Lei 7 24 - Alteração Estatutos
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Lei 7 24 - Alteração Estatutos
ª série
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
de 19 de janeiro
Sumário: Alteração ao Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução e à Lei
n.º 77/2013, de 21 de novembro.
CAPÍTULO I
Disposição geral
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei procede à segunda alteração ao Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos
Agentes de Execução, aprovado em anexo à Lei n.º 154/2015, de 14 de setembro, alterada pela
Lei n.º 79/2021, de 24 de novembro, e à segunda alteração à Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro,
que cria a Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça, alterada pelo Decreto-Lei
n.º 52/2019, de 17 de abril, adequando-os ao disposto na Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, que
estabelece o regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações públicas
profissionais, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 12/2023, de 28 de março.
CAPÍTULO II
Artigo 2.º
Alteração ao Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução
Os artigos 3.º, 13.º, 15.º, 17.º, 19.º, 20.º, 22.º, 27.º, 31.º a 34.º, 41.º, 46.º, 57.º, 59.º, 69.º, 72.º,
73.º, 75.º a 78.º, 80.º, 81.º, 83.º, 88.º, 89.º, 90.º, 91.º, 94.º, 96.º, 100.º a 103.º, 105.º a 108.º, 115.º,
123.º, 132.º a 134.º, 136.º, 148.º, 154.º, 156.º, 158.º, 159.º, 163.º, 169.º, 179.º, 181.º, 182.º, 183.º,
185.º, 187.º, 192.º, 224.º e 227.º do Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execu-
ção passam a ter a seguinte redação:
«Artigo 3.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
a) [...]
b) Regular o acesso às profissões de solicitador e de agente de execução, pelo reconhecimento
de qualificações profissionais e pela realização de estágio profissional, e o acesso e o exercício
dessas profissões em matéria deontológica;
Diário da República, 1.ª série
c) [...]
d) Elaborar e atualizar o registo profissional dos associados que, sem prejuízo do disposto no
Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), aprovado pelo Regulamento (UE) 2016/679
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016, deve ser público;
e) [...]
f) [...]
g) [...]
h) [...]
i) [...]
j) Exercer o poder disciplinar sobre os seus associados, quando não se encontre legalmente
atribuído a outras entidades, realizando as necessárias ações de fiscalização sobre a sua atuação,
podendo estabelecer protocolos com as entidades públicas dotadas de competências de fiscalização
e regulação conexas com a atividade;
k) [...]
l) [...]
m) [...]
n) [...]
o) [...]
p) [...]
q) [...]
r) [...]
s) Reconhecer as qualificações profissionais obtidas fora de Portugal, nos termos da lei, do
direito da União Europeia ou de convenção internacional, cujos processos, sem prejuízo do RGPD,
devem ser públicos;
t) Participar na cooperação administrativa no âmbito dos procedimentos relativos a presta-
dores e profissionais provenientes de outros Estados-Membros da União Europeia ou do Espaço
Económico Europeu, nos termos do disposto nos artigos 26.º a 29.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de
26 de julho, que estabelece os princípios e as regras necessárias para simplificar o livre acesso e
exercício das atividades de serviços, e no n.º 2 do artigo 51.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, que
transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 2005/36/CE, relativa ao reconhecimento das quali-
ficações profissionais, e a Diretiva 2006/100/CE, que adapta determinadas diretivas no domínio da
livre circulação de pessoas, nomeadamente através do Sistema de Informação do Mercado Interno;
u) Garantir que o exercício da profissão observa o princípio da livre concorrência, e as regras
de defesa da concorrência e de proteção contra a concorrência desleal;
v) [Anterior alínea t).]
3 — A Ordem não pode, por qualquer meio, seja ato ou regulamento, estabelecer restrições
à liberdade de acesso e exercício da profissão em violação da lei e da Constituição, nem infringir
as regras da concorrência na prestação de serviços profissionais, nos termos dos direitos nacional
e da União Europeia.
4 — A Ordem não pode recusar o reconhecimento de habilitações académicas e profissionais
obtidas no estrangeiro que estejam devidamente reconhecidas em Portugal ao abrigo da lei, do
direito da União Europeia ou de convenção internacional, nem sujeitar os detentores dessas habi-
litações a provas, exames ou outro tipo de condições de acesso que não resultem expressamente
das regras em vigor no momento do pedido.
