Linguística

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Texto – Semântica: A significação das palavras

Trata de noções de sinonímia, antonímia, hiponímia ou a duplicidade de sentido.


Vincula essas noções, que dizem respeito a palavras, com outras como as de paráfrase,
contradição, conseqüência e ambigüidade, que dizem respeito a frases completas.
Sinonímia e paráfrase
Juntamos em pares porque temos a sensação de que são equivalentes quanto ao seu
significado: utilizadas em situações práticas elas “dizem a mesma coisa”, essa relação é
conhecida por paráfrase.
São paráfrases porque empregam as palavras sinônimas, ou porque empregam até as
mesmas palavras e porque as construções sintáticas, embora diferentes, preservam as mesmas
relações de participação dos objetos no processo descrito.
Sinonímia lexical
A sinonímia lexical é uma relação estabelecida entre palavras, o que justifica que duas frases
sejam uma paráfrase. Assim, muitos tem definido paráfrase por uma identidade de
significação. Entretanto há algumas ressalvas:
 Para que duas palavras sejam sinônimas, não basta que tenham a mesma extensão.
Ou seja: Para que duas expressões sejam sinônimas, não basta que denotem o mesmo
conjunto de objetos (pessoas, animais, coisas); exige-se, além do mais, que os denotem por
alusão a uma mesma propriedade.
 Para que duas palavras sejam sinônimas é preciso que façam, em todos os seus
empregos, a mesma contribuição ao sentido da frase.
 Duas palavras são sinônimas sempre que podem ser substituídas no contexto de
qualquer frase sem que a frase passe de falsa a verdadeira ou vice-versa. (não podem apresentar
diferença de sentidos)
Enfim, não é possível pensar a sinonímia de palavras fora do contexto em que são
empregadas; dito de outra maneira, a sinonímia é um fenômeno gradual, e os diferentes
contextos são mais ou menos exigentes quanto ao princípio.
A significação de uma palavra é o conjunto de contextos lingüísticos em que pode
ocorrer, então é impossível encontrar dois “sinônimos perfeitos”.
 Palavras presumivelmente sinônimas sofrem sempre algum tipo de especialização,
de sentido ou de uso.
As expressões sinônimas são, ainda assim, expressões entre as quais os locutores escolhem,
procurando a palavra exata. Essa escolha mostra a preocupação de evocar ou respeitar um
determinado nível da fala, um determinado tipo de interação, como jargão profissional.
A busca pela palavra certa tem objetivo de precisão: duas palavras que seriam
intercambiáveis em contextos informais assumem sentidos específicos em contextos técnicos.
Sinonímia estrutural
Tipos: Passar da voz ativa para a passiva. – muda o sujeito.
Duas orações que seriam normalmente tomadas como paráfrases uma da outras são
declaradas distintas pelo uso do não: assim, orienta-se o ouvinte na busca de oposições ao invés
de insistir na identidade de valores.
A paráfrase: fenômeno lingüístico ou situacional?
Fenômeno lingüístico: pois ela tem um fundamento real em semelhanças de significação das
palavras ou das construções gramaticais. O conhecimento de uma relação de paráfrase
corresponde sempre, em alguma medida, a um apagamento de diferenças que poderiam ser
colocadas em relevo em outros contextos.
A paráfrase é encarada ora como distorção ora como esclarecimento exato e pontual do
sentido das expressões.
Conseqüência (acarretamento) e hiponímia
A relação hiponímia é aquela que intercorre entre expressões com sentido mais específico a
expressões com sentido mais específico e expressões genéricas.
A relação de hiponímia estrutura o vocabulário da língua em grandes quadros
classificatórios, mais ou menos harmoniosos: os exemplos vêm da ciência: felino – onça.
A hiponímia afeta o discurso de várias maneiras. Seja lingüístico ou situacional o seu
fundamento, a relação de conseqüência entre orações é exatamente importante: compreender
corretamente uma frase é, numa situação dada, saber enumerar todas as suas conseqüências.
Contradição e antonímia
Orações com sentidos incompatíveis com a mesma situação. Pode-se obter essa situação de
incompatibilidade aproximando uma oração e a negação de sua sinonímia; ou uma oração e a
negação de uma de suas conseqüências. Mas o caso mais óbvio de aproximação de afirmativas
incompatíveis é aquele em que se predicam de um mesmo indivíduo propriedades opostas.
A relação que fundamenta essas incompatibilidades é a antonímia.
A segunda observação é que não há combinação de informações contraditórias que não
reista a um esforço motivado de interpretação.
Duplicidade de sentido: ambigüidade e polissemia
Permite, admite interpretações alternativas.
A homonímia é frequentemente a raiz de uma ambigüidade ou dupla leitura de frases.
Pressuposição
Essa teoria afirma que certos enunciados contem dois ou mais juízos que uma análise
cuidadosa pode expor.
Acarretamento e pressuposição: uma oração acarreta outra quando a verdade primeira torna
inescapável a veste de segunda. E uma oração pressupõe outra quando a verdade e a falsidade
da primeira tornam inescapável a verdade da segunda.
A pressuposição funciona como um recurso que o locutor, ativamente, emprega para
estabelecer limites à conversação e para direciona-la.

