Introdução À Segurança Do Trabalho (2024)

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Disciplina: Introdução à Segurança do Trabalho

Prof.º Elielson Sousa


1. ASPECTOS HISTÓRICOS
1.1. ÂMBITO INTERNACIONAL
▪ Após a Revolução Industrial:
▪ 1802 na França: Foi criada a “Lei de Moral e Saúde dos Aprendizes”
▪ 1814 na França: Novas leis foram criadas, entre elas a redução de oito horas diárias no
trabalho para menores.
▪ 1906 em Milão: 1º Congresso Internacional de Doenças do Trabalho.
▪ 1917 no México: Foi criada a primeira Constituição, em que seu artigo123 institui a
jornada de trabalho diária de 8 horas e noturna para 7 horas no máximo, proibia o
trabalho de menores de 12 anos.
▪ 1919 na Alemanha: 2ª Constituição com a participação do trabalhador e neste ano foi
criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

1.2. BRASIL
▪ 1888: Abolição da Escravidão
▪ 1919: Leis dos Acidentes do Trabalho
▪ 1930: Criação do ministério do trabalho indústria e comércio
▪ 1935: Aprovada a lei de indenização por dispensa injusta
▪ 1968: Foi criado o instituto nacional de previdência social (atual INSS)
▪ 1972: Surgiram as leis que regulamentavam o departamento nacional de higiene e
medicina do trabalho
▪ 1977: A lei 6514 dá competência ao ministério do trabalho para regulamentar as
normas regulamentadoras.
▪ 1978: Aprovada pela portaria nº 3214 as normas regulamentadoras, decorrente da lei
6514 de 1977 (esta norma está contida na CLT), compõe-se de 30 NR’s aprovadas.
▪ 1988 – A Constituição Federal amplia os direitos dos trabalhadores.
▪ 1988: Aprovada pela portaria 3067, das normas regulamentadoras rurais.
▪ 1992 - Introdução do mapa de riscos, possibilitando a participação dos trabalhadores
no reconhecimento e na avaliação qualitativa dos ambientes de trabalho.
▪ 1994 - Criação da Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO).
▪ 2011 – Decreto Nº 7.602, 2011 - Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho.
▪ Nos últimos anos, a criação das NR’s 35, 36, 37 e 38.

O mundo encontra-se num processo de plena busca pela produção máxima e custo
mínimo. Tal objetivo deve-se ao fato da procura do desenvolvimento por parte dos países
emergentes, e pela busca do controle econômico mundial por parte dos países
desenvolvidos. Evidentemente, que esse interesse geral está relacionado com o bem-estar
do ser humano, pois o Estado tem como meta principal a sociedade. Para alcançar tais
objetivos, os países terão que dispor de um fator imprescindível, a tecnologia.
Esse fator traz benefícios econômicos, desde que haja investimentos no binômio
Homem – Máquina. Temos que considerar também que tal fator pode contribuir para um

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resultado contrário ao esperado pelo Estado, pois haverá uma influência direta no meio
de trabalho do homem. Sendo assim, torna-se necessário algo que venha proteger o
trabalho humano. Surge, então, o conceito de segurança no ambiente laboral ou segurança
no trabalho.
O trabalho existe desde os primórdios da humanidade. Antes o homem era nômade
e coletor. Depois surgiu o artesanato. Com a Revolução Industrial, surgiram as
especialidades. Em 1700, o italiano Bernardino Ramazzini publicou uma obra na qual
descreve cinquenta profissões distintas, e relaciona as doenças que cada uma dessas
profissões causa no trabalhador. Com isso, Ramazzini introduziu um conceito de relação
das doenças com a ocupação exercida pela pessoa. Devido à importância da obra,
Ramazzini ficou conhecido como o “Pai da Medicina do Trabalho”.
Com a revolução industrial e suas jornadas de trabalho (de quatorze horas em
média) e a busca de mão de obra barata, ou seja, de crianças, o Parlamento inglês
pressionado aprovou em 1802, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes” que estabeleceu
o limite de 12 horas de jornada de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno e introduziu
medidas de higiene nas fábricas.
A lei - antes instaurada – não foi cumprida, o que obrigou o Parlamento Britânico
a criar a “Lei das Fábricas” em 1833. Esta lei previu a inspeção nas fábricas, delimitou
que a idade mínima para o trabalho seria de nove anos, proibiu o trabalho noturno aos
menores de 18 anos, e limitou para 12 horas a jornada de trabalho sendo que esta não
poderia passar de 69 horas semanais.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OMS (Organização Mundial
da Saúde), reunidos em Genebra (1957), estabeleceram os seguintes objetivos para a
Saúde Ocupacional:
a) Promover e manter mais alto grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores
em todas as ocupações.
b) Prevenir todo o prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas condições do
trabalho.
c) Proteger os trabalhadores contra os riscos de agentes nocivos à saúde.
d) Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas aptidões
fisiológicas e psicológicas.
e) Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.

2. ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO


A Engenharia de Segurança do Trabalho é uma área que visa garantir a saúde, a
segurança e o bem-estar dos trabalhadores no ambiente laboral. É um conjunto de
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medidas técnicas, educativas, médicas e psicológicas que visam à prevenção de acidentes,
seja eliminando as condições inseguras do ambiente, seja instruindo ou convencendo as
pessoas de práticas preventivas. Essas medidas contam com as normas regulamentadoras,
FUNDACENTRO, OIT entre outras.
A Segurança do Trabalho visa a proteção dos trabalhadores no ambiente de
trabalho, buscando minimizar os riscos de acidentes, doenças ocupacionais e outros danos
à saúde decorrentes das atividades laborais. Os objetivos da Segurança do Trabalho são
amplos e visam promover um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os
envolvidos. Segue alguns objetivos:
• Prevenção de Acidentes e Doenças Ocupacionais: Reduzir e eliminar os riscos no
ambiente de trabalho que podem causar acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho,
através da identificação, análise e controle dos mesmos.
• Promoção da Saúde dos Trabalhadores: Implementar programas e práticas que visem
melhorar a saúde física e mental dos trabalhadores, incluindo medidas de ergonomia,
programas de bem-estar e monitoramento da saúde ocupacional.
• Cumprimento da Legislação: Assegurar que as empresas cumpram com todas as leis,
regulamentos, normas e diretrizes aplicáveis à segurança e saúde ocupacional.
• Educação e Treinamento: Promover a educação e o treinamento contínuo dos
trabalhadores em práticas de trabalho seguro, uso adequado de equipamentos de
proteção individual (EPI) e coletiva (EPC), e conscientização sobre os riscos
associados às suas atividades.
• Melhoria Contínua: Estabelecer um processo de melhoria contínua em práticas de
segurança do trabalho, através do monitoramento, revisão e atualização dos
procedimentos de segurança, políticas e programas de treinamento.
• Engajamento e Participação dos Trabalhadores: Incentivar a participação ativa dos
trabalhadores na identificação de riscos, sugestão de melhorias e implementação de
práticas de segurança, promovendo uma cultura de segurança.
• Gestão de Emergências: Desenvolver e implementar planos de emergência e resposta
a incidentes para lidar eficazmente com situações de emergência, minimizando os
impactos negativos sobre os trabalhadores e o ambiente.
• Redução de Custos: Minimizar os custos associados a acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais e paradas de produção, através de uma gestão eficaz da segurança e saúde
ocupacional.

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• Proteção do Meio Ambiente: Integrar práticas sustentáveis e de proteção ambiental nas


políticas e procedimentos de segurança do trabalho, contribuindo para a conservação
do meio ambiente.
• Fortalecimento da Cultura de Segurança: Construir e manter uma forte cultura de
segurança dentro da organização, onde a segurança é valorizada e integrada em todas
as atividades e decisões.

