Monografia D-Lopes

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Universidade São Tomas de Moçambique

Faculdade de Ciências e Tecnologias de Informação

Diogo Lopes

Implantação de um Sistema de Armazenamento de Dados em Nuvem nas Escolas do


Ensino Geral, como Forma de Garantir a Integridade e Segurança da Informação.

ESTUDO DE CASO: Escola Secundaria Josina Machel - Cidade de Maputo

Maputo, Julho de 2023


Universidade São Tomas de Moçambique

Faculdade de Ciências e Tecnologias de Informação

Diogo Lopes

Implantação de um Sistema de Armazenamento de Dados em Nuvem nas Escolas do


Ensino Geral, como Forma de Garantir a Integridade e Segurança da Informação.

ESTUDO DE CASO: Escola Secundaria Josina Machel - Cidade de Maputo

Projecto de Pesquisa para elaboração de


Monografia para a obtenção do grau de
Licenciatura em: Administração de
sistemas de Informação.

Maputo, Julho de 2023


Índice

DECLARAÇÃO DE HONRA ................................................................................................... 1

DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... 2

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 3

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... 5

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 6

LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................... 7

RESUMO ................................................................................................................................... 8

ABSTRACT ............................................................................................................................... 9

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO................................................................................................ 10

1.1. Contextualização ........................................................................................................ 10

1.2. Delimitação do tema .................................................................................................. 11

1.3. Problema .................................................................................................................... 11

1.4. Justificativa ................................................................................................................ 11

1.5. Objectivos .................................................................................................................. 13

1.5.1. Objectivo Geral................................................................................................... 13

1.5.2. Objectivos Específicos ....................................................................................... 13

1.6. Hipóteses ................................................................................................................ 13

Pergunta de pesquisa ........................................................................................................ 13

1.7. Estrutura do Trabalho ............................................................................................. 13

CAPITULO II – METODOLOGIA, MÉTODOS DE RECOLHA DE MATERIAL .............. 15

1. Metodologia de Pesquisa ............................................................................................... 15

1.1. Metodologia ........................................................................................................... 15

1.2. Classificação da pesquisa ....................................................................................... 16

1.3. Técnicas e Instrumentos para colecta de Dados ..................................................... 17

CAPITULO III: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 18

2. Conceitos Gerais ............................................................................................................ 18


2.1. Como surgiu o Cloud Computing .......................................................................... 20

2.2. Arquitectura de computação em nuvem ................................................................. 21

2.3. Modelos de Serviços .............................................................................................. 23

2.4. Comparação do “Modelo SPI” ............................................................................... 27

2.5. Tipos de nuvens ...................................................................................................... 29

2.6. Segurança em Nuvem............................................................................................. 32

CAPÍTULO IV: CASO A ESCOLA SECUNDÁRIA JOSINA MACHEL (ESJM) ............... 36

4.1. Breve Historial e apresentação da instituição ............................................................ 36

CAPÍTULO V: CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E SUGESTÕES ......................................... 40

5.1. Conclusão................................................................................................................... 40

5.2. Sugestões ................................................................................................................... 40

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 41


1

DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal, o seu conteúdo é
original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na
referência bibliográfica.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Maputo, Agosto de 2023

____________________________________

(Diogo Lopes)
2

DEDICATÓRIA
3

AGRADECIMENTOS
4

EPIGRAFE

Toda Victoria é alcançada com luta e


sofrimento; porém a luta passa, o
sofrimento é apenas temporário, mas a
Victoria que se consegui permanece.

James Allen
5

LISTA DE TABELAS
Tabela 1:Riscos inerentes dos modelos de serviços na nuvem ................................................ 28
Tabela 2:Princípio da Segurança da Informação em um modelo de Nuvem Publica .............. 33
6

LISTA DE FIGURAS
Figure 1:Visão geral de uma nuvem computacional ................................................................ 19
Figure 2:Negócio e alinhamento de Tecnologia da Informação (TI) ....................................... 20
Figure 3:Modelo Visual de Definição de Computação em Nuvem do NIST ........................... 22
Figure 4:Modelos de computação em nuvem ........................................................................... 23
Figure 5:Modelo SPI de Cloud Computing. ............................................................................. 23
Figure 6:Modelo de Cloud Computing SAAS. ........................................................................ 24
Figure 7:Serviço PAAS ............................................................................................................ 26
Figure 8:Modelo de Cloud Computing IaaS. ........................................................................... 27
Figure 9:Funcionamento da Nuvem Comunitária .................................................................... 30
Figure 10:Nuvem híbrida ......................................................................................................... 31
Figure 11:Logotipo da ESJM ................................................................................................... 37
7

LISTA DE ABREVIATURAS
AWS - Amazon Web Services

IAAS - Infraestrutura como Serviço

PAAS - Plataforma como um Serviço

SAAS - Software como Serviço


8

RESUMO

Palavras-chave:
9

ABSTRACT

Keywords:
10

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Neste capítulo são apresentados os aspetos introdutórios do trabalho.

1.1. Contextualização
O presente trabalho surge no âmbito do trabalho de culminação do curso, de licenciatura em
Administração de sistemas de Informação e tem como tema “Implantação de um Sistema de
Armazenamento de Dados em Nuvem nas Escolas do Ensino Geral, como Forma de Garantir
a Integridade e Segurança da Informação, Caso Escola Secundaria Josina Machel - Cidade de
Maputo”.

Diferentes pensamentos nos levam a confirmação de que a Computação em Nuvem é muito


abrangente e uma tecnologia promissora. Com um mercado tecnológico cada vez mais
arriscado e competitivo, há necessidade de criação de novas soluções, modelos, abordagens,
até mesmo diferentes modelos de cobrança por uso e arquitecturas virtuais automatizadas.
Na actualidade muito se fala no termo Cloud Computing, ou seja, computação em Nuvem,
que é a ideia de utilização de recursos computacionais pela web, sem saber ao certo sua
localização física, por isso a ideia de nuvem, possui vantagens de não ter a preocupação com
hardware e nem localização física dos aplicativos. Para Taurion (2009), é uma ideia
extremamente sedutora utilizar os recursos ociosos de computadores independentes, sem
preocupação com localização física e sem investimentos em hardware.

A computação em nuvem possibilita a agilidade necessária no acesso, organização no


armazenamento e fácil acesso aos dados a partir de qualquer lugar. Também proporciona o
acesso móvel via tablets e smartphones, que está em pleno crescimento. A expansão rápida da
utilização destes aparelhos demonstra isso.
A computação em nuvem (cloud computing) é um recurso para empresas que desejam
aumentar a capacidade de processamento e armazenamento de seus dados sem investir altas
quantias em sua estrutura interna. Além da garantia de disponibilidade e segurança contra
catástrofes naturais muito altas, na maioria dos casos, a segurança é muito maior que a
oferecida pelo datacenter interno. A questão de custo de manutenção em relação ao tempo e
investimento financeiro é outro factor que vem motivando organizações a optarem por esse
tipo de solução.
11

1.2. Delimitação do tema


Para a realização do estudo, a pesquisa limitou-se a pesquisa bibliográfica e aplicada.
Igualmente foi usada a entrevista como técnica para a colecta de dados na Escola Secundaria
Josina Machel - Cidade de Maputo”.

