Testes de Personalidade

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SUMÁRIO:

O QUE É A PERSONALIDADE?

PERSONALIDADE E A SUA APLICABILIDADE:


TESTE DE RORSCHACH
PALOGRÁFICO
IFP
QUATI
TESTE WARTEGG

O que é a personalidade?
Entendida como um construto psicológico, a personalidade pode ser definida como um conjunto de
características dos indivíduos que o difere dos demais no que se refere à padrões de sentimentos,
pensamentos e comportamentos. Destaca-se que há variações na definição do construto, portanto, a
sua avaliação vai depender do enfoque teórico que o profissional está considerando e qual o tipo de
instrumento que irá utilizar.

Teste de Rorschach
Como instrumento de coleta de dados, o teste de Rorschach, como diz Beck (1967, p.3), é "um
método normativo, válido para o estudo da personalidade".

O que é?
O método de Rorschach proporciona uma técnica, mediante a qual o indivíduo é induzido a revelar
seu mundo privado, expressando o quê vê em diversas lâminas, onde pode projetar seus
sentimentos, justamente porque as lâminas não constituem objetos socialmente estandardizados, ou
situações frente as que deve dar respostas culturalmente aceitas.

Finalidade:
O objetivo do teste de Rorschach é informar sobre a estrutura de personalidade. Sua aplicação
é extensiva tanto para crianças, como para adolescentes e adultos. É composto de dez
lâminas ou pranchas que apresentam, cada uma, borrões de tinta de contorno não muito
definido e de textura variável, mas com perfeita simetria, tendo como referencia um eixo
vertical (vide anexo II). Cinco dessas dez lâminas têm manchas em branco e preto. Duas
apresentam também a cor vermelha e três outras são policromadas. Na situação de prova, as lâminas
são apresentadas ao examinando em ordem determinada pela seqüência de um a dez. A instrução
passada ao examinando é a de que ele deve responder a cada uma lâmina, indicando o que a
mancha lhe parece, o que lhe sugere, ou o que lhe faz lembrar.

O modo como as manchas estão estruturadas, a liberdade que o sujeito tem para dar as
respostas e o tempo indeterminado que tem para respondê-las, de certa forma, tornam a
situação de testagem "vazia", cujo trabalho do sujeito tem como finalidade o preenchimento
desse vazio, usando o potencial de sua inteligência e de suas aptidões, além dos recursos
internos de sua personalidade. O teste requer aplicação individual e não exige tempo determinado
para a duração da aplicação, mas exige tempo em torno de uma hora. As respostas do sujeito são
anotadas pelo examinador na folha de protocolo, obedecendo os princípios de sistematização para
esta tarefa.

No processo de interpretação, cada resposta que o examinando dá às manchas, é avaliada em


função de três elementos: a) a localização, que é caracterizada como a porção da mancha
visualizada pelo examinando e denota a maneira como percebe e faz contato com a realidade, e
como se relaciona com o mundo; b) os determinantes são caracterizados pela qualidade perceptiva
que condicionou a resposta (se a forma, se a cor, se o sombreamento, se o movimento); e c) o
conteúdo (se animal, humano, anatômico, etc.). Anzieu (1978, p.107), recomenda que as avaliações
qualitativas se apoiem também em levantamentos estatísticos dos elementos fornecidos pelos
protocolos do teste.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912010000100006

PALOGRÁFICO:

O teste palográfico foi desenvolvido na Espanha e trazido para o Brasil por Agostinho
Minicucci na década de 1970.
O instrumento é considerado um teste expressivo de personalidade, cuja fundamentação
teórica foi baseada nas questões relativas ao comportamento expressivo e técnicas gráficas
para avaliação da personalidade.

O manual faz um resgate teórico a respeito de conceitos como comportamento expressivo e


aspectos grafológicos que sustentam a proposta do instrumento. Além disso, outros
aspectos mais específicos também são destacados por serem partes importantes na
avaliação qualitativa do palográfico, quais sejam, simbolismo do espaço, inclinação,
margens, distância entre as linhas, direção das linhas, tamanho, distância entre os palos,
pressão e qualidade do traçado, organização, velocidade, ritmo e arpões ou ganchos. Para
cada um desses itens há interpretação para os ‘palos’. Três outros aspectos também
possuem dados para interpretação: emotividade, depressão e impulsividade.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) (2006) apontou uma tendência nacional para a
utilização do Teste Palográfico como instrumento para avaliar personalidade no contexto de
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por exemplo. Esse teste avalia
autoestima, ânimo, humor, relacionamento interpessoal, agressão, organização,
impulsividade, aspectos depressivos e outras características (Alves & Esteves, 2009).

https://www.ibapnet.org.br/?cd=45

INVENTÁRIO FATORIAL DA PERSONALIDADE


O Inventário Fatorial de Personalidade (IFP) é uma adaptação de uma versão
modificada do Edwards Personal Preference Schedule (EPPS), desenvolvido por
Allen L. Edwards em 1953 e 1959, com a finalidade de medir 15 dimensões da
personalidade.

O desenvolvimento dos itens, representativos dos 15 fatores do


EPPS, seguiu a Teoria da Personologia de Murray (1938). De acordo com Murray,
as pessoas possuem várias necessidades, que funcionam como elementos em
processos motivacionais, e mediam seus atos e comportamentos ao longo de toda
a vida.

