local em que os trabalhadores desempenham
suas funções.
Desse modo, o profissional (ou equipe) responsável pela elaboração da análise deve reservar
um tempo para conhecer o ambiente de trabalho e, inclusive, para conversar com os funcionários que
ali desempenham suas atividades, afinal, aqueles que estão envolvidos nos processos conhecem bem
os perigos que vivenciam no dia a dia.

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

Muito se engana quem acredita que os trabalhadores que desempenham suas atividades em
altura estão sujeitos apenas aos riscos de quedas. Esses colaboradores podem ter sua integridade
física e segurança afetada por condições meteorológicas adversas.
Vale lembrar que a pressão e a temperatura variam à medida que se distancia do nível do mar.
Logo, estes colaboradores podem sofrer com essas variações. Além disso, as condições climáticas
também devem ser levadas em consideração, como, por exemplo, o tempo e intensidade de exposição
solar do colaborador em sua atividade.

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS DE QUEDAS DE MATERIAIS E FERRAMENTAS

Outro ponto importante que o profissional responsável pela elaboração da análise prévia de
risco deve observar e levar em consideração é a possibilidade de quedas de materiais e outros
instrumentos de trabalho.
Normalmente, pode ser que haja pessoas transitando ou, até mesmo, trabalhando, em “níveis”
abaixo do colaborador que está em nível mais alto. Nesses casos, a queda de algum objeto pode
lesioná-las gravemente, principalmente porque a altura da queda aumenta significativamente a força de
impacto do objeto no trabalhador eventualmente atingido.

LISTAGEM DE RISCOS

Após a identificação de todos os perigos presentes no trabalho em altura desempenhados


pelos colaboradores da empresa, é imprescindível listá-los e classificá-los. Isso vai ajudar na
identificação das medidas que podem e devem ser adotadas para garantir a segurança no ambiente de
trabalho.
Vale lembrar que o ideal é que isso seja feito junto aos colaboradores, afinal, eles conhecem
bem as adversidades enfrentadas na realização de suas tarefas. Além disso, nessa etapa, você pode
contar com a ajuda de algumas perguntas, tais como:

 Onde o risco existe;


 Quem está exposto ao perigo;
 Quais as consequências da implementação do risco;
 Quais as probabilidades de ocorrência do evento danoso;
 O que pode aumentar a chances do evento danoso.

ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTROLE

Depois de estudar o local de trabalho, identificar e conhecer todos os riscos a que os


trabalhadores nas alturas estão submetidos, é hora de concentrar todos os esforços na busca e
implementação de medidas que podem reduzir ou evitar eventos negativos na empresa.
Averiguar quais os são os equipamentos de segurança adequados para que os colaboradores
desempenhem suas tarefas de forma segura, desenvolver e fornecer cursos de capacitação e
treinamentos e redesenhar o espaço de trabalho são algumas medidas que ajudam na redução de
riscos.
A conscientização dos trabalhadores também é fundamental para redução dos acidentes,
afinal, de nada adianta estabelecer medidas de segurança se elas não forem adotadas pelos
colaboradores. Por isso, dialogue com a equipe e mostre a importância do uso dos EPIs, além da
adoção dos demais procedimentos de segurança.
Além dessas dicas, na hora de elaborar a análise de risco, é preciso ficar atento ao que diz as
normas. Vale lembrar que, para os trabalhos em alturas, as regras estão previstas na Norma
Regulamentadora 35 (NR-35), do MTE.

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