1.3. Problema
A maior parte das escolas ainda utiliza métodos tradicionais de armazenamento de dados,
como servidores locais ou mídias físicas, o que torna a informação vulnerável a perdas,
roubos danos ou até mesmos a sinistros.

Problema de pesquisa surge pela falta de segurança e armazenamento fidedigno da


informação nas instituições do ensino geral, devido à ausência de um sistema de
armazenamento de dados online.

Não obstante, esses métodos tradicionais de armazenamentos são condicionados por um


período que pode variar de 5 a 10 anos de arquivo e armazenamento de informações de
diferentes índoles, o que condiciona e fragiliza o sistema de armazenamento de dados nas
instituições públicas de ensino geral, devido a inexistência de um Sistema de armazenamento
seguro, fiável e perene.

1.4. Justificativa
Actualmente a tecnologia é vista como uma das ferramentas chave para o crescimento das
organizações, visto que garante a eficiência nas operações do dia-a-dia e com o avanço
tecnológicos, a informação é um recurso valioso e essencial para a eficiência e o sucesso das
instituições. Portanto, é crucial adoptar medidas para proteger os dados armazenados pelas
escolas, e a computação em nuvem oferece uma solução viável e eficiente para atender a essa
necessidade.

Deste modo a relevância deste tema surge devido a importância da implementação de sistema
de armazenamento de dados em nuvem como forma de garantir a integridade e segurança das
informações nas escolas.

Ao implementar sistema de armazenamento em nuvem nas escolas observa os benefícios


práticos tais:
12

Redução de custos e infra-estrutura: Ao optar por um sistema de armazenamento em


nuvem, as escolas podem reduzir custos significativos associados à infra-estrutura local de
armazenamento de dados.

Backup e recuperação de dados: Um sistema de armazenamento em nuvem permite que as


escolas implementem rotinas de backup automatizadas e facilmente escaláveis. Isso garante
que os dados importantes sejam protegidos contra falhas de hardware, erros humanos,
desastres naturais e outros eventos imprevistos. Além disso, a recuperação de dados é
simplificada, pois as informações podem ser facilmente restauradas a partir de backups
armazenados na nuvem.

Acesso remoto e colaboração: Com o armazenamento em nuvem, os dados podem ser


acessados de qualquer lugar e a qualquer momento, desde que haja uma conexão com a
internet. Isso é especialmente benéfico para as escolas, pois permite que alunos, professores e
administradores acessem facilmente informações relevantes, como materiais didácticos, notas,
horários e documentos administrativos.

Economia de custos: A adopção de um sistema de armazenamento em nuvem elimina a


necessidade de investimentos significativos em infra-estrutura local, como servidores de
armazenamento e sistemas de backup. Isso reduz os custos operacionais das escolas, pois elas
podem aproveitar a infra-estrutura e os recursos fornecidos pelos provedores de serviços em
nuvem, pagando apenas pelos recursos utilizados. Além disso, as escolas podem redireccionar
seus recursos financeiros e humanos para outras áreas prioritárias, como melhoria da
qualidade do ensino e aquisição de novas tecnologias educacionais.

Os sistemas de armazenamento em nuvem oferecem escalabilidade e flexibilidade


permitindo que as escolas ajustem rapidamente o espaço de armazenamento de acordo com
suas necessidades.

Redução de riscos de perda de dados: Ao armazenar dados em servidores locais, as escolas


estão sujeitas a riscos de perda devido a falhas de hardware, danos físicos ou roubo. Com um
sistema de armazenamento em nuvem, esses riscos são minimizados, pois os dados são
armazenados em infra-estruturas redundantes e protegidas em data centers altamente seguros.
Proporciona maior tranquilidade às escolas em relação à segurança e protecção de suas
informações.
13

1.5. Objectivos
Abaixo apresentam-se os objectivos do trabalho.

1.5.1. Objectivo Geral


Implementar um Sistema de armazenamento de dados em nuvem nas Escolas do Ensino Geral
na Cidade de Maputo como forma de garantir a Integridade e Segurança da Informação

1.5.2. Objectivos Específicos


 Identificar o modelo de serviço de Computaçao em Nuvem que atende as necessidades
de uma escola;
 Apresentar os benefícios associados ao uso de um Sistema de armazenamento de
dados em nuvem;
 Avaliar o impacto da implantação de um Sistema de armazenamento de dados em
nuvem nas Escolas do Ensino Geral na Cidade de Maputo.

1.6. Hipóteses
Para responder ao problema identificado na secção anterior consideram-se as seguintes
hipóteses:

H0: O armazenamento de dados em nuvem contribui positivamente no rápido acesso a


informação e na segurança da informação nas instituições de ensino geral.

H1: O armazenamento de dados em nuvem não contribui positivamente no rápido acesso a


informação e na segurança da informação nas instituições de ensino geral.

Pergunta de pesquisa
Até que ponto a criação de um Sistema de armazenamento de dados em nuvem pode
contribuir para a segurança e integridade da informação nas escolas primárias e secundarias
da cidade de Maputo?

1.7.Estrutura do Trabalho
O presente trabalho encontra-se organizado da seguinte ordem:

 Capitulo I – Introdução:
Neste capítulo são abordados aspectos introdutórios

 Capitulo II – Metodologia
14

Neste capítulo são descritas as metodologias utilizadas durante a elaboração do trabalho.

 Capitulo III – Revisão Bibliográfica


Neste capítulo é feita a conceitualização dos aspectos que serão levados a cabo na realização
da monografia.
15

CAPITULO II – METODOLOGIA, MÉTODOS DE RECOLHA DE MATERIAL


No presente capitulo, faz-se a classificação dos procedimentos científicos, a caracterização
das tecnologias e ferramentas utilizadas para realizar este estudo.

1. Metodologia de Pesquisa
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos, em contrapartida,
nem todos os ramos de estudo que empregam estes métodos são ciências. Assim sendo,
concluir que a utilização de métodos científicos não é do domínio exclusivo da ciência, porém
não haja ciência sem o emprego de métodos científicos (Marconi & Lakatos, 2003).

1.1. Metodologia
“A Metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em estudar, compreender
e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa académica”
(Prodanov & Freitas, 2013).
De acordo com (Gil, 2008), “método científico é o conjunto de procedimentos intelectuais e
técnicos adoptados para se atingir o conhecimento”.

a) Método de abordagem: para o presente trabalho foi utilizado o método hipotético-


dedutivo que para (Marconi & Lakatos, 2003), o método hipotético-dedutivo se inicia
pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca da qual formula-se hipóteses
e pelo processo de inferência dedutiva testa-se a predição da ocorrência de fenómenos
abrangidos pelas hipóteses. A partir do problema identificado, serão formuladas
respostas hipotéticas, que serão testadas empiricamente por meio da dedução.