Artigo 13.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) [...]
Diário da República, 1.ª série
d) [...]
e) [...]
f) [...]
g) O conselho de supervisão;
h) [...]
i) (Revogada.)
j) O provedor dos destinatários dos serviços;
k) Os conselhos profissionais e os colégios de especialidade, quando existam;
l) [Anterior alínea g).]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) [...]
d) Presidente do conselho de supervisão;
e) [...]
f) Provedor dos destinatários dos serviços;
g) Os presidentes dos conselhos profissionais e dos colégios de especialidade, quando existam;
h) [Anterior alínea g).]
i) [Anterior alínea h).]
j) [Anterior alínea i).]
k) [Anterior alínea j).]
l) [Anterior alínea k).]
m) [Anterior alínea l).]
5 — [...]
6 — (Revogado.)
Artigo 15.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
5 — As listas de candidatos aos órgãos colegiais da Ordem devem promover a igualdade entre
homens e mulheres, assegurando que a proporção de pessoas de cada sexo não seja inferior a
40 %, salvo se no universo eleitoral existir uma percentagem de pessoas do sexo menos repre-
sentado inferior a 20 %.
Artigo 17.º
[...]
1 — [...]
2 — Salvo no que respeita ao conselho superior, ao conselho de supervisão e ao conselho fiscal,
o bastonário tem direito a assistir às reuniões dos órgãos colegiais da Ordem, na respetiva mesa,
caso exista, tendo o direito de nelas intervir e propor livremente, ainda que não tenha direito de voto.
Artigo 20.º
Competências e obrigações
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) [...]
d) Promover a execução das deliberações da assembleia geral, da assembleia de represen-
tantes, do conselho superior, do conselho geral e do conselho de supervisão;
e) [...]
f) [...]
g) [...]
h) [...]
i) Interpor recurso para o conselho superior das deliberações de todos os órgãos da Ordem, incluindo
do conselho geral e do conselho de supervisão, que julgue contrárias às leis e aos regulamentos;
j) [...]
k) [...]
l) [...]
m) [...]
n) [...]
o) Designar o provedor dos destinatários dos serviços, sob proposta do conselho de supervisão;
p) Apresentar à Assembleia da República e ao Governo, até 31 de março de cada ano, um
relatório sobre o desempenho das atribuições da Ordem, com informação sobre o exercício do
respetivo poder regulatório, nomeadamente sobre o registo profissional, o reconhecimento de
qualificações e o poder disciplinar;
q) [Anterior alínea o).]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
5 — O bastonário está sujeito ao cumprimento das obrigações declarativas previstas na Lei
n.º 52/2019, de 31 de julho, que aprova o regime do exercício de funções por titulares de cargos
políticos e altos cargos públicos.
Artigo 22.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
a) Eleger o bastonário, a mesa da assembleia geral, o conselho superior, o conselho geral, os
membros eletivos do conselho de supervisão e a assembleia de representantes;
Diário da República, 1.ª série
b) [...]
c) [...]
d) [...]
e) [...]
f) [...]
g) [...]
h) [...]
i) Fixar o valor das taxas e quotas, tendo em consideração os limites máximos previstos no
presente Estatuto, sem prejuízo do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 34.º-B;
j) Decidir sobre a criação, composição, competências e modo de funcionamento dos colégios
de especialidade;
k) Designar o revisor oficial de contas;
l) [...]
3 — [...]
4 — [...]
Artigo 27.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) Do conselho de supervisão;
d) [Anterior alínea c).]
e) [Anterior alínea d).]
f) [Anterior alínea e).]
2 — [...]
3 — As assembleias de representantes referidas na alínea f) do n.º 1 devem ser convocadas
nos 30 dias subsequentes à receção do pedido de convocação, o qual deve vir acompanhado
dos pontos da ordem de trabalhos pretendidos e das propostas a submeter à apreciação da
assembleia.
4 — [...]
5 — [...]
6 — [...]
7 — [...]
8 — [...]
9 — [...]
10 — [...]
11 — [...]
12 — [...]
13 — [...]