Este instrumento visa avaliar o indivíduo normal (não é aconselhado para


uso em população clínica) em 15 necessidades ou motivos psicológicos, a saber:
Assistência (nurturance), Intracepção (intraception), Afago (succorance),
Deferência (deference), Afiliação (affiliation), Dominância (dominance), Denegação
(denegation), Desempenho (achievement), Exibição (exhibition), Agressão
(aggression), Ordem (order), Persistência (endurance), Mudança (change),
Autonomia (autonomy) e Heterossexualidade (heterosexuality).2

Cada uma dasque escalas é composta por nove itens, totalizando 135 itens para os 15
fatores. Além das dimensões citadas, o teste possui uma escala de desejabilidade social
(12 itens), retirados da Escala de Personalidade de Comrey, e uma escala de mentira
ou validade (8 itens) que apresenta questões que avaliam o grau de atenção com
que os sujeitos respondem ao instrumento. Ao todo o teste contém 155 itens, 75
itens a menos que os EPPS. As respostas a cada item são em escala tipo Likert
composta por 7 pontos. Os pontos da escala correspondem progressivamente de
“1 = Nada característico” até “7 = Totalmente característico”.

Finalmente, o Inventário Fatorial Personalidade (IFP) possui validade de


construto, estabilidade para diversas amostras e é um teste muito bom para a
contribuir para realização de pesquisas e avaliações psicológicas, devido a seu
fácil manejo. Pesquisas posteriores realizadas com este teste poderão ser de grande
valia para sua validade preditiva.

SITE: Análise da estrutura fatorial do Inventário


Fatorial de Personalidade — IFP

QUATI
O teste QUATI (Questionário e Avaliação Tipológica) foi o primeiro teste avaliação
tipológica no Brasil e em português, criado por José Jorge de Morais Zacharias, psicólogo e
mestre em psicologia escolar e doutor em psicologia social pela USP. Toda estrutura do
teste é baseada na teoria dos tipos psicológicos de Carl Gustav Jung (VETOR, 2016).

Jung também classificou as funções de percepção ou funções irracionais em sensação


no qual privilegia as informações dos órgãos dos sentidos e intuição que está além da
sensação porque ela busca significado ademais das informações recebidas. Jung classificou
as funções de julgamento ou racionais sendo elas o pensamento, que se ocupa por julgar e
classificar osfenômenos baseado na lógica da razão e o sentimento que parte de uma visão
valorativa do julgamento. Formando assim dois pares de funções opostas que se
completam, sendo o pensamento oposto porém complementar ao sentimento e sensação
oposta, entretanto complementar a intuição (RAMOS, 2005).
Haveria, portanto, duas atitudes psíquicas (introversão e extroversão) e quatro funções
psíquicas, duas delas racionais (que trespassam o crivo da consciência e, por isto,
identificada como racionais): sentimento e pensamento; e duas delas irracionais (que, de
forma diversa, são apreendidas diretamente através do Inconsciente): intuição e sensação.
A dinâmica da personalidade diferenciaria estas funções, em intensidade e ordem, como
princípio de manter a homeostase psíquica. Neste sentido, entre as quatro funções, a
Psique evocaria aquelas que melhor estão desenvolvidas.

SITE: QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO TIPOLÓGICA: Uma Revisão Bibliográfica


WARTEGG
O Wartegg é um teste gráfico de autoexpressão, que tem como foco identificar aspectos da
personalidade. Com o objetivo de encontrar evidências de validade de critério, este estudo
contou com 40 indivíduos separados igualmente em dois grupos, sendo um composto por
esquizofrênicos e o outro, por sujeitos sem histórico de patologia psiquiátrica. Após todos os
participantes terem respondido ao Teste de Wartegg, estes foram codificados no sistema
proposto por Pessotto (2015). Os resultados indicaram que, das 55 variáveis possíveis
analisadas, sete apresentaram diferença significativa entre os grupos. Na regressão
logística, foi possível observar o caráter preditivo das variáveis, com destaque para a Má
Qualidade Formal (FQ-) e Movimento Humano (M). Para essas duas variáveis, observou-se
que seu uso em conjunto é favorável, indicando assim evidências de validade de critério.
Ressalta-se que novos estudos são indicados visto que este se trata de um estudo inicial
com o sistema.

Teste de Wartegg (Pessotto, 2015). O Teste de Wartegg é um teste gráfico de


autoexpressão, semiestruturado, que tem como objetivo identificar aspectos da
personalidade. O método utiliza uma folha de estímulos composta por oito quadrados de 4
cm x 4 cm, divididos por uma moldura preta de 6 mm. Cada um contém um estímulo
impresso, sendo solicitado ao sujeito continuar o desenho, formando uma única figura para
cada quadrado, a partir desses estímulos impressos. Em seguida, é realizado um inquérito
sobre as figuras contendo questões, como o desenho que mais agradou e que menos
agradou, ou ainda, os estímulos que agradaram mais ou menos. A aplicação dura cerca de
15 minutos.

No sistema proposto por Pessotto (2015), são utilizadas as variáveis conforme indicado na
Tabela 2. Utilizando esse sistema de codificação. Pessotto (2015) verificou boa
concordância entre juízes com índices de correlação, variando de 0,53 a 0,94 entre os
protocolos corrigidos por quatro juízes participantes do estudo. Contudo o coeficiente kappa
para as variáveis anteriormente apresentadas do Wartegg não demonstraram-se
satisfatórios, variando entre 0,05 e 0,69, indicando necessidade de outros estudos para
ajuste do sistema de codificação.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712018000300002

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