A aplicação deste método é de grande relevância para a pesquisa em causa, pois permitirá
avançar hipóteses, ou seja, respostas antecipadas sobre o problema levantado e posteriormente
validá-las ou refutá-las.

b) Métodos de Procedimento: “foi utilizado o método monográfico este método parte


do princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado
representativo de muitos outros ou mesmo de todos casos semelhantes” (Gil, 2008). O
método monográfico é imprescindível, pois ajuda a fazer um estudo aprofundado no
local de pesquisa de modo a analisar todos os factores que influenciam para o
acontecimento de indisponibilidade de sistemas e analisando todos os aspectos para
deste modo empregar uma solução viável para este problema.
16

1.2. Classificação da pesquisa


a) Quanto a Natureza: quanto a natureza esta pesquisa classifica em Pesquisa aplicada,
que é uma indagação com objectivo de gerar conhecimento para aplicação prática,
assim, solucionando problemas específicos, neste caso problemas de disponibilidade
de serviços de TI. “Envolve verdades e interesses locais” (Prodanov & Freitas, 2013).
Aplicada pois a pesquisa visa analisar os Sistema de Armazenamento de Dados em
Nuvem nas Escolas do Ensino Geral como forma de Garantir a Integridade e
Segurança da Informação, ao aplicar os conhecimentos sobre armazenamento de
Dados em Nuvem para solucionar um problema especifico

b) Quanto a Abordagem: Segundo (Prodanov & Freitas, 2013), “à pesquisa qualitativa


estabelece uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo
indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados
são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e
técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte directa para colecta de dados e o
pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. O processo e seu
significado são os focos principais de abordagem e os pesquisadores tendem a analisar
seus dados indutivamente.
c) Quanto ao Objectivo: Para a presente pesquisa foi escolhida a Pesquisa Exploratória
que para Gil (1991), “preconiza proporcionar maior familiaridade com o problema
com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento
bibliográfico e realização de observação de modo a ganhar experiências práticas com
o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume,
em geral, as formas de Pesquisas bibliográficas e Estudos de Caso.
d) Quanto aos Procedimentos Técnicos: Segundo Prodanov & Freitas (2013), “Quanto
aos procedimentos técnicos, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados necessários
para a elaboração da pesquisa, torna-se necessário traçar um modelo conceitual e
operativo dessa, denominado de design, que pode ser traduzido como delineamento,
uma vez que expressa as ideias de modelo, sinopse e plano”.

Prodanov & Freitas (2013), citam ainda que “o delineamento refere-se ao planeamento da
pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo diagramação, previsão de análise e
interpretação de colecta de dados, considerando o ambiente em que são colectados e as formas
17

de controlo das variáveis envolvidas”. Neste caso específico optou-se pela combinação de
dois procedimentos técnicos, nomeadamente:

1.3.Técnicas e Instrumentos para colecta de Dados


Para facilitar a recolha de dados foi usado as seguintes técnicas de pesquisa: bibliográfica,
aplicada, entrevista, observação e questionário.

 Técnica bibliográfica – segundo Marconi & Lakatos (2007), fundamenta-se em


fontes bibliográficas; ou seja, os dados são obtidos a partir de fontes escritas, portanto,
de uma modalidade específica de documentos, que são obras escritas, impressas em
editoras, comercializadas em livrarias e classificadas em bibliotecas.
 Técnica de entrevista - Gil (2008), diz que esta constitui uma técnica alternativa para
se coletarem dados não documentados sobre determinado tema. É uma técnica de
interação social, uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca obter
dados, e a outra se apresenta como fonte de informação. A entrevista pode ter carácter
exploratório ou ser uma coleta de informações. A de carácter exploratório é
relativamente estruturada; já a de coleta de informações é altamente estruturada.
 Técnica de observação - Gil (2008), é uma técnica que faz o uso dos sentidos para a
apreensão de determinados aspetos da realidade. Ela consiste em ver, ouvir e examinar
os factos, os fenómenos que se pretende investigar. A técnica da observação
desempenha importante papel no contexto da descoberta e obriga o investigador a ter
um contacto mais próximo com o objeto de estudo.
 Técnica de questionário – conforme Lakatos & Marconi (2007), é uma técnica
composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito
de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses,
comportamento presente ou passado. Construir um questionário consiste em traduzir
objetivos da pesquisa em questões específicas.
18

CAPITULO III: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


2. Conceitos Gerais
Abaixo apresentam-se os conceitos gerais do trabalho.

Cloud Computing ou Computação em Nuvem o termo traduzido para o português, o qual


refere se à utilização de recursos providos da internet, sem saber ao certo o sua localização
exacta, por esse motivo é dito que os recursos então nas nuvens.
É grande o seu interesse por diversos factores, como a utilização de recursos da nuvem ou até
mesmo executar aplicações directamente na web.
Com o aumento da banda larga, internet mais rápida, a computação em nuvem cresce junto,
por ser de fácil acesso aos recursos disponibilizados por diversas empresas na web.
Segundo (Taurion, 2009), pode-se dizer que a Computação em Nuvem é um conjunto de
recursos com capacidade de processamento, armazenamento, conectividade, plataformas,
aplicações e serviços disponibilizados na internet.
Por sua vez, Amrhein e Quint (2009), defendem que “a Computação em Nuvem é uma
solução completa na qual todos os recursos de computação (hardware, software, rede,
armazenamento, etc.) são fornecidos rapidamente a usuários à medida que a demanda exige”.
Desta maneira, a nuvem pode realçar a colaboração, agilidade, escalabilidade e
disponibilidade, através de computação eficiente e optimizada.
Neste modelo de negócios possibilitado pelo Cloud Computing, a
Internet passa a ser o cérebro das operações e actividades das
empresas, permitindo que novas capacidades sejam entregues como
serviços pela rede, sem necessidade de aumento de infra-estrutura e
com pagamento atrelado ao uso feito pelos usuários (Intel, 2009).