Diário da República, 1.ª série
Artigo 31.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) (Revogada.)
d) [...]
e) [...]
f) [...]
g) [...]
h) [...]
i) [...]
j) [...]
k) Zelar pela boa conservação, atualização e operacionalidade do registo geral das inscrições
de associados e do registo de sociedades profissionais de associados que, sem prejuízo do RGPD,
deve ser público;
l) [...]
m) [...]
n) [...]
o) [...]
p) [...]
q) [...]
r) [...]
s) [...]
t) [...]
u) [...]
v) [...]
w) (Revogada.)
x) [...]
y) Elaborar um relatório sobre o desempenho das atribuições da Ordem, com informação sobre
o exercício do respetivo poder regulatório, nomeadamente sobre o registo profissional, o reconhe-
cimento de qualificações e o poder disciplinar, com vista ao seu envio, por parte do bastonário, à
Assembleia da República e ao Governo;
z) [Anterior alínea y).]
2 — [...]
3 — [...]
Artigo 32.º
[...]
Artigo 33.º
[...]
1 — (Revogado.)
2 — Compete ao conselho superior:
a) [...]
b) Exercer o poder disciplinar sobre os agentes de execução quando estejam em causa condu-
tas violadoras dos deveres para com a Ordem e para com os associados previstos nas alíneas a),
e), h) e k) do n.º 2 do artigo 124.º, no artigo 125.º e no artigo 130.º;
c) Elaborar proposta de regulamento disciplinar a submeter à aprovação da assembleia geral,
ouvidos o conselho geral, o conselho de supervisão, os presidentes dos conselhos dos colégios
profissionais e a CAAJ, no que respeita à atividade dos agentes de execução, sendo, neste último
caso, o seu parecer vinculativo;
d) [...]
e) [...]
f) [...]
g) Deliberar sobre os recursos que lhe sejam apresentados quanto à recusa de inscrição como
associado da Ordem;
h) [...]
i) [...]
j) Celebrar os protocolos a que se refere a alínea j) do n.º 2 do artigo 3.º;
k) Elaborar um relatório anual de atividades a submeter à apreciação do conselho de supervisão;
l) [Anterior alínea j).]
3 — [...]
4 — [...]
5 — (Revogado.)
Artigo 34.º
[...]
1 — Para o regular desempenho das suas funções, o conselho superior cria secções, compostas
por um mínimo de três dos seus membros, com competência relativa a cada uma das atividades
profissionais, sendo que, pelo menos um, deve ser uma personalidade de reconhecido mérito com
conhecimentos e experiência relevantes na área do Direito e sem inscrição na Ordem, designando
os membros que as presidem e secretariam.
2 — (Revogado.)
3 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo anterior, a decisão dos processos disciplinares
e a apreciação de incompatibilidades, impedimentos, escusas e suspeições compete à secção da
respetiva atividade profissional.
4 — [...]
5 — [...]
a) (Revogada.)
b) O julgamento dos processos disciplinares, em primeira instância, instaurados contra o
bastonário, os membros do conselho geral, os membros do conselho de supervisão, os mem-
Diário da República, 1.ª série
bros dos conselhos profissionais ou os membros do conselho superior, quando não esteja em
causa o exercício de funções como agente de execução;
c) [...]
d) [...]
e) [...]
6 — [...]
7 — [...]
Artigo 41.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) Por decisão ou deliberação do conselho profissional, do presidente do conselho profissional,
do bastonário, do conselho geral, do conselho de supervisão, ou por requerimento subscrito, pelo
menos, por um terço dos representantes eleitos.
2 — [...]
3 — [...]
Artigo 46.º
[...]
1 — O provedor dos destinatários dos serviços é designado pelo bastonário, sob proposta do
conselho de supervisão, de entre personalidades independentes e não inscritas na Ordem, com a
missão de defender os interesses dos destinatários dos serviços prestados pelos solicitadores e
pelos agentes de execução.
2 — (Revogado.)
3 — O provedor dos destinatários dos serviços não pode ser destituído, salvo em consequência
de decisão do conselho de supervisão, por falta grave e depois de ouvido o conselho geral.
4 — [...]
5 — A forma de funcionamento, a duração do mandato e os meios do provedor são determi-
nados em regulamento aprovado em assembleia geral.
Artigo 59.º
[...]
