Larissa Braga
Larissa Braga
Larissa Braga
São Paulo
2003
DEDICATÓRIA
iii
Aos meus pais, com muito carinho e gratidão.
iv
AGRADECIMENTOS
v
- Aos meus pais, João Carlos e Marli, sem cujo apoio essa conquista nunca teria
sido possível. Sempre amigos e conselheiros, que em meus momentos mais
difíceis, mesmo a milhas de distância, estiveram sempre comigo e ajudaram-me a
acreditar nas minhas condições.
vi
SUMÁRIO
vii
página
Lista de figuras.............................................................................................. xi
Lista de tabelas.............................................................................................. xi
Lista de símbolos........................................................................................... xi
Lista de abreviaturas...................................................................................... xii
Resumo.......................................................................................................... xiii
Summary....................................................................................................... xv
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1
1.1 Epidemiologia ................................................................................. 2
1.2 Aceitação das técnicas de imagem na avaliação da resposta
tumoral ........................................................................................... 3
1.3 Ressonância magnética para avaliar a vascularização das
metástases hepáticas ...................................................................... 4
1.4 Achados em exames de RM e prognóstico da doença metastática
hepática ........................................................................................... 5
2. OBJETIVO ............................................................................................. 6
3. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................. 8
3.1 Metástases ....................................................................................... 9
3.1.1 Conceito ................................................................................ 9
3.1.2 Mecanismos de gênese das metástases ................................. 9
3.1.3 Fisiopatologia das metástases hepáticas ............................... 11
3.1.4 A vascularização das metástases hepáticas ........................... 13
3.2 Angiogênese tumoral ...................................................................... 14
3.3 Curso clínico.................................................................................... 15
3.3.1 Incidência de metástases hepáticas em pacientes com
carcinoma primário de mama ................................................ 15
3.3.2 Prognóstico ............................................................................ 18
3.4 Características das metástases hepáticas na RM ............................ 21
3.4.1 Contraste ............................................................................... 21
3.4.2 Fases de aquisição das imagens, após a injeção do contraste 22
3.4.3 "Perfect timing" do realce ..................................................... 23
3.4.4 Intensidade de realce - metástases hepáticas hipovasculares,
hipervasculares e isovasculares ............................................ 24
3.4.5 Padrão de realce lesional e perilesional ................................ 26
3.4.6 Sinal do "washout" periférico ............................................... 28
viii
3.5 Tratamento ...................................................................................... 30
3.5.1 Metástases e prognóstico ...................................................... 30
3.5.2 Quimioterapia, terapia hormonal e agentes
antiangiogênicos ................................................................... 31
4. CASUÍSTICA E MÉTODOS ................................................................ 33
4.1 Seleção de pacientes ....................................................................... 34
4.1.1 Universo abrangido e critérios de seleção ............................. 34
4.1.2 Característica da amostragem ............................................... 36
4.1.3 Os exames de RM ................................................................. 39
4.2 Técnica de ressonância magnética .................................................. 40
4.3 Análise das imagens ....................................................................... 42
4.3.1 Hipervascularidade e hipovascularidade das metástases ...... 43
4.3.2 Realces lesional e perilesional .............................................. 47
4.4 Análise estatística ........................................................................... 48
5. RESULTADOS ....................................................................................... 50
6. DISCUSSÃO ........................................................................................... 59
7. CONCLUSÃO ........................................................................................ 65
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 67
ix
LISTAS
x
LISTA DE FIGURAS
página
Figura 1 Seleção das pacientes................................................................ 35
LISTA DE TABELAS
página
Tabela 1 Características clínicas das pacientes....................................... 37
LISTA DE SÍMBOLOS
= igual a
% por cento
xi
LISTA DE ABREVIATURAS
cm - centímetro (s)
Dr. - doutor
et al. - e outros
EUA - Estados Unidos da América
FOV - Field of View ou tamanho da imagem ou campo da visão (CDV)
HASTE - Half Fourier Single Shot Echo Train Spin Echo
min - minuto (os)
mm - milimetro (s)
mmol - milimol
ml - mililitro (os)
NJ - New Jersey ou Nova Jersey
NIH - National Institute of Health ou Instituto Nacional de Saúde dos EUA
OMS - Organização Mundial de Saúde
RE - receptor de estrogênio
RP - receptor de progesterona
RM - ressonância magnética
SGE - Spoiled gradient echo
STIR - Short TAU inversion recovery
TC - Tomografia Computadorizada
TE - tempo de eco
TR - tempo de repetição
T1 - relaxamento T1
T2 - relaxamento T2
VEGF - Vascular endothelial growth factor ou fator de crescimento
endotelial vascular
xii
RESUMO
xiii
BRAGA, L. Hipervascularidade de metástases hepáticas, detectada através da
ressonância magnética, como indicador de progressão da doença em pacientes
com câncer de mama. São Paulo, 2003. 81 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de
Medicina, Universidade de São Paulo.
xiv
SUMMARY
xv
BRAGA, L. Hypervascularity of liver metastases as detected by MRI- Does it
predict disease progression in breast cancer patients? São Paulo, 2003. 81 p. Tese
(Doutorado) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo.
