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De OLIVEIRA at Al.

Este artigo revisa a adubação e nutrição da batata-doce. Conclui-se que a batata-doce tem alta capacidade produtiva mesmo em solos de baixa fertilidade, mas novas pesquisas são necessárias devido a resultados contraditórios. Práticas como doses de nitrogênio abaixo de 150 kg/ha e adubação orgânica podem aumentar a produtividade.

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Rizia Rodrigues
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De OLIVEIRA at Al.

Este artigo revisa a adubação e nutrição da batata-doce. Conclui-se que a batata-doce tem alta capacidade produtiva mesmo em solos de baixa fertilidade, mas novas pesquisas são necessárias devido a resultados contraditórios. Práticas como doses de nitrogênio abaixo de 150 kg/ha e adubação orgânica podem aumentar a produtividade.

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Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente.

Ariquemes: FAEMA, v. 8, n. 2, jul./dez., 2017. ISSN: 2179-4200.

CIÊNCIAS AGRÁRIAS

ADUBAÇÃO E NUTRIÇÃO DA BATATA-DOCE: UMA REVISÃO


DOI: http://dx.doi.org/10.31072/rcf.v8i2.569
FERTILIZATION AND NUTRITION OF SWEET POTATO: A REVIEW
Lucas Oliver Ferreira de Oliveira1; Edimar Rodrigues Soares2; Samira Furtado de Queiroz3;
Esmeralda Ochoa Martínez4; Márcio Silveira da Silva5; Adriana Ema Nogueira6; Eldânia
Soares Ferreira7; Antônia de Fátima Galdino da Silva Vezarro8.

RESUMO: A batata-doce é uma cultura importante para alimentação da população, sendo


rica em proteínas, fibras, nutrientes como potássio (K), fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio
(Mg), ferro (Fe), manganês (Mn), cobre (Cu), e compostos bioativos. É cultivada em geral
por pequenos produtores. No Brasil, a produtividade obtida é muito inferior ao potencial
produtivo da cultura. A nutrição e adubação da cultura da batata-doce é um tema bastante
complexo e contraditório. O objetivo deste trabalho foi analisar os trabalhos existentes na
literatura a respeito desse tema, visando melhorar a compreensão das questões
relacionadas a adubação e nutrição e da batata-doce. Por meio dessa revisão, conclui-se
que a batata-doce tem alta capacidade de produção, mesmo em condições de baixa
fertilidade do solo. Porém novas pesquisas são necessárias, já que muitos resultados
obtidos até a atualidade são ainda controversos. Nesse sentido, o presente trabalho sugere
algumas práticas que podem auxiliar a obtenção de altas produtividades: evitar utilizar doses
de nitrogênio (N) maiores que 150 kg ha-1; parcelar a adubação nitrogenada em 33% no
plantio, 33% aos 30 dias após o plantio (DAP) e 33% aos 60 DAP; procurar equilibrar as
doses de N e K, evitando aplicar doses de N muito mais altas que a de K; não utilizar doses
de P maiores que 200 kg ha-1; em solos com baixo teor de B, aplicar 1 a2 kg ha -1 de boro

1 Discente do curso de Agronomia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente. E-mail:


oliver.ferreira.agro@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3810-8856;
2 Prof. Dr. do curso de Agronomia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Ariquemes, RO. E-mail:

soares-agro@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3895-0234;


3 Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Ciência do Solo,

Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP/FCAV, Campus de


Jaboticabal, SP. Bolsista da CAPES. E-mail: samirafurtado26@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-
2362-4716;
4 Pesquisadora Dra. do Instituto Nacional de Investigaciones Forestales, Agrícolas y Pecuarias, INIFAP,

Matamoros, Cohauila, México. E-mail: esme0909@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9868-058X;


5 Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Ciência do Solo,

Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP/FCAV, Campus de


Jaboticabal, SP. E-mail: marciode@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4698-5541;
6 Professora Ms. do curso de Agronomia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Ariquemes, RO. E-mail:

agronomia@faema.edu.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2599-5174;


7 Professora Ms. substituta da Universidade Estadual de Mato Grosso – UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT. E-

mail: ferreira_daniasoares@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2710-4198;


8 Professora Ms. do curso de Agronomia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Ariquemes, RO. E-mail:

antoniavza@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6854-0554.


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(B). Em solos com alta fertilidade, a adubação orgânica com doses de 25-30 t ha-1 de
esterco bovino é suficiente para a obtenção de boas produtividades.

Palavras-chave: Ipomoea batatas L. Fertilidade do solo. Fertilizantes. Adubação orgânica.


Adubação mineral.

ABSTRACT: The sweet potato is an important food for the population, being rich in proteins,
fibers, nutrients such as K, P, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu, and bioactive compounds. It is usually
cultivated by small producers. In Brazil, the productivity obtained is much lower than the
productive potential of the crop. The nutrition and fertilization of the sweet potato crop is a
very complex and contradictory theme. The objective of this work was to analyze the existing
works in the literature regarding this theme, aiming to contribute to a better understanding of
the issues related to fertilization and nutrition of sweet potato. Through this review, it can be
concluded that sweet potatoes have high production capacity, even under conditions of low
soil fertility. But new research is needed, as many results to date are still controversial. In this
sense, the present work suggests some practices that can help to obtain high productivity: to
avoid using doses of nitrogen (N) greater than 150 kg ha -1; to partition nitrogen fertilization by
33% at planting, 33% at 30 days after planting (DAP) and 33% at 60 DAP; seek to balance
doses of N and K, avoiding doses of N much higher that of K; do not use P doses greater
than 200 kg ha-1; in soils with low B content, apply 1 to 2 kg ha -1 of boron (B). In soils with
high fertility, the organic fertilization with doses of 25-30 t ha-1 of bovine manure is enough to
obtain good yields.

Keywords: Ipomoea batatas L. Soil fertility. Fertilizers. Organic fertilization. Mineral


fertilization.