Para Taurion (2009), o Cloud Computing é um fenómeno muito recente, muito actual que
trará várias vantagens competitivas para as organizações.
Como pode-se constatar existem muitas definições que tentam endereçar a nuvem da
perspectiva de académicos, arquitectos, engenheiros, desenvolvedores, gerentes e
consumidores. Sendo assim, os termos aqui utilizados, focam na definição usada para
profissionais de segurança de Tecnologia da Informação (TI) e redes.
19

A Figura 1 mostra o acesso à nuvem por diferentes dispositivos, já que é necessário apenas ter
acesso à internet.
Figure 1:Visão geral de uma nuvem computacional

Fonte: Moreira et al, (2009)


A Computação em nuvem é uma forma muito eficiente no intuito de maximizar e flexibilizar
os recursos computacionais. Além disso, uma nuvem computacional é um ambiente
redundante e resiliente por natureza. Resiliente pode ser definido como a capacidade de um
sistema de informação continuar a funcionar correctamente, apesar do mau funcionamento de
um ou mais dos seus componentes.
Por último, como definição de Cloud Computing temos o parecer 05/2012 relativo à
computação em nuvem do Grupo de Trabalho para a Protecção de dados instituídos pelo
artigo da Directiva 95/46/CE da União Europeia (que trata sobre privacidade e protecção de
dados):
A computação em nuvem consiste num conjunto de tecnologias e modelos de
serviços centrados na utilização e fornecimento via Internet de aplicações
informáticas, de capacidade de tratamento e armazenamento e de espaço de
memória. A computação em nuvem pode gerar importantes benefícios
económicos, uma vez que os recursos a pedido podem ser com bastante
facilidade configurados, alargados e acedidos via Internet (Viggiani; Vellasco,
2014).
Podemos entender computação em nuvem como um modelo computacional disponível com
intuito de abstrair questões de Hardware ou Software para o cliente e que procura utilizar os
recursos de Hardware da melhor forma possível, com o objectivo de evitar desperdício e
agilizar ao máximo as plataformas de desenvolvimento de software ou para sua utilização.
Tem como base a resiliência, elasticidade, escalonamento, pay per use, acessibilidade e
controle no custo de serviço.
20

2.1. Como surgiu o Cloud Computing


O termo Cloud Computing foi criado por um dos Chief Executive Officer (CEOs) – Diretores
Executivos da empresa Google, o senhor Eric Schmidte durante uma de suas palestras no ano
de 2006, porém a tecnologia possui um extenso e antigo histórico, já que na década de 70,
alguns cientistas alemães notaram que o desenvolvimento da internet e das redes de
comunicação se tornaria um espaço virtual sem dono e sem fronteiras, onde diversos tipos de
softwares e informações circulariam e seriam a cessadas por qualquer usuário na rede.
Após isso, os cientistas começaram a estudar as consequências sociais e culturais da nuvem
informativa ao desenvolver o modelo iClouds, que faz parte do projeto Mobile and Ubiquous
Networking via Distributed Overlays (MUNDO) que significa Rede Móvel e Ubíqua por meio
de Camadas Distributivas. Este projecto visa explorar as relações que as pessoas poderão
estabelecer a partir do uso de sistemas pessoais de comunicação, chamados iClouds, muito
semelhantes a alguns sistemas de telefones celulares.
Na década de 60 a 80, a necessidade de negócio se resumia em mercados locais, orientados a
produção e com o objectivo de atendimento a pequenos silos organizacionais, enquanto que
os recursos que atendiam essa demanda eram o hardware, aplicações centralizadas e os níveis
de unidade de negócio suportados pelo Mainframe.
Figure 2:Negócio e alinhamento de Tecnologia da Informação (TI)

Fonte: PAC Paris (2010).


Posteriormente, aproximadamente vinte anos depois, o modelo Client- Server chega ao
mercado para atender necessidades de negócio de mercados regionais, orientados ao cliente e
atendimento a organizações de nível médio, também chamadas organizações matriciais. Essas
requisições têm então nesta época, os softwares, pacotes de aplicativos e o nível de
empreendimento médio como objectivo de TI (Tecnologia da Informação).
21

Mais tarde surge o Cloud/Service Oriented Architecture (SOA) – Arquitectura Orientada a


Nuvem/Serviços, que propõe do ano de 2000 adiante, atender necessidades de negócios
globais, organizações baseadas em conexões de rede e prover um modelo reactivamente
orientado aos negócios, atendido por um sistema ecológico, baseado em serviços de TI e
aplicações compostas.

2.2. Arquitectura de computação em nuvem


Sob a perspectiva da arquitectura, há muita confusão em torno de como a nuvem é tanto
similar e diferente dos modelos computacionais existentes, e como estas similaridades e
diferenças impactam nas abordagens organizacionais, operacionais, e tecnológicas para as
práticas de segurança da informação e de redes.
Na visão da Cloud Security Alliance (2010), as chaves para entender como a arquitectura da
nuvem são baseadas em uma nomenclatura comum e concisa, associada com uma taxonomia
consistente de ofertas de como os serviços e arquitecturas de serviços na nuvem podem ser
interpretadas, mapeadas para um modelo de controlos de segurança e operacionais,
frameworks de análise e gerenciamento de risco, e de acordo com padrões de conformidade.
O que seria então a arquitectura de Computação em Nuvem?
O National Institute of Standards and Technology (NIST) – Instituto Nacional de Tecnologias
Padrão, define a Computação em Nuvem em cinco características, três modelos de serviço e
quatro modelos de implementação.
Além dos modelos de visualização da nuvem e a tecnologia de multiplicação.

2.2.1. Características essenciais da Computação em Nuvem


Baseando-se no modelo do NIST, os serviços na nuvem possuem cinco características que são
essenciais que mostram suas relações e diferenciais em relação às abordagens tradicionais de
computação:
 Amplo acesso a rede: a rede deve estar disponível e ser a cessada através de
mecanismos padrões que indicam o uso por plataformas heterogêneas de thin clients
(clientes leves) ou não (por exemplo, telefones celulares e laptops), além de outros
serviços de software tradicionais ou baseados em nuvem.
 Rápida elasticidade: capacidades podem ser rapidamente e elasticamente
providenciadas, na maioria das vezes automaticamente. Ou seja, o consumidor tem
capacidade disponível e geralmente ilimitada para ser contratada a qualquer hora e em
diferentes quantidades.
22

 Serviços mensuráveis: os sistemas em nuvem automaticamente controlam e


aperfeiçoam o uso de recursos como armazenamento, processamento, largura de banda
ou contas de usuário activas. Com a monitoração, controle e relato de recursos, há
transparência para o provedor e o consumidor do serviço.
 Auto-serviço sob demanda: o usuário pode requerer capacidades computacionais,
como tempo de servidor e armazenamento de rede automaticamente conforme
necessário, sem requerer interacção humana com o provedor de serviços.
 Pool de Recursos: Os recursos de computação do provedor estão reunidos para servir
a múltiplos consumidores usando um modelo multiplicação, com diferenças físicas e
recursos virtuais dinamicamente atribuídos e retribuídos de acordo com a demanda do
consumidor.
A figura a baixo mostra a arquitectura do modelo de computação em Nuvem.
Figure 3:Modelo Visual de Definição de Computação em Nuvem do NIST

Fonte: NIST (2010).