2.1. ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO


O Engenheiro de Segurança do Trabalho desempenha um papel crucial na
promoção da saúde e segurança no ambiente de trabalho. Suas responsabilidades são
amplas e abrangem diversos aspectos da segurança do trabalho, visando prevenir
acidentes, doenças ocupacionais e promover um ambiente de trabalho seguro e saudável.
As principais responsabilidades incluem:
• Identificação de Riscos: Realizar análises de risco para identificar potenciais perigos
no ambiente de trabalho, incluindo riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos
e de acidentes.
• Desenvolvimento e Implementação de Programas de Segurança: Desenvolver,
implementar e monitorar programas de segurança e saúde ocupacional, como o
Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), e outros programas específicos conforme a necessidade da
empresa.
• Treinamento e Conscientização: Organizar e ministrar treinamentos sobre saúde e
segurança no trabalho para os empregados, instruindo-os sobre as melhores práticas
de trabalho seguro, uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).
• Inspeções de Segurança: Realizar inspeções regulares no local de trabalho para
garantir a conformidade com as normas de segurança e saúde ocupacional,
identificando condições perigosas e implementando medidas corretivas.
• Gestão de Equipamentos de Proteção: Selecionar, especificar e supervisionar a
distribuição e uso adequado de EPI’s e EPC’s, garantindo que estes estejam em
conformidade com as normas técnicas aplicáveis.
• Análise de Acidentes e Incidentes: Investigar acidentes e incidentes ocorridos no
ambiente de trabalho, identificar suas causas raízes e implementar medidas preventivas
para evitar a recorrência.
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• Assessoria e Consultoria: Prestar consultoria técnica para a empresa em assuntos


relacionados à segurança do trabalho, legislação trabalhista e normas
regulamentadoras.
• Promoção da Saúde Ocupacional: Trabalhar em conjunto com outros profissionais
de saúde ocupacional, como médicos do trabalho e enfermeiros, para promover
programas de saúde, bem-estar e prevenção de doenças ocupacionais.
• Documentação e Registro: Manter registros detalhados de atividades relacionadas à
segurança do trabalho, incluindo treinamentos realizados, inspeções de segurança,
acidentes e incidentes, e medidas de controle implementadas.
• Comunicação com Órgãos Reguladores: Representar a empresa perante órgãos
reguladores de segurança e saúde ocupacional, participando de audiências e inspeções
quando necessário.
• Melhoria Contínua: Avaliar continuamente os processos de trabalho e os programas
de segurança, buscando oportunidades de melhoria e inovação para aumentar a eficácia
das medidas de segurança.

2.2. TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO


O Técnico em Segurança do Trabalho é um profissional que tem como objetivo
principal promover a saúde e a segurança dos trabalhadores no ambiente de trabalho,
prevenindo acidentes e doenças ocupacionais. Dentre suas principais atividades,
encontram-se:
• Realizar inspeções de segurança, identificando e avaliando os riscos existentes nos
locais de trabalho e propondo medidas de eliminação ou controle.
• Elaborar programas de prevenção, implementando procedimentos de segurança,
treinamentos específicos e planos de emergência.
• Investigar acidentes de trabalho, analisando as causas e implementando medidas
corretivas.
• Treinar e conscientizar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade e as práticas
seguras a serem adotadas.
• Manter registros e relatórios de todas as ações relacionadas à segurança do trabalho,
garantindo a conformidade com as normas regulamentadoras.

O Técnico em Segurança do Trabalho pode atuar em diversos setores e áreas de


trabalho, como indústria, construção civil, saúde, transporte, agricultura, entre
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outros. Para exercer essa profissão, é necessário ter um curso técnico de nível médio na
área de segurança do trabalho, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Em
seguida, registrar-se no Ministério do Trabalho.

3. FUNDACENTRO
A Fundacentro faz parte da estrutura organizacional do Ministério do Trabalho e
Previdência, conforme Decreto n° 10.761, de 2 de agosto de 2021, publicado no Diário
Oficial da União (DOU). Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho – Fundacentro, foi criada em 1966, onde teve seus primeiros
passos de sua história dados no início da década, quando a preocupação com os altos
índices de acidentes e doenças do trabalho crescia no Governo e entre a sociedade. Em
1960, o Governo brasileiro iniciou gestões com a Organização Internacional do Trabalho
(OIT), com a finalidade de promover estudos e avaliações do problema e apontar soluções
que pudessem alterar esse quadro.
Em 1966, durante o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes, realizado em
São Paulo, foi oficializada a criação da Fundacentro. Constam dessa fase inicial da
entidade os primeiros estudos e pesquisas no país sobre os efeitos de inseticidas
organoclorados na saúde; da bissinose (doença ocupacional respiratória que atinge
trabalhadores do setor de fiação, expostos a poeira de algodão e juta); sobre as
consequências das vibrações e ruídos em trabalhadores que operam marteletes; sobre o
teor da sílica nos ambientes de trabalho na indústria cerâmica e ainda sobre os riscos da
exposição ocupacional ao chumbo.
A Fundacentro é pioneira na área, com as pesquisas sobre as Doenças
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho - DORT (à época chamada de lesões por
Esforços Repetitivas - LER). Com a vinculação, em 1974, da Fundacentro ao Ministério
do Trabalho, cresceram as atribuições e atividades da instituição, exigindo um novo salto
da entidade: a implantação do Centro Técnico Nacional, cuja construção teve início em
1981, sendo concluído em 1983, no bairro de Pinheiros, em São Paulo.
A Fundacentro está presente em todo país, por meio de suas unidades
descentralizadas, distribuídas em 11 Estados e no Distrito Federal. Atuando de acordo
com os princípios do tripartismo, a Fundacentro tem no Conselho Curador sua instância
máxima. Nele estão representados, além do governo, os trabalhadores e empresários, por
meio de suas organizações de classe.

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A Fundacentro possui a liderança na América Latina no campo da pesquisa na
área de segurança e saúde no trabalho, sendo designada como centro colaborador da
Organização Mundial da Saúde (OMS), além de ser colaboradora da Organização
Internacional do Trabalho (OIT).

4. RISCOS DE TRABALHO
Conceito de Risco: qualquer situação que potencialmente provoque lesões, doenças ou
danos ao ambiente, à propriedade ou equipamento.
As Normas Regulamentadoras (NR’s), estabelecidas pelo Ministério do Trabalho
e Emprego no Brasil, classificam os riscos ocupacionais em cinco grandes grupos,
visando facilitar a identificação, controle e adoção de medidas preventivas nos ambientes
de trabalho. Essa classificação ajuda a entender os diferentes tipos de riscos aos quais os
trabalhadores podem estar expostos e fundamenta a implementação de políticas de saúde
e segurança ocupacional. Os cinco grupos de riscos são: Riscos ambientais (químicos,
físicos e biológicos), riscos ergonômicos e de acidente.

3.1. RISCOS AMBIENTAIS


Caracterizam a insalubridade (químico, físico, biológico), pode causar doença
potencial à vida. Podem ser:
• Riscos Químicos: São riscos decorrentes da exposição a substâncias químicas, que
podem estar presentes na forma de líquidos, gases, vapores, fumos, poeiras, névoas e
neblinas, e podem causar intoxicações, queimaduras, alergias e outras doenças.
Exemplos incluem: poeiras, gases e vapores, fumo, neblina, produtos químicos
(solventes, ácidos, metais pesados, pesticidas e outros).

• Riscos Físicos: São riscos associados a diversos tipos de energias presentes nos
ambientes de trabalho. Exemplos:
Ruído: Exposição a níveis elevados de ruído que podem causar perda auditiva.
Vibrações: Exposição a vibrações que podem afetar o sistema musculoesquelético.
Radiações Ionizantes e Não Ionizantes: Exposição a radiações que podem causar
queimaduras, câncer e outros danos à saúde.
Temperaturas Extremas: Exposição ao calor ou frio intenso, que pode levar a
problemas como estresse térmico ou hipotermia.

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Pressões Anormais: Trabalho sob pressão atmosférica elevada ou reduzida, como
mergulho ou trabalho em grandes altitudes.

• Riscos Biológicos: Referem-se à exposição a agentes biológicos que podem causar


infecções, alergias ou toxicidade. São comuns em ambientes como hospitais,
laboratórios, tratamento de água e esgoto, e na agricultura.
Exemplos: fungos, bactérias, bacilos, vírus, parasitas, protozoários.

3.2. RISCOS ERGONÔMICOS


Estão relacionados à organização do trabalho e às condições que podem afetar a
saúde psicofísica dos trabalhadores. Exemplos:
- Esforço físico intenso
- Levantamento e transporte manual de peso
- Postura inadequada
- Trabalho repetitivo
- Jornadas prolongadas
- Estresse.

3.3. RISCOS ACIDENTES


São riscos que podem levar a acidentes devido a condições inseguras ou atos
inseguros no ambiente de trabalho. Exemplos: Arranjo físico, máquinas e equipamentos
sem proteção, instalação elétrica, deficiente e outros.

3.4. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE


▪ Insalubridade: trabalho exposto aos riscos ambientais. A insalubridade é
caracterizada pela exposição a agentes nocivos à saúde, como ruídos excessivos,
radiações, temperaturas extremas, substâncias químicas, entre outros, em níveis acima
dos limites estabelecidos pelas regulamentações. A Norma Regulamentadora 15 (NR
15) define as atividades, operações e agentes insalubres, além dos procedimentos para
a caracterização e classificação do grau de insalubridade.
Os trabalhadores expostos a condições insalubres têm direito a um adicional de
insalubridade, calculado sobre o salário mínimo, independentemente do salário que
recebem, nos seguintes percentuais:
- 10% para insalubridade de grau mínimo;

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- 20% para insalubridade de grau médio;
- 40% para insalubridade de grau máximo.