1 — Sem prejuízo no disposto na parte final do n.º 1 do artigo 32.º, nas alíneas b) e c) do n.º 2
do artigo 34.º-A e no n.º 1 do artigo 57.º, só podem ser eleitos para órgãos da Ordem associados
no pleno exercício dos seus direitos associativos.
2 — Os cargos em órgãos colegiais da Ordem com competências executivas ou disciplina-
res que devam ser preenchidos por associados efetivos, devem integrar, pelo menos, 85 % de
associados que tenham exercido a respetiva profissão durante um período mínimo de cinco anos.
3 — [...]
4 — [...]
Diário da República, 1.ª série
Artigo 69.º
[...]
1 — As listas candidatas a órgãos colegiais devem conter tantos membros quanto o número
máximo de candidatos elegíveis.
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
5 — [...]
6 — [...]
7 — As listas para bastonário, mesa da assembleia geral, conselho geral, conselho de super-
visão, mesas das assembleias regionais e conselhos regionais são apresentadas em conjunto e
individualizam os respetivos cargos.
Artigo 72.º
[...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
Artigo 73.º
Remuneração dos órgãos sociais
1 — O exercício de funções nos órgãos da Ordem pode ser remunerado em função do volume
de trabalho, sendo a remuneração determinada por regulamento a aprovar pelo conselho de super-
visão, mediante proposta da assembleia geral.
2 — A remuneração do provedor dos destinatários dos serviços é determinada pelo regula-
mento previsto no número anterior.
3 — A existência de remuneração, nos termos do n.º 1, não prejudica o direito a ajudas de custo.
4 — A ausência de remuneração, nos termos do n.º 1, não prejudica o direito a ajudas de custo
ou senhas de presença.
5 — A remuneração dos cargos do conselho de supervisão, quando aplicável, é aprovada pela
assembleia geral, sob proposta do conselho geral.
Artigo 75.º
Substituição do bastonário
Artigo 76.º
Substituição dos membros dos restantes órgãos
1 — No caso de impedimento temporário de algum membro dos órgãos da Ordem, sem que
esteja prevista a forma da sua substituição, o órgão a que pertence o impedido delibera sobre as
situações de impedimento e a necessidade de substituição temporária, a efetuar por cooptação de
entre os associados, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2 — No caso de impedimento temporário de algum dos membros previstos na parte final do
n.º 1 do artigo 32.º e nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 34.º-A, os respetivos substitutos são
designados, consoante o caso, de entre personalidades de reconhecido mérito com conhecimentos
e experiência relevantes na área do Direito, não inscritas na Ordem, ou de entre personalidades
oriundas de estabelecimentos de ensino superior que habilitem academicamente o acesso à pro-
fissão de solicitador e de agente de execução, não inscritas na Ordem.
3 — [...]
4 — (Anterior n.º 2.)
Artigo 78.º
[...]
1 — [...]
a) Quando for suspensa ou cancelada a sua inscrição, no caso de o titular do órgão ser um associado;
b) [...]
c) [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
Artigo 80.º
[...]
1 — [...]
2 — A realização de referendo depende de deliberação da assembleia geral, devendo ser
precedida de parecer do conselho de supervisão sobre a respetiva conformidade com a lei.
3 — [...]
4 — [...]
Diário da República, 1.ª série
Artigo 81.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
5 — [...]
6 — A cobrança das quotas e demais receitas da Ordem é objeto de regulamento a ser apro-
vado pela assembleia geral, com exceção das taxas devidas para efeitos de inscrição na Ordem
por parte dos estagiários, nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 34.º-B.
7 — [...]
8 — [...]
Artigo 88.º
[...]
1 — Cada um dos órgãos referidos nas alíneas c), d) e h) do n.º 1, na alínea b) do n.º 2 e na
alínea b) do n.º 3 do artigo 13.º tem uma dotação orçamental mínima anual assegurada, podendo
esta ser pontualmente alterada por deliberação da assembleia geral, conforme resulta do anexo
ao presente Estatuto e que dele faz parte integrante.
2 — [...]
3 — [...]
Artigo 89.º
[...]
1 — [...]
2 — Só os associados efetivos podem votar, ser eleitos e participar nas assembleias.