Purpose: The aim of the present investigation was to evaluate the association of liver
metastases vascularity, as characterized by MR imaging, and disease progression in
breast cancer patients. Materials and Methods: Breast cancer patients undergoing
liver MR from 1995 through 2002 were extracted from University of North Carolina
at Chapel Hill’s database. Sixteen patients with liver metastases were identified who
had 99 MR imaging studies prior and after receiving systemic therapy. Based on
comparison of MR imaging with the previous MR examination, disease status of
patients were classified as Complete Response, Partial Response, Stable Disease, and
Progressive Disease. Liver metastases were characterized as hypervascular or
hypovascular based on the degree of enhancement in arterial, portal and interstitial
phase after administration of contrast agent. Fisher’s exact test and ordinal logistic
regression models were used to estimate the unadjusted and risk adjusted association
between the presence of hypervascular liver metastases and disease progression.
Results: All patients were female, and had a median age of 51.5 years old. In
unadjusted analyses the association between the presence of hypervascularity of liver
metastases and disease progression was highly statistically significant (p < 0.0001).
In multiple logistic regression analyses, hypervascularity of liver metastases was
found to be an independent predictor of disease progression. Patients with
hypervascular liver lesions were 20.5 times more likely to experience disease
progression compared with patients without hypervascularity (odds ratio: 20.5; 95%
confidence interval [5.1, 83.5], p<0.0001). Conclusion: Our analysis provides
suggestive evidence that disease progression can be predicted through MR imaging
assessment of the vascularity of liver metastases in breast cancer patients.
xvi
1. INTRODUÇÃO
Introdução 2
1.1 EPIDEMIOLOGIA
Brasil, no ano de 2001, cerca de 305.330 novos casos de câncer foram reportados. A
análise por sexo mostra que a neoplasia maligna da mama é a segunda doença com
câncer em algum período de sua vida (RUBIN e COOPER, 2001). Entre as mulheres,
essa doença (CASEY et al,. 1991; WINGO et al., 1998; LANGMUIR et al., 2001;
NCI, 2003). Uma pesquisa recente do Instituto Nacional de Saúde (NIH), dos EUA,
descreve que uma em cada dez mulheres nascidas irá desenvolver câncer de mama
(NIH, 2000). No ano de 2000, cerca de 184.200 novos casos de carcinomas invasivos
importante (O’REILLY et al., 1990, LANGMUIR et al., 2001). Mais ainda: estudos
de diagnóstico por imagem para essa análise (MILLER et al., 1981; OKEN et al.,
tenham sido reconhecidos como métodos aceitos para essa avaliação (MILLER et al.,
Introdução 4
1981; OKEN et al., 1982). Note-se, no entanto, que a ressonância magnética (RM)
ainda não foi incluída entre os métodos aceitos na classificação da OMS. Contudo, já
benignas ou malignas (OI et al., 1996; KANEMATSU et al., 1998). Além disso, a
literatura (MILES et al., 1998; SHEAFOR et al., 2000). Contudo, pelo que sabemos,
3.1 METÁSTASES
3.1.1. Conceito
acaso e, sim, uma série de etapas interligadas e seqüenciais que envolvem uma
por diversos fatores, positivos e negativos (FIDLER, 1978; FIDLER; HART, 1982).
devem sobreviver às ações imunológicas, devem ser capturadas por um leito vascular
pressão mecânica gerada pelas células tumorais, além da liberação de enzimas líticas
apud FIDLER, 1982). As células tumorais penetram tanto nos canais linfáticos como
killer (HANNA, 1981 apud FIDLER; HART, 1982), são aprisionadas nos leitos
capilares, seja por aderência a células endoteliais, seja ligando-se à membrana basal
que se encontra exposta devido à retração das células endoteliais (FIDLER; HART,
através dos mesmos mecanismos que determinaram a invasão inicial (HART, 1981,
As células tumorais são disseminadas para todos os órgãos internos, mas irão
direções, mas só irão sobreviver e crescer aquelas que caírem em um solo propício.
aceitação até o momento, mas nenhum mecanismo que explique de modo definitivo
ml/min por 100 gramas de seu peso. Desse total, 25-30% são supridos pela artéria
sangüínea, por meio da veia porta ou artéria hepática (FISHER et al., 1961; WILLIS,
De uma forma geral, os êmbolos são responsáveis apenas por um pequeno número de
hepáticas são geradas através das raras metástases provindas dos poucos êmbolos
estudados por esses autores, aqueles com tamanho entre 10-30 mm apresentavam
1998).
os mais importantes entre eles: a hipóxia ou seus fatores associados, como a redução
pode ser avaliada principalmente por dois métodos: I. indiretamente, pela detecção
al., 2001).
corpo humano, sendo quase impossível determinar quais os que serão atingidos e a
sua real incidência (LEE, 1984, 1985; BAKER; PELLEY, 1995). Os sítios
1987; O’REILLY et al., 1990; PRICE, 1990). Assinale-se que o fígado não é listado
(LEE, 1984; BAKER; PELLEY, 1995). Devido a tal quadro clínico silencioso
estimam que o acometimento hepático encontra-se entre 3-8% dos pacientes com
al., 1979; KAMBY et al., 1987; O’REILLY et al., 1990; TUBIANA; KOSCIELNY,
1.232 sítios foram inicialmente identificados, sendo que 20% dos pacientes
para partes moles, 40% ficaram restritos às mesmas partes moles e 8% apresentaram
(38%), a pélvis (23%), as costelas (9%), a calota craniana e o fêmur (6%). Dentre os
320 sítios de metástases viscerais, os mais comuns foram os pulmões (47%), a pleura
1970, 464 pacientes com câncer mamário recorrente. As freqüências nos principais
sítios de disseminação de recorrência foram de 35% para partes moles, de 29% para
sistema ósseo, de 15% para pleura ou pulmões e de 15% para fígado ou cérebro.