INTRODUÇÃO proteínas, fibras, nutrientes como K, P, Ca,


A batata-doce (Ipomoea batatas L.) Mg, Fe, Mn, Cu, além de compostos
teve sua origem na América Central e do bioativos(4).
Sul. A China é o maior produtor É uma cultura importante como
representando 76% da produção mundial, suprimento alimentar de populações mais
tendo produzido em 2011 75.567.929 pobres. Tem um baixo custo de produção,
toneladas(1). é rústica, tolerante a seca, e um alto
Possui alta variabilidade genética potencial produtivo, sendo cultivada por
podendo ser destinada à alimentação pequenos produtores (6,7). Apesar de sua
humana e animal, e à produção de alta capacidade de produção, podendo
etanol(2,3). Suas folhas também são chegar a 40 t ha-1(8), a produção brasileira
sugeridas à alimentação humana com fica em torno de 12 t ha-1. Isso se deve,
intuito de reduzir a desnutrição, principalmente ao baixo nível tecnológico
principalmente em países empregado pelos produtores, que, em
subdesenvolvidos, pois é rica em geral, não fazem um manejo adequado do
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solo, não utilizando técnicas de calagem e 2 ADUBAÇÃO MINERAL COM MACRO E


adubação, necessárias para garantir um MICRONUTRIENTES NO POTENCIAL
alto rendimento da cultura(5). PRODUTIVO DA BATATA-DOCE
Por outro lado, de acordo com De forma geral, as culturas com
Fageria e Baligar(9), a batata-doce tem raízes tuberosas, como a batata-doce,
uma eficiente capacidade de utilização dos necessitam de uma alta disponibilidade de
nutrientes, devido aos seus diversos nutrientes no início de seu
mecanismos morfofisiológicos. Os autores desenvolvimento devido a elevada taxa de
citam que esta cultura tem um sistema crescimento e o ciclo de produção curto(10).
radicular extensivo, tornando-a eficiente. O N é um dos nutrientes mais
Possui uma alta relação raiz/parte aérea e, exigidos na maior parte das hortaliças(11).
quando em situação de baixa Como seu fornecimento através da
disponibilidade de nutrientes, suas raízes mineralização da matéria orgânica não
são hábeis em modificar a rizosfera para supri as necessidades das plantas, o seu
superar situações adversas. Além disso, fornecimento através da adubação mineral
as raízes da batata-doce podem se completa a capacidade de fornecimento
associar com microrganismos que fixam dos solos(12).
nitrogênio atmosférico. Quando as Casali(13) recomenda que sejam
concentrações de nutrientes nos tecidos aplicados 60 kg ha-1 de N para a batata-
estão baixas, a planta é capaz de manter o doce no estado de Minas Gerais, com o
metabolismo inalterado, além de possuir parcelamento de 50% da dose no plantio e
uma alta taxa fotossintética. o restante em cobertura 30 dias após o
A adubação e a nutrição da batata- plantio das ramas. Já no manual de
doce é um tema ainda bastante complexo, adubação e calagem para os estados do
devido a todos esses mecanismos Rio Grande do Sul e Santa Catarina e
morfofisiológicos que a cultura apresenta. SC(10), a recomendação de adubação
Diante disso, esse trabalho teve por nitrogenada varia de acordo com o teor de
objetivo analisar a literatura existente a matéria orgânica do solo, conforme tabela
respeito desse tema, visando melhorar a 1. Nesse caso, recomenda-se aplicar 10
compreensão das questões relacionadas a kg ha-1 do total de N no plantio, e o
adubação e nutrição da batata-doce. restante, aproximadamente 30 dias após a
brotação, em cobertura, quando utilizada a

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batata, ou 30 dias após o transplante, N atmosférico, embora, haja uma grande


quando utilizadas mudas. variação em função da cultivar utilizada.
Tabela 1 - Recomendação de adubação Gonçalves Neto et al. (17) testaram,
nitrogenada para os estados do Rio Grande do Sul
e Santa Catarina(10). nas condições dos solos tropicais
Teor de matéria
orgânica no solo
Nitrogênio brasileiros, 36 clones e três genótipos de
% kg ha-1 de N batata doce e verificaram produtividades
<2,5 70
2,5-5,0 40 que variaram de 0 a 51 t ha-1. Os autores
>5,0 30
ressaltaram que as altas produtividades
De acordo com Monteiro e
obtidas por alguns cultivares podem ser
Peressin(14), no estado de São Paulo, é
explicadas pelo fato da colheita ter sido
recomendado a aplicação de 20 kg ha-1 de
realizada mais tardiamente aos 7 meses,
N no plantio, e de 30 kg ha-1 de N em
quando corriqueiramente ocorre entre
cobertura. Segundo estes mesmos
quatro e cinco meses.
autores, a adubação com N-P-K pode ser
É interessante notar que estes
dispensada se o cultivo for feito em
autores trabalharam com uma dose de 40
rotação após outras culturas que foram
kg ha-1 de N no plantio e 450 kg ha-1 de N
adubadas anteriormente.
aos 60 DAP, que é uma dose
Observa-se que nas três
relativamente alta, demonstrando que a
recomendações as doses de N
cultura pode alcançar altas produtividades
recomendada para a cultura são baixas.
com doses elevadas de N. Resende (18)
Isto talvez se deva ao fato de que de
também obteve maiores produtividades
acordo com alguns autores, a batata-doce
com a colheita mais tardia com uma média
é uma cultura bastante eficiente na
(15) de incremento de produtividade de 21 t ha -
utilização do N. Hill et al. relata que a
1 para cinco cultivares em função da
exigência em nitrogênio pela batata-doce é
colheita aos 200 DAP comparada aos 150
alta, embora a cultura consiga produzir
DAP.
razoavelmente bem em solos de baixa
Hartemink et al. (19) verificaram que a
fertilidade. Esta cultura pode ainda realizar
produção (em base fresca) passou de 4,4 t
forte associação simbiótica com certas
ha-1 na testemunha para 6,5 t ha-1 com a
bactérias. Desta forma, Yoneyama,
dose de 100 kg ha-1 de N, e foi reduzida a
Terakado, Masuda (16), relataram que
1,5 t ha-1 com a dose de 400 kg ha-1 de N.
40% da absorção de N pela batata-doce
Esse trabalho foi conduzido em solo de
pode ser derivada da fixação biológica do
alta fertilidade com teor de carbono

