Uni Marc Num Context Ode Cooper A Cao
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1. Introdução
Quando, há uns anos atrás, pesquisávamos o catálogo manual de uma biblioteca, para
além do acesso que ele nos dava às colecções e que constituía o objecto principal do
catálogo, víamos nele reflectido a qualidade do processamento bibliográfico da
instituição e, consequentemente, a qualidade dos seus técnicos.
A concepção de um formato legível por computador tem por base uma questão muito
simples, contudo essencial: como tratar e estruturar a informação de modo a que na
recuperação ela seja reconhecida por aquilo que é. Por exemplo, como estruturar uma
zona reservada ao título de modo a que um sistema informático o identifique e indexe
correctamente numa lista de títulos, sem gerar confusão, ou como estruturar uma
entrada (cabeçalho) que corresponda a um autor pessoa física, a uma colectividade ou
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ainda a um assunto. Há necessidade portanto de uma correcta identificação e
uniformização do conteúdo só possível com a utilização de um formato que providencie
uma estrutura de registo normalizada adequada às necessidades e requisitos de uma
grande variedade de organizações e sistemas.
2. Formatos UNIMARC
O UNIMARC é um formato em evolução, isto não quer dizer que o formato esteja a
sofrer mudanças estruturais, longe disso, a estrutura lógica definida quando da sua
criação – UNIMARC bibliográfico - mantém-se como fio condutor de qualquer
desenvolvimento. A evolução situa-se ao nível da adição de novos campos, ou da
actualização dos existentes, de modo a poder acompanhar os recentes desenvolvimentos
sejam eles das ISBDs, dos pontos de acesso ou tecnológicos.
Estes factores, aliados à exigência de cada vez responder melhor às necessidade dos
utilizadores e de responder à necessidade de partilha de uma forma normalizada de
outros dados que não só os bibliográficos, levaram ao desenvolvimento de formatos
UNIMARC próprios. Assim, do formato base, que é o bibliográfico, surgiu:
- UNIMARC Autoridades
- UNIMARC Classificação
- UNIMARC Existências
2
As organizações que optem por implementar apenas o formato bibliográfico, quando
procedem à troca de dados, têm que ter em consideração as partes respeitantes aos
outros formatos que necessitam ser adicionadas ao registo bibliográfico.
Em qualquer um deles os dados são agrupados em blocos lógicos que correspondem aos
critérios de identificação e de pesquisa específicos para cada um.
Sempre que nos vários formatos se verifiquem elementos semelhantes deve haver
correspondência de campos, embora as etiquetas possam diferir.
A adopção destas directrizes na concepção dos formatos permite não só uma melhor
interoperabilidade entre eles como uma maior facilidade na sua compreensão e
utilização.
Bloco 4
1
Disponível na Web. Acesso URL: http://www.ifla.org/VI/3/p1996-1/sec-uni.htm
2
Já se encontra disponível na Web uma edição abreviada. AcessoURL:
http://www.porbase.org/unimarc_abreviado/index.html
3
normalizados, cabendo a cada agência bibliográfica definir qual a estrutura de ligação a
usar no seu sistema informático.
O número da etiqueta identificadora de cada campo deste bloco assim como o seu
conteúdo mantém-se igual nas duas técnicas, as grandes alterações verificam-se ao nível
da utilização de subcampos. Enquanto na técnica dos campos integrados apenas existe o
subcampo $1 – dados relacionados, para conter o campo de dados completos (etiqueta
integrada, indicadores e subcampos), na técnica dos subcampos normalizados são
utilizados os subcampos $a, c, d, e, h, i, p, t, u, v, x, y, z, associados a qualquer uma das
etiquetas 4--.
Novos campos
Apesar das propostas de várias bibliotecas no sentido de criar ou alterar campos para
alojarem práticas locais, tem havido um extremo cuidado nas alterações introduzidas.