Revisão da literatura 18
doença (BAKER; PELLEY, 1995). Entre os anos de 1950 e 1982, sete importantes
carcinoma primário de mama (LEE, 1985). Este autor aponta os cinco sítios líderes
esquelético, com 71%; linfonodos, com 67%, fígado, com 62%; e pleura, com 50%.
Também merece destaque o estudo feito por ABRAMS et al. (1950, apud
BAKER; PELLEY, 1995), que se basearam em uma série de mil autópsias, das quais
167 eram de carcinoma de mama, sendo que 102 (61%) apresentavam metástases
hepáticas.
3.3.2 Prognóstico
com metástases de câncer de mama. Dentre esses fatores, aqueles considerados como
2001).
(JAFFE, 1968, apud BAKER; PELLEY, 1995; GOSLIN et al., 1982; BAKER;
acometimento hepático) para 4-14 meses (ZINSER et al., 1987; KAMBY et al.,
tardias são freqüentes e podem ocorrer após dez ou até vinte anos depois do
recidiva foi detectada nos três primeiros anos após a cirurgia; 18%, em um
tempo acima de cinco anos e apenas 3%, acima de dez anos. ROMSDAHL et al.
terceiro ano; 20%, entre o quarto e décimo primeiro ano; 5%, após 12 anos.
reportada pela primeira vez em 1970. KNIGHT et al. (1977, apud LEE, 1985)
et al., 1990).
3.4.1 Contraste
aprovados para a utilização nos exames de RM. Entre esses agentes de contraste,
contraste atravessa os capilares para o espaço intersticial dos tecidos, com exceção
urinário (LOW, 1997; MITCHELL, 1997; PALEY; ROS, 1998). O contraste chega
Revisão da literatura 22
inicialmente ao fígado via artéria hepática e, em seguida, pela veia porta, distribui-se
de modo rápido para o parênquima hepático e para as lesões (LOW, 2001). Esse
contraste; II. fase venosa portal, ou 45”após a administração do contraste; III. fase
do contraste. Durante essa fase, o fígado normal não apresenta sinais de realce,
sangue pelo sistema venoso porta. Desde que a veia porta é responsável por 75-
80% do suprimento sangüíneo hepático, é durante essa fase que o fígado irá
visualização do contraste nas artérias hepáticas e na veia porta, assim como nos seus
ramos principais direito e esquerdo mas não nas veias hepáticas, é o maior indicador
Revisão da literatura 24
Contudo, não tão fidedignas quanto a presença do contraste nos vasos hepáticos
Logo, tanto o rim quanto o pâncreas e o baço não devem estar acometidos por
nenhuma doença, pois caso isso ocorra, o padrão de realce dos referidos órgãos
2001).
hipervasculares, de acordo com a intensidade de realce das lesões nas fases arterial,
do córtex renal. Nas fases seguintes, portal e intersticial, as lesões tendem a ficar
menor intensidade do que o parênquima hepático ao seu redor, assim como o realce
nas três fases adquiridas após a injeção do contraste. Contudo, essas lesões são bem
definidas nas imagens pré-contraste, tanto nas ponderadas em T1 quanto nas em T2.
realce em anel com progressão centrípeta, geralmente encontrado nas metástases; II.
em metástases do tipo hipervascular (desde que menores do que 1,5 cm) e, mais
externos bem definidos (SEMELKA et al., 2001a). PASSE et al. (1997) mostraram
realce em anel ocorreria devido a uma drenagem mais lenta da periferia tumoral.
tumor, ou seja, quando inclui tanto lesão como parte do parênquima hepático. Nesse
limites mal definidos. Os tumores que, com maior freqüência, demonstram realce
entendida. Acredita-se que pode ser decorrente da compressão dos ramos da veia
hiperintenso (ou seja, ainda com a presença de realce) nas imagens tardias (5-10
lesões de natureza maligna e acreditam que esse achado pode ser explicado pela
região central. GABATA et al. (1998) sugeriram que, para se fazer a diferenciação
na fase ultratardia, teríamos tecido conectivo fibroso; caso não demonstrasse esse
que a parte periférica do tumor conserve uma relação normal ou quase normal entre
(LARSON et al., 1994). Some-se a isso o bem conhecido fato de que a velocidade do
Note-se que, apesar desse achado ter sido descrito com uma especificidade de
100% para as lesões malignas, sua sensibilidade é de somente 24.5%. Ou seja, esse
não deve ser o único sinal em que se pode confiar para a diferenciação de lesões
3.5 TRATAMENTO
regional pode ser suficiente para a cura de alguns pacientes em estágio precoce de
reservado (FUMOLEAU, 1996; PAZDUR, 2000). Estima-se que cerca de 60% das
mulheres com câncer primário de mama irão ser consideradas curadas da doença, e
principal objetivo do manejo da doença metastática fica sendo o alívio dos sintomas,
tóxico (FIDLER; HART, 1982; ZETTER, 1990); II. heterogeneidade biológica das
Revisão da literatura 31
área necrótica duas semanas após o inicio do tratamento com Tamoxifen®. JEONG
et al. (2001) relataram que a quimioterapia destrói as células tumorais, o que vai
aparecer como áreas necróticas nas imagens de RM. Com o passar do tempo, a
doença metastática, nos quais os tumores primários são hormônio receptor positivo
(NIH, 2000; LANGMUIR et al., 2001). Contudo, nos pacientes com metástases
foram identificados 103 pacientes com essa doença. Deles, 24 não apresentaram
como benignas, cinco apresentaram lesões que não puderam ser caracterizadas e
critério para inclusão no presente estudo: I. paciente ter sido submetida à terapia
pacientes não submetidos a nenhum outro tratamento - cirúrgico ou ablativo- que não
103 pacientes
24 pacientes sem
lesões hepáticas
34 pacientes com
lesões hepáticas
benignas
40 pacientes com
metástases
hepáticas
24 pacientes não
preencheram os
critérios de
elegibilidade
16 pacientes (99
exames)
preencheram os
critérios de
elegibilidade
6 exames de RM
foram excluídos por
não apresentarem
perfect timing
93 exames de RM de
16 pacientes foram incluídos
(16 pré-tratamento
e 77 pós-tratamento)
Casuística e Métodos 36
(n=16) eram do sexo feminino, com uma média de idade de 51,5 anos (variação= 36-
e 2).