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orgânico de 23,8 g kg-1, e as doses maiores quantidades de K ao final do ciclo


utilizadas foram 0, 100, 200, 300 e 400 kg da cultura, já que as doses de N
ha-1 de N, parceladas aos 35, 62 e 119 proporcionam incrementos significativos já
dias após o DAP. No entanto, a parte a partir dos 90 DAP na massa seca total
aérea da planta aumentou de 19,1 t ha-1 das plantas, enquanto que para o K só
na testemunha para 45,3 t ha-1 na dose de houve incremento significativo aos 150
400 kg ha-1 de N. Esses resultados DAP.
sugerem que altas doses de N podem Oliveira et al. (21) trabalharam com
promover um desenvolvimento vegetativo doses de ureia de 0, 115, 230; 345 e 460
exagerado nas plantas, prejudicando a kg ha-1 equivalentes a aproximadamente 0,
produtividade. 52, 103, 155 e 207 kg ha-1 de N, em um
Por outro lado, Bourke(20) verificaram solo com baixo teor de matéria orgânica
que a produtividade aumentou de 5,9 t ha -1 (8,11 g dm-3). A máxima produtividade
na testemunha para 10,3 t ha-1 com 225 kg (18,8 t ha-1) de raízes comerciais foi
ha-1 de N. Para o K, a produção foi alcançada com 152,55 kg ha-1 de N. Vale
incrementada em 4,3 t ha-1 do tratamento destacar que também foi realizada a
controle para a dose de 375 kg ha-1 de K. aplicação no plantio de 20 t ha-1 de esterco
Os autores avaliaram a influência da bovino, o que certamente contribuiu para o
adubação com N e K no número de fornecimento de N à cultura. Neste
tubérculos por planta e na massa seca por trabalho, houve o o parcelamento do N em
tubérculo dos 50 aos 150 DAP. As doses cobertura, sendo aplicados 50% do
de N proporcionaram redução no número nutriente aos 30 DAP e o restante aos 60
de tubérculos por plantas até 90 DAP, sem DAP, sem nenhuma aplicação de N via
interferência significativa após esta data. fertilizante mineral no plantio.
Todavia ocorreu aumento significativo na Conforme já citados anteriormente as
média de massa seca de tubérculos dos recomendações de aplicação de N para a
130 a 150 DAP. O K aumentou o número batata doce é aplicar uma parte no plantio
de tubérculos por planta até 150 DAP, e o restante aos 30 DAP. Todavia, o ciclo
porém não promoveu diferenças da cultura por chegar a 4, 5, ou até 7
significativas para a massa seca de meses como já citado, o que nos leva a
tubérculos durante todo o ciclo da cultura. indagar se não seria necessário um maior
Os resultados obtidos por esses autores parcelamento da adubação nitrogenada,
indicam que a cultura provavelmente exija tendo em vista que este é um nutriente

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sujeito a perdas por lixiviação no perfil do pelos autores a presença do enxofre (S)
solo. na formulação do mesmo. A dose de N
Bourke (20) constataram que o utilizada em cobertura foi de 80 kg ha-1,
acúmulo de massa seca total da planta de tendo sido aplicado também 15 t ha-1 de
batata-doce aumenta drasticamente a esterco bovino no plantio. As melhores
partir dos 50 até os 130 DAP, passando a produtividades foram obtidas com
decrescer após esse período. A massa parcelamento do N em 33% no plantio,
seca de folhas aumentou até os 70 DAP, 33% aos 30 DAP e 33% aos 60 DAP, com
estabilizando e passando a decrescer a 25,8 t ha-1 para o sulfato de amônio e 23,9
partir dos 90 DAP. A massa seca do caule t ha-1 para ureia. Estes resultados
aumentou até os 90 DAP, sem grandes confrontam as três recomendações de
incrementos até os 130 DAP, e adubação para os Estados de Minas
decrescendo após esse período A massa Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo,
seca de tubérculos aumentou Minas Gerais e Santa Catarina, no que diz
expressivamente dos 70 até os 150 DAP. respeito ao parcelamento do N.
Este fato pode explicar a redução na Ao contrário destes autores,
produtividade no trabalho de Hartemink et Ankumah et al.(23) utilizando quatro
al.(19), pois os autores aplicaram a última cultivares de batata-doce e uma dose de N
parcela da adubação nitrogenada aos 120 de 90 kg ha-1, obtiveram maiores
DAP, o que pode ter interferido no produtividades quando o fertilizante foi
desenvolvimento da planta promovendo aplicado todo aos 20 DAP, do que quando
crescimento vegetativo exacerbado, dividido aos 20, 40, 60 e 80 DAP. Os
quando a prioridade da planta deveria ser autores ainda verificaram ainda que o
o crescimento dos tubérculos. Com isso, incremento em função da adubação
reforça-se também a ideia da necessidade nitrogenada (única aplicação) comparado
do fornecimento de K ao final do ciclo, ao controle em uma das cultivares chegou
tendo em vista a importância da a aproximadamente 21 t ha-1 quando
translocação de açúcares nessa fase da utilizada ureia e 19 t ha-1 com nitrato de
planta. amônio, sendo que também não foi
Alves et al.(22) concluíram que o observada diferença significativa entres
sulfato de amônio foi mais eficiente em estas duas fontes utilizadas. Por meio
aumentar os rendimentos da batata-doce desse trabalho, concluíram ainda, que as
que a ureia, sendo este resultado atribuído cultivares precoces foram mais produtivas

