Xi Sbea 2022

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24/10/2022 19:55 Email – Felipe Schmidt da Silva – Outlook

Comprovante de Submissão
Even3 <mensagens@eventos.even3.com.br>
Sex, 21/10/2022 20:52
Para: fe.s.silvaa@hotmail.com <fe.s.silvaa@hotmail.com>
Cc: fe.s.silvaa@hotmail.com <fe.s.silvaa@hotmail.com>;denisematossilvadms@gmail.com
<denisematossilvadms@gmail.com>;eduardock.25@gmail.com
<eduardock.25@gmail.com>;yara.tanigut@hotmail.com
<yara.tanigut@hotmail.com>;jorge.filho3@unioeste.br <jorge.filho3@unioeste.br>

COMPROVANTE DE SUBMISSÃO

O trabalho científico abaixo foi submetido com SUCESSO ao evento XI SBEA 2022:

Título: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO ENVELHECIMENTO DOS CONDUTOS


NOS PARÂMETROS HIDRODINÂMICOS EM CANAIS ARTIFICIAIS
Número: 577678
Data de Submissão: 21/10/2022
Modalidade: Resumo Expandido
Área Temática: D. Recursos Hídricos e Drenagem
Autores: Felipe Schmidt da Silva,Denise Matos da Silva,Eduardo Gustavo
Pfluck,Yara Tanigut Scramin Carraro,Jorge Luis Rodrigues Pantoja Filho

Cordialmente,
Comissão Científica
Daniel Guimarães Antunes
sbeacientifico@gmail.com

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Even3

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24/10/2022 19:55 Email – Felipe Schmidt da Silva – Outlook

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04/11/2022 00:12 https://www.even3.com.br/participante/impressao/_impressaocartadeaceite?code=577678

O trabalho intitulado ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO ENVELHECIMENTO DOS CONDUTOS NOS


PARÂMETROS HIDRODINÂMICOS EM CANAIS ARTIFICIAIS, de autoria de Felipe Schmidt da Silva ,
Denise Matos da Silva , Eduardo Gustavo Pfluck , Yara Tanigut Scramin Carraro e Jorge Luis Rodrigues
Pantoja Filho foi aprovado na modalidade Resumo Expandido, para apresentação no evento XI SBEA 2022 a
ser realizado 28/10/2022.

CURITIBA-PARANÁ-BRASIL

{assinatura.comissao}

Daniel Guimarães Antunes - sbeacientifico@gmail.com

Data do Aceite:28/10/2022

https://www.even3.com.br/participante/impressao/_impressaocartadeaceite?code=577678 1/1
RECURSOS HIDRÍCOS E DRENAGEM

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO AUMENTO DA RUGOSIDADE NOS


PARÂMETROS HIDRÁULICOS DE UM CANAL CIRCULAR EM REGIME
PERMANENTE E UNIFORME

Felipe Schmidt da Silva 1; Denise Matos da Silva 2; Jorge Luis Rodrigues Pantoja Filho 3; Eduardo Gustavo Pfluck 4;
Yara Tanigut Scramin Carraro 5

1
Graduando do curso de Engenharia Civil (CCET) na instituição de ensino estadual Unioeste, Campus de Cascavel.
Email: fe.s.silvaa@hotmail.com
2
Graduanda do curso de Engenharia Civil (CCET) na instituição de ensino estadual Unioeste, Campus de Cascavel.
Email: denisematossilvadms@gmail.com
3
Lecionando no curso de Engenharia Civil (CCET) na instituição de ensino estadual Unioeste, Campus de Cascavel.
Email: pantojafilho@gmail.com
4
Graduando do curso de Engenharia Civil (CCET) na instituição de ensino estadual Unioeste, Campus de Cascavel.
Email: eduardock.25@gmail.com
5
Graduanda do curso de Engenharia Civil (CCET) na instituição de ensino estadual Unioeste, Campus de Cascavel.
Email: yara.tanigut@hotmail.com

RESUMO
O interesse principal na elaboração deste trabalho é evidenciar os aspectos práticos relacionados à análise da influência
do envelhecimento dos condutos nos parâmetros de escoamento em regime permanente e uniforme, com apoio de uma
simulação computacional (software SWMM) que forneceu as variáveis vazão, velocidade, número de Froude e
declividade baseando-se nos dados fornecidos inicialmente. Todos os cálculos, envolvendo ou não o software, foram
realizados utilizando como fonte a literatura brasileira com demonstrações das teorias e fórmulas de hidráulica e
mecânica dos fluidos amplamente usada pela maioria dos profissionais na área, cotidianamente. Por conseguinte, a
discussão dos resultados obtidos aborda as principais comparações entre as variáveis estudadas e a tomada de decisão
na escolha dos respectivos tipos de revestimentos (Condutos de alvenaria de pedra argamassada, Condutos de ferro
fundido sem revestimento, Condutos de concreto, Condutos de ferro galvanizado e Condutos de barro) em determinados
estados de rugosidade tabelados (condição muito boa, boa, regular e má).