▪ Periculosidade: trabalhos com explosivos, alta tensão, radiações ionizantes,


substâncias radioativas, líquidas inflamáveis.
A periculosidade, por outro lado, está relacionada à exposição a condições de risco
acentuado, como trabalho com substâncias inflamáveis, explosivos, energia elétrica, e
trabalho em altura, entre outros. A Norma Regulamentadora 16 (NR 16) e suas
atualizações estabelecem as atividades e operações perigosas que dão direito ao
adicional de periculosidade.
O adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário base do trabalhador, não
incidindo sobre gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

Observações:
- O pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade visa compensar o
trabalhador pela exposição a condições adversas de trabalho.
- Um trabalhador não pode receber simultaneamente os adicionais de insalubridade e
periculosidade; ele deve optar por um deles.
- A eliminação ou neutralização da insalubridade ou periculosidade, seja por meio de
medidas de proteção coletiva ou equipamentos de proteção individual (EPI), pode levar
à cessação do pagamento do adicional correspondente, desde que seja certificada por
órgão competente em segurança e medicina do trabalho.
- A caracterização e classificação da insalubridade e da periculosidade são realizadas por
meio de perícia técnica realizada no local de trabalho.

5. ACIDENTES DO TRABALHO
Segundo a NBR 14280 (2001), acidente do trabalho é a ocorrência imprevista e
indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte
ou possa resultar lesão pessoal.
Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais
como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional
e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Segundo dados atualizados do
Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério Público do Trabalho

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(MPT), nos últimos dez anos, entre os anos de 2012 e 2021, 22.954 mortes no mercado
de trabalho formal foram registradas no Brasil. Apenas em 2021, foram comunicados
571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao trabalho, com aumento de 30% em
relação a 2020. No ano de 2021, segundo dados do INSS, foram gastos 17,7 bilhões com
auxílio-doença e 70,6 bilhões com aposentadoria por invalidez.
Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991 (Dispõe sobre o Plano de Benefícios da
Previdência Social e dá outras providências), em seu:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
Para que uma lesão seja considerada acidente do trabalho, é necessário que haja
entre o resultado e o trabalho uma ligação, ou seja, que o resultado danoso tenha origem
no trabalho desempenhado e em função do serviço.
- Lesão corporal: deve ser entendida como qualquer dano anatômico, por exemplo: uma
fratura, um machucado, a perda de um membro.
- Perturbação funcional: deve ser entendida como o prejuízo ao funcionamento de
qualquer órgão ou sentido, como uma perturbação mental devida a uma pancada, o
prejuízo ao funcionamento do pulmão pela aspiração ou ingestão de elemento nocivo
usado no trabalho.

Deste modo, o acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do


trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados
especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda
ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. O acidente de
trabalho envolve em sua definição o acidente típico, o acidente de trajeto e a doença
profissional.
O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência
de:

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a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força
maior;
III - A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade;
IV - O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é
considerado no exercício do trabalho.

Considera-se acidente de trabalho, nos termos da legislação citada, os seguintes casos:


▪ A doença profissional é produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho
peculiar a determinado ramo de atividades. A NBR 14280 (2001), conceitua doença
profissional como doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica,
constante de relação oficial. Há um agente causal específico.
Exemplos de doenças profissionais:
1. Silicose: Doença pulmonar causada pela inalação de poeira de sílica, comum entre
trabalhadores de mineração e construção.
2. Asbestose: Doença pulmonar causada pela inalação de fibras de asbesto,
frequente em trabalhadores que lidam com isolamento térmico ou em construções
antigas.
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3. Dermatite de Contato: Problemas de pele resultantes do contato direto com
produtos químicos, comuns em profissões que envolvem o manuseio de
substâncias irritantes ou alergênicas.
4. Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR): Perda de audição decorrente da
exposição contínua a níveis elevados de ruído, típica em ambientes industriais ou
de construção.
5. Lesões por Esforços Repetitivos (LER)/Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT): Conjunto de doenças que afetam músculos,
nervos e tendões, principalmente dos membros superiores, frequentes em
trabalhadores que realizam movimentos repetitivos ou mantêm posturas
inadequadas por longos períodos.

▪ A doença do trabalho (ocupacionais), assim entendida a adquirida ou desencadeada


em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona
diretamente. Fatores laborais do ofício da profissão. A NBR 14280 (2001) define como
doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa,
capaz de provocar lesão por ação imediata.
São condições mais amplas que podem incluir as doenças profissionais, mas também
abrangem doenças que são influenciadas ou agravadas pelo ambiente de trabalho ou
pelas atividades laborais, mesmo que não sejam causadas diretamente por elas. Isso
inclui doenças que podem ser exacerbadas pelo estresse, condições ambientais, ou
outros fatores indiretos relacionados ao trabalho.
Exemplos
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1. Distúrbios Psicológicos: Como depressão e ansiedade, que podem ser agravados
pelo estresse no ambiente de trabalho.
2. Problemas Cardíacos: Hipertensão arterial e doenças cardíacas podem ser
influenciadas pelo estresse ocupacional ou por longas horas de trabalho.
3. Distúrbios do Sono: Insônia ou distúrbios do sono relacionados a turnos de
trabalho irregulares ou estresse.
4. Lesões Musculoesqueléticas: Que não se enquadram especificamente como
LER/DORT, mas são agravadas por atividades laborais, como dores nas costas
devido a longos períodos sentado ou movimentos repetitivos.
5. Doenças Respiratórias: Como asma ou bronquite crônica, que podem ser
agravadas pela exposição a poluentes no ambiente de trabalho, mesmo que não
sejam causadas diretamente por substâncias específicas do ambiente laboral.

Artigo 19 da Lei nº 8.213/91:


§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista


nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la
acidente do trabalho.

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5.1. CAUSAS DE ACIDENTES
Causas: fatores materiais (material, método, máquina); fatores pessoais (mão de obra).
Acidentes de trabalho não podem ser previstos, porém podem, e devem ser
prevenidos. Há dois tipos de fatores na manifestação de acidentes. Decorem das
condições do local de trabalho, por via de regra, o acidente não provocado por uma
determinada causa isolada, mas sim por atos e condições inseguros que encadeiam o
processo e provocam o acidente. Os acidentes podem causar: Morte; Afastamento
temporário; Afastamento permanente; Prejuízo material.

▪ Fatores Materiais (Condições inseguras)


Condições inseguras nos locais de serviço são aquelas que compreendem a
segurança do trabalhador. São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência
de dispositivos de segurança que põe em risco a integridade física e/ou a saúde das
pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos.
Alguns exemplos de condições inseguras mais conhecidas: Falta de proteção em
máquinas e equipamentos; Deficiência de maquinário e ferramental; Passagens perigosas;
Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas; Falta de equipamento de proteção
individual; Nível de ruído elevado; Proteções inadequadas ou defeituosas; Má
arrumação/falta de limpeza; Defeitos nas edificações; Iluminação inadequada; Piso
danificado; Risco de fogo ou explosão.

▪ Fatores pessoais ou humanos (Atos inseguros)


É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, a
riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes de trabalho
e que estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido.

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a) Imperícia: é a incapacidade, a falta de habilidade específica para a realização de uma
atividade técnica ou científica, não levando o agente em consideração o que sabe ou
deveria saber. Imperícia refere-se à falta de habilidade, conhecimento, ou competência
para realizar uma determinada atividade ou tarefa para a qual se é exigido um certo
nível de especialização ou capacitação.
Exemplo 1: Um médico que realiza um procedimento cirúrgico sem ter a formação ou
experiência necessária para tal, resultando em complicações para o paciente. Este caso
ilustra uma incapacidade técnica para desempenhar uma tarefa específica de forma
segura e eficaz.
Exemplo 2: Um engenheiro mecânico que faz inspeção no cabo do elevador, e após
um curto período, o elevador cai por rompimento do cabo.

b) Imprudência: Imprudente é aquele que sabe do grau de risco envolvido na atividade


e mesmo assim acredita que é possível a realização sem prejuízo para
ninguém. Imprudente trata-se daquele que não toma os cuidados normais que qualquer
pessoa tomaria.
A imprudência é a realização de uma ação perigosa sem levar em consideração as
consequências possíveis, agindo com precipitação. Difere da negligência por ser uma
ação, enquanto a negligência é geralmente uma omissão.
Exemplo 1: Um motorista que dirige em alta velocidade em uma zona escolar,
colocando em risco a segurança dos pedestres, especialmente crianças. Este
comportamento demonstra uma clara falta de precaução e desrespeito pelas normas de
segurança.
Exemplo 2: Motorista que aciona a marcha ré sem olhar pelo retrovisor e acaba
atropelando alguém.

c) Negligência: A negligência é a falta de cuidado ou a desatenção na execução de uma


determinada tarefa ou função, caracterizada pela omissão de medidas de precaução ou
segurança necessárias. Trata-se de uma falha em agir com a devida cautela que uma
pessoa razoável exerceria nas mesmas circunstâncias. Também conhecida como falta
de cuidado ou desatenção, é agir com irresponsabilidade. Negligência é quando aquele
que deveria tomar conta para que uma situação não acontecesse, não presta a atenção
requerida e deixa acontecer.