Não obstante haver cada vez mais bibliotecas a utilizá-lo como formato de catalogação
próprio é necessário não esquecer que o UNIMARC é um formato de troca de dados por
excelência, não devendo ficar sujeito a usos locais que dificilmente têm integração
noutras bases de dados. A criação de novos campos ou a actualização dos existentes é
feita para contemplar:
- campos aplicados a determinado tipo de documento, de modo a poderem ser
consideradas todas as zonas das ISBDs respectivas – estão neste caso os
campos criados para conterem a informação necessária à descrição do livro
antigo, do documento electrónico, das partes componentes;
- campos aplicados a novos números de identificação
Tem havido sempre um extremo cuidado na alteração aos campos já definidos e sempre
que se verifica uma necessidade premente na sua actualização ou alteração, têm sido
feitas em dois contextos:
- alteração no âmbito de aplicação, de modo a tornar o campo mais
abrangente, sem ser necessário proceder a alterações na sua estrutura;
- introdução de novos subcampos e/ou indicadores, mantendo a possibilidade
de utilização da forma primitiva. A opção por uma ou outra técnica fica ao
critério da agência catalográfica3.
3
Estão neste caso, por ex. os campos 327 e 328 que podem ser preenchidos de uma forma não estruturada
- todo o texto da nota é colocado no subcampo $a, como até aqui -, ou de forma estruturada, usando
outros subcampos.
.
4
3.2 UNIMARC Autoridades
Este formato já tem a sua versão definitiva 4 e, tal como o bibliográfico é um formato
que continua a evoluir ao nível de novos campos e subcampos.
Com o incremento cada vez maior da cooperação, não só a nível nacional mas mais
ainda a nível internacional, outras necessidades de estruturação de dados se começaram
a fazer sentir e desta vez ao nível da representação dos dados referentes ao exemplar.
4
UNIMARC Manual-Authorities Format, 2001. Versão abreviada disponível na Web. Acesso URL:
http://www.ifla.org/VI/3/p2001/guideindex.htm
5
UNIMARC Classification Format (20001031). Versão abreviada, disponível na Web. Acesso URL:
http://www.ifla.org/VI/3/p1996-1/concise.htm#1
5
campos de uso local (bloco 9), assim como a definição do respectivo formato de
visualização.
O desenvolvimento deste formato teve por base duas grandes fontes, o UNIMARC
Manual – Bibliographic Format, como não podia deixar de ser, pois o formato de
existências respeita a filosofia e a estrutura original do UNIMARC, e a ISO 10324 : 1997
– Information and documentation - Holdings statements - Summary level, que serviu de base à
enunciação dos conceitos principais.
6
UNIMARC Holdings Format : final draft. Disponível na Web. Acesso URL:
http://www.ifla.org/VI/3/nd1/unimarc-holdings.pdf
6
ANEXO 1 – UNIMARC Bibliográfico
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A.3. Novos campos
Definição do indicador 1
Nível do assunto 0 Sem nível especificado
1 Termo primário
2 Termo secundário
# Sem informação disponível
8
A.6. Novos subcampos e/ou valores
9
328 Nota de dissertação ou tese
Novos subcampos - $b, $c, $d, $e, $t, $z (2002)
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ANEXO 2 – UNIMARC Existências
Blocos funcionais
2-- Bloco de localização e acesso: contém informação que identifica a instituição, localização
física ou colecção na qual a unidade bibliográfica está localizada ou onde pode ser acedida.
3-- Bloco de notas: contém notas destinadas para apresentação ao público que contribuam para a
identificação do item descrito no registo de existência.
5-- Bloco da menção de existências: contém informação para títulos, modelos, numeração e
cronologia de um determinado item bibliográfico (unidade principal ou secundária) para a qual
a localização está a ser feita.
8-- Bloco de uso internacional: contém a agência que criou o registo e notas do catalogador
acerca dos dados não destinadas para apresentação ao público.
9-- Bloco de uso nacional: contém dados para uso local da agência que criou o registo. As
etiquetas dos campos não serão definidas no Formato UNIMARC Existências para troca entre
sistemas.
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