0-13 anos) depois do diagnóstico inicial de câncer de mama. Foram confirmadas por
biópsia hepática em sete pacientes (43,8%), sendo que, em outras nove (56,2%), o
Status do Biópsia
Paciente Idade Sexo Tipo tumoral TNM
receptor hepática
FNA (US)-
2 51 Fem ductal infiltrante positivo Não disponível
Ressecção
FNA (US)-
6 44 Fem ductal infiltrante positivo T1 N0 M0
Ressecção
FNA (US)-
10 52 Fem ductal infiltrante negativo Não disponível
insuficiente
Fem.= Feminino
ER= Receptor de Estrogênio
RP= Receptor de Progesterona
US= Ultrassonografia
TC= Tomografia Computadorizada
Classificação do TNM= T=Tumor Primário N=Linfonodos Regionais M=Metástases
Casuística e Métodos 39
4.1.3 Os exames de RM
excluídos pelo fato da seqüência na fase arterial dominante não ter sido adquirida no
16).
de controle de RM, após o início da terapia sistêmica, não foi padronizado. A média
do intervalo entre dois exames de RM, na mesma paciente, foi de setenta dias
completo de pelo menos quatro horas. As pacientes eram também questionadas sobre
sua história médica pregressa, visando a afastar fatores que poderiam contra-indicar
decúbito dorsal na mesa de exame e a bobina de corpo colocada sob a área a ser
Princetown, NJ, EUA), injetado na dose de 0,1 mmol por kilograma de peso
exames.
Casuística e Métodos 41
a) Imagens no plano coronal, ponderadas em T2, HASTE (TR= 4.4, TE= 90, FOV=
b) Imagens no plano coronal, ponderadas em T1, SGE (TR= 140, TE= 4.1, FOV=
350-400, espessura do corte de 8-10 mm, gap 20%, ângulo de inclinação de 80° e
gordura (TR= 4.4; TE= 90, FOV 350-400, espessura do corte de 8-10 mm, gap
76, FOV= 350-400, espessura do corte de 8-10 mm, gap 20%, ângulo de
e) Imagens no plano transverso, ponderadas em T1, SGE, fora de fase (TR= 140,
TE= 2.2, FOV 350-400, espessura do corte de 8-10 mm, gap 20%, ângulo de
administração do contraste (TE= 140, TR= 4.1, FOV 350-400, espessura do corte
de 8-10 mm, gap 20%, ângulo de inclinação de 80° e matrix de 128 x 256).
administração do contraste (fase arterial dominante) (TE= 140, TR= 4.1, FOV
350-400, espessura do corte de 8-10 mm, gap 20%, ângulo de inclinação de 80° e
administração do contraste (fase portal ou venosa) (TE= 140, TR= 4.1, FOV 350-
400, espessura do corte de 8-10 mm, gap 20%, ângulo de inclinação de 80° e
TR= 4.1, FOV 350-400, espessura do corte de 8-10 mm, gap 20%, ângulo de
informações sobre a paciente, tanto sobre a história clínica como sobre os resultados
acordo com o critério clínico de resposta tumoral definido pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) (MILLER et al., 1981; OKEN et al., 1982). Assim, eles foram
lesões hepáticas detectadas no exame anterior; Resposta Parcial, quando uma única
50% na soma de suas áreas; Doença Estável, quando se detectou decréscimo menor
do que 50% ou um aumento menor do que 25%, no total do tamanho tumoral de uma
de cada lesão, com base na descrição do critério definido pela OMS, foi calculado
primeiro (MILLER et al., 1981; OKEN et al., 1982, SOHAIB et al., 2000), no plano
do córtex renal (Figura 2); ou II. hipervasculares, quando as lesões exibiram intenso
HELMBERGER, 2001).