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e tiveram maior eficiência fisiológica, DAP e 50% aos 60 DAP. A produtividade


embora as cultivares tardias tenham sido máxima (19,1 t ha-1) foi obtida com a dose
mais eficientes na recuperação do N de 154 kg ha-1 de N e a dose mais
aplicado. Desta forma, os autores econômica foi 144 kg ha-1 de N, enquanto
ressaltaram que a diferença na eficiência que, para a aplicação via foliar não houve
de utilização de N pode estar relacionada resposta significativa, com produtividade
ao genótipo e ao comprimento do ciclo das média de 12,6 t ha-1. Os autores
cultivares, sendo que o ciclo é um fator creditaram os resultados obtidos com a
importante a ser considerado na adubação foliar à volatilização do N.
recomendação para adubação da batata Entretanto, cabe ressaltar que
doce. provavelmente as plantas não tenham
Nos estudos desenvolvidos por Alves conseguido absorver todo nutriente
et al. (22) é possível verificar que tanto a parcelado em apenas duas aplicações.
aplicação de 100% da dose no plantio ou Nesse sentido, são necessários mais
100% aos 60 DAP, independente da fonte estudos relacionados às adubações
prejudica a produtividade da cultura, foliares de N na cultura.
demonstrando que a alta disponibilidade Conceição, Lopes e Fortes(25)
de N tanto no início quanto mais próxima trabalhando com duas cultivares,
do fim do ciclo pode ser prejudicial. Isto observaram que, a partir dos 90 DAP,
justifica o parcelamento do N em três ocorre o maior incremento de massa seca
aplicações e os melhores resultados dos tubérculos com consequente redução
obtidos por estes autores com este na massa seca das folhas e caule. Esse
tratamento, pois assim não falta nitrogênio padrão de desenvolvimento da planta
para o desenvolvimento da cultura, porém também foi observado por Bourke (20).
não deixa quantidade altas de N disponível Echer, Dominato e Creste(26),
que possam promover o seu crescimento conduziram um experimento com o intuito
vegetativo em excesso. de avaliar a marcha de absorção de
A aplicação de N via e via foliar solo nutrientes da cultura. Nesse trabalho,
(doses de 0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1 de houve somente a aplicação de adubo NPK
N) foi testada por Oliveira et al. (24). No no plantio, fornecendo 10 kg ha-1 de N, 75
plantio também foram aplicados 20 t ha-1 kg ha-1 de P2O5 e 25 kg ha-1 de K2O. O
de esterco bovino e as doses de N tanto teor de matéria orgânica no solo era de 10
no solo como foliar, divididas 50% aos 30 g dm-3 e saturação por bases de 63%. A

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ordem de extração de macronutrientes O K é um importante nutriente para a


pela planta de batata-doce foi: cultura da batata-doce, sendo que este
N>K>Ca>Mg>P>S, com 350; 225; 174; 42; está envolvido nos processos de divisão
41 e 39 kg ha-1, respectivamente. Nota-se celular, de iniciação da raiz tuberosa e o
que mesmo com a pouca quantidade de N seu espessamento, da fotossíntese, da
fornecida, a cultura extraiu uma alta formação de hidratos de carbono, da
quantidade de N, embora a produtividade translocação de açúcares, além de e
obtida tenha sido baixa (6,3 t ha-1). Como influenciar a atividade enzimática(29).
a quantidade de N fornecida a cultura foi As tabelas 2, 3 e 4 apresentam as
pouca, e levando ainda em consideração a recomendações para adubação potássica
alta capacidade da cultura em obter N de e fosfatada para os Estados de São Paulo,
outras fontes que não a inorgânica, cabe Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa
nos indagar se a quantidade extraída de Catarina.
nutrientes reflete a real necessidade da
cultura.

Tabela 2 - Recomendação para adubação potássica e fosfatada para o Estado de São Paulo.
P resina, mg dm-3 K+ trocável, mmolc dm-3
0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1,5
Batata-doce para mesa
kg ha-1 de P2O5 kg ha-1 de K2O
100 80 60 120 90 60
Batata-doce forrageira e industrial
80 60 40 100 70 40
Fonte: Monteiro e Peressin(14).

Analisando as recomendações para para Minas Gerais. Já no caso do K as


esses diferentes estados, verifica-se que recomendações são mais altas para os
para o P, embora os extratores sejam os Estados do Rio Grande do Sul e Santa
mesmo para Rio Grande do Sul, Santa Catarina do que São Paulo e Minas
Catarina e Minas Gerais, as Gerais.
recomendações para o Rio Grande do Sul
e Santa Catarina são bem menores que

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Tabela 3 - Recomendação para adubação fosfatada e potássica para o Estado de Minas Gerais.
Dose total
Disponibilidade de P ou de K
P2O5 K2O
_______________kg ha-1_________________
Baixa 180 90
Média 120 60
Boa 60 30
Muito boa 0 0
Fonte: Casali (13).

Tabela 4 - Recomendação para adubação fosfatada e potássica para os Estado do Rio Grande do
Sul e Santa Catarina.
Interpretação do teor de P
FÓSFORO POTÁSSIO
ou de K no solo
_______________kg ha-1_________________
Muito Baixo 50 220
Baixo 50 180
Médio 50 120
Alto 50 80
Muito alto ≤50 ≤60
Fonte: Rolas (10).
Estudando a eficácia da utilização de acumulado, enquanto as folhas,36,8%, e o
K pela batata-doce em um solo com baixo caule, 24,8%, ficando evidente a diferença
teor de K, George, Lu e Zhow(30) testaram na distribuição de K nas partes plantas nos
doses de 0, 150, 300, 450 e 600 kg ha -1 de dois experimentos.
K2O. A máxima produtividade e o máximo De acordo com Saric(32), genótipos
teor de caroteno foram obtidos com a dose com baixa concentração de nutrientes
de 300 kg ha-1, enquanto os teores de minerais na parte aérea e com alta taxa
proteína e brix não foram influenciados fotossintética são mais econômicos, uma
pela adubação. Neste trabalho, o acumulo vez que esses genótipos exigem menor
de K nas raízes representou 65% do total quantidade de fertilizantes minerais para
acumulado, tendo as folhas representado produzir altas produções. Os autores
10,5%, e o caule 18,17%. Constataram enfatizam ainda que existem diferenças
ainda que o índice de eficiência de significativas na concentração de K e
utilização (produção de raízes por unidade acúmulo nas diferentes partes da planta
de K na planta toda) variou entre genótipos de batata-doce, e que é
significativamente em função do genótipo possível desenvolver variedades com alta
utilizado. produção de biomassa e acúmulo de K
No experimento de Echer, Dominato mais baixo em toda a planta.
e Creste(31), as raízes (tuberosas + raiz) No trabalho de George, Lu, e
representaram apenas 38,4% do total de K Zhow(30), todo o K foi aplicado no plantio.