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Exemplo 1: Um funcionário de limpeza que não sinaliza um piso molhado, resultando
em alguém escorregando e se ferindo. Este ato demonstra uma falta de cuidado para
com a segurança dos outros.
Exemplo 2: Motorista que sai para passear com a família em seu veículo, mesmo
sabendo que o carro está com os freios com problemas, acontece uma colisão por falta
do freio e a família morre.

Alguns exemplos de atos inseguros mais conhecidos:


- Ficar junto ou sob cargas suspensas;
- Usar máquinas sem habilitação ou permissão;
- Lubrificar, ajustar e limpar máquina em movimento;
- Inutilizar dispositivos de segurança;
- Uso de roupa inadequada;
- Transportar ou empilhar inseguramente;
- Tentar ganhar tempo;
- Expor partes do corpo, a partes móveis de máquinas ou equipamentos;
- Imprimir excesso de velocidade;
- Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada à tarefa exigida;
- Não utilizar EPI;
- Manipulação inadequada de produtos químicos;
- Fumar em lugar proibido;
- Consumir drogas, ou bebidas alcoólicas durante a jornada de trabalho.

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5.2. CAT - COMUNICADO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Para o reconhecimento do direito de qualquer trabalhador que sofreu acidente de
trabalhado é a obrigatório à comunicação à Previdência Social, por meio da CAT
(Comunicação de Acidente do Trabalho), até o 1º dia útil seguinte da ocorrência e, em
caso de morte, de imediato, à autoridade competente (art. 22 da Lei n. 8.213/91), e caso
não ocorra à comunicação poderá acarretar pena de multa a ser cobrada e aplicada pela
Previdência Social.
A recusa na emissão da CAT importará, além das infrações administrativas, na
responsabilidade do empregador pelos danos materiais decorrentes da omissão até a
regularização da concessão do benefício previdenciário, independentemente dos danos
morais infligidos, ainda mais quando a recusa da comunicação derivar de falta de
anotação da CTPS.
O empregado tem o direito de exigir a emissão da CAT nesses casos, cuja emissão,
não caracteriza confissão da empresa. Quando o empregador recusa a emissão da CAT, o
próprio acidentado, seus dependentes, o médico – assistente, sindicato da categoria
profissional ou qualquer autoridade pública poderá emitir a CAT, mesmo após o
vencimento do prazo determinado em lei.
Todos os acidentes de trabalho devem ser comunicados ao INSS, mesmo que
sejam inferiores a 15 dias de afastamento, sem afastamento ou nos casos de acidente de
trajeto, e em todos os casos de doença ocupacional, mesmo que se trate apenas de
suspeita. Caso o acidente for detectado, tardiamente, a CAT deverá ser emitida mesmo
assim.
Com relação às doenças ocupacionais, cabe ao empregador emitir a CAT,
encaminhando o trabalhador à Previdência Social para a consignação de nexo causal,
avaliação da incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho,
em todos os casos é importante que se verifique alterações que mostram qualquer tipo de
disfunção de órgão ou sistema biológico, mesmo sem sintomalogia com diagnóstico
firmado de doença profissional ou do trabalho nos termos do artigo 169 da CLT e da NR-
7, Portaria n. 3.214/78. Conforme art. 337 do Decreto 3.048/99, com redação dada pelo
Decreto n. 6.042 de 12 de fevereiro de 2007, o trabalhador só terá direito aos benefícios
decorrentes de acidentes no trabalho, depois de comprovado o nexo causal entre o
infortúnio e a atividade exercida, através da perícia médica do INSS.

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5.3. RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL


▪ Obrigações da empresa / Legislação Previdenciária / Lei 8.213 de 24/07/91/
Regulamento da Previdência Social
- Artigo 120: nos casos de negligência da empresa quanto às normas padrão de segurança
e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva a previdência social
proporá ação regressiva contra os responsáveis.
- Artigo 121: o pagamento pela previdência social das prestações por acidente do trabalho
não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outros.

5.3.1. Culpa
A constituição promulgada em 05 de outubro de 1988 estendeu as ações de
responsabilidades contra as empresas quando houver a comprovação da culpa
(simples/grave ou dolo eventual).
Artigo 7º XXVIII: seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
- Culpa Grave ou Dolo Eventual: embora não exista a intenção da ação o resultado é
previsto. Exemplo: pedir ao operário que utilize o elevador de carga, em más condições de
uso, cuja manutenção já foi pedida.
- Culpa Simples: é tipificada por três fatores:
Negligência: ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado. Exemplo:
fábrica suja / mal iluminada / mal ventilada, que proporcione condições de uma situação
ou ambiente inseguro.
Imprudência: prática de um ato perigoso. Exemplo: operário que retira a proteção da
máquina com o intuito de aumentar a produção. Essa atitude responsabiliza a chefia do
trabalhador por esta se constituir em elo (preposto) trabalhador / empresa. É crime a
conivência ou omissão.
Imperícia: falta de aptidão para o exercício de determinada profissão ou arte. Exemplo:
submeter trabalhador não habilitado a substituir – em caráter eventual – trabalhador titular
na função.

5.3.2. Ação de Responsabilidade Civil


É uma ação privada que deve ser pleiteada pelos herdeiros do trabalhador
acidentado, comprovando-se a responsabilidade da empresa, esta é obrigada a reparar o
dano pagando indenização arbitrada pelo juiz considerando as lesões ou morte do
trabalhador.
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5.3.3. Ação de Responsabilidade Penal
É uma ação pública que procura responsabilizar pela morte ou danos à saúde do
trabalhador os prepostos da empresa que têm como função cargos de chefia e como
consequência serem divulgadores e cumpridores das normas de segurança. Estão nessa
condição: Engenheiros do Trabalho; Médicos do Trabalho; Técnicos de Segurança;
Cipeiros; Gerentes/ supervisores; Chefes / mestres / encarregados
Obs: Situação em que gerentes/ supervisores/ chefes/ encarregados podem responder por
crime de responsabilidade penal: Quando houver notificação por escrito de uma situação
de condição ou ação insegura no seu setor. Nestas circunstâncias ocorre um acidente
causando morte, lesão grave ou doença profissional. Como preposto da empresa e sem
haver tomado providências quanto à notificação recebida, responderá criminalmente.

6. NORMAS REGULAMENTADORAS – NR’s


Portaria n 3.214 de 08.06.1978 a qual regulamenta as Normas Regulamentadoras – NR:
“Ministério do Trabalho – Gabinete do Ministro. Aprova as Normas Regulamentadoras –
N R. Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança
e Medicina do Trabalho. O MINISTRO DO ESTADO, no uso de suas atribuições legais,
considerando o disposto no artigo 200, da Consolidação das Leis do Trabalho, com
redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977,
“RESOLVE: Art. 1. Aprovar as Normas Regulamentadoras - N R - do Capítulo V, Título
II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:”

▪ NR 1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.


O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação,
os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas à
segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de
riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho - SST.
Alguns tópicos da norma:
1.4. Direitos e deveres
1.4.1. Cabe ao empregador:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde
no trabalho;
b) informar aos trabalhadores: I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;
II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir tais riscos;
III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos
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quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV. os resultados das avaliações
ambientais realizadas nos locais de trabalho;
c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
trabalhadores;
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos
legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença
relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas;
f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança e
saúde no trabalho;
g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a
seguinte ordem de prioridade: I. eliminação dos fatores de risco; II. minimização e
controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva; III.
minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou
de organização do trabalho; e IV. adoção de medidas de proteção individual.

1.4.2. Cabe ao trabalhador:


a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho,
inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;
c) colaborar com a organização na aplicação das NR;
d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.

1.5.3. Responsabilidades
1.5.3.1. A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento de riscos
ocupacionais em suas atividades.
1.5.3.1.1. O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir um Programa de
Gerenciamento de Riscos - PGR.
1.5.3.1.2. O PGR pode ser atendido por sistemas de gestão, desde que estes cumpram as
exigências previstas nesta NR e em dispositivos legais de segurança e saúde no trabalho.
1.5.3.1.3. O PGR deve contemplar ou estar integrado com planos, programas e outros
documentos previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho.
A novidade na NR 1 na atualização de 2022 é o Programa de Gerenciamento de
Riscos, o PGR. Baseado nos critérios estabelecidos em certificados como a OHSAS
18001 (Série de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacional) e o ISO 45001:2018

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(Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional), o novo programa usa a
metodologia PDCA (Plan, Do, Check, Act, em português: Planeje, Faça, Confira, Aja),
para a elaboração de planos de ação que vão guiar a área de SST.