Casuística e Métodos 44
2a 2b
2c 2d
2e 2f
2g 2h
Figura 2: Doença Estável e lesão hipovascular: (a,e) Imagens no plano transverso, ponderadas em T1 pré-
contraste SGE (TR=150/TE=4.1); (b,f) Imagens no plano transverso, ponderadas em T1 adquiridas
imediatamente após a injeção de contraste SGE (TR=150/ TE=4.1); (c,g) Imagens no plano transverso,
ponderadas em T1, adquiridas 45 segundos após a injeção do contraste SGE (TR=150/TE=4.1); (d,h) Imagens no
plano transverso, ponderadas em T1 adquiridas 90 segundos, após a injeção do contraste, com supressão de
gordura SGE (TR=150/TE= 4.1). Presença de lesão metastática no segmento 6 do fígado (flecha, a,e). (a,b,c,d)
Na imagem pré-contraste (a), a lesão metastática demonstra um sinal moderadamente hipointenso; logo após a
administração do contraste (b) a lesão demonstra um discreto realce em anel com intensidade menor do que a do
pâncreas e a do córtex renal. Nas imagens adquiridas 45 (c) e 90 segundos (d) após a administração do contraste a
lesão se torna mais evidente. (e,f,g,h) Após cinco meses do início do tratamento, o exame de controle não
apresenta nenhuma alteração, nem nas dimensões, nem na intensidade do realce da lesão.
Casuística e Métodos 45
3a 3b
3c 3d
3e 3f
3g 3h
Casuística e Métodos 46
3i 3j
3k 3l
Figura 3: Doença em Progressão e lesão hipervascular: (a,e,i) Imagens no plano transverso, ponderadas em T1
pré-contraste SGE (TR=150/TE=4.1); (b,f,j) Imagens no plano transverso ponderadas em T1 imediatamente após
a administração do contraste SGE (TR=150/ TE=4.1); (c,g,k) Imagens no plano transverso, ponderadas em T1,
adquiridas 45 segundos após a administração do contraste (TR=150/TE=4.1); e (d,h,l) imagens no plano
transverso, ponderadas em T1, adquiridas 90 segundos após a administração do contraste com supressão de
gordura (TR=150/ TE=4.1). Observa-se a presença de duas lesões metastáticas nos segmentos 5 e 6 do fígado
(flechas, a,e,i). (a,b,c,d) As lesões apresentam-se levemente hipointensa nas imagens ponderadas em T1 pré-
contraste (a). Imediatamente após a administração do contraste (b), as lesões demonstram um intenso realce, de
sinal similar ao pâncreas e ao córtex renal, característica das metástases hipervasculares. Nas imagens adquiridas
aos 45 (c) e 90 segundos (d) após a administração do contraste, as lesões se tornam menos conspícuas. (e,f,g,h)
Após quatro meses do exame de RM de base, o exame de controle revela que as lesões aumentaram de tamanho,
mas mantiveram o grau de realce. (i,j,k,l) Após seis meses e meio do exame de base, o exame de controle
demonstra o aparecimento de uma nova lesão (não mostrada) e aumento das dimensões das lesões preexistentes.
Em relação à vascularização, uma das lesões manteve-se com característica hipervascular, enquanto a outra lesão
adquiriu característica hipovascular (flecha, i) quando comparadas com o exame anterior.
Casuística e Métodos 47
separaram de uma forma clara e concisa essas duas entidades; contudo, devido ao
fato de ser uma nova classificação, a maioria dos artigos sobre o assunto ainda não
risco-ajustado GEE.
foi tomada pelo fato da maioria das pacientes ter sido submetida a diversos ciclos de
Desaparecimento completo
0/16 (0%) 2/77 (2,6%) 2/93 (2,2%)
das lesões
infiltrativa.
Resultados 52
de cada indivíduo, observou-se que, entre os dez pacientes com lesões hepáticas
dois (20%) apresentaram mudança nas características das lesões, que passaram a ser
hipovasculares.
em 43,8% (7/16).
2 1 hipovascular
2 2 Estável hipovascular 240
3 1 hipovascular
3 2 Progressão hipovascular 68
3 3 Progressão hipovascular 33
4 1 hipovascular
4 2 PR hipovascular 75
4 3 Estável hipovascular 51
5 1 hipervascular
5 2 Progressão hipervascular 180
6 1 hipovascular
6 2 PR hipovascular 60
6 3 PR hipovascular 245
6 4 PR hipovascular 351
7 1 hipervascular
7 2 Progresão hipervascular 101
8 1 hipovascular
8 2 CR desapareceu 304
9 1 hipervascular
9 2 PR hipovascular 55
9 3 PR hipovascular 80
9 4 Estável hipovascular 68
9 5 Estável hipovascular 103
continua
Resultados 54
11 1 hipovascular
11 2 PR hipovascular 122
11 3 PR hipervascular 134
12 1 hipervascular
12 2 PR hipovascular 120
12 3 PR hipovascular 82
12 4 Estável hipovascular 41
12 5 Estável hipovascular 140
12 6 Progressão hipervascular 125
12 7 Estável hipovascular 46
12 8 Progressão hipovascular 102
12 9 Progressão hipervascular 108
13 1 hipervascular
13 2 Estável hipovascular 66
13 3 PR hipovascular 112
13 4 Stable hipervascular 720
13 5 Progressão hipervascular 103
13 6 Estável hipovascular 110
13 7 Estável hipovascular 72
13 8 Estável hipovascular 60
13 9 Estável hipovascular 71
13 10 Progressão hipervascular 120
13 11 Estável hipervascular 120
13 12 Progressão hipervascular 180
continua
Resultados 55
15 1 hipervascular
15 2 PR hipovascular 47
15 3 PR hipovascular 35
15 4 PR hipovascular 53
15 5 Estável hipovascular 56
15 6 Estável hipervascular 62
15 7 muito cedo 72
15 8 Estável hipovascular 81
15 9 Estável hipervascular 76
15 10 Progressão hipovascular 70
15 11 Progressão hipervascular 30
15 12 muito cedo 40
15 13 Progressão hipervascular 47
15 14 PR hipovascular 57
15 15 Estável hipovascular 88
15 16 Estável hipovascular 17
15 17 muito cedo 32
15 18 Estável hipervascular 42
continua
Resultados 56
16 1 hipervascular
16 2 Estável hipovascular 50
(p < 0,0001).