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Em nenhum dos manuais de ha-1 de K2O, sendo assim as doses reais


recomendação citados anteriormente, é de N foram 0, 40, 70, e 130 kg ha-1 e K
recomendado parcelamento da adubação foram 0, 55, 85 e 155 kg ha-1 de K2O,
potássica. Brito et al.(33), testaram doses sendo que a cobertura foi realizada aos 39
de K (0, 50, 100, 150, 200, e 250 kg ha -1), DAP. O máximo rendimento da batata-
em um solo arenoso com baixo teor de doce (24,9 t ha-1 de raízes tuberosas
potássio. As doses foram divididas em comercializáveis) foi alcançado com a
50% no plantio, 25% aos 30 DAP, e 25% dose combinada de 112 kg ha-1 de N e 155
aos 60 DAP. A produtividade total de kg ha-1 de K2O. É possível verificar no
raízes comerciais (8,4 t ha-1) foi obtida com trabalho destes autores que quando as
a dose de 173 kg ha-1 de K2O. A dose doses de K2O foram 0 e 55 kg ha-1, não
mais econômica estimada foi de 163 kg ha- houve resposta a adubação nitrogenada.
1. Quando a dose de K2O foi de 85 kg
Porém, cabe observar que a ha-1, ocorreu incremento até a dose de 70
produtividade máxima obtida foi baixa, kg de N, e nas doses de 100 e 120 de N,
tendo em vista o potencial produtivo da houve decréscimo na produtividade.
cultura. Deve-se levar em conta que o solo Podemos inferir assim que, a adubação
trabalhado tinha um baixo teor de matéria potássica potencializou a adubação
orgânica (15,8 g dm-3), e foram sido nitrogenada, sendo que quando a dose de
aplicados no plantio 20 t ha-1 de esterco N ultrapassou muito a dose de potássio, a
bovino e 20 kg ha-1 de N, parcelados aos produção da cultura foi prejudicada. Outro
30 e 60 DAP. Desta forma, o N pode ter resultado relevante desse trabalho é que
sido um fator limitante da produção devido nas doses 0, 30 e 60 kg ha-1 de K2O, não
à baixa quantidade fornecida desse foi notada influência da adubação
nutriente. nitrogenada na produção de tubérculos
Foloni et al.(34), avaliaram a resposta não comercializáveis, enquanto na dose
da batata-doce a combinação de doses de de 155 kg de K2O ha-1, as doses de N
K2O (0, 30, 60 e 120 kg ha-1) e doses de N promoveram redução linear na produção
(0, 30, 60 e 120 kg ha-1) em um solo com de tubérculos a serem descartados.
baixo teor de K (0,8 mmolc dm-3) e 10 g Estes resultados corroboram com
dm-3 de matéria orgânica. Deve-se Cantarella(35), o qual afirma que, as
ressaltar que no plantio foram aplicados 10 interações mais comuns, no manejo da
kg ha-1 de N, 75 kg ha-1 de P2O5 e 25 kg adubação mineral, para a cultura da

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batata-doce são as que ocorrem entre N e recomendação de Casali(13) de 180 kg ha-1


K. Nessa relação, o suprimento de P2O5 para solos com baixo teores de P.
balanceado de N e K frequentemente O teor de amido também foi influenciado
aumenta a resposta a ambos, da mesma pelas doses de P com a máxima
forma que a não adição de um deles, em concentração obtida com a dose de 293 kg
solos deficientes, pode levar a ha-1 de P2O5. Resultados semelhantes a
decréscimos na resposta do outro. esses também foram obtidos por Oliveira
Salienta-se, portanto, a necessidade de et al.(38) e Oliveira et al.(39).
pesquisas que combinem a aplicação Tong et al.(40) avaliaram o efeito de
destes dois nutrientes principalmente com fungos micorrízicos arbusculares (Glomus
doses mais altas que as testadas por intraradices e Glomus mosseae) na
Foloni et al.(34). produção de massa seca de batata-doce,
No diz respeito ao P, a batata-doce é na concentração de betacaroteno e de N,
bastante eficiente na absorção deste P, K, Cu e Zn em função da aplicação de
nutriente. Todavia, devido à deficiência alta (150 mg dm-3) ou baixa (50 mg dm-3)
deste nutriente que, em geral, é comum dose deP. Com o baixo fornecimento de
nos solos brasileiros, tem-se a P, observaram que a inoculação da
necessidade de aplicar maiores espécie Glomus intraradices aumentou
quantidades deste macronutriente na significativamente a massa seca de
forma prontamente disponível e em época tubérculos. Com o fornecimento da maior
adequada (36). quantidade de P, não houve influência dos
Trabalhando com doses de fósforo fungos micorrízicos na massa seca da
(0, 100, 200, 300 e 400 kg ha-1 de P2O5), parte aérea, raiz e tubérculos, entretanto
Oliveira et al. (37) estimaram a máxima esta dose de P proporcionou maior
produtividade de raízes comerciais de produção de massa seca de tubérculos
batata doce, em 18,9 t ha-1, com a dose de que a dose de 50 mg dm-3 de P.
231 kg ha-1 de P2O5. Para o P, a dose Independente da dose de P utilizada, os
mais econômica foi de 194 kg ha-1, tratamentos com fungos aumentaram as
correspondendo a 84% da dose concentrações de P na massa seca da
responsável pela máxima produtividade, parte aérea, raiz e tubérculos de batata-
sendo que esta correlacionou-se com o doce. Na raiz, nos tratamentos com a dose
teor de P2O5 no solo de 20 mg dm-3 mais baixa de P, a presença dos fungos
(Mehlich-1). Esta dose é semelhante a proporcionou a obtenção de