23

2.3. Modelos de Serviços


Em ambientes onde a Computação em Nuvem é aplicada, podemos ter três principais modelos
de serviços. Estes modelos são essenciais, pois definem um padrão de arquitectura para as
soluções de Computação nas Nuvens.
As três classificações são geralmente referidas como “Modelo SPI”, onde “SPI” significa
Software, Plataforma e Infraestrutura (como um Serviço).
Figure 4:Modelos de computação em nuvem

Fonte: De Freitas Lira, 2015.

2.3.1. Software como um Serviço (SAAS)


O Software como Serviço, também chamados de Software as a Service (SaaS), pode ser
definido como a evolução dos Applications Service Providers (ASP) – Provedor de Serviços
de Aplicação, porém diferente devido aos programas que são disponibilizados pelo SaaS não
servirem apenas para uma única necessidade de um usuário singular, mas sim por ser de uso
de diversos de lientes seus respectivos fornecedores.
Figura abaixa mostra a conexão do modelo SPI a internet e aos usuários.
Figure 5:Modelo SPI de Cloud Computing.

Fonte: LEIF (2009).


24

O SAAS pretende mundialmente conquistar os clientes de Cloud Computing, pois o software


desejado pelo usuário é executado no servidor na nuvem, sem necessidade de instalação na
máquina de quem irá usufruir do software. Ou seja, o usuário a cessa o software por meio da
nuvem. Sendo assim, um mesmo software pode ser utilizado por múltiplos usuários, sejam
pessoas ou empresas.
Conforme Aulbach (2009), esse tipo de serviço é executado e disponibilizado por
servidores de responsabilidade de uma empresa desenvolvedora, ou seja, o software é
desenvolvido por uma empresa que ao invés de vendê-lo ou usá-lo para benefício exclusivo,
disponibiliza-o a um custo baixo a uma grande quantidade de usuários.
‫״‬As chances de sucesso aumentam na proporção direta do
comportamento estratégico com o modelo. É absolutamente
necessário identificar as novas oportunidades de negócio e
desenhar as ofertas SaaS para atingir essas oportunidades"

Segundo a Intel (2009):


“Software como um Serviço é uma nova forma de entregar via
web, programas com recursos já disponíveis no mercado, sem
que o usuário tenha necessidade arcar com custos de licença
anuais por uso, como acontece no seguimento de informática”.
A figura abaixo mostra os serviços oferecidos pelo modelo SAAS.

Figure 6:Modelo de Cloud Computing SAAS.

Fonte: IBM (2010).

Exemplos de SaaS são: o site de declaração do imposto de renda que usa o Turbo Tax, o email
GMail ou o Yahoo Mail , o Google Calendar, IBM® Lotus® Live, IBM Lotus Sametime®,
Unyte, Salesforce.com, CRM, ERP, Sistemas de RH, entre outros.
25

 Vantagens do SaaS (Eiti gestão de TI, 2016):


1. Evita gasto de capital com software e recursos de desenvolvimento;
2. Risco de ROI reduzido;
3. Actualizações simplificadas e interactivas;
4. Disponibilidade independente de fronteiras geográficas;
5. Gestão e segurança centralizados;
6. Menor investimento com infra-estrutura e equipes;
7. Facilidade de adopção por todas as equipes.

Batra (2015) refere que:


O modelo Saas é uma forma de distribuição de software ou
serviço no qual a aplicação é hospedada no fornecedor e fica
disponível pela rede aos usuários, sendo que a responsabilidade
de updates, gerenciamento da aplicação, base de dados e do
desenvolvimento é toda do fornecedor.
Não obstante, o pagamento deste pode ser feito anual ou mensalmente, sendo que
normalmente está incluída a licença de software, suporte e outras taxas.

2.3.2. Plataforma como um Serviço (PAAS)


Também chamada como Platform as a Service (PaaS), a Plataforma como Serviço
tem como objectivo implementar aplicações adquiridas ou criadas pelos clientes, em uma
nuvem, usando ferramentas e linguagem de programação suportadas pelo provedor. Ou seja,
este tipo de nuvem provê servidores virtualizados nos quais os usuários podem executar seus
aplicativos ou desenvolver novas aplicações sem se preocupar com o sistema operacional,
servidores, capacidade e armazenamento.
De acordo com a IBM (2010), a Plataforma como Serviço pode suportar todas as
aplicações de bases de dados, ferramentas de desenvolvimento Java e Web 2.0 como sendo
uma camada de serviço.
26

Figure 7:Serviço PAAS

 Vantagens do PAAS (Eiti Gestão de TI, 2016)


1. Altíssimo nível de programação, com baixa complexidade;
2. Possibilidade de desenvolvimento descentralizado (próprio e de terceiros)
3. dentro dos mesmos padrões de qualidade e segurança;
4. Baixo investimento inicial e/ou custo de capital;
5. Fornecedor único para todas as necessidades de desenvolvimento.
Para Amrhein e Quint (2009), essa é a camada na qual vemos a infraestrutura do aplicativo
emergir como um conjunto de serviços. Isso inclui, mas não se limita a middleware como um
serviço, sistema de mensagens como um serviço, integração como um serviço, informações
como um serviço, conectividade como um serviço, etc.
Exemplos de implementação da tecnologia PaaS são: as imagens virtuais do IBM®
WebSphere® Application Server, Amazon Web Services, Boomi, Cast Iron e Google App
Engine.

2.3.3. Infra-estrutura como um Serviço (IAAS)


Infra-estrutura como um Serviço, também conhecido como Infrastructure as a Service (IaaS),
disponibiliza servidores virtuais, redes, armazenamento e software de sistemas desenhados
para aumentar ou substituir as funções de um centro de dados.
Segundo Amrhein e Quint (2009) os serviços de infra-estrutura abordam o problema de
equipar de forma apropriada os datacenters, assegurando o poder de computação quando
necessário. Além disso, devido ao fato das técnicas de virtualização serem comumente
empregados, economias de custos decorrentes da utilização mais eficiente de recursos podem
ser percebidas.
27

Figure 8:Modelo de Cloud Computing IaaS.

Fonte: IBM (2010).

Sendo assim, o consumidor não gerência ou controla as camadas da infra-estrutura na nuvem,


mas tem o controlo sobre o sistema operacional, armazenamento, aplicações e possivelmente
controle limitado de componentes específicos de rede.
Exemplos de serviços de infra-estrutura incluem: servidores, rede, armazenamento e data
center.
Algumas aplicações deste modelo são encontradas no IBM BlueHouse, VMWare, Amazon
EC2, Microsoft Azure Platform, Sun ParaScale Cloud Storage e mais.
Algumas das vantagens de se trabalhar com IaaS são (BORGES et al, 2012, p. 9):
1. A redução de investimentos em hardware, bem como a preocupação com a
depreciação;
2. Eliminação de custos com segurança e manutenção;
3. Optimização do desempenho;
4. Liberação de espaço físico na empresa;
5. Flexibilidade para ampliar e reduzir a capacidade de processamento e/ou
armazenamento.