Progressão (n=7) foi similar quando comparado com pacientes que apresentaram
(p < 0,0001).
da doença, tanto depois do ajuste para o tipo de terapia sistêmica como para a
Baseando-nos nesses modelos, pode-se predizer que pacientes com lesões hepáticas
Doença em
15,3 (4,2; 56,2) 17,4 (3,7; 82,0)
progressão ou
doença estável
doença depois de terem sido removidas as sete pacientes com maior número de
exames de RM. Esse resultado indica, claramente, que a presença de pacientes com
lesões hipovasculares.
(BARENTZ et al., 1998). Nesses casos, em exames de RM, iremos encontrar uma
permeabilidade das paredes vasculares (PASSE et al., 1997; BARENTZ et al., 1998;
2000).
al., 1994; PALEY; ROS, 1998; DANET et al., 2003). Também a morfologia das
havia descrito, com base na sua experiência prática de autópsias, que a maioria das
células tumorais, estudos recentes demonstraram que alguns desses agentes também
al., 2001).
também de acordo com a literatura sobre o tema, sinalizam a limitação dos recursos
terapêuticos atuais, pois a terapia sistêmica raramente resulta numa resposta muito
al., 1987).
hipervasculares;
Discussão 63
RM. Tal dado se deve à orientação terapêutica proposta para essa condição na
instituição onde foi realizado o estudo, que não inclui nem a biópsia e nem a
ressecção hepática;
sítios. Optou-se por essa conduta em função de ser ponto pacífico na literatura
caracterizada pelos estudos de RM, pode ser um novo fator a se considerar na análise
tratamento sistêmico.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referências bibliográficas 68
ACKERMAN, N.B.; LIEN, W.M.; KONDI, E.S.; SILVERMAN, N.A. The blood
supply of experimental liver metastases. I. The distribution of hepatic artery and
portal vein blood to “small” and “large” tumors. Surgery, v.66, p.1067-72, 1969.
ACKERMAN, N.B. The blood supply of experimental liver metastases. IV. Changes
in vascularity with increasing tumor growth. Surgery, v.75, p.589-96, 1974.
BRADLEY, S.E. Variations in hepatic blood flow in man during health and disease.
N. Engl. J. Med., v.240, p.456-61, 1949.
BREEDIS, C.; YOUNG, G. The blood supply of neoplasms in the liver. Am. J.
Pathol., v.30, p.969-77, 1954.
BUNTING, J.S.; HEMSTED, E.H.; KREMER, J.K. The pattern of spread and
survival in 596 cases of breast cancer related to clinical staging and histological
grade. Clin. Radiolol., v.27, p.9-15, 1976.
COLEMAN, R.E.; RUBENS, R.D. The clinical course of bone metastases from
breast cancer. Br. J. Cancer, v.55, p.61-6, 1987.
Referências bibliográficas 70
DANET, I.M.; SEMELKA, R.C.; LEONARDOU, R.; BRAGA, L.; VAIDEAN, G.;
WOOSLEY, J.T.; KANEMATSU, M. MR imaging spectrum of appearances of
untreated liver metastases. AJR Am. J. Roentgenol., (in press, 2003).
DI PIETRO, S.; BERTARIO, L.; CANTU, G.; RE, A. An analysis of 800 breast
cancer patients relapsed after radical mastectomy. Tumori, v.62, p.99-112, 1976.
DROMAIN, C.; DE BAERE, T.; BAUDIN, E.; GALLIN, J.; DUCREUX, M.;
BOIGE, V.; DUVILLARD, P.; LAPLANCHE, A.; CAILLET, H.; LASSER, P.;
SCHLUMBERGER, M.; SIGAL, R. MR imaging of hepatic metastases caused
by neuroendocrine tumors: comparing four techniques. AJR Am. J.
Roentegenol., v.180, p.121-8, 2003.
FIDLER, I.J. Tumor heterogeneity and the biology of cancer invasion and metastasis.
Cancer Res., v.38, p.2651-60, 1978.
FIDLER, I.J.; HART, I.R. Biological diversity in metastatic neoplasms: origins and
implications. Science, v.217, p.998-1003, 1982.
FISHER, B.; FISHER, E.R.; LEE, S.H. The effect of alteration of liver blood flow
upon experimental hepatic metastases. Surg. Gynecol. Obstet., v.112, p.11-8,
1961.