Palavras-chave: escoamento livre, canais, seção circular, rugosidade, número de froude.


INTRODUÇÃO

A crescente urbanização das cidades brasileiras impacta diretamente na gestão de recursos


hídricos, a urbanização desenfreada e não planejada causa grande impermeabilização do solo, o que
aumenta o escoamento e a rugosidade em canais, o último, sendo acarretado por acúmulo de
sedimentação em leitos de canais artificiais e não artificiais. Por essa razão, é de extrema necessidade
ampliar os estudos relacionados sobre as causas e consequências do aumento de rugosidade em cursos
d'água, tendo em vista sua importância na formação de futuros engenheiros e engenheiras.
O escoamento de água em canais ocorre sob ação de gravidade e o aumento da deposição de
sedimentos no leito de canais, também conhecido como assoreamento, ocasiona o aumento
considerável no coeficiente de rugosidade, diretamente relacionado à redução da velocidade de
escoamento e vazão, devido maior atrito da água com os sedimentos depositados no leito do canal.
Por sua vez, a rugosidade – parâmetro importante na modelagem numérica mensurada pelo
Coeficiente de Manning – representa a fricção que as paredes do canal têm com a passagem do fluido
em seu interior. Está diretamente relacionado às dimensões e à geometria dos canais, mas atingir um
coeficiente adequado é um desafio considerando toda a incerteza que o envolve os cálculos pelo
acúmulo gradativo de aproximações numéricas.
O principal objetivo deste trabalho é avaliar a influência do aumento da rugosidade nos
parâmetros hidráulicos que regem o escoamento em regime permanente e uniforme de canais. Os
parâmetros consistem na vazão, velocidade, número de Froude, número de Reynolds e declividade
que permitem a comparação entre os cinco diferentes tipos de revestimento das paredes em quatro
estados de rugosidades diversas.

MATERIAL E MÉTODOS

Os materiais utilizados na presente pesquisa foram:


(a) SWMM: UFPB (Storm Water Management Model), em tradução livre Modelo de Gestão de
Drenagem Urbana) da U. S. Environmental Protection Agency (US EPA), um modelo dinâ-
mico de chuva-vazão elaborado na UFPB, utilizado para gestão de drenagem urbana, sendo
uma simulação de um ou mais eventos chuvosos sobre a capacidade da quantidade e a quali-
dade do escoamento superficial;
(b) Excel: software de informática amplamente utilizado na formulação de tabelas, gráficos e na
automação de cálculos de modo geral;
(c) Bibliografia brasileira e pesquisa online de artigos científicos.

Resumidamente, foram realizadas simulações no SWMM valendo-se dos dados iniciais de


seção transversal do conduto circular, diâmetro do conduto de 500 mm, cota de montante de 777 m,
cota de jusante de 762 m e comprimento do treco igual a 778 m.
A obtenção do coeficiente de Manning para cada tipo de revestimento se deu pela tabela 1.1.

Condições
Natureza das paredes
Muito boa Boa Regular Má
Pedra argamassada 0,017 0,020 0,025 0,030
Ferro fundido sem revestimento 0,012 0,013 0,014 0,015
Concreto 0,012 0,013 0,015 0,016
Ferro Galvanizado 0,013 0,014 0,015 0,017
Barro 0,011 0,012 0,014 0,017
Tabela 1.1. – Coeficientes de rugosidade de Manning (n) para cada tipo de revestimento de canal.
(Fonte: Porto (1998) e Cirilo et al. (2001))

No SWMM, cinco trechos foram conectados a oito nós para simular os condutos dos
revestimentos em quatro condições de rugosidade. Por fim, foram gerados gráficos e tabelas para a
investigação e comparação dos resultados e o diagnostico final se deu pelo uso dos seguintes materiais
e métodos.

