Parametros Linhas Polifasica
Parametros Linhas Polifasica
LPNE
Rio de Janeiro
Junho de 2010
Rodrigues, Rodrigo Marques
Cálculo de parâmetros e custos em LPNE. – Rio de Janeiro:
UFRJ/ Escola Politécnica, 2010.
iii
"A mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta a seu tamanho original."
(Albert Einstein)
iv
Agradecimentos
• À Deus;
• Aos meu pais, Thelma e Henrique, por sempre investirem na educação dos
filhos, mesmo em tempos difícieis e pela confiança que me depositaram para
que eu caminhe sempre em frente;
• Aos meus amigos, tanto de fora, quanto de dentro da faculdade, que sempre
me apoiaram em qualquer situação;
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Junho/2010
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Electrical Engineer.
June/2010
This work presents a methodology for the evaluation of the per unit of length
parameters, (impedance and admittance both per unit of length), and installation cost of
an overhead transmission line with high SIL (Surge Impedance Loading). A high SIL
overhead line is obtained by a particular arrangement of the conductor bundle. A
comparison of the parameters obtained via the concept of geometric mean radius
(GMR) and the more accurate method using matrix reduction is also presented.
Preliminary cost analysis is also carried out which indicates that a high SIL
overhead line might be a viable solution.
vii
Sumário
Lista de Figuras .............................................................................................................. ix
Lista de Tabelas ............................................................................................................ x
Capítulo 1: Introdução...................................................................................................... 1
1.1 Objetivo.......................................................................................................... 2
1.2 Estrutura do Trabalho .................................................................................... 2
Capítulo 2: Cálculo de Parâmetros Elétricos ................................................................... 4
2.1 Considerações Importantes no Cálculo de Parâmetros................................... 4
2.2 Matriz de Parâmetros Longitudinais Unitários............................................... 5
2.2.1 Impedância Interna Unitária ............................................................ 6
2.2.2 Impedância Externa Unitária Supondo o Solo Ideal ....................... 8
2.2.3 Impedância Externa Unitária Corrigindo o Efeito do Solo Real .... 9
2.3 Matriz de Admitâncias Transversais Unitárias............................................. 10
2.4 Redução Matricial......................................................................................... 11
2.5 Transposição em Linhas de Transmissão .................................................... 15
2.6 Cálculo da Potência Trifásica de Linhas de Transmissão ............................ 19
viii
Anexo III: Exemplo de um algoritmo na linguagem de programação utilizada ........... 48
Lista de Figuras
2.1 Vista longitudinal e transversal de um condutor cilíndrico de seção reta em forma de
coroa circular ................................................................................................................... 6
2.2 Representação esquemática de dois condutores da linha e suas imagens
considerando o solo ideal ................................................................................................ 8
2.3 Representação esquemática de um condutor da linha e sua imagem (vista lateral)
considerando o solo real, utilizando o método de Deri et al ........................................... 9
2.4 Esquema da transposição de linha de transmissão em 3 trechos ............................. 17
2.5 Esquema da transposição de linha de transmissão em 4 trechos ............................. 18
3.1 Feixe de subcondutores relativos à duas fases de uma linha ................................... 22
4.1 Arranjos da LPNE ................................................................................................... 24
4.2 Arranjo das cadeias em delta invertido .................................................................... 25
4.3 Plotação do trecho da LPNE a ser considerado em repetição ................................. 28
5.1 Arranjo médio dos cabos da LPNE a ser estudada .................................................. 29
5.2 Arranjo médio dos cabos da linha convencional a ser estudada .............................. 30
5.3 Gráfico da altura média de referência versus potência pelo método da matriz
primitiva com redução matricial para o estudo da LPNE .............................................. 31
5.4 Gráfico da altura média de referência versus potência pelo método da matriz
primitiva com redução matricial para o estudo da linha de arranjo convencional ........ 31
5.5 Gráfico da altura média de referência versus potência nos 3 métodos propostos para
o estudo da LPNE .......................................................................................................... 32
5.6 Gráfico da altura média de referência versus potência nos 3 métodos propostos para
o estudo da linha de arranjo convencional ..................................................................... 32
A.1: Vista longitudinal e transversal de um condutor cilíndrico de seção reta em forma
de coroa circular ............................................................................................................ 43
ix
Lista de Tabelas
1.1 Dados e características dos condutores de fase das linhas ...................................... 26
1.2 Dados e características dos pára-raios das linhas .................................................... 26
1.3 Erros encontrados no estudo da potência da LPNE ................................................. 33
1.4 Erros encontrados no estudo da potência da linha de arranjo convencional ........... 33
1.5 Orçamento base para a LPNE estudada ................................................................... 35
1.6 Orçamento base para a linha de arranjo convencional estudada ............................. 37
1.7 Custos médios estimados de implantação por Megawatt das linhas estudadas ....... 38
1.8 Diferença mínima dos custos de implantação por Megawatt das linhas estudadas . 39
x
1. Introdução
Somado a isto, são cada vez maiores as restrições ambientais para novos
corredores, sendo necessários novos tipos linhas de transmissão, que ao se implantar
circuitos em pararelo, possam transmitir o mesmo bloco de energia que antigas linhas
transmitiriam, porém reduzindo o número de circuitos implementados e, por
conseqüência, a faixa de servidão a ser ocupada. Neste contexto abrem-se os estudos
para novos arranjos de linhas de transmissão, capazes de tais realizações, que são
chamadas de linhas não convencionais (LNC), aqui representada pela LPNE.