FOLKMAN, J. The role of angiogenesis in tumor growth. Semin. Cancer Biol., v.3,
p.65-71, 1992.
Referências bibliográficas 71
GABATA, T.; MATSUI, O.; KADOYA, M.; YOSHIKAWA, J.; UEDA, K.;
TAKASHIMA, T.; NONOMURA, A. Delayed MR imaging of the liver:
correlation of delayed enhancement of hepatic tumors and pathologic
appearance. Abdom. Imaging, v.23, p.309-13, 1998.
GREENWAY, C.V.; STARK, R.D. Hepatic Vascular bed. Physiol. Rev., v.51, p.23-
45, 1971.
GOSLIN, R.; STEELE, G.JR.; ZAMCHECK, N.; MAYER, R.; MAC INTYRE, J.
Factors influencing survival in patients with hepatic metastases from
adenocarcinoma of the colon or rectum. Dis. Colon Rectum, v.25, p.749-54,
1982.
HULKA, C.A.; EDMISTER, W.B.; SMITH, B.L.; TAN, L.; SGROI, D.C.;
CAMPBELL, T.; KOPANS, D.B.; WEISSKOFF, R.M. Dynamic echo-planar
imaging of the breast: experience in diagnosing breast carcinoma and correlation
with tumor angiogenesis. Radiology, v.205, p.837-42, 1997.
ITAÍ, Y.; MATSUI, O. Blood flow and liver imaging. Radiology, v.202, p.306-14,
1997.
JEONG, Y.Y.; MITCHELL, D.G.; HANN, H-W.; MALIN, A.K.; HOLLAND, G.A.;
CAPIZZI, R.L. Hepatocellular carcinoma after systemic chemotherapy:
gadolinium-enhanced MR measurement of necrosis by volume histogram. J.
Comput. Assit. Tomogr., v.25, p.624-8, 2001.
KANEMATSU, M.; HOSHI, H.; SONE, Y.; MOCHIZUTKI, R.; KATO, M.;
YOKOYAMA, R: Detection of hepatic tumors: arterial-phase MR imaging
versus spiral CT arteriography. Abdom. Imaging, v.23, p.416-21, 1998.
KNIGHTON, D.; HUNT ,T.; SCHEUENSTUHL, H.; HALLIDAY, B.; WERB, Z.;
KOZAI, Y. Oxygen tension regulates the expression of angiogenesis factor by
macrophages. Science, v.221, p.1283-5, 1983.
Referências bibliográficas 74
KNOPP, M.V.; WEISS, E.; SINN, H.P.; MATTERN, J.; RADELEFF, J.;
MAGENER, A.; BRIX, G.; DELORME, S.; ZUNA, I.; VAN KAICK, G.
Pathophysiologic basis of contrast enhancement in breast tumors. J. Magn.
Reson. Imaging, v.10, p.260-6, 1999.
KORMANO, M.; DEAN, P.B. Extravascular contrast material: the major component
of contrast enhancement. Radiology, v.121, p.379-82, 1976.
LANGMUIR, V.K.; POULTER, C.A.; QAZI, R.; SAVLOV, E.D. Breast cancer. In:
RUBIN, P., ed. Clinical oncology: a multidisciplinary approach for
physicians and students. 8.ed. Philadelphia, WB, Saunders, 2001. p.187-216.
LARSON, R.E.; SEMELKA, R.C. Magnetic resonance imaging of the liver. Top.
Magn. Reson. Imaging, v.7, p.71-81, 1995.
LEE, Y.T.; MARKLAND, F.S: Steroid receptors study in breast carcinoma. Med.
Pediatr. Oncol., v.5, p.153-66, 1978.
LEE, Y.T. Correlation of estrogen receptor with clinic-pathologic factor and breast
cancer prognosis. Breast, v.9, p.6-11, 1983.
LEE, Y.T. Breast carcinoma: pattern of recurrence and metastasis after mastectomy.
Am. J. Clin. Oncol., v.7, p.443-9, 1984.
Referências bibliográficas 75
LEE, Y.T. Patterns of metastasis and natural courses of breast carcinoma. Cancer
Metastasis Rev., v.4, p.153-72, 1985.
LOW, R.N. Contrast agents for MR imaging of the liver. J. Magn. Reson. Imaging,
v.7, p. 56-67, 1997.
LOW, R.N. MR imaging of the liver using gadolinium chelates. Magn. Reson.
Imaging Clin. North Am., v.9, p.717-43, 2001.
MARTIN, D.R; SEMELKA, R.C. Imaging of benign and malignant focal liver
lesions. Magn. Reson. Imaging Clin. North Am., v.9, p.785-802, 2001.
MAYR, N.A.; HAWIGHORST, H.; YUH, W.T.C.; ESSIG, M.; MAGNOTTA, V.A.;
KNOPP, M.V. MR microcirculation assessment in cervical cancer: correlations
with histomorphological tumor markers and clinical outcome. J. Magn. Reson.
Imaging, v.10, p.267-76, 1999.
McGUIRE, W.L. Prognostic factors for recurrence and survival in human breast
cancer. Breast Cancer Treat., v.10, p.5-9, 1987.
MURAMATSU, Y.; TAKAYASU, K.; MORIYAMA, N.; SHIMA, Y.; GOTO, H.;
USHIO, K.; YAMADA, T.; HASEGAWA, H.; KOYAMA, Y.; HIROHASHI, S.