3 — A criação, a composição, as competências e o modo de funcionamento dos colégios de
especialidade ou profissionais e a criação e atribuição de títulos de especialista são definidos em
regulamento aprovado pela assembleia de representantes, mediante proposta do conselho geral
e parecer vinculativo do conselho de supervisão, o qual apenas produz efeitos após homologação
pelo membro do Governo responsável pela área da justiça.
4 — [...]
Diário da República, 1.ª série
Artigo 91.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) As pessoas singulares a quem, em virtude da eventual conexão da atividade desenvolvida
com as atribuições da Ordem, o conselho geral considere conveniente atribuir esta categoria, por
um período de quatro anos;
c) (Revogada.)
2 — [...]
3 — As associações referidas no artigo 96.º têm ainda o direito a ser apoiadas na prestação
de serviços profissionais pela Ordem, sem prejuízo do pagamento das taxas que sejam definidas
em regulamento.
Artigo 96.º
Organizações associativas de profissionais de outros Estados-Membros
da União Europeia e do Espaço Económico Europeu
1 — A Ordem deve manter listas públicas atualizadas, sem prejuízo do cumprimento do RGPD,
acessíveis no seu sítio na Internet, destinadas a dar a conhecer a todos os interessados informação
relativa aos profissionais aptos a exercerem as funções de solicitador e de agente de execução
em território nacional.
2 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) (Revogada.)
d) Identificação dos prestadores, equiparados a solicitadores, em regime de livre prestação
de serviços em território nacional, com indicação dos domicílios profissionais referidos no n.º 3 do
artigo 138.º, a associação pública profissional de origem e da organização associativa de profis-
sionais a que pertençam nesse mesmo Estado-Membro;
Diário da República, 1.ª série
e) Identificação dos associados cuja inscrição tenha sido cancelada, ou suspensa por motivos
disciplinares, com a indicação do nome ou firma profissional, da cédula, do número de identificação
fiscal e do último domicílio profissional;
f) (Revogada.)
g) [...]
3 — [...]
Artigo 101.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) Os processos que se encontrem findos na CAAJ, relativos a agentes de execução, e reme-
tidos por esta à Ordem, para efeitos de arquivo.
3 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) A forma de transmissão do arquivo a favor de solicitadores ou agentes de execução;
d) [...]
e) [...]
4 — [...]
5 — [...]
Artigo 102.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) [...]
d) [...]
e) [...]
f) [...]
g) [...]
h) Gestor público ou titular de cargo dirigente na função pública;
i) [...]
j) [...]
k) [...]
l) Revisor oficial de contas ou contabilista certificado e trabalhadores ou contratados do res-
petivo serviço;
m) [...]
n) [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
Diário da República, 1.ª série
Artigo 103.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
a) [...]
b) Exercer a sua atividade profissional para entidades às quais preste, ou tenha prestado, nos
últimos três anos, serviços de juiz de paz, administrador judicial, mediador, leiloeiro, revisor oficial
de contas ou contabilista certificado;
c) [...]
3 — [...]
4 — [...]
5 — [...]
6 — [...]
Artigo 105.º
[...]
Artigo 106.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
5 — [...]
6 — [...]
7 — [...]
8 — [...]
9 — [...]
Artigo 107.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — Compete ao conselho de supervisão, nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 34.º-B,
aprovar, sob proposta do conselho geral, o regulamento de inscrição e as respetivas taxas, devendo
o mesmo prever, designadamente, os documentos a apresentar pelo candidato, incluindo declaração
escrita em que ateste que dispõe da aptidão necessária para o exercício da atividade profissional
e que não se encontra em nenhuma das situações referidas no n.º 2 do artigo anterior.
Artigo 108.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — Pode ser autorizada a abertura de escritórios secundários, após audição da CAAJ, nos
termos a estabelecer em regulamento da assembleia geral.
4 — [...]
Artigo 115.º
[...]
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, quem requerer nova inscrição fica obrigado
a cumprir os requisitos exigíveis para o acesso à atividade à data do novo pedido, previstos nos
n.os 2 a 5 do artigo 105.º
2 — [...]
3 — [...]
4 — Os exames referidos no número anterior são regulamentados pela assembleia geral,
ouvidos os conselhos profissionais, o conselho de supervisão e a CAAJ.
Artigo 123.º
[...]
1 — [...]
2 — Compete ao conselho de supervisão aprovar os regulamentos de estágio, elaborados pelo
conselho geral, os quais apenas produzem efeitos após homologação pelo membro do Governo
responsável pela área da justiça.