A LPNE aqui descrita nos estudos, foi desenvolvida pelo CEPEL (Centro de
Pesquisa de Energia Elétrica) e seus parceiros [1], minimizando as perdas durante a
transmissão. O principio básico para esta tecnologia está em aumentar substancialmente
a eficiência na transmissão de energia, por meio de uma configuração geométrica
otimizada dos subcondutores que compõe o feixe, de forma a otimizar a distribuição do
1
campo elétrico ao redor da superfície dos cabos e conseqüentemente a impedância da
linha.
1.1 Objetivo
O texto deste trabalho está dividido em sete capítulos, incluindo este capítulo
introdutório. A seguir apresenta-se uma descrição dos demais capítulos.
2
O cálculo de parâmetros elétricos e da potência característica das linhas
comparadas foram implementados no capítulo 5. Foi variada a geometria da linha, pela
variação da altura de referência dos condutores e cabos pára-raios e conforme a
proposta deste projeto, foram utilizados três métodos para este cálculo, que são mais
especificamente: Método das matrizes primitivas com redução matricial, método de
aproximação por RMG com efeito dos cabos pára-raios e método com aproximação por
RMG sem o efeito dos cabos pára-raios. Dos resultados destes métodos de substituição
do feixe de condutores por um condutor equivalente calculado por RMG, foi obtido o
erro máximo e mínimo em relação ao método das matrizes primitivas.
O capítulo 7 apresenta, com base nos resultados obtidos nos capítulos anteriores,
as conclusões deste trabalho.
3
2. Cálculo de Parâmetros Elétricos
4
Apesar destas hipóteses simplificativas, a determinação exata do campo
eletromagnético é bastante complexa, sendo necessário efetuar outras simplificações.
Para o caso da LPNE, estas simplicações adotadas serão descritas no capítulo 4.
e os elementos desta matriz impedância série por unidade de comprimento da linha são
dados por,
5
2.2.1 Impedância Interna Unitária
Uma das definições de impedância interna é que a mesma é dada pela relação
entre campo elétrico na superfície do condutor e a corrente total do condutor. A
impedância interna de um condutor cilíndrico com seção reta em forma de coroa
circular com raio externo R1 e raio interno R0, mostrado na Fig. 2.1 é definida através da
resistência interna e reatância interna.
6
Finalmente a impedância interna de um condutor tubular, com seção reta com a
forma de uma coroa circular de raio interno R0 e externo R1 é dada conforme descrito
em [2, 3] por
onde: I0, I1, K0, K1 são funções de Bessel de primeira e segunda ordem, respectivamente
'
" & & ( (2.4)
'
" ") ( (2.5)
'
" ") ( (2.8)
") &
(2.9)
Para o caso dos cabos pára-raios, há apenas uma seção circular, pois o condutor
é constituído de apenas de um material (em ambas linhas são constituídos de aço), e a
permeabilidade magnética deve ser corrigida pelo efeito ferromagnético do condutor,
sendo pra este caso utilizadas as seguintes equações de Bessel
,- 1 ",-
*+ *+ *+
2,- ",-
(2.10)
magnética dos cabos pára-raios, cuja há variações em torno de 80 a 100 , neste
Existem divergências quanto aos autores sobre o valor da permeabilidade
Portanto, para uma linha genérica polifásica, constituída por um único tipo de
condutor, totalizando n condutores, e com 2 pára-raios, pode-se descrever a seguinte
matriz para a impedância interna
7
0 9 9 0
8 0 : >
0 9 ;
7 0 ; ==
2345 7 ; 0
7 ; 9 0 *+ 0 =
(2.11)
6 0 9 9 0 *+<
A reatância externa jXext, supondo que o solo seja um condutor ideal, representa
a reatância entre condutores reais e os condutores imagens, fazendo uso do conceito de
imagem de corrente. Um solo ideal é aquele de condutividade infinita. A expressão da
impedância externa unitária, definida em [2, 3], é dada pelas fórmulas
2I
C 3 : , . ln H J
A 2 + P
,
B 3 K : . ln LM O
A
(2.12)
@
,
2 N
8
2.2.3 Impedância Externa Unitária Corrigindo o Efeito do Solo
Real
solo real para resistência e reatância longitudinais (Rext + jXext) em uma linha de
transmissão podem ser definidas por vários métodos, porém dois métodos possuem um
maior destaque, pois são os mais utilizados computacionalmente e incluem o efeito do
solo (e penetração do campo eletromagnético no mesmo) nos parâmetros Z e Y: Os
métodos desenvolvidos por Carson [5] e Deri et al. [6].