Peripheral low-density area of hepatic tumors: CT-pathologic correlation.
Radiology, v.160, p.49-52, 1986.
NIH Consensus Statement. Adjuvant therapy for breast cancer. Bethesda, NIH,
2000. v.17, p.1-35.
OKEN, M.M.; CREECH, R.H.; TORMEY, D.C.; HORTON, J.; DAVIS, T.E.;
McFADDEN, E.T.; CARBONE, P.P. Toxicity and response criteria of the
Eastern Cooperative Oncology Group. Am. J. Clin. Oncol., v.5, p.649-55, 1982.
OI, H.; MURAKAMI, T.; KIM, T.; MATSUSHITA, M.; KISHIMOTO, H.;
NAKAMURA, H. Dynamic MR imaging and early-phase helical CT for
detecting small intrahepatic metastases of hepatocellular carcinoma. AJR Am. J.
Roentegenol., v.166, p.369-74, 1996.
O’REILLY, S.M.; RICHARDS, M.A.; RUBENS, R.D. Liver metastases from breast
cancer: the relationship between clinical, biochemical and pathological features
and survival. Eur. J. Cancer, v.26, p.574-7, 1990.
Referências bibliográficas 77
PALEY, MR.; ROS, P.R. Hepatic metastases. Radiol. Clin. North Am., v.36, p.349-
63, 1998.
PRICE, J.E. The biology of metastatic breast cancer. Cancer, v.66, p.1313-20, 1990.
PRITCHARD, K.I. Liver metastases: can our understanding of their biology and
prognosis value contribute to strategy for optimum therapeutic management?
Eur. J. Cancer, v.33, p.S11-14, 1997.
Referências bibliográficas 78
RUBIN, P.; COOPER, R.A. Statement of the clinical oncologic problem. In:
RUBIN, P., ed. Clinical oncology: a multidisciplinary approach for
physicians and students. 8.ed. Philadelphia, WB, Saunders, 2001. p.1-23.
SALSBURY, A.J. Cancer Treat. Rev. v.2, p.55, 1975 apud FIDLER, I.J.; HART,
I.R. Biological diversity in metastatic neoplasms: origins and implications.
Science, v.217, p.998-1003, 1982.
SEMELKA, R.C.; ITAI, Y.; IRIE, T. Metastatic liver tumor: circumferential versus
wedge-shaped perilesional enhancement and quantitative image and pathologic
correlation. Radiology, v.219, p.298-300, 2001a.
SEMELKA, R.C.; BRAGA, L.; ARMAO, D. Liver. In: SEMELKA, R.C., ed.
Abdominal-pelvic MRI. New York, Wiley-Liss, 2001b. p. 33-317.
SHEAFOR, D.H.; KILLIUS, J.S.; PAULSON, E.K.; DeLONG, D.M.; FOTI, A.M.;
NELSON, R.C. Hepatic parenchymal enhancement during triple-phase helical
CT: can it be used to predict which patients with breast cancer will develop
hepatic metastases? Radiology, v.214, p.875-80, 2000.
STEWART, J.F.; KING, R.J.B.; SEXTON, S.A.; MILLS, R.R.; RUBENS, R.D.;
HAYWARD, J.L. Oestrogen receptor sites of metastatic disease and survival in
recurrent breast cancer. Eur. J. Cancer, v.17, p.449-53, 1981.
TERAYAMA, N.; MATSUI, O.; UEDA, K.; KOBAYASHI, S.; SANADA, J.;
GABGATA, T.; KAWAMORI, Y.; KADOYA, M. Peritumoral rim enhancement
Referências bibliográficas 80
TUBIANA, M.; KOSCIELNY, S.; The rationale for early diagnosis of cancer. The
example of breast cancer. Acta Oncologica, v.38, p.295-303, 1999.
UEDA, K.; MATSUI, O.; KAWAMORI, Y.; NAKANUMA, Y.; KADOYA, M.;
YOSHIKAWA, J.; GABATA, T.; NONOMURA, A.; TAKASHIMA, T.
Hypervascular hepatocellular carcinoma: evaluation of hemodynamics with
dynamic CT during hepatic arteriography. Radiology, v.206, p.161-6, 1998.
WILLIS, R.A. The spread of tumours in the human body. 3. ed. Great Britain,
Butterworth & Co., 1973. p.175.
WINGO, P.A.; RIES, L.A.; ROSENBERG, H.M.; MILLER, D.S.; EDWARDS, B.K.
Cancer incidence and mortality 1973-1995. A report card for the US. Cancer,
v.82, p.1197-207, 1998.
WHITLOCK, J.P.; EVANS, A.J.; JACKSON, L.; CHAN, S.Y.; ROBERTSON, J.F.
Imaging of metastatic breast cancer; distribution and radiological assessment at
presentation. Clin. Oncol., v.13, p.181-6, 2001.
ZEGER, S.L.; LIANG, K.I.; ALBERT, P.S. Models for longitudinal data: a
generalized estimating equation approach. Biometrics, v.44, p.1049-60, 1988.
ZETTER, B.R. The cellular basis of site-specific tumor metastasis. N. Engl. J. Med.,
v.322, p.605-11, 1990.
ZETTER, B.R. Angiogenesis and tumor metastasis. Annu. Rev. Med., v.49, p.407-
24, 1998.