▪ NR 2 - Inspeção Prévia - REVOGADA


Publicada em 1983, a NR 02 tratava sobre a inspeção prévia, que obrigava as
empresas a comprovar o cumprimento de normas de segurança antes do início de suas
atividades. Esta norma foi REVOGADA pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019, publicada no DOU de 31/07/2019. No entanto, apesar da revogação, as empresas
precisam continuar atentas sobre as condições no ambiente de trabalho, para garantir a
saúde e segurança dos colaboradores.

▪ NR 3 - Embargo ou Interdição
3.1. Objetivo:
3.1.1. Esta norma estabelece as diretrizes para caracterização do grave e iminente risco e
os requisitos técnicos objetivos de embargo e interdição.
3.2.1. Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que
possa causar acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador.
3.2.2. Embargo e interdição são medidas de urgência adotadas a partir da constatação de
condição ou situação de trabalho que caracterize grave e iminente risco ao trabalhador.
3.2.2.1. O embargo implica a paralisação parcial ou total da obra.
3.2.2.2 A interdição implica a paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou
equipamento, do setor de serviço ou do estabelecimento.

▪ NR 4 - Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT


Esta Norma estabelece os parâmetros e os requisitos para constituição e
manutenção dos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho -
SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador
4.3.1. Compete aos SESMT:
a) elaborar ou participar da elaboração do inventário de riscos;
b) acompanhar a implementação do plano de ação do Programa de Gerenciamento de
Riscos - PGR;
c) implementar medidas de prevenção de acordo com a classificação de risco do PGR e
na ordem de prioridade estabelecida na Norma Regulamentadora nº 01 (NR-01) -
Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais;
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d) elaborar plano de trabalho e monitorar metas, indicadores e resultados de segurança e
saúde no trabalho;
e) responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento do disposto
nas NR aplicáveis às atividades executadas pela organização;
f) manter permanente interação com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
CIPA, quando existente; (redação vigente até 19 de março de 2023) f) manter permanente
interação com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio - CIPA,
quando existente; (Portaria MTP nº 4.219, de 20 de dezembro de 2022 - redação que entra
em vigor no dia 20 de março de 2023)
g) promover a realização de atividades de orientação, informação e conscientização dos
trabalhadores para a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;
h) propor, imediatamente, a interrupção das atividades e a adoção de medidas corretivas
e/ou de controle quando constatar condições ou situações de trabalho que estejam
associadas a grave e iminente risco para a segurança ou a saúde dos trabalhadores;
i) conduzir ou acompanhar as investigações dos acidentes e das doenças relacionadas ao
trabalho, em conformidade com o previsto no PGR;
j) compartilhar informações relevantes para a prevenção de acidentes e de doenças
relacionadas ao trabalho com outros SESMT de uma mesma organização, assim como a
CIPA, quando por esta solicitado;
k) acompanhar e participar nas ações do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO, nos termos da Norma Regulamentadora nº 07 (NR-07).

4.3.2 O SESMT deve ser composto por médico do trabalho, engenheiro de segurança do
trabalho, técnico de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho e auxiliar/técnico em
enfermagem do trabalho, obedecido o Anexo II.

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▪ NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
Esta norma regulamentadora - NR estabelece os parâmetros e os requisitos da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA tendo por objetivo a prevenção de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e promoção da saúde do
trabalhador.

Todas as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, instituições


beneficentes, cooperativas, clubes, desde que possuam empregados celetistas,
dependendo do grau de risco da empresa e do número mínimo de 20 empregados são
obrigadas a manter a CIPA. Este dimensionamento depende da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE, que remete a outra listagem de número de empregados.
Seu objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, tornando
compatível o trabalho com a preservação da saúde do trabalhador. A CIPA é composta de
um representante da empresa - Presidente (designado) e representantes dos empregados,
eleitos em escrutínio secreto, com mandato de um ano e direito a uma reeleição e mais
um ano de estabilidade.

▪ NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI´s


O objetivo desta Norma Regulamentadora - NR é estabelecer os requisitos para
aprovação, comercialização, fornecimento e utilização de Equipamentos de Proteção
Individual - EPI. As empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados
Equipamentos de Proteção Individual – EPI´s, destinados a proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador.

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6.5.1 Cabe à organização, quanto ao EPI:
a) adquirir somente o aprovado pelo órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
b) orientar e treinar o empregado;
c) fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas situações previstas no subitem 1.5.5.1.2 da Norma
Regulamentadora nº 01 (NR-01) - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais, observada a hierarquia das medidas de prevenção;
d) registrar o seu fornecimento ao empregado, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico, inclusive, por sistema biométrico;
e) exigir seu uso;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica, quando aplicáveis esses
procedimentos, em conformidade com as informações fornecidas pelo fabricante ou
importador;
g) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
h) comunicar ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e saúde
no trabalho qualquer irregularidade observada.

6.6.1 Cabe ao trabalhador, quanto ao EPI:


a) usar o fornecido pela organização, observado o disposto no item 6.5.2;
b) utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
c) responsabilizar-se pela limpeza, guarda e conservação;
d) comunicar à organização quando extraviado, danificado ou qualquer alteração que o
torne impróprio para uso;
e) cumprir as determinações da organização sobre o uso adequado.

▪ NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO


7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes e requisitos para o
desenvolvimento do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas
organizações, com o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados em
relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de
Gerenciamento de Risco - PGR da organização.
São eles: exame admissional, exame periódico, de retorno ao trabalho, de
mudança de função, demissional e exames complementares, dependendo do grau de risco
da empresa, ou empresas que trabalhem com agentes químicos, ruídos, radiações
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ionizantes, benzeno etc., a critério do médico do trabalho e dependendo dos quadros na
própria NR 7, bem como, na NR 15, existirão exames específicos para cada risco que o
trabalho possa gerar.

▪ NR 8 – Edificações
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos que devem ser atendidos
nas edificações para garantir segurança e conforto aos trabalhadores. Esta norma define
os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a chuva, insolação
excessiva ou falta de insolação. Devem-se observar as legislações pertinentes nos níveis
federal, estadual e municipal.

▪ NR 9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos,


Químicos e Biológicos.
9.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos para a avaliação das
exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no
Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às
medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.
9.3.1. A identificação das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e
biológicos deverá considerar:
a) descrição das atividades;
b) identificação do agente e formas de exposição;
c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às exposições identificadas;
d) fatores determinantes da exposição;
e) medidas de prevenção já existentes;
f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos.

▪ NR 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade


Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas
objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam
em instalações elétricas e serviços com eletricidade.
10.1.2. Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo,
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-

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se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

▪ NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais


Destina-se a Operação de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais e
Máquinas Transportadoras.

▪ NR 12 - Máquinas e Equipamentos
Esta Norma Regulamentadora - NR e seus anexos definem referências técnicas,
princípios fundamentais e medidas de proteção para resguardar a saúde e a integridade
física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e
doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e
ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título,
em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais
NRs aprovadas pela Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas
oficiais ou nas normas internacionais aplicáveis e, na ausência ou omissão destas,
opcionalmente, nas normas Europeias tipo “C” harmonizadas..

▪ NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão


O objetivo desta Norma Regulamentadora - NR é estabelecer requisitos mínimos
para a gestão da integridade estrutural de caldeiras, vasos de pressão, suas tubulações de
interligação e tanques metálicos de armazenamento nos aspectos relacionados à
instalação, inspeção, operação e manutenção, visando a segurança e saúde dos
trabalhadores.
13.2.1. Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:
a) caldeiras com pressão de operação superior a 60 kPa (0,61 kgf/cm²);
b) vasos de pressão cujo produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é o módulo da pressão
máxima de operação em kPa e V o seu volume interno em m³;
c) vasos de pressão que contenham fluidos da classe A, especificados na alínea “a” do
subitem 13.5.1.1.1, independente do produto P.V;
d) recipientes móveis com P.V superior a oito, onde P é o módulo da pressão máxima de
operação em kPa, ou com fluidos da classe A, especificados na alínea “a” do subitem
13.5.1.1.1;
e) tubulações que contenham fluidos de classe A ou B, conforme as alíneas “a” e “b” do
subitem 13.5.1.1.1, ligadas a caldeiras ou vasos de pressão abrangidos por esta NR;
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f) tanques metálicos de armazenamento, com diâmetro externo maior do que três metros,
capacidade nominal acima de vinte mil litros, e que contenham fluidos de classe A ou B,
conforme as alíneas “a” e “b” do subitem 13.5.1.1.1 desta NR. (Vide prazo - Portaria MTP
nº 1.846, de 01 de julho de 2022).