2.4. Comparação do “Modelo SPI”


Resumo dos modelos dos serviços oferecidos pela nuvem e sua classificação em relação aos
seus riscos. A avaliação do risco cresce de acordo com a movimentação da nuvem, ou seja, se
há uma movimentação de consumidores de IaaS para PaaS e, finalmente, para SaaS, os
modelos de serviço de construção de um sobre o outro, resulta em risco acumulativo, como o
28

provedor da nuvem assume o controlo mais directo, há, portanto, maior risco de segurança
para o consumidor da nuvem.
A Tabela abaixo mostra as características dos riscos dos serviços.
Tabela 1:Riscos inerentes dos modelos de serviços na nuvem

SOFTWARE COMO UM Neste modelo de serviço o consumidor Muito alto


SERVIÇO (SAAS) não administra ou controla a infra-
estrutura subjacente da nuvem. O que
inclui componentes de rede, servidores,
sistemas operacionais, armazenamento
ou capacidade de aplicação individual.
A possível excepção relaciona-se a
algumas configurações específicas do
usuário e de algumas configurações de
aplicativos.
PLATAFORMA COMO Neste modelo de serviço o consumidor Alto
UM não administra ou controla os recursos
SERVIÇO (PAAS) de infra-estrutura da nuvem subjacente,
tais como componente de rede,
servidores, sistemas operacionais, ou
armazenamento. Porém o consumidor
tem controlo sobre os aplicativos
utilizados na hospedagem de aplicativos
e nas configurações de ambientes.
INFRAESTRUTURA Neste modelo de serviço o consumidor Médio
COMO não administra ou controla a infra-
UM SERVIÇO (IAAS) estrutura da nuvem subjacente, mas tem
controlo sobre os sistemas operacionais,
armazenamento de aplicativos
implantados, e os componentes de rede
seleccionados.
Fonte: http://boozallen.com/publications.
29

2.5. Tipos de nuvens


No que se refere à disponibilidade de ambientes de computação em nuvem, temos os tipos de
modelos de implantação. O controlo e o acesso dependem de cada negócio, do tipo de
informação e do nível de visão. É perceptível que certas empresas não pretendem
disponibilizar determinados acessos ou recursos do seu ambiente de computação em nuvem.
Dessa maneira, temos a necessidade de ambientes mais restritos, nos quais alguns usuários
podem utilizar determinados recursos ou serviços somente através da autorização. Os modelos
disponíveis na computação em nuvem podem ser divididos em nuvem pública, privada,
comunidade e híbrida (Moreira et al, 2009).

 Nuvem Pública
As nuvens públicas são aquelas executadas por terceiros. As aplicações são utilizadas por
diversos usuários ou empresas, ficam misturadas nos sistemas de armazenamento. A nuvem
pública avalia questões como desempenho e segurança. O fato de outras aplicações rodarem
no mesmo ambiente é transparente, tanto para o usuário quanto para o prestador de serviço
(Mota, 2010, p. 9).
Os serviços nas nuvens públicas são vendidos por uma organização que faz com que a infra-
estrutura da nuvem fique disponível ao público em geral, a um determinado grupo ou a uma
indústria específica.
Ademais, as nuvens públicas são consideradas serviços fornecidos por um provedor que
gerência a nuvem, sempre oferecendo ao consumidores responsabilidades de instalação,
gerenciamento fornecimento e manutenção.
A nuvem pública é o modelo padrão de cloud computing, na qual o prestador de serviço
oferece os recursos como aplicativos, tais como armazenamento para o público em geral
através da Web. É comum alguns serviços serem gratuitos ou oferecidos em um modelo pay-
per-usage (pague pela utilização).
 Nuvem Privada
As nuvens privadas são serviços oferecidos dentro de uma empresa. A empresa possui
propriedade e gerenciamento sobre a nuvem local e/ou remotamente.
De acordo com Taurion (2009 apud Borges et al, 2012, p. 11), as nuvens privadas
diferenciam-se das demais pois há restrição de acesso, vez que se encontram protegidas pelo
firewall das empresas. Assim, essas aderem à tecnologia e são beneficiadas por suas
vantagens, mas conseguem manter o controle do nível de serviço e sob as regras de segurança
da instituição.
30

Nesse modelo de implantação as políticas de acesso são mais restritivas, aumentando a


segurança e privacidade da organização, o que gera maior interesse em adotá-lo. Outra
vantagem é que o dimensionamento é mais assertivo em relação às necessidades da
companhia, especialmente no que diz respeito às empresas de grande porte.
 Nuvem Comunitária
No que diz respeito à infra-estrutura de nuvem comunitária ou compartilhada, inúmeras
organizações compartilham e suportam uma comunidade específica, com interesses e
preocupações coincidentes (tais como a missão, requisitos de segurança, políticas etc.)
Sua infra-estrutura é compartilhada por um grupo e suporta uma determinada comunidade que
divide interesses.
Este tipo de nuvem pode ser administrado pelas organizações ou por um terceiro e pode
existir no local ou fora do ambiente da empresa.
A figura a seguir destaca o funcionamento da nuvem comunitária:
Figure 9:Funcionamento da Nuvem Comunitária

Fonte: Borges et al. (2012).


 Nuvem Híbrida
A nuvem híbrida, como o próprio nome sugere, é composta por uma ou mais nuvens, de
modo que elas podem ser privadas, de comunidade ou públicas e que permanecem como uma
entidade única, mas ligada por uma tecnologia padronizada ou que habilita dados e
portabilidade de aplicação. Busca-se fornecer aos clientes elementos de TI sem
31

complexidades, em que o provedor da nuvem é responsável pela instalação, gerenciamento,


disponibilização e manutenção.
Um ponto relevante é que esse modelo permite que uma nuvem privada consiga ampliar seus
recursos computacionais a partir de uma reserva de recursos na nuvem pública.
Essa característica possui a vantagem de manter os níveis de serviço, mesmo que haja
flutuações rápidas na necessidade dos recursos.
Nesse modelo de implantação a limitação de acessos não é aplicada. Quanto ao
gerenciamento de rede, a aplicação de técnicas de autenticação e autorização também não é
disponível.
Na figura abaixo podemos entender melhor como é uma nuvem hibrida

Figure 10:Nuvem híbrida

Fonte: Thirawat (2014).