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concentrações desse nutriente poderoso antioxidante protegendo as


semelhantes aos tratamentos com a maior células do corpo humano contra os
dose. radicais livres(42). Isto indica um notável
A concentração de N foi aumentada potencial de fungos micorrízicos para
apenas nas raízes e somente nos melhorar concentrações de betacaroteno
tratamentos com dose maior de P. Os em tubérculos de batata-doce em solos de
teores de K não foram influenciados, baixa disponibilidade de P, visando
independente da adubação fosfatada. Foi satisfazer as exigências de um mercado
observado que a maior parte do Zn ficou de alimentos voltada para a saúde humana
concentrado na raiz da planta, sendo que (40).

este teve sua concentração aumentada na O calcário é corretivo da acidez do


parte aérea das plantas e raízes quando solo e também considerado uma eficiente
aplicado 50 mg dm-3 de P no solo, mas fonte de Mg e de Ca para as plantas. A
não nos tubérculos. Com 150 mg dm-3 recomendação de Casali(13) é elevar a
aplicados via solo, as concentrações de Zn saturação por bases a 60 % e o teor de Mg
foram incrementadas pela inoculação em do solo a um mínimo de 1,0 cmolc dm-3.
ambas as partes da planta. Em relação ao Monteiro e Peressin(14), recomendam
Cu, a inoculação teve apenas um pequeno elevar a saturação por bases a 60% e o
efeito sobre a concentração no tubérculo teor de Mg do solo a 4 mmolc dm-3. Apesar
em ambos os níveis de fornecimento de P. destas recomendações, há uma carência
A concentração de beta caroteno nos muito grande de trabalhos que avaliem o
tubérculos foi aumentada real efeito da calagem na nutrição e
significativamente com a dose de 50 mg produtividade da batata-doce. O Ca foi o
dm-3 de P via solo, em função da nutriente mais acumulado nas raízes e o
inoculação. Nos tratamentos sem terceiro mais acumulado nas folhas e nas
inoculação, o aumento da dose de P raízes tuberosas no trabalho de Echer,
também aumentou significativamente a Dominato e Creste(26).
concentração de beta caroteno. Da mesma forma também são
Esses resultados são bastante escassos trabalhos que avaliem o efeito do
relevantes, tendo em vista que a batata- Snesta cultura. De acordo com Raij et
doce possui grandes quantidades de beta al.(27), teores de S-SO42- de 0 a 4 mg dm-3
caroteno que é um precursor da vitamina A no solo são considerados baixos, de 5 a
no organismo humano (41), além de ser um 10 mg dm-3, médios e maiores que 10 mg

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dm-3, alto. Os autores ressaltam que esses ‘Duda’, K>N>Ca>Mg>P>S com193; 170;
teores referem se a camada arável, sendo 16; 13; 12 e 7 kg ha-1, respectivamente.
que pode haver quantidades de sulfatos Nota-se que para a cultivar Duda, o
presente abaixo desta camada, Mg passa a ser o quarto nutriente mais
necessitando assim levar em conta os exportado, enquanto o P passa de terceiro
teores na camada de 20 a40 cm de a quinto, em relação as outras cultivares.
profundidade, quando se desejar ter uma Também, comparado ao trabalho de
diagnose mais apurada sobre a Echer, Dominato e Creste (26), o K foi o
disponibilidade de S nos solos. nutriente mais exportado pelas três
No trabalho de Echer, Dominato e cultivares, enquanto no trabalho deste foi o
Creste(26), a ordem decrescente de N.
exportação de nutrientes foi Lorenzi, Monteiro e Miranda Filho(44)
N>K>Ca>P>S>Mg, com 129; 81; 23; 16; recomendam que para a diagnose foliar da
9,6 e 7,4 kg ha-1, respectivamente, para a cultura, deve-se amostrar 15 plantas, aos
cultivar Canadense. Thumé et al.(43) 60DAP, retirando as folhas mais recentes,
trabalharam com combinações de N-P-K totalmente desenvolvidas. As faixas de
em três cultivares de batata-doce voltadas teores adequados de macro e
para a produção de etanol. A sequência micronutrientes são apresentadas na
média de exportação de nutrientes foi de Tabela 5. A mesma recomendação é feita
K>N>P>Ca>Mg>S com 271; 197; 18; 17; no manual de Adubação e calagem do Rio
16 e 11 kg ha-1, respectivamente para a Grande do Sul e Santa Catarina (10), com
cultivar Amanda. Para a cultivar Carolina uma única diferença que os teores de
Vitória, obteve se a seguinte sequência macronutrientes são apresentados em
K>N>P=Ca>Mg>S com 227; 163; 20; 20; porcentagem.
15 e 10kg ha-1, respectivamente. E, para a

Tabela 5 - Faixas de teores adequados de macro e micronutrientes em folhas de batata-


doce.
Macronutrientes g kg-1
N P K Ca Mg S
33-45 2,3-5,0 31-45 7-12 3-12 4-7
Micronutrientes mg kg-1
B Cu Fe Mn Zn
25-75 10-20 40-100 40-250 20-50
Fonte: Lorenzi, Monteiro e Miranda Filho (44).