▪ NR 14 - Fornos
Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer requisitos para a operação de
fornos com segurança. As medidas de prevenção estabelecidas nesta Norma se aplicam
às organizações que utilizem fornos em seus processos produtivos.
14.3.1. Os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos solidamente,
revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites
de tolerância estabelecidos pela NR-15 - Atividades e operações insalubres. 14.3.2. Os
fornos devem ser instalados:
a) em conformidade com o disposto em normas técnicas oficiais;
b) em locais que ofereçam segurança e conforto aos trabalhadores;
c) de forma a evitar o acúmulo de gases nocivos e as altas temperaturas em áreas vizinhas.

▪ NR 15 - Atividades e Operações Insalubres


15.1. São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 15.1.1.
Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12; 15.1.2.
(Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
15.1.3. Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;
15.1.4. Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos
Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.
15.1.5. Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração
ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição
ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. 15.2.
O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do
item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário
mínimo da região, equivalente a:
15.2.1. 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2. 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3. 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

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15.3. No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado
o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção
cumulativa.

15.4. A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do


pagamento do adicional respectivo.
15.4.1. A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

▪ NR 16 - Atividades e Operações Perigosas


16.1. São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos desta
Norma Regulamentadora - NR.
16.2. O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a
percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
16.2.1. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido.
16.3. É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da
periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro
de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.

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ANEXO I - Atividades e operações perigosas com explosivo
1. São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no Quadro n.° 1,
seguinte:

2. O trabalhador, cuja atividade esteja enquadrada nas hipóteses acima discriminadas, faz
jus ao adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros ou participações nos lucros da
empresa, sendo-lhe ressalvado o direito de opção por adicional de insalubridade
eventualmente devido.

▪ NR 17 – Ergonomia
17.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos
que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho
eficiente no trabalho.
17.1.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com
máquinas, equipamentos e ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente
de trabalho e à própria organização do trabalho.

▪ NR 18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção


18.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR tem o objetivo de estabelecer diretrizes de
ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de
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medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e
no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
É obrigatório que as construtoras elaborem e implementem o Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR), que substituiu o Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) e o Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA). Os PCMAT’s já existentes e anteriores ao início da
vigência da nova redação da NR-18 poderão ser mantidos, com validades até o término
das obras a que se referem.

▪ NR 19 - Explosivos
19.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR tem o objetivo de estabelecer os requisitos e
as medidas de prevenção para garantir as condições de segurança e saúde dos
trabalhadores em todas as etapas da fabricação, manuseio, armazenamento e transporte
de explosivos.
19.2.1. Esta norma aplica-se a todas as atividades relacionadas com a fabricação,
manuseio, armazenamento e transporte de explosivos.

▪ NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis


20.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para a gestão
da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das
atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.
20.2.1. Esta NR se aplica às atividades de:
a) extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de
inflamáveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção,
inspeção e desativação da instalação;
b) extração, produção, armazenamento, transferência e manuseio de líquidos
combustíveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção,
inspeção e desativação da instalação.

▪ NR 21 - Trabalho a céu aberto


21.1. Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda
que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries.
21.2. Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação
excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes.
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▪ NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
22.1.1. Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem
observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o
planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da
segurança e saúde dos trabalhadores.
22.2.1. Esta norma se aplica a:
a) minerações subterrâneas; b) minerações a céu aberto; c) garimpos, no que couber;
d) beneficiamentos minerais; e) pesquisa mineral.

▪ NR 23 - Proteção contra Incêndios


23.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece medidas de prevenção contra
incêndios nos ambientes de trabalho.
23.2. Campo de aplicação:
23.2.1. As medidas de prevenção estabelecidas nesta NR se aplicam aos estabelecimentos
e locais de trabalho.
23.3.1. Toda organização deve adotar medidas de prevenção contra incêndios em
conformidade com a legislação estadual e, quando aplicável, de forma complementar,
com as normas técnicas oficiais.
23.3.2. A organização deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos de resposta aos cenários de emergências e para evacuação dos locais de
trabalho com segurança;
c) dispositivos de alarme existentes.
23.3.3. Os locais de trabalho devem dispor de saídas em número suficiente e dispostas de
modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e
segurança em caso de emergência.
23.3.4. As aberturas, saídas e vias de passagem de emergência devem ser identificadas e
sinalizadas de acordo com a legislação estadual e, quando aplicável, de forma
complementar, com as normas técnicas oficiais, indicando a direção da saída.
23.3.4.1. As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser mantidas desobstruídas.
23.3.5. Nenhuma saída de emergência deve ser fechada à chave ou presa durante a jornada
de trabalho.
23.3.5.1. As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento
que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.

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▪ NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho
24.1.1. Esta norma estabelece as condições mínimas de higiene e de conforto a serem
observadas pelas organizações, devendo o dimensionamento de todas as instalações
regulamentadas por esta NR ter como base o número de trabalhadores usuários do turno
com maior contingente.

▪ NR 25 - Resíduos Industriais
25.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos de segurança e saúde no
trabalho para o gerenciamento de resíduos industriais.
25.2.1. Esta Norma se aplica às atividades relacionadas ao gerenciamento de resíduos
industriais provenientes dos processos industriais.
25.2.2. Entendem-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos processos
industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas
características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos
domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras,
borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas
contaminantes atmosféricos..
25.3.7. Os trabalhadores envolvidos em atividades de coleta, manipulação,
acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição de resíduos
industriais devem ser capacitados pela empresa, de forma continuada, sobre os riscos
ocupacionais envolvidos e as medidas de prevenção adequadas.

▪ NR 26 - Sinalização de Segurança
26.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece medidas quanto à sinalização e
identificação de segurança a serem adotadas nos locais de trabalho.
26.2 Campo de aplicação: 26.2.1. As medidas de prevenção estabelecidas nesta NR se
aplicam aos estabelecimentos ou locais de trabalho.
26.3. Sinalização por cor
26.3.1. Devem ser adotadas cores para comunicação de segurança em estabelecimentos
ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos perigos e riscos existentes.
26.3.2. As cores utilizadas para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas,
identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra
riscos devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.

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26.3.4. O uso de cores deve ser o mais reduzido possível a fim de não ocasionar distração,
confusão e fadiga ao trabalhador.

26.4.2. Rotulagem Preventiva


26.4.2.1. A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas,
impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou
anexada à embalagem que contém o produto.
26.4.2.2. A rotulagem preventiva do produto químico classificado como perigoso à
segurança e à saúde dos trabalhadores deve utilizar procedimentos definidos pelo GHS,
contendo os seguintes elementos: a) identificação e composição do produto químico; b)
pictograma(s) de perigo; c) palavra de advertência; d) frase(s) de perigo; e) frase(s) de
precaução; e f) informações suplementares.

▪ NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério


do Trabalho
REVOGADA pela Portaria n.º 262, de 29/05/2008, publicada no DOU de
30/05/2008. Esta dispõe sobre o registro profissional do Téc. de Seg. do Trabalho. O
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, no uso das atribuições que lhe conferem o
inciso II do parágrafo único do art. 87 da Const. Federal, o art. 3º da Lei nº 7.410, de 27
de novembro de 1985, e o art. 7º do Decreto nº 92.530, de 9/04/1986, resolve: Art. 1º O
exercício da profissão do Téc. de Segurança do Trabalho depende de prévio registro no
Ministério do Trabalho e Emprego; Art. 2º O registro profissional será efetivado pelo
Setor de Identificação e Registro Profissional das Unidades Descentralizadas do
Ministério do Trabalho e Emprego, mediante requerimento do interessado, que poderá
ser encaminhado pelo sindicato da categoria.

▪ NR 28 - Fiscalização e Penalidades
28.1.1. A fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre
segurança e saúde do trabalhador será efetuada obedecendo ao disposto nos Decretos n.º
55.841, de 15/03/65, e n.º 97.995, de 26/07/89, no Título VII da CLT e no § 3º do art. 6º
da Lei n.º 7.855, de 24/10/89 e nesta Norma Regulamentadora.
28.1.3. O agente da inspeção do trabalho deverá lavrar o respectivo auto de infração à
vista de descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares contidos nas Normas
Regulamentadoras urbanas e rurais, considerando o critério da dupla visita, elencados no

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Decreto n.º 55.841, de 15/03/65, no Título VII da CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855,
de 24/10/89.
28.3.1 As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentadores sobre segurança e saúde
do trabalhador terão as penalidades aplicadas conforme o disposto no quadro de gradação
de multas (Anexo I), obedecendo às infrações previstas no quadro de classificação das
infrações (Anexo II) desta Norma.

