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1.

LESÃO NOS NERVOS E VASOS DECORRENTE A FRATURAS

Os mecanismos de lesões agudas dos nervos periféricos podem ser definidos em vários tipos, como:
laceração e contusão, estiramento-tração, compressão/isquemia, choque elétrico e injeção de
drogas. Assim, a laceração e contusão pode ser resultado de instrumentos penetrantes, armas de fogo e
fragmentos ósseos resultantes de fratura, sendo este causada diretamente pelo agente no momento do
trauma, degenerando a fibra nervosa, sofrendo assim, alterações proximais e distais ao local da
lesão.
Cinco a seis horas após a seção do axônio, o corpo celular começa a desenvolver um processo
denominado reação retrógrada ou reação axonal do corpo celular à lesão (cromatólise). Esta reação
faz com que ocorra o aumento de volume da célula com deslocamento das substância de Nissl devido
a um aumento do retículo endoplasmático granular e aumento das organelas d
das células e dos ribossomos. Indicando assim, a ativação metabólica da célula fazendo-a produzir
ácido ribonucleico. Os potenciais de repouso do neurônio não se alteram, mas a condução sináptica
dos dendritos está diminuída, devido às alterações das vesículas sinápticas.
Coto proximal: redução do diâmetro e na bainha de mielina.
Coto distal: o segmento da fibra nervosa distal à lesão separa-se do restante do neurônio, devido a
interrupção do fluxo axoplasmático que o mantém, sobre um processo catabólico em que o axônio e a
bainha de mielina se fragmentam, e as células de Schwann se proliferam, fagocitando o material
degenerado (degeneração walleriana).
Músculos: sofrem alterações histológicas a partir da terceira semana após a desnervação e perdem
peso rapidamente.
As lesões são classificadas em graus, baseadas na intensidade do comprometimento das estruturas do
nervo e na intensidade das manifestações clínicas. Neuropraxia é decorrente de um bloqueio da
transmissão do impulso nervoso no local lesado, consequentemente de uma compressão intrínseca ou
extrínseca de curta duração, que provoca uma axónia local nos neurônios por compressão dos vasos
sanguíneos. Axonotmese caracteriza-se pela presença de degeneração walleriana distalmente ao local
da lesão e em pequena extensão, proximal a lesão, com adelgaçamento dos axónios em cm do coto
proximal. Produzida geralmente por uma compressão mais intensa ou mais prolongada das arteríolas e
da drenagem venosa neural, que causa um aumento da pressão intraneural suficiente para bloquear
completamente a passagem dos influxos de nutrientes para o axoplasma. Neurotmese, nesses graus
estarão incluídas lesões que há algum comprometimento da estrutura de sustentação conjuntiva do
nervo, associada a lesão axonal.
As lesões por compressão/ isquemia ocorrem em situações por pressão externa (posturas viciosas,
compressão por torniquetes ou por talas de gesso), ou por posturas extremas durante anestesias para
cirurgias, ou durante o sono anormal induzido por intoxicações exógenas. As manifestações clínicas
caracterizam-se pelo aparecimento ou progressão de dor ou déficits neurológicos após o trauma inicial,
além de hematomas e edemas. A contratura de Volkmann é um exemplo grave de paralisia
isquêmica que pode ocorrer após a manipulação ou imobilização com o gesso, de fratura fechada no
antebraço, podendo ocorrer o infarto da musculatura volar do antebraço, com lesões do nervo mediano
e ocasionalmente do nervo ulnar, que podem ser extensas, com fibrose do epineuro.
2. OSSO ESCAFÓIDE E PISIFORME, COMO PODEM COMPROMETER O
NERVO ULNAR

A compressão nervosa pode acontecer em diversos níveis e segmentos corporais e com a mais
diversa apresentação clínica, dentre as mais comuns, MMSS e as compressões do nervo ulnar. Essa
neuropraxia frequentemente ocorre na emergência das raízes inferiores do plexo braquial, na altura do
epicôndilo medial e túnel ulnar, cujo topônimo é o canal de Guyon.
O canal de guyon ou túnel ulnar distal, é um canal osteofibroso triangular, na qual inicia-se na parte
proximal do ligamento carpal e se estende até o arco fibroso dos músculos hipotenares. De proximal
para distal, o limite superior consiste do ligamento carpal palmar, o palmar curto, o tecido fibroso da
região hipotenar e tecido adiposo. A parte inferior do túnel é constituída pelo flexor profundo dos
dedos, o ligamento transverso, ligamentos piso-hamato e pisometacarpal e o oponente do dedo
mínimo. O flexor ulnar carpal, o pisiforme e o abdutor mínimo do polegar constituem a parede medial.
A parede lateral é composta de tendões dos flexores extrínsecos, do ligamento transverso e do hâmulo
do hamato. Nesse espaço passam, portanto, o nervo, a artéria e as veias ulnares.

3. SINAL DE WARTENBERG E SINAL DE FROMENT, O QUE SÃO?

Respectivamente, essa síndrome de wartenberg ocorre devido a compressão do nervo sensitivo radial,
localizado na região do antebraço distal, perto do punho. A condição gera uma inflamação do nervo,
neurite do nervo radial, na qual, este nervo se estende até o dorso da mão, sendo o responsável pela
sensibilidade das regiões dorsolateral do antebraço e do dorso da mão, causando redução da
sensibilidade. Caracterizado pela incapacidade de aduzir o dedo mínimo quando estendido, ou seja,
paralisia do 5º interósseo palmar.
Sinal de froment é um teste clínico usado para avaliar a força e a integridade do músculo adutor do
polegar. Para realizá-lo, o examinador solicita ao paciente que segure um pedaço de papel entre o
polegar e a lateral do dedo indicador, o examinador então, tenta puxar o papel para longe do paciente.
Em uma pessoa com força normal, o polegar permanece firmemente pressionado contra o dedo
indicador e o papel não pode ser puxado. No entanto, uma pessoa com fraqueza ou paralisia do
músculo adutor do polegar, o polegar flexiona na articulação interfalângica e hiperestender na
articulação metacarpofalângica, resultando em um movimento compensatório que permite que o papel
seja mantido contra a lateral do dedo indicador.

REFERÊNCIAS:
sinal de origem. Disponível em: <https://chemwatch.net/pt/resource-center/froment-sign/>. Acesso em: 27 abr.
2024.
Mobilização do osso pisiforme no tratamento da neuropraxia do nervo ulnar no canal de Guyon: relato de caso
Pisiform bone mobilization for treating ulnar nerve neuropraxia at Guyon’s canal: case report
Estudo desenvolvido na Clesam/Unisuam – Clínica- Escola de Fisioterapia Amarina Motta do Centro
Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Aspectos Gerais das Lesões Traumáticas Agudas dos Nervos Periféricos, Benedicto Oscar Colli

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