9
Na figura 2.3, p corresponde a profundidade complexa, definida em (2.13)
1 "
*
(2.13)
2!I *#
C 3 : . ln L O
A 2 +
! YZY#, P
B &! #[ !\ \ 2*#[
A 3 K : . ln L O
(2.14)
@ 2 N
10
Finalmente a matriz admitância considerando-se somente a capacitância, é
calculada entre condutores e dos condutores para a terra. Analogamente à reatância
mútua, a expressão da matriz de admitância é dada em (2.15)
2I
C 3 : 2X . ln H J
A + P
],
B 3 K : 2X . ln LM O
A
(2.15)
@ N
ab ab,-
` c
a,-b a,-
(2.16)
O método de Kron para eliminação dos cabos pára-raios é dado pela fórmula a
seguir
11
Além da redução para inclusão do efeito dos cabos pára-raios na matriz de
condutores, a redução de kron pode ser realizada para redução da ordem da matriz
somente com o efeito dos condutores, porém para esta redução, o arranjo deve ser
representado matricialmente de forma diferente da escolhida pelo autor, sendo mesclado
com cada linha da matriz apresentando um condutor de fase diferente. Para este tipo de
representação matricial, ao final do processo de redução de Kron, obtem-se a matriz de
ordem 3, representando os parâmetros da linha trifásica.
ab ab,-
a` c
a,-b a,-
(2.18)
onde ab e a,- são quadradas de ordem nc e npr, respectivamente !4f 4,- 4#. As
matrizes ab,- e a,-b não são necessariamentes quadradas e possuem tamanhos 4f e 4,-
e 4,- e 4f , respectivamente.
agb agb,-
ag h i
ag,-b ag,-
(2.19)
então agb , agb,- , ag,-b , ag,- são submatrizes que possuem os mesmos tamanhos que ab ,
ab,- , a,-b , a,- , respectivamente, sendo encontradas pelas seguintes equações
S
agb Qab % ab,- e a,- S e a,-b W (2.20)
S
agb,- % Qab % ab,- e a,- S e a,-b W e ab,- e a,- S (2.21)
S
ag,-b % a,- S e a,-b e Qab % ab,- e a,- S e a,-b W (2.22)
S
ag,- a,- S a,- S e a,-b e Qab % ab,- e a,- S e a,-b W e ab,- e a,- S (2.23)
12
perceba que a equação (2.20) é igual a inversa da equação (2.17) relativa à redução de
Kron. Logo, como a admitância é inversamente proporcional à matriz dos coeficientes
de Maxwell, basta inverter esta matriz original e retirar o matriz de ordem nc, onde nc é
o total de condutores existentes no circuito.
Considere a seguinte equação matricial básica (vide anexo II) para as correntes
nos condutores numa linha de transmissão com 2 condutores por fase
n [ (2.25)
o j ( (2.26)
p k l (2.27)
mn m m[ (2.28)
mo mj m( (2.29)
mp mk mk (2.30)
13
utilizando estas equações para resolver o sistema para a fase A, temos que
n !] ][ ][ ][[ #mn !]j ]( ][j ][( #mo
!]k ]l ][k ][l #mp
(2.31)
onde
com os resultados das equações (2.32), (2.36) e (2.37), finalmente obtem-se a matriz
reduzida
∑ ] f ∑ ] f ∑ ] f
2]+N5 s∑ ] f ∑ ] f ∑ ] f u
∑ ] ∑ ] ∑ ] f
(2.39)
f f
14
Para o caso da matriz de impedância modal, é necessário invertê-la para uma
matriz de admitâncias, assim de modo análogo utiliza-se o processo anteriomente
descrito para a redução da matriz de admitância modal, e ao final do processo inverte-se
novamente esta matriz, resultando na matriz de impedância reduzida.
15
mv vv vw vf v
qmw r qwv ww wf r e qw r
mf fv fw ff f
(2.40)
mv x y y v
m
q wr q y x y r e qw r
mf y y x f
(2.41)
16
Figura 2.4: Esquema da transposição de linha de transmissão em 3 trechos.
0 0 1
{ q1 0 0r
0 1 0
(2.46)
0 1 0
{S q0 0 1r
1 0 0
(2.47)
17
vv vw vf
vwf qwv ww wf r
fv fw ff
(2.48)
observando na Fig. 2.4. a expressão (2.50) é utilizada para a primeira transposição que é
feita no final do primeiro trecho L/3, e para o caso da transposição no final do segundo
trecho é feita de acordo com (2.51)
18
Analogamente à transposição em 3 trechos da Fig. 2.4, o sistema de transmissão
encontra-se equilibrado, já que a fase “a” ocupa uma posição em determinado trecho,
idêntica às posições que as fases “b” e “c” ocupam nos outros trechos.