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No trabalho de Thumé et al.(43), estes considerado adequado por Lorenzi,


autores colheram aos 90DAP, duas folhas Monteiro e Miranda Filho(44), conforme
totalmente expandidas, localizadas no apresentado na Tabela 5, enquanto que os
terço médio das ramas em cada planta da teores de Fe e Mn estavam na faixa
área amostral de acordo com o considerada adequada. Na cultivar
recomendado por Jones, Wolf e Mills (45). Carolina Vitória, os teores tanto de Fe, Mn,
Para as cultivares Amanda e Duda, a Zn e Cu encontraram-se na faixa
média dos teores foliares de adequada. Com isso, nota-se a variação
macronutrientes ficaram todas abaixo do dos teores foliares de micronutrientes em
considerado adequado por Lorenzi, função do genótipo utilizado.
Monteiro e Miranda Filho (44). Para a Para o cultivar ‘Duda’, o nível crítico
‘Carolina Vitória’ apenas os teores de Ca e foliar de N, foi inferior aos observados para
Mg ficaram na faixa adequada. Salienta- os demais cultivares. Por outro lado, o
se que os teores de K e S ficaram bem nível crítico foliar de K nas folhas desse
abaixo do recomendado, sendo que para o mesmo cultivar apresentou valores
K foram realizadas adubações dos superiores aos dos outros cultivares. Para
tratamentos com N-P-K e o teor deste os cultivares ‘Amanda’ e ‘‘Duda’’, não foi
nutriente no solo era médio, indicando que possível o ajustamento a um modelo
este nutriente esteve disponível a cultura. matemático, para os teores foliares de P.
Já para o S, os autores não apresentaram Para o cultivar ‘Carolina Vitória’, obteve-se
o teor do mesmo no solo estudado. nível crítico foliar de 1,8 g kg-1.
A coleta das folhas aos 90 DAP, No trabalho de Echer, Dominato e
como realizado no trabalho citado acima, Creste(26), nota-se que o Mn foi o
parece mais adequada do que a micronutriente acumulado em maior
recomendada por Lorenzi, Monteiro e quantidade pela planta, sendo que este foi
Miranda Filho (44), tendo em vista que o mais acumulado nas ramas e nas raízes
este é o momento em que se iniciam os tuberosas das plantas. A ordem de
incrementos mais expressivos na massa extração e também de exportação de
seca de tubérculos, como já discutido nutrientes foi de Mn>B>Zn>Fe>Cu. Em
anteriormente. geral, culturas produtoras de raízes como
Os teores observados para Cu e Zn a cenoura, costumam apresentar o Fe
para as ‘Amanda e Duda’ no trabalho de como o micronutriente mais extraído do
Thumé et al.(43) ficaram abaixo do solo(46). Como neste estudo os teores de

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Fe, Mn e Zn estavam altos no solo de de 200 kg de K2O ha-1. Cabe ressaltar que
acordo com a interpretação proposta por no plantio os autores aplicaram 25 kg de
Raij et al.(27), provavelmente o alto K2O, portanto, esta quantidade deve ser
acúmulo de Mn seja uma característica levada em consideração, sendo assim a
específica da batata-doce. maior produtividade foi obtida então com
Como visto o B foi o segundo 225 kg ha-1 de K2O.É interessante
micronutriente mais exigido pela cultura. observar que o teor de B nas folhas
De acordo com Abreu et al.(47), a matéria quando obteve-se a máxima produtividade
orgânica é principal fonte de B as plantas. foi de 83 mg dm-3, estando um pouco
Em solos altamente intemperizados, e acima da faixa considerada adequada por
principalmente nos arenosos, quando em Lorenzi, Monteiro e Miranda Filho(44).
condições de alta pluviosidade, tendem a O’Sullivan, Asher e Blamey(49) relatam que
apresentar teores de matéria orgânica os teores foliares de B adequados variam
baixos e, consequentemente baixa de 50-200 mg kg-1, podendo ocorrer
disponibilidade de B(48). problemas de fitotoxidez quando ocorrem
Echer et al.(26), testaram os efeitos da concentrações superiores a 220 mg kg-1.
adubação potássica (0, 50, 100 e 200 kg 3 ADUBAÇÃO ORGÂNICA NO
ha-1 de K2O) em conjunto com a aplicação POTENCIAL PRODUTIVO DA BATATA-
de B (0, 1, 2 e 3 kg ha-1 de B), na DOCE
produtividade da batata-doce. Quando não O esterco bovino é um dos adubos
foi aplicado boro, notou-se resposta à orgânicos mais utilizados no Brasil,
adubação potássica até a dose de 138 kg principalmente em solos pobres em
ha-1 de K2O, com máxima produtividade de matéria orgânica. O emprego de adubos
21 t ha-1. Todavia, quando a dose aplicada orgânicos pode beneficiar as hortaliças,
foi de 1 kg ha-1 de B, a produtividade tanto em produtividade, como em
máxima (22,5 t ha-1), foi alcançada com a qualidade dos produtos obtidos(11). A
dose de 103,96 kg de K2O por ha-1. Esses utilização de biofertilizantes também é uma
resultados sugerem um efeito sinérgico prática que pode beneficiar o cultivo de
entre o potássio e o boro, pois a adição de hortaliças, sendo estes de baixo custo de
um potencializou a utilização de outro. obtenção e preparados a partir da digestão
Com a aplicação de 2 kg ha-1 de B, foi anaeróbica ou aeróbica de materiais
obtida a maior produtividade (27,7 t ha-1), orgânicos(50).
aliada à adubação potássica com a dose