Visualização da nuvem
A Computação em Nuvem pode ser divida em duas seções. São elas: visualização frontal e
traseira.
 Visualização Frontal
A visualização frontal, também chamada front-end (visualização frontal) é modo de
visualização do lado do usuário.
 Visualização Traseira
A visualização traseira, também chamada back-end (visualização traseira) é a nuvem do
sistema.
32

2.6. Segurança em Nuvem


Segundo Castro (2010), a segurança em Datacenters próprios das] organizações
frequentemente é deixada de lado por requisitos funcionais. Na computação em nuvem as
preocupações com segurança são focadas na privacidade dos dados e na segurança, em todo
processo, desde a transferência até o armazenamento. Apesar dessas preocupações, nos
debates sobre segurança na nuvem, normalmente é ignorada a necessidade de criação de
planos de contingência e Acordo de Níveis de Serviço (ANS). Com esses planos e acordos
estabelecidos seria mais fácil garantir confiabilidade para a nuvem.
Na nuvem a privacidade e a portabilidade dos dados são assuntos críticos de
segurança. Levando em consideração o modelo tradicional, onde os dados estão dentro da
organização, o usuário tem a segurança de saber onde seus dados estão armazenados e por
quem estão sendo manipulados, na nuvem ele não tem essas informações. Já no caso da
nuvem os dados estão em um datacenter em algum lugar do mundo e sendo manipulados por
pessoas que o usuário nem imagina quem são.
Esta abstracção dificulta o sentimento de segurança do usuário, e também as garantias que a
empresa de nuvem pode oferecer para seus clientes.
A computação em nuvem não é novidade dos últimos anos, já vem sendo usada há
muito tempo, então os riscos envolvendo a nuvem são conhecidos e não são muito diferentes
dos riscos enfrentados por uma estrutura interna de TI em uma organização. No entanto, não
existe um histórico com os serviços oferecidos hoje na nuvem, o que torna difícil a criação de
padrões firmes para os fornecedores de serviços na nuvem seguirem.
As literaturas actuais indicam a adopção de um modelo de Governança da Segurança
da Informação para minimizar os riscos existentes nos modelos de prestação de serviço na
nuvem. A nuvem é uma agregação de serviços como: aplicativos, aplicativos personalizados,
armazenamento de dados de muitos usuários, e-mails e gestão da infra-estrutura. Esses tipos
de serviços tornam a Nuvem um alvo explícito e propício para invasores.
33

Tabela 2:Princípio da Segurança da Informação em um modelo de Nuvem Publica

Princípios da Segurança Cenário do Risco Questões


Integridade Invasões por hackers aos Quais são as garantias
ambientes da nuvem. sobre a preservação da
Violação de leis de integridade dos dados?
protecção de dados.
Confidencialidade Aplicações de diversos Como é realizada a
Usuários coabitam nos segregação de dados?
mesmos sistemas de Como é protegida a
armazenamento. propriedade intelectual e
Segredos comerciais?
Disponibilidade Recuperação de dados Como é garantida a
Gerenciados por terceiros. arquitectura de
disponibilidade? A
recuperação de
informações críticas, está
sujeita a atrasos?
Autenticidade Verificação da Que recursos são
autenticidade das utilizados na autenticação
entidades comunicantes. e controle de acesso dos
usuários?
Não Repúdio Audibilidade das acções Os usuários do modelo são
executadas por usuários no capazes de negarem suas
sistema. acções?
Fonte: (CASTRO,2010).

Vantagens e Desvantagens da Computação em Nuvem


Uma das maiores vantagens da computação em nuvem é a capacidade de utilização de
aplicativos e acesso a dados através de qualquer dispositivo móvel, com essa capacidade, sem
a necessidade de instalação e licenciamento de softwares (ROSSETO, 2010).
Também podem ser evidenciadas algumas outras vantagens:
 Flexibilidade: Acesso aos dados e aplicativos que estão na nuvem a partir de qualquer
local com acesso a internet independente de sistema operacional e hardware;
34

 Facilidade: De acesso a dados e aplicativos levando em consideração que todos se


encontram centralizados na nuvem e com acesso remoto de qualquer local;
 Controle de gastos: Usuário paga apenas pelos recursos que está consumindo e durante
o tempo que for necessário;
 Redução de custo: Não é necessária a compra de licenças de software, escalabilidade
de recursos sem investimento em infra-estrutura;
 Imediatismo: Fornecimento do serviço em curto espaço de tempo;
 Disponibilidade: Redundância de infra-estrutura dos provedores, acesso rápido, alta
disponibilidade;
 Escalabilidade: Possibilidade de fornecimento de serviços com flexibilidade e
escalabilidade, conforme as necessidades dos usuários;
 Eficácia: Possibilita o crescimento das empresas sem a preocupação de que a infra-
estrutura não está acompanhando;
 Resiliência: Garantia de serviço nos piores cenários.
Porém, a computação em nuvem também apresenta desvantagens. Dentre elas pode-se citar:
 Legislação: Ainda não existe legislação específica para a nuvem que garanta a
segurança dos dados;
 Segurança: Não é possível saber, por parte do cliente, onde realmente seus dados
estão. Podem estar espalhados por datacenters ao redor do mundo;
 Controle: O cliente não interfere na governança dos provedores de nuvem;
 Telecomunicação: No Brasil a infra-estrutura de telecomunicações ainda é precária, o
que gera desconfiança.
Realizando um comparativo entre as vantagens e desvantagens, é possível constatar que
existem muito mais vantagens a serem consideradas do que desvantagens. Porém, não se
devem descartar as desvantagens, pois elas geram alguns questionamentos importantes para a
segurança do usuário da nuvem.

2.6.1. Protecção de dados e informações


A maioria das organizações cita a protecção de dados como o seu problema de
segurança mais importantes. Típicas preocupações incluem a maneira pela qual os dados são
armazenados e a cessados, compliance e requisitos de auditoria e questões de negócios
envolvendo o custo das violações de dados, requisitos de notificação aos danos e valor da
marca. Todos os dados sensíveis ou regulados precisam ser devidamente segregados na infra-
estrutura de armazenamento em nuvem, incluindo os dados arquivados.
35

Criptografia e gerenciamento de chaves de criptografia de dados em trânsito na nuvem


ou dados parados no provedor de dados é fundamental para proteger a privacidade dos dados
e cumprimento de exigências de conformidade. Ou seja, o provedor da nuvem ou o
consumidor de uma nuvem privada (por exemplo), deve ter acesso as chaves de criptografia,
pois a implantação da nuvem pode levantar questões relativas as leis jurídicas, caso haja
violação da informação criptografada. Sendo assim, a implementação da nuvem jamais pode
expor e ameaçar os dados do usuário. Em outras palavras, se os dados envolvidos são críticos,
a assessoria jurídica da organização deve realizar uma revisão completa de todos os requisitos
de segurança antes da implantação nuvem, certificando-se que o provedor pode manter o
controlo sobre a localização geográfica de dados na infra-estrutura.
Em áreas que envolvem usuários e dados com diferentes classes de risco
(tais como serviços públicos e financeiros), o provedor precisa manter a nuvem de dados de
acordo com a escala de classificação do usuário. A classificação dos dados irão reger quem
tem acesso, como esses dados são criptografados e arquivados, e como as tecnologias são
usadas para evitar perda de dados.
36

CAPÍTULO IV: CASO A ESCOLA SECUNDÁRIA JOSINA MACHEL (ESJM)


Neste capitulo apresenta se o estudo de caso e a discussão dos resultados.