1 1 1
q1 [ r
1 [
(2.53)
p
]
(2.56)
p
]
(2.57)
[
p[
][
(2.58)
19
Admitindo-se que só haja tensões bem como as cargas nos terminais de linha
equilibradas e simétricas, é possível simplificar à análise de apenas do comportamento
em seqüência positiva, sendo possível calcular a potência característica (ou natural) da
linha, conforme a equação (2.59)
m[
a L O
p
(2.59)
20
3. Cálculo de um Condutor Equivalente ao Feixe de
Condutores por Meio do Conceito de Raio Médio
Geométrico
• A distância entre duas fases deve ser muito maior que o valor do raio do
feixe que compõe o condutor múltiplo, de forma que as distâncias entre os
subcondutores de duas fases distintas da linha possam ser consideradas
iguais às distâncias entre os centros geométricos dos condutores múltiplos
em questão;
21
• Os fluxos magnéticos produzidos individualmente pelas correntes que fluem
através dos subcondutores de cada fase se compõem formando um único
campo magnético, de forma que a influência das diversas fases entre si é
provocada pelos campos magnéticos compostos. Estes são deformados, pois
os fluxos magnéticos enlaçados pelos subcondutores mais externos são
menores do que aqueles dos subcondutores internos, resultando em
2 3
Rsc
DAB
2 3 1 n
Fase B
Rsc
1 n
Fase A
Figura 3.1: Feixe de subcondutores relativos à duas fases de uma linha.
4
(3.1)
22
&+ !M[ Mj … M #!M[ M[j … M[ # … !M M[ … MS #
(3.2)
Este procedimento não é indicado, porém será utilizado como uma das
considerações simplificadoras neste trabalho.
23
4. Apresentação da Linha de Transmissão em Estudo
A linha em análise é uma linha trifásica de circuito simples em 525 kV, onde um
circuito de testes está implantado em Seropédica, no estado do Rio de Janeiro, com uma
parceria firmada entre CEPEL, FURNAS e outras empresas [1]. Esta possui seis
subcondutores de geometria hexagonal irregular, porém circunscrita, com dois arranjos
distintos que caracterizam o arranjo de feixe expandido, compondo o feixe de cada fase
e dois cabos pára-raios, conforme descrito em [1].
Na Fig. 4.1. estão mostradas as disposições físicas dos dois arranjos de sub-
condutores, excetuando-se os cabos pára-raios. O primeiro arranjo é utilizado apenas na
ancoragem das torres, já o segundo arranjo é utilizado em todo o vão.
24
Figura 4.2: Arranjo das cadeias em delta invertido.
25
4.1 Dados Elétricos da Linha
Mostram-se nas Tabelas 1.1 e 1.2, os dados elétricos para os dezoito condutores
de fase, e para os dois cabos pára-raios, estes serão também os tipos de condutores e
cabos pára-raios utilizados na linha de geometria convencional. A resistividade do solo
considerada para a análise é de 1000 Ωm.
26
Dentro do vão, será considerado 25% do vão sendo uma transição linear dos
condutores de arranjo (a) para o arranjo (b), e 75% do vão contendo somente o arranjo
(b), sendo estes arranjos especificados na figura (3.1) tanto para o espaçamento vertical,
quanto o espaçamento horizontal, logo as matrizes de impedâncias e admitâncias
unitárias corrigidas devido ao feixe expandido do arranjo serão dadas pelas seguintes
expressões
!v w # 3w
b
8 4
(4.1)
!]v ]w # 3]w
]b
8 4
(4.2)
A altura média dos condutores será dada pela expressão simplificada da altura
média da parábola que forma o vão, lembrando que para o caso dos dos cabos pára-
raios, é considerado o maior tracionamento dos mesmos no vão, e por consequência, a
maior altura média em relação à altura média de referência do arranjo. Para ambas
linhas a serem estudadas, os condutores e os cabos pára-raios terão a altura média
definida pela equação (4.3)
I I[ 2IV
IV H JH J
6 3
(4.3)
onde H1 é altura da torre 1, H2 é altura da torre 2 e Hmv é altura do meio do vão entre as
duas torres.
Será considerada toda a extensão da LPNE, como uma repetição dos dois
últimos vãos, segundo a figura 4.3, porém será considerado por simplicidade que o
comprimento de cada vão é de 400 m, além do solo ser perfeitamente paralelo com a
altura média dos cabos, conforme descritono capítulo 2.1. Também por simplicidade
será considerado para a implementação computacional das linhas, o comprimento fixo
de cada vão em 400 m e o comprimento total do circuito de 400 km, totalizando uma
extensão de 1000 vãos.
27
Figura 4.3: Plotação do trecho da LPNE a ser considerado em repetição.
28
5. Implementação dos modelos das linhas a serem
comparadas
O arranjo geométrico médio de cada linha estudada está apresentado nas figs.
5.1 e 5.2. Estes arranjos foram definidos após calculadas as alturas médias das parábolas
que formam os vãos das mesmas, segundo as condições simplificadoras citadas no
capítulo 4.1., sendo estes os arranjos de entrada das linhas em estudo.
29
Figura 5.2: Arranjo médio dos cabos da linha convencional a ser estudada.