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Casali(13) recomenda, para o estado de P e K, segundo a classificação de


de Minas Gerais, aplicar em solos Casali(13), eram considerados adequadas
arenosos, 10 t ha-1 de esterco de curral com 43 e 75 mg dm-3, respectivamente.
curtido ou de composto orgânico, ou 2,5 t Isto indica que em solo mais férteis, a
ha-1 de esterco de aves curtido, ou 1,0 t adubação mineral pode ser dispensada,
ha-1 de torta de mamona fermentada. tendo em vista que a adubação orgânica
Enquanto que, nos manuais de permite a obtenção de produtividades
recomendação de adubação e calagem satisfatórias, tomando o cuidado, de fazer
para Rio Grande do Sul e Santa Catarina um monitoramento da área para detectar
(10) e de São Paulo(14), não há quando for necessário realizar a adubação
recomendação de utilização de adubação de manutenção.
orgânica. Oliveira et al.(52), trabalharam com
Oliveira et al.(51) trabalharam com três fontes de adubo orgânico (bovino,
doses de esterco bovino, na presença e caprino - 0, 10, 20, 30, 40 e 50 t ha-1; e de
ausência de biofertilizante. A aplicação do galinha - 0, 5, 10, 15, 20 e 25 t ha-1). Para
biofertilizante junto com esterco bovino o esterco bovino e de galinha, contrariando
promoveu incremento no número, na os resultados obtidos por Oliveira et al.
massa seca e na produção de raízes (51), não houve efeito das doses na
comerciais por planta, porém, a produção produtividade de raízes comerciais de
total de raízes foi bastante semelhante. As batata-doce, com produtividade média de
produtividades máximas estimadas de 7,8 e 8,8 e t ha-1, respectivamente. Já para
raízes comerciais (15,2 e 12,9 t ha-1) foram os teores de amido, todos os adubos
alcançadas com 25,5 e 21,3 t ha-1de incrementaram significativamente a
esterco bovino, na presença e ausência de concentração. Neste trabalho, também foi
biofertilizante, respectivamente. Como o utilizado um Neossolo Regolítico com teor
esterco bovino foi aplicado todo no plantio de K considerado adequado no solo,
e a aplicação do biofertilizante foi feita aos porém o teor de P no solo era muito baixo,
15, 30, 45, 60 e 75 DAP, a opção apenas o que de certa forma, apesar dos autores
pelo o esterco pode ser mais viável, tendo não terem enfatizado isso, possa ter sido
em vista o aumento do custo com mão de uma fator limitante da produção da cultura,
obra quando se utiliza o biofertilizante. embora o mesmo não tenha ocorrido com
Vale ressaltar que no solo utilizado neste o esterco de caprino.
trabalho (Neossolo Regolítico), os teores

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Santos et al.(53) também estudaram terço aos 30 e um terço aos 60 permitiu a


o efeito da adubação orgânica com esterco obtenção de maior massa de raízes
bovino na cultura da batata-doce. O solo comerciais por plantas, rendimento total de
utilizado também foi Neossolo Regolítico raízes (19 t ha-1) e produção de raízes
com baixo teor de matéria orgânica e comerciais (16 t ha-1). Nota-se ainda que
teores médios de P e K. A produtividade com a aplicação do adubo orgânico todo
máxima de raízes comerciais (14,2 t ha-1) no plantio, a massa média da raiz
foi obtida com 30 t ha-1 de esterco, comercial foi de 97 g, sendo por tanto a
correspondendo a um aumento de 154% que ficou mais próxima de 80 g, que é a
em relação a dose zero. Os autores massa média necessária para ser
verificaram que a dose de 30 t ha- considerada como apta ao comércio(36).
1 também foi a dose considerada mais Este tratamento obteve ainda a maior
econômica. Como o insumo proporcionou produção de raízes não-comercializáveis
aumento de 8,57 t ha1. Deduzindo-se o (2 t ha-1).
custo de aquisição de 30 t ha-1 de esterco 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
bovino, equivalente a 3,0 t de raízes, A nutrição e adubação da cultura da
obteve-se uma receita prevista de 5,57 t batata-doce doce é um tema bastante
ha-1 de raízes comerciais. complexo, sendo que esta demonstra ter
No trabalho de Santos, Brito e tem uma alta capacidade de produção,
Santos(54), as doses de esterco de galinha mesmo em condições de baixa fertilidade
(0, 3, 6, 9 e 12 t ha-1) promoveram do solo. Porém muito ainda tem a ser
incremento linear na produção de raízes estudado, tendo em vista que muitos
miúdas, graúdas e total de batata-doce. resultados obtidos até atualidade são
Nestes dois últimos trabalhos citados, os ainda contraditórios.
experimentos também foram implantados Entretanto, a seguir são
em Neossolo Regolítico que possuía baixo apresentadas algumas sugestões respeito
teor de matéria orgânica e teores médios do manejo nutricional da cultura que
de K e P. podem para a obtenção de maiores
Pereira Junior et al.(55) trabalharam produtividades:
com dose de 30 ha-1 de esterco bovino, Evitar utilizar doses de N maiores
avaliando o efeito do parcelamento da que 150 kg ha-1.
adubação na produtividade da cultura. O
parcelamento de um terço no plantio, um

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Parcelar a adubação nitrogenada: Em solos com baixo teor de B, aplicar


33% no plantio, 33% aos 30 DAP e 33% 1 a2 kg de B ha-1.
aos 60 DAP. Em solos com boa fertilidade, a
Procurar equilibrar as doses de N e adubação orgânica com esterco bovino é
K, evitando aplicar doses de N muito mais suficiente para a obtenção de boas
altas que a de K2O. produtividades com doses de 25-30 t ha-1.
Não utilizar doses de P maiores que
200 kg ha-1.

7. Neiva IP, Andrade Júnior VC, Viana


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Como citar (Vancouver)


Oliveira LOF, Soares ER, Queiroz SF, Martinez EO, Silva MS, Nogueira AE et al. Adubação e nutrição da
batata-doce: uma revisão. Rev Cient Fac Educ e Meio Ambiente [Internet]. 2017;8(2):70-90. DOI:
http://dx.doi.org/10.31072/rcf.v8i2.569

ADUBAÇÃO E NUTRIÇÃO DA BATATA-DOCE: UMA REVISÃO 90

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