Delineamento matemático

Área molhada, perímetro molhado e raio hidráulico da seção usada na simulação


Forma ou Altura de Área Perímetro Raio
Observações
seção água molhada molhado hidráulico
D = diâmetro
Circular 0,75D 2,53r³ 4,19r 0,603r
r = raio
Tabela 1.2 – Parâmetros hidráulicos para seção circular de um canal.
(Fonte: adaptado do Manual de hidráulica do prof.º Azevedo Neto 2008.)

𝐶𝑀 − 𝐶𝐽
𝐼𝑜 = (1)
𝐿
Onde:
I0: Declividade
CM: Cota de montante
CJ: Cota de jusante
L: comprimento
𝑛∙𝑄
= 𝐴 ∙ 𝑅ℎ 2/3 (2)
√𝐼0
Onde:
n: coeficiente de Manning
Q: vazão
I0: declividade
A: área molhada
Rh: raio hidráulico
𝑉
𝐹𝑟 = (3)
√𝑔 + 𝐻𝑚
Onde:
Fr: número de Froude
V: velocidade média
G: aceleração da gravidade
Hm: dimensão característica do escoamento
𝑉 ∙ 𝑅ℎ
𝑅𝑒 = (4)
𝑣
Onde:
Re: número de Reynolds (adimensional)
V: Velocidade
Rh: raio hidráulico
v: viscosidade

Delineamento experimental

A partir dos dados da tabela 1.3., os valores foram embutidos na simulação.

Input de parâmetros básicos ao software


variável módulo unidade
Diâmetro do conduto (D) 0,5000 m
Coeficiente de Manning (n) Variado -
Altura de água (y) 0,3750 m
Comprimento do trecho (L) 778,0 m
Cota de Montante (CM) 777,0 m
Cota de Jusante (CJ) 762,0 m
Área molhada (A) 0,1581 m²
Perímetro molhado (P) 1,0475 m
Raio hidráulico (Rh) 0,1510 m
Declividade (I0) 0,0193 m/m
Tabela 1.3 – Input de parâmetros básicos ao software. (Fonte: Os autores.)

A partir deles foram obtidos os resultados dos parâmetros desejados.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Número
Coeficiente de Velocidade Número de
Revestimento Rugosidade Vazão (L/s) de
Manning (m/s) Reynolds
Froude
Muito boa 0,017 363,161 2,316 1,22 348.164
Pedra Boa 0,020 311,237 1,968 1,03 295.939
argamassa Regular 0,025 248,989 1,575 0,82 236.751
má 0,030 207,491 1,312 0,68 197.293
Muito boa 0,012 518,728 3,280 1,73 493.232
Boa 0,013 478,826 3,028 1,60 455.291
Ferro fundido
Regular 0,014 444,624 2,812 1,48 422.770
má 0,015 414,982 2,624 1,38 394.586
Muito boa 0,012 518,728 3,280 1,73 493.232
Boa 0,013 478,826 3,028 1,60 455.291
Concreto
Regular 0,015 414,982 2,624 1,38 394.586
má 0,016 389,046 2,460 1,30 369.924
Muito boa 0,013 478,826 3,028 1,60 455.291
Ferro Boa 0,014 444,624 2,812 1,48 422.770
galvanizado Regular 0,015 414.,982 2,624 1,38 394.586
má 0,017 366,161 2,316 1,22 348.164
Muito boa 0,011 565,885 3,579 1,89 538.071
Boa 0,012 518,728 3,280 1,73 493.232
Barro
Regular 0,014 444,624 2,812 1,48 422.770
má 0,017 366,161 2,316 1,22 348.164

Tabela 1.4. – Resultados finais de vazão, velocidade, número de Froude e número de Reynolds para
as 20 combinações de simulação. (Fonte: Os autores)

Na tabela 1.4. percebe-se algumas correlações entre o coeficiente de Manning e as demais


variáveis, como as citadas abaixo:

a) a vazão diminui à proporção que a rugosidade aumenta, são inversamente proporcionais. Isso
se dá pelo fato de o escoamento ser mais lento devido à maior rugosidade das paredes que
compõem o canal; logo, pela fórmula da continuidade, é fácil perceber que a vazão diminui.