Texto 2 –semântica estrutural


Semântica e lingüística estrutural

Língua como sistemas de elementos interdependentes que se organizam em estruturas, levou


a procurara estrutura de cada língua, descrevendo elementos mínimos significativos e a análise
das relações que mantêm entre si.
Para a moderna lingüística, as palavras possuem um núcleo significativo mais ou menos
estável e componentes significativos potenciais, que se concretizam ou não em determinado
contexto. Assim, a semântica estrutural considera o sentido de uma palavra não como uma
unidade indivisível, mas como um conglomerado de traços significativos mais ou menos
constantes.
Os traços significativos mínimos que entram na constituição de uma palavra se chamam
semas, há semas que integram o significado em si de uma palavra e outros que indicam as suas
características combinatórias, vale dizer, suas possibilidades de aplicação. São estes os
componentes sêmicos básicos de uma palavra, a eles se acrescentam semas virtuais ou rotativos
– associáveis às palavras e facultativamente atualizáveis num contexto.
O conjunto de semas básicos e virtuais constitui o semema (ou semantema) da palavra.
Denotação = sema específico + semas genéricos
Conotação = semas virtuais
Associação é subjetivo.
Pottier destaca quatro tipos de relações fundamentais: a relação de oposição (que se excluem
no plano paradigmático); relação de inclusão (entre um termo mais geral e inclusivo e os demais
termos que inclui); relação de participação (quando um termo é sema de outro – traço
especifico) e a relação de associação ou afinidade (entre um termo e outros que a ele se prendem
por círculos psicológicos ou sociolingüísticos).
Dentre estas relações, as três primeiras são mais constantes e gerais, enquanto a ultima é
variável e condicionada a experiências individuais ou coletivas específicas.

Texto 3 – semântica
Semelhança de sentidos (metáforas)
Metáfora é importante tanto na linguagem como na literatura. Pois, a metáfora está tão
intimamente ligada com a própria tessitura da fala humana: como fator primordial da motivação,
fator expressivo, fonte de sinonímia e de polissemia.

Estrutura da metáfora: há sempre dois termos presentes: a coisa de que falamos e aquilo
com que a estamos a comparar. Para Richards, o primeiro é o teor, o segundo o veículo,
enquanto o traço ou traços que tem em comum constituem o fundamento da metáfora.
Muscle – ratinho = imagem.
Para Esmail, uma metáfora é uma comparação condensada que a forma uma identidade
intuitiva e concreta.
Deve notar-se que a semelhança entre o teor e o veículo pode ser de duas espécies: objetiva
e emotiva. Objetiva=concreto. È emotiva quando falamos de um amargo contratempo por seu
efeito ser semelhante ao de um sabor amargo, mas o que é amargo para mim pode não ser
necessariamente para você.
Um dos fatos importantes na eficácia da metáfora é o afastamento entre o teor e o veículo,
eles não podem estar muito próximos, pois estará desprovida de qualquer qualidade expressiva.
Traçar paralelos inesperados entre objetos díspares. Quanto mais afastadas são as duas coisas
que se reúnem, maior é a tensão criada. Grupos principais de metáforas.
Metáforas antropomórficas: a maior parte das expressões que se referem aos objetos
inanimados são tiradas por transferência do corpo humano e das suas partes, das paixões e
sentidos humanos. Boca do rio, pulmões da cidade, pé da mesa (catacrese). Há também
transferências na direção oposta, em que partes do corpo recebem nomes de animais ou de
objetos inanimados: espinha, pomo de adão, maça do rosto.
Metáforas animais: planta recebe nome de bicho: pé de galo, barba de cabra,. Até nomes
de maquinas = macaco, gato. Outro vasto grupo de imagens animais é constituído pelas que se
transferem para a esfera humana onde muitas vezes adquirem significações humorísticas,
irônicas pejorativas:gato, cão, cordeiro. Algumas fontes se devem às fabulas.
Do concreto ao abstrato: traduz experiências abstratas em termos concretos. Como luz.
Metáforas sinestésicas: transposição de um sentido ao outro: do ouvido a vista, do tato ao
ouvido. Voz quente ou fria= percebemos a semelhança entre a temperatura quente ou fria e a
qualidade de certas vozes.

Contigüidade de sentidos (metonímia)


Metonímia menos itnressante que a metáfora, pois surge apenas entre palavras já
relacionadas entre si. Algumas trnsferencias metonímica baseiam-se me relações espaciais:
coxa, greve.
Relações temporais: missa
Parte pelo todo: os redcoat – soldados ingleses.
Invenções e descobertas recebem muitas vezes o nome dos seus responsáveis: Volt,
penecilina. Bebidas local de origem : champagne.

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