Pela proposta de estudo dos diversos métodos, foram realizadas várias iterações
em cada metodologia proposta, variando a altura de referência dos arranjos para cada
linha, em passos de 0,5% da altura média estimada de acordo com os vãos das linhas.
Os limites de variação foram de -20% e +50% do valor médio estimado para a altura de
referência do arranjo de cada linha.
30
Figura 5.3: Gráfico da altura média de referência versus potência pelo método da matriz
primitiva com redução matricial para o estudo da LPNE.
Figura 5.4: Gráfico da altura média de referência versus potência pelo método da matriz
primitiva com redução matricial para o estudo da linha de arranjo convencional.
31
Figura 5.5: Gráfico da altura média de referência versus potência nos 3 métodos
propostos para o estudo da LPNE.
Figura 5.6: Gráfico da altura média de referência versus potência nos 3 métodos
propostos para o estudo da linha de arranjo convencional.
32
5.3 Análise dos Resultados
De modo a analisar os resultados, para cada caso com aproximação por RMG,
também foi gerado o erro máximo em relação ao cálculo das matrizes completas de
impedância e admitância reduzidas por redução matricial, as tabelas 1.3 e 1.4
representam esta análise dos erros dos dados coletados. Estes erros foram dados por
a!# é o vetor de potências do método aproximado gerado pela variação da altura dos
potências do método das matrizes primitivas gerado pela variação da altura dos cabos,
cabos.
LPNE
Método utilizado εMAX εMIN
RMG com efeito dos 5,11% 5,00%
cabos pára-raios
RMG sem efeito dos 5,33% 5,28%
cabos pára-raios
Como podemos observar nos gráficos e nas tabelas, devido ao menor número de
condutores e ao arranjo poligonal regular da linha de arranjo convencional, esta
produziu menores erros no cálculo da potência transmitida pelos métodos que utilizaram
o conceito de RMG em relação aos erros da LPNE utilizando os mesmos métodos,
pórem o cálculo com RMG gerou uma inversão na curva de potência, que nos mostra
que apesar da boa aproximação, o método de substituição do feixe por RMG não serve
para estudos precisos.
33
A potência a ser transmitida pela linha depende de vários fatores, dentre eles, o
arranjo dos condutores, que pode reduzir ou aumentar a impedância externa e
admitância, que influenciam, respectivamente, inversamente e diretamente, na potência
a ser transmitida pela linha. A alteração do arranjo de subcondutores quando
substituídos por um condutor equivalente (RMG) causou esta inversão da curva na linha
de arranjo convencional, já que este condutor equivalente não representa exatamente o
comportamento dos subcondutores envolvidos [9].
34
6. Análise de custo de implantação das linhas estudadas
Os resultados gerados da capacidade de potência a ser transmitida por cada linha
foram apresentados no capítulo anterior. Agora, torna-se de interesse a análise do custo
de implantação de cada circuito, sendo possível fazer outra comparação entre as linhas
estudadas, dada pelo custo de implantação de cada Megawatt a ser transmitido pelas
linhas estudadas. Em primeiro lugar, foi gerada a planilha básica de custos de
implantação dos circuitos de arranjos distintos, observando todos o itens, desde o
material a ser empregado, até os custos de mão-de-obra a ser utilizada, sendo utilizado
os dados de referência do relatório básico da ELETROBRÁS de orçamentos de linhas
de transmissão (OLT).
Para LPNE, os valores foram adaptados pelo autor em conjunto com o escritório
de construção do Rio de Janeiro de FURNAS (ECRJ.C) para os valores aferidos em
medições de campo, como número de isoladores, espaçadores, cablagem, peso das
estruturas, etc. Partindo também da simplificação que caso apenas seja necessário um
circuito a ser implantado, seria possível ambas linhas estudadas utilizarem o mesmo
traçado, fato que torna de grande interesse esta comparação.
Orçamento Básico
LPNE 525 kV
LT Corrente Alternada 500 kV - Circuito Simples / Estrutura Estaiada Tipo Cross-Rope / Fundação em concreto /
Cablagem 6 x 954,0 CAA RAIL por fase e 2 x 9.15 AÇO AÇO 3/8 EHS / Cadeia Tipo Delta Invertido
Referência: Dez/08
%
Item Descrição Quant. Unid. Preço Unit. Unid. TOTAL
Total
9 CONJ. SUSPENSAO CONDUTOR (N=6) 10,67 UND R$ 1.441,67 R$/UND R$ 15.382,62 1,8%
10 CONJ. ANCORAGEM CONDUTOR (N=6) 1,12 UND R$ 2.083,33 R$/UND R$ 2.333,33 0,3%
35
11 CONJ. JUMPER CONDUTOR (N=6) 0,57 UND R$ 1.310,61 R$/UND R$ 747,05 0,1%
36
Tabela 1.6: Orçamento base para a linha de arranjo convencional estudada.