b) os revestimentos que tiveram maior vazão respectivamente são os de barro, seguido pelos de
ferro fundido e concreto (muito próximos), ferro galvanizado e por fim o de alvenaria de pedra
argamassada.
c) ao passo que a rugosidade aumenta, a velocidade diminui, assim como concluído no item (a).
Portanto, uma rugosidade elevada pode contribuir para um escoamento deixar de ser turbu-
lento e passar a ser laminar, dependendo, é claro, do número de Froude.

d) A ordem decrescente da velocidade nos trechos é similar à sequência da vazão em (b). Pode-
se concluir que a velocidade e a vazão são diretamente proporcionais ao mesmo tempo que
ambas são inversamente proporcionais ao coeficiente de Manning (que retarda o módulo des-
sas variáveis).

e) O número de Froude diminui ao passo que a rugosidade aumenta, visto que ela é responsável
pela diminuição da velocidade, colaborando, assim, com a tendência do escoamento ser me-
nos crítico.

f) Em apenas 2 (dois) casos o escoamento foi subcrítico ou fluvial (Fr < 1): condições regular e
má no conduto de revestimento de alvenaria de pedra argamassada. Todo o restante é consi-
derado escoamento supercrítico ou torrencial (Fr > 1).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos cálculos e da simulação conclui-se que existem impactos reais causados pelo
aumento da rugosidade do canal e, consequentemente, seu tempo de uso. O Software SWMM foi de
suma importância para a agilidade nas simulações, já que não houve a necessidade de calcular as
variáveis foco à mão (com exceção do número de Froude). Quanto maior o tempo de uso de um canal,
maior também é a rugosidade das suas paredes compostas por revestimentos específicos – isso in-
fluência diretamente a vazão e a velocidade do fluido no canal.
Ademais, faz-se mister a continuidade de pesquisas científicas que regem o assunto, visto
que apesar de toda a bagagem histórica de informações e contribuição de diversos estudiosos,
atividades envolvendo canais (a exemplo do dimensionamento e execução do mesmo) ainda são um
desafio a ser superado do ponto de vista analítico. As aproximações e maneiras de interpretar as
fórmulas causam divergências nos resultados. Podemos citar a correlação entre energia cinética e
velocidade (para Reynolds) e energia cinética e gravidade (para Froude), o primeiro leva em
consideração características mais intrínsecas ao fluido, ao passo que o segundo faz uma análise da
influência da gravidade no escoamento livre.
REFERÊNCIAS

Livros:

FILL, Heinz Dieter; BURMESTER, Cristiane. Determinação da Rugosidade em Planícies de Inun-


dação Utilizando Mapeamento a Laser, 2007

KING, Horace Williams. Handbook of Hydraulics for the Solution of Hydraulic Problems, 1918

Li, Z.; Zhang, J. Calculation of field manning's roughness coefficient. Agricutural Water Manage-
ment, v.49, n.2, p.153-161, 2001.

LYRA, G. B. et al. Coeficiente de rugosidade de Manning para o rio Paracatu. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 14, n. 4, p. 343–350, abr. 2010.

NOSCHANG, Anderson; PADILHA, Damaris Gonçalves; AHLERT , Siclerio; DIAS, Carlos;


HORN, João Francisco C; MAZIERO, Elisandra. Avaliação da influência do sedimento no escoa-
mento em trecho do canal artificial de drenagem urbana da cidade de Pelotas-RS. XXI Simpósio
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ROBINSON, M. Impact of improved land drainage on river flows. Institute of Hydrology. Walling-
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TUCCI, Carlos E. M. Gestão da drenagem urbana, 50 p. 2012.

Trabalhos Acadêmicos:
DUTRA, A. V. R. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI, CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL: INTERFERÊNCIA DO COEFICIENTE DE MANNING NA SIMULAÇÃO
MATEMÁTICA DO ASSOREAMENTO DE RESERVATÓRIOS (2019). Disponível em:
<https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/3181/2/9966000.pdf>. Acesso em: 08 de
junho de 2022.

SILVA, L. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA CA-


NAIS ARTIFICIAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA AO ESTUDO DE SUAS MULTI-
FUNCIONALIDADES. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://reposito-
rio.ufu.br/bitstream/123456789/28455/1/CanaisArtificiaisContribui%c3%a7%c3%a3o.pdf>. Acesso
em: 01 jun. 2022.

Site:
CARVALHO, J. A. OBRAS HIDRÁULICAS 63. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://reposito-
rio.ufla.br/bitstream/1/41376/1/TA%2063%20-%20Obras%20Hidr%C3%A1ulicas.pdf>.

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