▪ NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário:


29.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por objetivo estabelecer as medidas de
prevenção em Segurança e Saúde no trabalho portuário e as diretrizes para a
implementação do gerenciamento dos riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho
alcançados por esta NR.
29.2 Campo de aplicação: 29.2.1. As disposições contidas nesta NR aplicam-se ao
trabalho portuário, tanto a bordo como em terra, assim como às demais atividades nos
portos e nas instalações portuárias, públicas ou privadas, situadas dentro ou fora da área
do porto organizado, e nos terminais retroportuários.

▪ NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.


30.1.1. Esta norma regulamentadora e seu anexo estabelecem requisitos para a proteção
e o resguardo da segurança e da saúde no trabalho aquaviário, disciplinando medidas a
serem observadas nas organizações e nos ambientes de trabalho para a prevenção de
possíveis lesões ou agravos à saúde.

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30.2.1. Esta norma se aplica aos trabalhos realizados em embarcações comerciais, de
bandeira nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, nos termos do disposto em
Convenções Internacionais ratificadas em vigor, utilizadas no transporte de cargas ou de
passageiros, inclusive naquelas embarcações usadas na prestação de serviços.
30.2.1.1. Aos trabalhadores das embarcações classificadas como comerciais de pesca
aplica-se apenas o Anexo desta norma, sem prejuízo das disposições previstas nas demais
normas regulamentadoras.

▪ NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,


Exploração Florestal e Aquicultura.
31.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR tem por objetivo estabelecer os preceitos a
serem observados na organização e no ambiente de trabalho rural, de forma a tornar
compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades do setor com a prevenção
de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho rural.
31.2. Campo de Aplicação - Obrigações e Competências - Das Responsabilidades 31.2.1
Esta Norma se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura,
exploração florestal e aquicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e
emprego e o local das atividades.
31.2.1.1. Nas atividades previstas no subitem 31.2.1, aplica-se somente o disposto nesta
NR, salvo:
a) quando houver remissão expressa à aplicação de outras NR na presente Norma;
b) em caso de embargo e interdição (Norma Regulamentadora nº 3);
c) em caso de caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos de
armazenamento (Norma Regulamentadora nº 13), quando aplicável;
d) quanto aos aspectos de insalubridade (Norma Regulamentadora nº 15);
e) quanto aos aspectos de periculosidade (Norma Regulamentadora nº 16);
f) em caso de inflamáveis e combustíveis (Norma Regulamentadora nº 20), quando
aplicável;
g) quanto aos aspectos de fiscalização e penalidades (Norma Regulamentadora nº 28).

▪ NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.


32.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral.
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32.1.2. Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de
promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de
complexidade.

▪ NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados


33.1.1. Esta Norma Regulamentadora tem como objetivo estabelecer os requisitos para a
caracterização dos espaços confinados, os critérios para o gerenciamento de riscos
ocupacionais em espaços confinados e as medidas de prevenção, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente com estes
espaços.
33.2. Campo de aplicação: 33.2.1. Esta Norma Regulamentadora se aplica às
organizações que possuem ou realizam trabalhos em espaços confinados.
33.2.2. Considera-se espaço confinado qualquer área ou ambiente que atenda
simultaneamente aos seguintes requisitos:
a) não ser projetado para ocupação humana contínua;
b) possuir meios limitados de entrada e saída;
c) em que exista ou possa existir atmosfera perigosa.

33.2.2.1. Considera-se atmosfera perigosa aquela em que estejam presentes uma das
seguintes condições:
a) deficiência ou enriquecimento de oxigênio;
b) presença de contaminantes com potencial de causar danos à saúde do trabalhador; ou
c) seja caracterizada como uma atmosfera explosiva.
33.2.2.2. Os espaços não destinados à ocupação humana, com meios limitados de entrada
e saída, utilizados para armazenagem de material com potencial para engolfar ou afogar
o trabalhador são caracterizados como espaços confinados.

▪ NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção e


Reparação Naval.
34.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas
de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da
indústria de construção, reparação e desmonte naval.
34.1.2 Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas
aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para este fim ou nas

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próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, plataformas fixas
ou flutuantes, dentre outras.

▪ NR 35 - Trabalho em Altura
35.1.1. Esta Norma estabelece os requisitos e as medidas de prevenção para o trabalho
em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta
atividade.
35.2.1. Aplica-se o disposto nessa Norma a toda atividade com diferença de nível acima
de 2,0m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. 35.3.
Responsabilidades.

35.3.1. Cabe à organização:


a) garantir a implementação das medidas de prevenção estabelecidas nesta NR;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da
Permissão de Trabalho - PT;
c) elaborar procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) disponibilizar, através dos meios de comunicação da organização de fácil acesso ao
trabalhador, instruções de segurança contempladas na AR, PT e procedimentos
operacionais a todos os integrantes da equipe de trabalho;
e) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura,
pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de
segurança aplicáveis;
f) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de
prevenção estabelecidas nesta Norma pelas organizações prestadoras de serviços;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de
prevenção definidas nesta NR;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição
de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; i)
estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura; e
j) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta NR, por
período mínimo de 5 (cinco) anos, exceto se houver disposição específica em outra
Norma Regulamentadora.

35.4. Autorização, Capacitação e Aptidão

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35.4.1. Todo trabalho em altura deve ser realizado por trabalhador formalmente
autorizado pela organização.
35.4.1.1. Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado
cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar suas
atividades.
35.4.1.2. A autorização para trabalho em altura deve considerar:
a) as atividades que serão desenvolvidas pelo trabalhador; b) a capacitação a que o
trabalhador foi submetido; c) a aptidão clínica para desempenhar as atividades.

35.4.1.3. A autorização deve ser consignada nos documentos funcionais do empregado.


35.4.1.3.1. A organização deve estabelecer sistema de identificação que permita a
qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador.

35.4.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi
submetido e aprovado no processo de capacitação, envolvendo treinamento, teórico e
prático, inicial, periódico e eventual, observado o disposto na NR-01.

35.4.2.1. O treinamento inicial, com carga horária mínima de 8 (oito) horas, deve ser
realizado antes de o trabalhador iniciar a atividade e contemplar:
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) AR e condições impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; d)
sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) EPI para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) condutas em situações de emergência, incluindo noções básicas de técnicas de resgate
e de primeiros socorros.

35.4.4 Cabe à organização avaliar o estado de saúde dos empregados que exercem
atividades de trabalho em altura de acordo com o estabelecido na NR-07 (Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional), em especial o item 7.5.3, considerando
patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, bem como os fatores
psicossociais.

35.4.4.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde
ocupacional do trabalhador.

35.5.5. Todo trabalho em altura deve ser precedido de AR.


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▪ NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento


de Carnes e Derivados
36.1.1 O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação,
controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria
de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma
a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem
prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR do
Ministério do Trabalho e Emprego.

▪ NR 37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo


37.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR tem por objetivo estabelecer os requisitos de
segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo
em operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras - AJB.

37.2.1. Esta Norma se aplica ao trabalho nas plataformas nacionais e estrangeiras, bem
como nas Unidades de Manutenção e Segurança - UMS, devidamente autorizadas a operar
em AJB.
37.2.1.1. Para efeitos desta Norma, considera-se:
a) Plataforma: toda instalação ou estrutura de perfuração, produção, intervenção,
armazenamento ou transferência, fixa ou flutuante, destinada às atividades relacionadas
com a pesquisa, exploração, produção ou armazenamento de óleo e/ou gás oriundos do
subsolo, das águas interiores ou do mar, inclusive da plataforma continental;
b) Unidades de Manutenção e Segurança - UMS: são as embarcações dedicadas à
manutenção, construção e montagem para plataformas, com sistema para interligação à
plataforma através de gangway.

▪ NR 38 - Segurança e Saúde no trabalho nas atividades de limpeza urbana e manejo


de resíduos sólidos
38.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR tem o objetivo de estabelecer os requisitos e as
medidas de prevenção para garantir as condições de segurança e saúde dos trabalhadores
nas atividades de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
38.2.1. As disposições contidas nesta NR aplicam-se às seguintes atividades de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos:
a) coleta, transporte e transbordo de resíduos sólidos urbanos e resíduos de serviços de
saúde até a descarga para destinação final;
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b) varrição e lavagem de feiras, vias e logradouros públicos;
c) capina, roçagem e poda de árvores;
d) manutenção de áreas verdes;
e) raspagem e pintura de meio-fio;
f) limpeza e conservação de mobiliário urbano, monumentos, túneis, pontes e viadutos; g)
desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos;
h) triagem e manejo de resíduos sólidos urbanos recicláveis;
i) limpeza de praias;
j) pontos de recebimento de resíduos sólidos urbanos;
k) disposição final.