Orçamento Básico
LT Convencional 525 kV
LT Corrente Alternada 500 kV - Circuito Simples / Estrutura Metálica Auto-Portante / Fundação em Concreto /
Cablagem 4 x 954,0 CAA RAIL por fase e 2 x 9.15 AÇO 3/8" EHS / Cadeia Tipo IVI
Referência: Dez/08
%
Item Descrição Quant. Unid. Preço Unit. Unid. TOTAL
Total
3 ESTAIS – MATERIAL
9 CONJ. SUSPENSAO CONDUTOR (N=4) 6,64 UND R$ 1.441,67 R$/UND R$ 9.572,69 1,3%
10 CONJ. ANCORAGEM CONDUTOR (N=4) 0,93 UND R$ 2.083,33 R$/UND R$ 1.937,50 0,3%
11 CONJ. JUMPER CONDUTOR (N=4) 0,46 UND R$ 1.310,61 R$/UND R$ 602,88 0,1%
37
29 CANTEIRO DE OBRAS R$ 8.479,32 1,2%
Tabela 1.7: Custos médios estimados de implantação por MW das linhas estudadas.
Também é valido ressaltar que a troca das torres metálicas autoportantes por
torres estaiadas no caso da linha de arranjo convencional, a diferença entre os custos de
implantação de ambas as linhas tenderia a aumentar. De modo à melhorar a
comparação, o autor estima que a diferença entre os custos de implantação de traçado
podem variar até um valor 15% superior do que a diferença estimada. Sendo assim, esta
diferença dos preços entre as linhas pode chegar até à 35,12%, logo é possível definir
uma mínima diferença atualizada dos custos de implantação por Megawatt.
38
Tabela 1.8: Diferença mínima dos custos de implantação por Megawatt das linhas
estudadas.
MW R$/km R$/(MW.km)
Diferença (LPNE/Arranjo Convencional) +54,77% +35,12% -12,70%
39
7. Conclusão
Para o caso da LPNE, também foi mostrado que a potência característica desta
LPNE em relação à linha de arranjo convencional calculada pelo método de maior
exatidão utilizado neste trabalho foi 54,77% maior, que é uma grande elevação da
potência característica, confirmando o desempenho esperado pela mesma.
No último capítulo, finalmente chegou-se ao ponto chave deste trabalho, pois foi
realizada uma análise de custo de implantação do traçado por Megawatt, de modo a
definir qual linha possui os custos mais atrativos por capacidade instalada, e apesar da
elevação do nível de potência da LPNE ser superior que 50% em relação à linha de
arranjo convencional comparada, o custo de implantação por Megawatt desta LPNE
mostrou-se mais atraente, mesmo considerando grandes desvios devido a desatualização
destes custos tomados como base.
A LPNE aqui estudada mostrou que devido ao seu desempenho, há uma grande
favorecimento para a implantação de novos traçados desta LPNE. A potência
característica do circuito, quase 1980 MW, é uma potência impressionante quando
comparada com linhas de transmissão convencionais e mesmo nível de tensão. A
redução de hipóteses simplificadoras resultaram em desempenho superior desta linha.
Neste trabalho não foram analisados os esforços mecânicos desta LPNE.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] AMON F. J., GABAGLIA C.P.R., IZYCKI M. J., TAVARES G., MENEZES R. C.
R., RIERA J. D., OLIVEIRA T. T., RIGUEIRA A. S., DART F. C., SILVA J. B.
G. F., CARVALHO M., FERREIRA L. F., “Otimização de Linha de Transmissão
não Convencional de Alta Capacidade em 500 kV”, In: V Congresso de Inovação
Tecnológica em Energia Elétrica, 2009, Belém, Pará, Brasil.
[5] CARSON, J., “Wave Propagation in Overhead Wires with Ground Return”. Bell
Syst. Tech. Journal,n. 5, 1926, pp. 539-554.
[6] DERI, A., TEVAN, G., SEMLYEN, A., CASTANHEIRA, A. “The Complex
Ground Return Plane – A Simplified Model for Homogeneous and Multi-Layer
Earth Return”, In: IEEE Transactions on PAS, 1981, vol. 100, pp. 3686-3693.
[9] FUCHS, R. D., Transmissão de Energia Elétrica: Linhas Aéreas; Teoria das
Linhas em Regime Permanente, 2a edição, Editora livros Técnicos e Científicos,
Rio de Janeiro, RJ, 1977.
[12] HOFMANN, L., “Series expansions for line series impedances considering
different specific resistances, magnetic permeabilities, and dielectric permittivities
of conductors, air, and ground.”, In: IEEE Transactions on Power Delivery, New
York, v. 18, n. 2, p. 564-570, 2003.
41
[13] KUROKAWA, S., Parâmetros Longitudinais e Transversais de Linhas de
Transmissão Calculados a Partir das Correntes e Tensões de Fase, Tese de D.
Sc., Unicamp, Campinas, SP, Brasil, 2003.
[15] MAIA, MARCELO J. A., “Linha de Potência Natural Elevada (LPNE): Utilização
do Conceito de Linhas de Transmissão Convencionais para o Aumento da
Capacidade de Transmissão”, In: CIER/BRACIER, 1994.