3 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) Podem determinar a dispensa da frequência do estágio a profissionais jurídicos de reco-
nhecido mérito que já tenham prestado provas públicas no exercício de outras funções, mediante
exames de avaliação, nomeadamente dos conhecimentos deontológicos e regulamentares.
4 — (Revogado.)
5 — Os estágios têm início, pelo menos, duas vezes em cada ano civil, em data a fixar pelo
conselho geral.
Artigo 133.º
[...]
1 — [...]
2 — Os patronos são selecionados pela Ordem, nos termos previstos na alínea a) do n.º 3
do artigo 132.º
3 — [...]
4 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) [...]
d) [...]
e) Remunerar condignamente os estagiários, nomeadamente em função da complexidade das
tarefas que lhes são cometidas e do respetivo grau de autonomia, e no respeito pelo princípio da
igualdade de condições de trabalho, dentro dos limites fixados no n.º 9 do artigo 156.º e no n.º 12
do artigo 163.º
5 — [...]
6 — [...]
Artigo 134.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) Serem remunerados condignamente, nomeadamente em função da complexidade das
tarefas que lhes são cometidas e do respetivo grau de autonomia, e no respeito pelo princípio da
igualdade de condições de trabalho, dentro dos limites fixados no n.º 9 do artigo 156.º e no n.º 12
do artigo 163.º
Diário da República, 1.ª série
2 — [...]
3 — [...]
Artigo 136.º
Atos da profissão de solicitador
1 — Sem prejuízo do disposto nas leis de processo, constituem atos próprios exclusivos dos
solicitadores:
a) O exercício do mandato forense, nos termos definidos no regime jurídico dos atos de advo-
gados e solicitadores e com os limites do seu estatuto e da legislação processual;
b) O exercício do mandato no âmbito de reclamação ou impugnação de atos administrativos
ou tributários, nos casos em que o interessado pretenda constituir mandatário.
3 — O disposto nos números anteriores não prejudica o exercício dos atos neles previstos por
pessoas não inscritas na Ordem, desde que legalmente autorizadas para o efeito, designadamente
no regime jurídico dos atos de advogados e solicitadores.
4 — O exercício do mandato forense pelos solicitadores está sujeito aos limites do seu estatuto
e da legislação processual.
Artigo 148.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — O solicitador apenas pode ser responsabilizado pelo pagamento de taxas de justiça,
despesas ou quaisquer outros encargos que tenham sido provisionados para tal efeito pelo cliente
e não é obrigado a dispor das provisões que tenha recebido para honorários.
Artigo 154.º
[...]
1 — [...]
2 — Os profissionais que exerçam solicitadoria em território nacional em regime de livre presta-
ção de serviços ao abrigo do disposto no artigo 138.º, as sociedades de solicitadores, as sociedades
de solicitadores e de agentes de execução, as sociedades multidisciplinares e as organizações
associativas de solicitadores referidas no artigo 96.º também são passíveis de responsabilização
disciplinar, na medida em que os deveres referidos no número anterior lhes sejam aplicáveis.
Artigo 156.º
[...]
1 — [...]
2 — (Anterior n.º 3.)
3 — Além do disposto no presente Estatuto, os estágios profissionais regem-se por regulamento
próprio, elaborado pelo conselho geral e aprovado pelo conselho de supervisão, o qual apenas
produz efeitos após homologação pelo membro do Governo responsável pela área da justiça.
Diário da República, 1.ª série
4 — Os estágios têm início, pelo menos, duas vezes em cada semestre do ano civil, em data
a fixar pelo conselho geral, e a duração máxima de 12 meses, a contar da data de inscrição e até
à integração como membro efetivo, tendo em vista o pleno e autónomo exercício da solicitadoria.
5 — A inscrição no estágio pode ocorrer a todo o tempo, contando-se a sua duração desde
essa data até à entrega do trabalho referido no n.º 11.
6 — (Anterior n.º 4.)
7 — O regulamento de estágio estabelece os termos em que ocorre a formação a realizar
pelos estagiários, tendo em vista a futura atividade profissional, e os conteúdos formativos a
ministrar, garantindo-se a não sobreposição com matérias que integram a licenciatura em Direito
ou em Solicitadoria, após parecer vinculativo da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino
Superior, devendo prever todas as condições necessárias para que possam praticar os atos que
estatutariamente lhes são permitidos.