38.2.1.2 Para os fins desta NR, consideram-se resíduos sólidos urbanos:


a) resíduos domésticos;
b) resíduos originários de atividades comerciais, industriais e de serviços, em quantidade
e qualidade similares às dos resíduos domésticos, que, por decisão do titular, sejam
considerados resíduos sólidos urbanos, desde que tais resíduos não sejam de
responsabilidade de seu gerador nos termos da norma legal ou administrativa, de decisão
judicial ou de termo de ajustamento de conduta;
c) resíduos originários das atividades referidas no item 38.2.1.

38.2.1.3 Esta NR não se aplica às atividades de manejo de:


a) resíduos industriais abrangidos pela Norma Regulamentadora nº 25 (NR-25) - Resíduos
Industriais;
b) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;
c) resíduos da construção civil;
d) resíduos agrossilvopastoris;
e) resíduos de serviços de transportes;
f) resíduos de mineração.

7. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s


Equipamento de Proteção Coletiva – EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio,
fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde
dos trabalhadores usuários e terceiros. Em todo os serviços e em suas proximidades
devem ser previstos e adotados equipamentos de proteção coletiva.
São equipamentos instalados no local de trabalho, cujo objetivo é a proteção dos
trabalhadores que executam atividades naquele ambiente. Em termos simples, proteção
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simultânea de mais de uma pessoa. Ex.: exaustores, ventiladores, paredes acústicas e
térmicas, iluminação de emergência, alarmes, extintores, etc.

Os agentes potencialmente insalubres, tendo como objetivo a neutralização ou


eliminação da insalubridade, consequentemente a preservação da saúde e integridade
física do trabalhador, como por exemplo: exaustão localizada para solda, barreiras
acústicas, dispositivos anti-vibratórios, cabine de pintura com exaustão e cortina d’água,
isolantes acústicos, enclausuramento acústico, isolamento térmico, etc.

Benefícios do EPC: Dentre as vantagens do EPC, estão:


• Redução de acidentes de trabalho;
• Melhor comodidade por ser equipamento coletivo;
• Melhoria nas condições do trabalho;
• Baixo custo em longo prazo;
• Melhor eficácia e eficiência nas atividades.

Segue alguns exemplos de equipamentos de proteção coletiva:


a) Cone de Sinalização: Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas ou
rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres, podendo ser utilizado em
conjunto com a fita zebrada, sinalizador STROBO, bandeirola.

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Cone de sinalização.

b) Sinalizador Strobo: Identificação de serviços, obras, acidentes e atendimentos em


ruas e rodovias.
Sinalizador.

c) Fita de Sinalização: Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de


trabalho.
Fita de sinalização

d) Grade Metálica Dobrável: Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de


inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes.
Grade.

e) Guarda-corpo metálico: Proteção contra queda em altura. Instalado na extremidade


de lajes ou delimitando vãos abertos no piso ou terreno.
Guarda-corpo

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f) Manta Isolante e banqueta isolante: Isolar o operador do solo durante operação do
equipamento guindauto, em regime de linha energizada.
Manta isolante e Banqueta isolante

8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’S (NR 6)


São recursos amplamente utilizados para ampliar a segurança do trabalhador,
assumindo papel de grande responsabilidade, tanto por parte da empresa no tocante à
seleção e escolha dos equipamentos e treinamento dos usuários, como também do próprio
empregado em dele fazer uso para o bem da sua própria integridade física diante da
existência dos mais variados riscos aos quais se expõe nos ambientes de trabalho.
EPI é todo equipamento de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira
destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Em relação aos EPI, devem ser feitas as seguintes considerações:
a) deve ser fornecido gratuitamente pelas empresas ao empregado;
b) deve ser adequado ao risco;
c) deve estar em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes
circunstâncias:
- Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não,
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças
profissionais ou do trabalho;
- Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
- Para atender às situações de emergência.

Indicação do EPI: A indicação do EPI é de competência do SESMT ou, se o mesmo não


existir, da CIPA. Nas empresas com CIPA, cabe ao empregador, mediante orientação
técnica, fornecer e determinar o uso do EPI.

Certificado de Aprovação dos EPI’s – CA: O EPI só poderá ser colocado à venda,
comercializado ou utilizado, quando possuir o certificado de aprovação (CA) expedido
pelo Ministério do Trabalho. O Certificado de Aprovação de cada equipamento, para fins
de comercialização, terá validade de cinco anos, podendo ser renovado. Todo EPI deverá

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apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis o nome da empresa fabricante e o
certificado de aprovação.

8.1. Tipos de EPI


▪ Protetores Faciais: Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face quanto
a lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e
radiações luminosas intensas (elmo).

▪ Óculos:
- Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos,
provenientes de impacto de partículas.
- Óculos de segurança contra respingos ou trabalhos que possam causar irritação nos olhos
e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e metais de infusão e radiações
perigosas.
- Óculos de segurança com lentes que retém 95% da radiação infravermelha incidente,
nos trabalhos em que exista calor radiante.

▪ Máscaras: Máscaras para soldadores nos trabalhos de soldagem e corte ao arco


elétrico.

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▪ Capacetes: Proteção da cabeça do usuário contra impactos provenientes de queda ou
projeção de objetos.
- Capacete de segurança para proteção do crânio nos trabalhos sujeitos a agentes
meteorológicos (trabalhos a céu aberto), impactos provenientes de quedas, projeção de
objetos, queimaduras ou choque elétrico.
- Capuzes de amianto revestidos de tecido aluminizado para os trabalhos que envolvam
calor.

▪ Capuz:

▪ Proteção de Membros Superiores


- Luvas e/ou Mangas de Proteção
Devem ser usadas em trabalhos onde haja perigo de lesões provocadas por:
- materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
- produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, solventes
orgânicos ou derivados do petróleo;
- materiais ou objetos aquecidos;
- choque elétrico;
- radiações perigosas;
- frio;
- agentes biológicos;

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- nos casos que o trabalho se faça em ambiente que envolva calor, as luvas e mangotes
devem ser de tecido refratário, com revestimento aluminizado.

- Cremes Protetores
Utilizados nos trabalhos citados, quando as luvas ou mangas não possam ser
utilizadas, como, por exemplo, em trabalhos onde a percepção tátil fina se faça necessária.
Como todo EPI, os cremes protetores devem também possuir o certificado de aprovação
do Ministério do Trabalho. Tais cremes protetores vêm sendo utilizados regularmente,
em outros países, sendo recomendados como barreiras contra agentes externos. Em
numerosas empresas nacionais, tais cremes vêm sendo utilizados com eficácia. Em nosso
entender, tal eficácia só poderá ser corroborada, caso acaso, na verificação dos exames
periódicos em que a integridade da pele, em contato com os agentes agressores, está
mantida.

▪ Proteção dos Membros Inferiores


Calçados:
- calçados de proteção contra risco de origem orgânica, térmica, mecânica, elétrica e
contra radiações perigosas e agentes biológicos agressivos;
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- impermeáveis para trabalhos realizados em locais úmidos, lamacentos ou encharcados
e resistentes aos agentes químicos agressivos;
- perneiras, contra riscos de origem térmica, mecânica e de radiações perigosas;
- nos trabalhos que envolvam calor, a perneira deve ser de tecido refratário revestido de
tecido aluminizado.
O empregado deve trabalhar calçado, ficando proibido o uso de sandálias, tamancos e
chinelos, salvo em casos especiais a critério do Ministério do Trabalho.

▪ Proteção contra Quedas com Diferença de Nível


- cintos de segurança para trabalhos em altura superior a 2 m e em que haja risco de queda;
- cadeira suspensa para trabalhos em alturas em que haja necessidade de deslocamento
vertical, quando a natureza do trabalho assim o indicar;
- trava-queda de segurança acoplado ao cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança
independente, para os trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes
suspensos de qualquer tipo.

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▪ Proteção Auditiva: Protetores Auriculares:

▪ Proteção Respiratória para Exposição a Agentes Ambientais


- respiradores contra poeiras e agentes químicos prejudiciais à saúde;
- máscara de filtro químico para exposições a agentes químicos prejudiciais á saúde;
- máscara para trabalhos de limpeza por abrasão, através de jateamento de areia;
- aparelhos de isolamento (autônomos ou de indução de ar), para locais de trabalho onde
o teor de oxigênio seja inferior a 18% em volume.

▪ Proteção do Tronco
- aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em
que haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem mecânica, radioativa e térmica
e por agentes químicos e meteorológicos e por umidade proveniente de operações de
lixamento à água ou outras operações de lavagem.

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▪ Proteção do Corpo Inteiro
- aparelhos de isolamento (autônomos ou de adução de ar) para locais de trabalho onde
haja exposição a agentes químicos, absorvíveis pela pele, vias respiratórias ou digestivas,
prejudiciais à saúde.
- nos trabalhos que envolvam calor, os aventais e roupas devem ser de tecido refratário
com revestimento aluminizado. As roupas devem ter sistema de ventilação acoplado.

Vestimenta de proteção contra eletricidade.

EPI – Câmara frigorífica.

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