3 Peça - Direito Penal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS EM MEIO

FECHADO E SEMIABERTO DA COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Autos sob nº [XXXXXXXX]

JOANA LIMA, já qualificada nos presentes autos de execução de pena, por


intermédio de seu defensor constituído, vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
inconformado com a respeitável decisão de seq. XXXX, que determinou a sua regressão ao regime
fechado, com fundamento no artigo 197 da Lei de Execuções Penais, interpor AGRAVO EM
EXECUÇÃO, requerendo seja recebido e processado o presente recurso, já com as inclusas razões, e
após manifestação do Ministério Público, seja encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça, salvo vosso
Juízo de retratação.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

São Paulo, data.

ADVOGADO

OAB
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO

Agravante: Joana Lima

Agravado: a Justiça Pública

Autos sob o nº: XXXXXXXXXXXXX

Origem: Vara de Execuções Penais em Meio Fechado e Semiaberto da Comarca de São Paulo.

Egrégio Tribunal;

Colenda Turma;

Ínclitos

Julgadores:

Merece ser reformada a respeitável decisão recorrida, em razão da correta


apreciação das questões de fato e de direito, conforme restará demonstrado ao final.

1. DO RELATÓRIO:

A executada JOANA LIMA foi condenada à pena de 20 (vinte anos, 04


(quatro) meses e 06 (seis) dias, pelo crime previsto pelo art. 157, § 3º, segunda parte, do CP. A
Agravante de reincidência foi considerada pelo magistrado na fixação da pena.

Pelo fato do crime ser hediondo, conforme previsto pelo art. 1º, inciso II, da
Lei nº 8.072/90), o juiz determinou que o regime de cumprimento de pena fosse inicialmente fechado.

Assim sendo, a sentença transitou em julgado em 04 de dezembro de 2007


e a Agravante cumpre sua pena em regime fechado até os dias de hoje.

Nesse sentido, considere-se que a Agravante está desde o ano de 2007


cumprindo pena em regime fechado, assim, já fora cumprido mais de 2/3 da pena fixada.

Contudo, em sua decisão, o MM. Juízo não reconheceu o pedido de


concessão de livramento condicional. Alegando que a Agravante cometeu o crime hediondo e, por
este motivo, não poderá obter o livramento condicional em nenhuma circunstância.
É, em síntese, o relatório.

2. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO:

O prazo para a interposição do recurso de agravo em execução é de 05


(cinco dias), como previsto na Súmula 700 do STF. Dessa forma, é tempestiva a sua interposição, que
é feita na mesma data da leitura da intimação nos autos.

3. DA CONCESSÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL

Segundo estabelece o art. 83 do Código Penal, faz jus ao livramento


condicional o condenado, mesmo por crime hediondo, que preencher os seguintes requisitos:

a) comprovação de comportamento satisfatório durante a execução da


pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para
prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;

b) reparação, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, do dano causado


pela infração;

c) cumprimento de mais de dois terços da pena, se o apenado não foi


reincidente específico em crime hediondo ou equiparado.

Ocorre, no presente caso, que da referida pena, efetivamente, já foram


cumpridos mais de 2/3.

De acordo com a declaração do Diretor do Estabelecimento Prisional, a


Agravante sempre demonstrou bom comportamento carcerário e condições de prover a própria
subsistência.

Não obstante, a Agravante faz jus à progressão ao regime aberto, tendo em


vista que cumpriu 2/3 (dois terços) da pena, e dessa forma, não sendo reconhecida a falta grave, deve
a Agravante progredir para o regime mais brando de cumprimento de pena.

Portanto, não havendo condutas mais gravosas pelo Sentenciado, não pode
ela sofrer uma penalidade tão grave como a regressão de regime, que irá prejudicar
exponencialmente a sua ressocialização, pois os benefícios de um cumprimento de pena monitorado
fora do cárcere são infinitamente mais vantajosos, do que pela situação que se encontra hoje o
sistema penitenciário nacional.
4. DA CONCLUSÃO

Diante de todo o exposto, pede-se, encarecidamente, à Vossas Excelências,


que seja o presente recurso CONHECIDO, e no mérito PROVIDO, para o fim de reformar a decisão
que não reconheceu o livramento condicional, bem como a sua progressão para o regime aberto, por
ser medida de DIREITO e de JUSTIÇA!!!

Nestes termos, pede e espera deferimento.

São Paulo, Data.

ADVOGADO

OAB

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