8 — A formação prevista nos números anteriores é disponibilizada nas modalidades de ensino
presencial e à distância, havendo, neste último caso, diminuição das taxas a cobrar nos termos
definidos no regulamento de estágio.
9 — Sempre que a realização do estágio implique a prestação de trabalho, deve ser garantida
ao estagiário a remuneração correspondente às funções desempenhadas, em valor não inferior à
remuneração mínima mensal garantida acrescida de 25 % do seu montante.
10 — Para efeitos do disposto no número anterior, presume-se que o estágio implica prestação
de trabalho.
11 — O estágio termina com a entrega pelo estagiário de um trabalho que demonstre o conhe-
cimento das regras deontológicas e de um relatório final, certificado pelo patrono mediante decla-
ração, que ateste o cumprimento das componentes práticas do estágio e da idoneidade técnica e
deontológica do estagiário.
12 — O cumprimento das exigências referidas no número anterior, bem como a avaliação
qualitativa do trabalho aí referido, é da responsabilidade de um júri independente que integra:
a) Um solicitador inscrito na Ordem, que preside;
b) Um magistrado judicial ou do Ministério Público;
c) Uma personalidade de reconhecido mérito, com conhecimentos e experiência relevantes
no Direito ou Solicitadoria, sem inscrição na Ordem.
Artigo 158.º
[...]
1 — [...]
a) Os titulares de uma das habilitações a que se referem as alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo 105.º
que não se encontrem inscritos noutra ordem profissional;
b) [...]
2 — [...]
3 — Podem ainda realizar estágio, em regime especial, os profissionais provenientes de outro
Estado-Membro que aqui se queiram estabelecer, nos termos do artigo 11.º da Lei n.º 9/2009, de
4 de março.
Artigo 159.º
[...]
Artigo 163.º
[...]
Artigo 169.º
[...]
1 — [...]
2 — O bastonário, o conselho superior, o conselho geral, o conselho de supervisão e o con-
selho profissional podem solicitar à CAAJ a realização de determinada fiscalização, caso em que
é remetido ao órgão requerente da mesma o relatório respetivo.
3 — [...]
Artigo 181.º
[...]
1 — Considera-se infração disciplinar toda a ação ou omissão que viole os deveres consigna-
dos na lei, no presente Estatuto ou nos regulamentos aplicáveis.
2 — [...]
3 — [...]
Artigo 182.º
[...]
1 — [...]
2 — Sem prejuízo da competência legalmente atribuída à CAAJ, os agentes de execução
estão ainda sujeitos ao poder disciplinar dos órgãos da Ordem quando esteja em causa a violação,
por ação ou omissão, dos deveres previstos nas alíneas a), e), h) e k) do n.º 2 do artigo 124.º, no
artigo 125.º e no artigo 130.º, ou seja aplicada pela CAAJ pena disciplinar a agente de execução
que seja titular de órgão da Ordem, nos termos do presente Estatuto e no regulamento disciplinar.
3 — [...]
4 — [...]
5 — [...]
6 — Os profissionais que prestam serviços em território nacional em regime de livre prestação
são equiparados aos membros da Ordem para efeitos disciplinares, nos termos do n.º 2 do artigo 4.º
da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, com as especificidades constantes do n.º 7 do artigo 190.º e do
regulamento disciplinar.
7 — As sociedades de profissionais e as sociedades multidisciplinares, bem como os respeti-
vos sócios, estão sujeitas à jurisdição e ao regime disciplinares da Ordem e da CAAJ, nos termos
do presente Estatuto e da lei.
Artigo 183.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
Diário da República, 1.ª série
3 — [...]
4 — [...]
5 — [...]
6 — Sempre que, em processo penal contra associado, seja designado dia para a audiência
de julgamento, o tribunal deve ordenar a remessa à Ordem e à CAAJ, quando se trate de facto
praticado por agente de execução, preferencialmente por via eletrónica, do despacho de acusa-
ção, do despacho de pronúncia e da contestação, se tiver sido apresentada, e quaisquer outros
elementos solicitados pelo conselho superior, pelo bastonário, pelo conselho de supervisão ou pelo
órgão de disciplina da CAAJ.