4.1. Breve Historial e apresentação da instituição


A Escola Secundária Josina Machel (ESJM) é uma escola pública de ensino secundário geral
sediada na capital Maputo. É situada entre as Avenidas Patrice Lumumba e 24 de Julho no
bairro de Polana no centro da cidade

A escola foi fundada em 1911, passando por diversos estágios e nomes até que, no pós-
independência, ganha a denominação "Josina Machel", prestando homenagem a uma das
figuras femininas mais proeminentes da história do país.

Fundação

O percurso da Escola Secundária Josina Machel começou ainda nos primórdios da República
Portuguesa, numa altura em que não haviam escolas secundárias nas colónias (com notável
exceção de Cabo Verde, Goa e Macau), sendo que os jovens que desejavam completar seus
estudos precisavam obrigatoriamente rumar para a metrópole.

No ano de 1911 Portugal dá o primeiro impulso para a criação de escolas secundárias nas
colónias; na África Oriental Portuguesa é criada, neste mesmo ano em Maputo, a Escola
Comercial e Industrial 5 de Outubro, em alusão ao primeiro aniversário da implantação da
República Portuguesa. Em 1918 a escola muda de nome pela primeira vez, passando a
denominar-se Liceu 5 de Outubro de Lourenço Marques, funcionando nesse período no
Palacete do Largo Serpa Pinto.

No início do ano lectivo de 1920, mudaram-se as instalações para um edifício na Avenida 24


de Julho. Neste edifício, que sofreu diversos melhoramentos e sucessivas ampliações, se
conservou até mudar, em 1952, para o edifício que ocupa actualmente.

Em 5 de Outubro de 1937 a instituição de ensino mudou mais uma vez de nome, passando a
chamar-se Liceu Nacional Salazar, na data em que foi anunciado que o Liceu ganharia novas
e maiores instalações.

Até o início da década de 1950 o Liceu matriculava somente meninos, brancos e mestiços
(ainda não aceitava negros). O primeiro negro a estudar na instituição foi Joaquim Chissano,
no ano de 1951.
37

Pouco depois da independência, em 1976, a instituição perdeu definitivamente o nome


"liceu", passando a denominar-se Escola Secundária Josina Machel (ESJM), passando,
obviamente, à tutela do governo da nova República.

Com o passar do tempo o Edifício Liceu, que comporta a ESJM foi-se degradando-se, de tal
forma que precisou de uma reabilitação, onde esta veio a ganhar vazão em 1994, apadrinhada
pelo Governo da República de Moçambique, conservando a característica arquitectónica que
antes o caracterizou. O edifício foi reinaugurado em 1996.

A figura abaixo ilustra o Logotipo da ESJM

Figure 11:Logotipo da ESJM

Fonte: www.googleacademico.com

PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO


ONLINE PARA ESJM

Uso do serviço IaaS

O serviço Iaas, também conhecido como Infrastructure as a Service, disponibiliza servidores


virtuais, redes, armazenamento e software de sistemas desenhados para aumentar ou substituir
as funções de um centro de dados, e podem ser adoptados por uma organização ou instituição.
Trata-se de uma mudança dos servidores físicos de um data center local para servidores
online, na nuvem.
Para o efeito o serviço Iaas será conectado a uma nuvem privada, por se tratar de uma
infraestrutura em nuvem, porém particular e usada apenas pela instituição. O ambiente físico
pode ser de terceiros, mas há maior controle e possibilidades de personalização.
38

Uso da plataforma nuvem AWS (Amazon Web Services) Cloud

A AWS Cloud é um dos serviços de cloud computing mais utilizados de todos. A Amazon
Web Services é um provedor de serviços de cloud computing que pode ser usado de forma
independente. Ademais, a AWS pode ser usada em conjunto para uma experiência mais
ampla. Usando a AWS e sua Elastic Compute Cloud, pode se criar soluções interativas para
seu website.

Prós:

 A AWS tem muitos casos de uso como migração de nuvens, cloud operations, entrega
de conteúdos, migrações de banco de dados, data lakes, estatísticas, edge computing e
desenvolvimento front-end web e mobile.
 A Elastic Compute Cloud pode ser usada por qualquer setor, como marketing,
publicidade, mídia, entretenimento, varejo, indústrias, serviços financeiros, etc.
 A Elastic Compute Cloud da AWS se sua organização for uma empresa, startup ou do
setor público.
 A Elastic Compute Cloud é fácil de configurar e ser adaptada para iniciantes
 Baixo Cussto na aquisição do Serviço
 Backups de Dados

Contras:

 Podem ocorrer erros em algumas integrações de fontes de dados e infraestruturas


subjacentes.
 Os padrões de chamada na AWS Lambda podem parecer complexos para alguns
utilizadores.
 É necessário melhorar o armazenamento das consultas.

Preços: a AWS tem soluções de preços diferentes, tais como pagamentos sob demanda,
descontos com compras antecipadas e em compras maiores.

Limitações da computação em nuvem

 Uma das desvantagens ou limitações mais comuns da computação em nuvem é que ela
depende de uma conexão de Internet. A computação tradicional usa uma conexão com
fio para acessar dados em servidores ou dispositivos de armazenamento.
39

Vantagens de optar por armazenamento em nuvem

 Não é preciso se preocupar com a capacidade do HD dos servidores físicos da


empresa. O armazenamento em nuvem também reduz custos, pois não demanda
infraestrutura, fios, cabos e muito menos manutenção periódica
40

CAPÍTULO V: CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E SUGESTÕES


Este capítulo tem três secções. A primeira secção apresenta as conclusões, a segunda secção
limitações do estudo e a terceira e última apresenta as sugestões do estudo.

5.1. Conclusão

5.2.Sugestões
41

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
1. Andrade, M. M. (2006) Introdução á Metodologia do Trabalho Científico: elaboração
de trabalhos na graduação, 7ª ed. São Paulo: Atlas
2. Carvalho, J. E. (2009) Metodologia do trabalho científico: “saber fazer” da
investigação para dissertações e teses. 2ª ed. Escolar Editora, Lisboa.
3. Chiavenato, I. (2000), Introdução à teoria geral de administração. Edição
compactada. Rio de Janeiro: Campus
4. Gil, A. C. (1991). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
5. Gil, A. C. (2002), Como Elaborar Projecto de Pesquisa. 4ª ed. Atlas: São Paulo.
6. Gil, A. C. (2008), Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª ed. Atlas: São Paulo.
7. Lakatos, E. M e Marconi, M. A. (2003) Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª
ed. Atlas: São Paulo.
8. Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica.
São Paulo: Editora Atlas S.A.
9. Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do Trabalho Científico:
Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Novo Hamburgo - Rio
Grande do Sul: Universidade Feevale

Páginas da Internet consultados


Apêndices
Vista frontal da ESJM

Fonte: www.googleacademico.com

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