Análise Da Influência Do Nióbio - Abm
Análise Da Influência Do Nióbio - Abm
Análise Da Influência Do Nióbio - Abm
Resumo
Avaliou-se a influência que diferentes percentuais de adições de nióbio provocam
nas propriedades mecânicas e na estrutura da barra chata temperada e revenida
aplicada em feixes de mola. Através de microscopia ótica, a barra laminada antes do
tratamento térmico foi avaliada, sendo realizada a medição do tamanho de grão
austenítico, caracterização da estrutura, medição de dureza e limite de resistência à
tração. Na barra tratada termicamente foi realizada caracterização da estrutura por
microscopia ótica e medição de dureza. Realizou-se também teste de fadiga. Os
resultados mostraram que os percentuais de nióbio adicionado não têm grande
influência já que as diferenças detectadas nos resultados de dureza e limite de
resistência da barra laminada foram pequenas, assim como o refinamento de grão
observado. Na barra temperada, a dureza não apresentou importantes mudanças no
teste de fadiga foi observado apenas um pequeno aumento no número de ciclos até
a fratura, quando se comparam corridas com nióbio e corrida sem nióbio. Os
resultados obtidos ocorreram como conseqüência das condições de laminação,
principalmente temperatura de reaquecimento de tarugos, que sendo baixa, da
ordem de 1150 C, proporcionou pequena solubilização do nióbio do carbonitreto.
Palavras-chave: Aços microligados; Nióbio; Solubilização.
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INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações nas propriedades da barra nos
estados laminado e temperado e revenido considerando a inclusão de diferentes
percentuais de nióbio (sem adição, 0,020% e 0,040%) visando atender às novas
exigências dos clientes, conforme mostrado na Tabela 1. Para isto foram produzidos
e estudados lotes de barras laminadas e tratadas termicamente em processo real
dos clientes e verificada as alterações através de ensaios largamente utilizados
como ensaios de tração, fadiga, tenacidade, medição de dureza e caracterização
microestrutural.
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MATERIAIS E MÉTODOS
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RESULTADOS
A Figura 3 apresenta as estruturas constituídas de perlita fina dos aços (a) sem
adição de nióbio, (b) com 0,02% de nióbio e (c) com 0,04% de nióbio, na condição
de laminado a quente após resfriamento ao ar em leito.
50 m 50 m 50 m
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20 m 20 m 20 m
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DISCUSSÃO
1600
1532,2
1505,0
1474,7
1500
1440,2
1399,9
1400
Temperatura (celsius)
1351,0
1398,07
1287,3 1374,75
1348,67
1300 1318,94
1284,12
1191,6
1200 1241,64
1186,09
1100 Nb=0,02% Nb=0,04%
1102,03
1000
908,8
900
894,8
800
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
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Refinamento da perlita
O refinamento da perlita formada após adição de nióbio, verificada através do
espaçamento interlamelar, não foi será medido neste trabalho, entretanto é possível
observar na Figura 7, que ocorreu o refinamento em algum grau. Acredita-se que,
apesar de apenas uma pequena parcela do Nb tenha sido dissolvido, ele pode ter
contribuído para o refinamento da perlita, através do retardo que provocou para que
ocorresse a transformação austenita perlita. Mei, P.R, pesquisou a efetividade de
Nb e NbC em retardar a reação austenita-perlita comparando aços alto carbono com
dissolução de cerca de 2% e 100% do Nb do NbC. No primeiro caso, ou seja,
quando praticamente não havia nióbio em solução na austenita, não houve retardo
na transformação enquanto que no segundo caso houve aumento de cerca de 10
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Figura 7. Estrutura perlítica da barra chata laminada (a) sem adição de Nb; (b) com adição de 0,02% de
Nb e (c) com adição de 0,04% de Nb – aumento 3000 vezes.
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
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