7 — [...]
Artigo 185.º
[...]
1 — [...]
a) [...]
b) [...]
c) [...]
d) O conselho de supervisão;
e) O provedor dos destinatários dos serviços;
f) [Anterior alínea e).]
g) [Anterior alínea f).]
2 — [...]
3 — [...]
Artigo 187.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — O processo disciplinar contra o bastonário ou contra qualquer membro do conselho superior
ou do conselho de supervisão em efetividade de funções só pode ser instaurado por deliberação
do conselho superior tomada por maioria de dois terços dos membros presentes.
Artigo 192.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — A sanção acessória prevista na alínea e) do n.º 1 só pode ser aplicada mediante parecer
favorável do conselho de supervisão.
5 — [...]
6 — [...]
Artigo 224.º
[...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
Artigo 227.º
[...]
Artigo 3.º
Aditamento ao Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução
São aditados ao Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução os arti-
gos 34.º-A, 34.º-B, 132.º-A e 223.º-A, com a seguinte redação:
«Artigo 34.º-A
Composição
a) Velar pela observância do presente Estatuto e das demais disposições legais e regula-
mentares aplicáveis pelos outros órgãos da Ordem, sem prejuízo das competências específicas
do conselho fiscal;
b) Receber as comunicações de irregularidades sobre o funcionamento de outros órgãos da
Ordem e ordenar a abertura de inquéritos ou sindicâncias, designando os respetivos instrutores;
Diário da República, 1.ª série
Artigo 132.º-A
Taxas aplicáveis ao estágio
Artigo 223.º-A
Sociedades profissionais e sociedades multidisciplinares
CAPÍTULO III
Alteração à Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro
Artigo 4.º
Alteração à Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro
Os artigos 27.º e 28.º da Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro, passam a ter a seguinte redação:
«Artigo 27.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
3 — [...]
4 — [...]
5 — A organização e funcionamento da comissão de disciplina assegura a constituição de
equipas, em número a definir pelo órgão de gestão, nos termos do regulamento interno previsto
no artigo 16.º, integradas por três colaboradores, devendo um deles ser uma personalidade de
reconhecido mérito, com conhecimentos e experiência relevantes para a atividade dos agentes
de execução e que não seja membro da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução.
6 — [...]
7 — [...]
Artigo 28.º
[...]
1 — [...]
2 — [...]
a) [...]
b) [...]
Diário da República, 1.ª série
c) [...]
d) [...]
e) [...]
f) [...]
g) [...]
h) [...]
i) Remeter anualmente o respetivo relatório de atividades ao conselho de supervisão, previsto
nos artigos 34.º-A e 34.º-B do Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução,
aprovado em anexo à Lei n.º 154/2015, de 14 de setembro.
3 — [...]
4 — [...]
5 — [...]»
CAPÍTULO IV
Artigo 5.º
Alterações sistemáticas ao Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução
1 — O disposto na presente lei não prejudica as inscrições na Ordem dos Solicitadores e dos
Agentes de Execução de pessoas singulares inscritas à data da sua entrada em vigor.
2 — As pessoas coletivas inscritas na Ordem à data da entrada em vigor da presente lei são
notificadas de que passam a considerar-se meramente registadas, de forma não obrigatória, salvo
se manifestarem a sua oposição no prazo de 60 dias após a notificação, caso em que deixam de
constar do registo.
3 — A designação dos titulares dos órgãos da Ordem criados pela presente lei deve ocorrer no
prazo de 120 dias após a sua entrada em vigor, devendo as normas regulamentares necessárias
para o efeito ser aprovadas no prazo de 90 dias após a entrada em vigor.
4 — Os mandatos dos membros designados nos termos do número anterior cessam na data
do término dos mandatos dos demais órgãos em funções à data de entrada em vigor da presente
lei, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
5 — A Ordem pode optar, no prazo de um ano a contar da entrada em vigor da presente lei,
por antecipar a realização do respetivo calendário eleitoral para assegurar a designação simul-
tânea de todos os seus órgãos no quadro das novas competências atribuídas pela presente lei.
Diário da República, 1.ª série
Artigo 8.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no primeiro dia do terceiro mês posterior à sua publicação.
Publique-se.