[16] RÉGIS J. O., “Linhas Não Convencionais de Potência Natural Elevada (LPNE):
Um Exercício de Prospecção em 69 kV e 138 kV”, In: V ERLAC, 1993.
42
ANEXO I
CÁLCULO DA IMPEDÂNCIA INTERNA DO CONDUTOR
Considere um condutor tubular de seção reta com formade coroa circular, de raio
interno R0 e externo R1, conforme a figura abaixo:
%
frequência, dada por . NZ , aplicada a superfície ∆S1, tem-se que
. N
campo elétrico longitudinal. Da equação de Maxwell na forma integral, no domínio de
+
Para uma determinada intensidade de campo magnético H da forma I
I
+
(A.1)
43
. N
. NZ , aplicada à
Da equação de Maxwell na forma integral, no domínio da frequência,
desprezando-se a corrente de deslocamento, dada por I
superfície ∆S1, tem-se
2+I!+#5
+
+
como
2+I!+#5
+ I!+#
+
(A.2)
[ 1
% 0
+ [ + +
ou
[
+[ + % + [ 0
+ [ +
Como E é somente função de r, dentro das aproximações do que as atenuações
longitudinais são desprezíveis em relação às transversais, a equação diferencial anterior
pode ser escrita como
N[ N
+[ + % + [ 0
N+ [ N+
N[ N
" [
" % "[ 0
N+ [ N+
A solução para esta equação diferencial é da forma
¡ !"# ¡[ $ !"#
(A.3)
44
Como !+#, de (A.1) vem que
1
I
+
logo
1 N
I 2¡ !"# ¡[ $ !"#5
+
como
N N
!"# !"# $ !"# $ !"#
N" N"
tem-se
1 N"
I 2¡ !"# ¡[ $ !"#5
+
I 2¡ !"# ¡[ $ !"#5
I0 2¡ !" # ¡[ $ !" #5
¡ $ !" #
¡[ !" # (A.4)
onde
" &
45
como " +&
"
+
&
N+ 1
N" &
logo
£¤
" N" 2 £¤
2 ¢ ¢ "N"
£ & & £
2 £¤
¢ "2¡ !"# ¡[ $ !"#5N"
£
2 £¤ £¤
h¡ ¢ " !"#N" ¡[ ¢ "$ !"#N"i
£ £
2
~¡ " !"#|£¤¦ % ¡[ "$ !"#|£¤¦
£ £
2
2¡ " !" # % ¡ " !" # % ¡[ " $ !" # ¡[ " $ !" #5
2 !" #
¡ §" !" # % " !" # % 2" $ !" # " $ !" #5¨
$ !" #
logo
Onde: I0, I1, K0, K1 são funções de Bessel de primeira e segunda ordem,
respectivamente.
46
' '
" & & ( ") (
' '
" & & ( ") (
Portanto, para uma linha de n fases, considerando que cada fase é constituída de
um único tipo de condutor com alma de aço, pode-se escrever a matriz de impedâncias
internas dos condutores [Zint] como sendo a matriz diagonal
9 0
2 5 q ; : ; r
0 9
47
ANEXO II
EQUAÇÕES BÁSICAS DA LINHA DE TRANSMISSÃO NO
DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
N!, #
% ]!#m!, #
N
(A.6)
Nm!, #
% !#!, #
N
(A.7)
N [ !, # Nm!, #
% ]!#
N [ N
(A.8)
N [ m!, # N!, #
% !#
N [ N
(A.9)
N [ !, #
]!#!#!, #
N [
(A.10)
N [ m!, #
!#]!#m!, #
N [
(A.11)
48
2 Equações de uma linha polifásica
No item anterior, foi considererada uma linha composta por um único condutor
sobre o solo. Porém em uma linha polifásica, que é o caso compreendido na proposta
deste trabalho, a impedância longitudinal e admitância transversal são matrizes cujos
elementos estão no domínio da freqüência. A impedância longitudinal e a admitância
transversal, por unidade de comprimento, neste caso, são escritas nas formas
9
2!#5 q ; : ; r
9
(A.12)
] 9 ]
2]!#5 q ; : ; r
] 9 ]
(A.13)
N!, #
% ]!# e m!, #
N
(A.14)
Nm!, #
% !# e !, #
N
(A.15)
N [ !, #
]!# e !# e !, #
N [
(A.16)
N [ m!, #
!# e ]!# e m!, #
N [
(A.17)
nas equações (A.16) e (A.17), 2I!x, ω#5 e 2V!x, ω#5 são, respectivamente, os vetores
49
ANEXO III
EXEMPLO DE UM ALGORITMO NA LINGAGUEM DE
