Material Teórico - Conceitos Básicos de Óptica Geométrica
Material Teórico - Conceitos Básicos de Óptica Geométrica
Material Teórico - Conceitos Básicos de Óptica Geométrica
2. Conceitos iniciais
No âmbito da Óptica Geométrica, a luz é representada por meio de linhas
orientadas indicando a direção e o sentido de sua propagação. Essas linhas são chamadas
de raios luminosos (veja a figura 1).
Os corpos de onde partem os raios luminosos analisados em uma dada situação
são denominados fontes luminosas. Quanto à sua capacidade de emitir luz, uma dada
fonte pode ser classificada em uma das duas categorias: fonte primária, quando emite
luz por conta própria (por exemplo, o Sol, a chama de uma vela ou uma lâmpada acesa),
ou fonte secundária, quando precisa ser iluminada por uma outra fonte para poder emitir
luz (por exemplo, a Lua, os planetas em geral ou uma parede branca). Por esse motivo,
também podemos chamar fontes primárias de corpos luminosos e fontes secundárias de
corpos iluminados.
Figura 1: Raios luminosos representando a luz emitida pela chama de uma vela.
Além disso, podemos também classificar uma dada fonte de acordo com as suas
dimensões relativas. Se as dimensões da fonte forem desprezíveis quando comparadas às
dimensões envolvidas em uma dada situação, diremos que a fonte é pontual (por
exemplo, a chama de uma vela, quando observada de uma distância muito maior que a
altura da chama). Caso contrário, ou seja, quando as dimensões da fonte forem relevantes
para a análise de uma dada situação, diremos se tratar de uma fonte extensa (por exemplo,
uma lâmpada fluorescente tubular que ilumina objetos próximos a ela). Note que uma
mesma fonte luminosa pode ser considerada pontual ou extensa, a depender do contexto.
Para completar essa parte de conceitos iniciais, falta apenas classificar os meios
em que a luz pode ou não se propagar. Tais meios existem em três diferentes tipos:
• Meio transparente: o vácuo ou um material que permite a passagem de luz com
nitidez (por exemplo, o ar ou um vidro limpo);
• Meio translúcido: um material que permite a passagem parcial da luz (por
exemplo, o papel vegetal ou um lençol fino);
• Meio opaco: um material que impede totalmente a passagem da luz (por exemplo,
a madeira ou a cortiça).
4. Aplicações
Vamos agora analisar as consequências dos princípios apresentados acima quando
aplicados a determinadas situações.
Figura 4: Formação da imagem (i) de um objeto luminoso (o) em uma câmara escura.
Como dI < dO, vemos que de fato i < o, ou seja, a imagem é menor que o objeto.
Por fim, se colocamos na face da câmara escura onde a imagem é formada um
material sensível à luz, como um filme fotográfico, então é possível em princípio guardar
aquela imagem na forma de uma fotografia.
4.2 Sombra e penumbra
O princípio da propagação retilínea da luz implica que, em geral, quando houver
um anteparo opaco na vizinhança de uma fonte luminosa, haverá uma região que os raios
luminosos provenientes daquela fonte não conseguem penetrar. Essa região que não
recebe luz é denominada sombra.
Considere, por exemplo, a situação ilustrada na figura 5. Nela, os raios luminosos
provenientes do Sol não são capazes de iluminar as regiões posteriores a um edifício e a
uma pessoa que está de pé, ou seja, há duas regiões de sombra na figura.
Por fim, quando a fonte luminosa em questão for uma fonte extensa, a presença
de um anteparo opaco na sua vizinhança vai dar origem a, além de uma região de sombra,
uma região que é parcialmente iluminada, denominada penumbra. A figura 6 ilustra essa
situação.