PROGRAMAÇÃO UTILIZADA
%% Entrada de dados
for cont=1:141
clc;
var=0.80+(cont-1)*0.005;
clc;
Hu1=27.419; Hu2=28.910; Hu3=30.4; %% Altura do ponto de referência das torres
Mv1=14.588; Mv2=15.294; %% Altura do meio dos vãos
Ym=var*0.5*((1/6)*(Hu1+Hu2)+(2/3)*Mv1+(1/6)*(Hu2+Hu3)+(2/3)*Mv2); %% Altura media da
referência dos condutores
Mvpr1=17.861; Mvpr2=18.45;
Ympr=var*0.5*((1/6)*(Hu1+Hu2)+(2/3)*Mvpr1+(1/6)*(Hu2+Hu3)+(2/3)*Mvpr2); %% Altura média
da referência dos cabos pára-raios
X1=[-3.843 -4.327 -3.97 -3.383 -3.305 -3.461 -0.339 -0.491 -0.181 0.181 0.491 0.339
3.461 3.305 3.383 3.97 4.327 3.843 -11-7.1 11+7.1];
X2=[-3.877 -5.047 -4.182 -2.763 -2.575 -2.952 -0.687 -0.994 -0.368 0.368 0.994 0.687
2.952 2.575 2.763 4.182 5.047 3.877 -11-7.1 11+7.1];
rc=(29.59/2)*1e-003;
rint=(7.40/2)*1e-003;
rpr=(9.13/2)*1e-003;
rhos=1000;
Rc=0.05906e-003;
Rpr=3.51e-003;
n=length(X1);
if n==length(Y1)
[mx ps]=max(Y1);
nc=ps-1;
npr=n-nc;
f=60;
W=2*pi*f;
e0=8.8541878176e-012;
u0=4e-007*pi;
ps=sqrt(rhos/(W*u0*1i));
for h=1:n
if h<=nc
r(h)=rc;
else
r(h)=rpr;
end
end
%% Cálculo da matriz P para a admitância do arranjo 1
for k=1:n
for h=1:n
if k~=h
Pc1(k,h)=0.5*log(((X1(k)+X1(h))^2+(Y1(k)+Y1(h))^2)/((X1(k)-X1(h))^2+(Y1(k)-
Y1(h))^2));
else
Pc1(k,h)=log(2*(Y1(k))/r(k));
end
end
end
P11=inv(Pc1);
P21=P11(1:nc,1:nc);
50
%% Início da eliminação de feixe arranjo 1 para resultar numa matriz 3x3
aux=nc/3;
Maux11=mat2cell(P21,[aux,aux,aux],[aux,aux,aux]);
for k=1:3
for h=1:3
Pfinal1(k,h)=sum(sum(Maux11{k,h}));
end
end
%% Término da eliminação de feixe e cálculo da admitância do feixe arranjo 1
C1=2*pi*e0*Pfinal1;
Y11=1i*10^3*W*C1;
Y=0.125*(Y11+Y22)+0.75*(Y22);
51
% Início do cálculo da matriz de impedância arranjo 2
for k=1:n
for h=1:n
if k~=h
Z2(k,h)=((j*W*u0)/(4*pi))*log(((X2(k)+X2(h))^2+(Y2(k)+Y2(h)+2*ps)^2)/((X2(k)-
X2(h))^2+(Y2(k)-Y2(h))^2));
else if k <= nc
Z2(k,h)=Zic+((j*W*u0)/(2*pi))*log(2*(Y2(k)+ps)/r(k));
else
Z2(k,h)=Zipr+((j*W*u0)/(2*pi))*log(2*(Y2(k)+ps)/r(k));
end
end
end
end
Yaux12=inv(Z2);
Yaux22=Yaux12(1:nc,1:nc);
%% Início da eliminação de feixe para resultar numa matriz 3x3
Maux12=mat2cell(Yaux22,[aux,aux,aux],[aux,aux,aux]);
for k=1:3
for h=1:3
Zaux2(k,h)=sum(sum(Maux12{k,h}));
end
end
Zf2=10^3*inv(Zaux2);
else
display('ERRO: Os vetores X e Y devem possuir as mesmas dimensões!');
end
%%Transposição
Zp=trace(Zf)/3;
Zm=(Zf(1,2)+Zf(1,3)+Zf(2,3))/3;
Zabc=[Zp Zm Zm;Zm Zp Zm;Zm Zm Zp];
Yp=trace(Y)/3;
Ymt=(Y(1,2)+Y(1,3)+Y(2,3))/3;
Yabc=[Yp Ymt Ymt;Ymt Yp Ymt;Ymt Ymt Yp];
%%Transformação em componentes simétricas
alpha=exp(2i*pi/3);
A=[1 1 1;1 alpha^2 alpha;1 alpha alpha^2];
A1=[1 1 1;1 alpha alpha^2;1 alpha^2 alpha];
Z012=A1*Zabc*A;
Y012=A1*Yabc*A;
Zc1=sqrt(Z012(2,2)/Y012(2,2));
P=(525e003)^2/Zc1;
Pot(cont)=real(P)/1e006;
Ymcont(cont)=Ym;
end
%% Gráfico com o arranjo geométrico dos cabos
plot(Pot,Ymcont);
hold on
plot(Pot(41),Ymcont(41),'rx');
grid on
title('Potência a ser transmitida em relação a altura média de referência dos cabos
(LPNE)');
ylabel('Altura média de referência (m)');
xlabel('Potência (MW)');
hold on
52