Química Geral - Tabela Periódica
Química Geral - Tabela Periódica
Química Geral - Tabela Periódica
A Tabela Periódica
Carga Nuclear Efetiva
QUÍMICA GERAL Constante de Blindagem
TABELA PERIÓDICA
Variação do Raio Atômico
Contração dos Lantanídeos
Energia de Ionização
Afinidade Eletrônica
Eletronegatividade
A Tabela Periódica
A tabela periódica utilizada atualmente, foi criada em 1869, a partir dos trabalhos do químico
Dmitri Mendeleev. Podemos analisar a tabela de maneira simplificada, separando os elementos
em grupos, com características semelhantes:
Elementos Representativos - Os elementos pertencentes aos grupos 1 e 2, e do 13 ao 18.
Eles têm sua camada de valência nos orbitais s (1A e 2A) e nos orbitais p (3A - 7A)
Elementos de Transição - Os elementos pertencentes aos grupos do 3 ao 12, exceto os
elementos de transição interna. Eles têm sua camada de valência no orbital d.
Elementos de Transição Interna - Os Lantanídeos(Z = 57 a 71) e os Actinídeos(Z = 89 a 103).
Eles têm sua camada de valência no orbital f.
Regras de Slater
O primeiro passo para determinar Z* utilizando as Regras de Slater, é separar os elétrons em grupos,
utilizando a separação proposta por Slater:
(1s);(2s,2p);(3s,3p);(3d);(4s,4p);(4d);(4f);(5s,5p);etc.
A constante de blindagem é igual para todos os elétrons dentro do mesmo grupo, então o próximo
passo é identificar o grupo onde se encontra o elétron analisado, então a constante para aquele elétron
é uma soma das seguintes parcelas:
0 para cada elétron em um grupo exterior ao elétro analisado;
0,35 para cada outro elétron no mesmo grupo que o elétron considerado, exceto no grupo 1s, onde
se usa o valor 0,30;
0,85 para cada elétron do grupo imediatamente antes do grupo do elétron analisado, se o elétron
pertencer a um grupo (ns, np), e 1,00 para cada um dos grupos mais interior;
1,00 para cada grupo mais interno, se o elétron for de um grupo (nd) ou (nf).
Variação do Raio Atômico
Podemos analisar a variação do raio atômico dentro da tabela periódica, dividindo os elementos
em três grupos distintos,
Elementos Representativos - Nestes elementos os elétrons estão sendo adicionados na
camada mais externa, portanto a blindagem é menos efetiva, com o raio atômico variando
bastante, de um átomo para outro.
Elementos de Transição - Nestes elementos os elétrons estão sendo adicionados numa
camada interna (n-1), portanto a blindagem é mais efetiva, com o raio atômico variando
pouco de um átomo para o outro
Elementos de Transição Interna - Nestes elementos os elétrons estão sendo adicionados
numa camada ainda mais interna (n-2), fazendo com que a blindagem quase anule o
aumento da carga nuclear, o que faz com que o raio atômico praticamente não varie de um
átomo para o outro.
Energia de Ionização
É a energia necessária para se retirar um elétron de um átomo, neutro, em fase gasosa, no
seu estado fundamental. O valor dessa energia varia principalmente devido a dois parâmetros,
o raio atômico, e a configuração eletrônica. Normalmente, conforme o raio atômico aumenta,
↑ ↓
a energia de ionização diminui (raio - energia ), então quando um dado experimental, ou
valor tabelado, vai contra essa tendência, devemos observar a configuração eletrônica. Por
exemplo, mesmo o raio atômico do oxigênio sendo menor que o do nitrogênio, a sua energia
de ionização também é menor, conseguimos descobrir a razão disso ao observar a
configuração eletrônica do nitrogênio, pois vemos que ele possui todos os orbitais p
semipreenchidos, o que é uma configuração estável, tornando mais difícil retirar um desses
elétrons.
Efeito da Contração dos Lantanídeos Retiradas Sucessivas
Devido a contração dos lantanídeos, o raio Após a retirada do primeiro elétron, se
atômico dos elementos do sexto período é torna mais difícil retirar outros elétrons
praticamente igual ao dos elementos do sexto de um átomo, isto é, a energia de
período, porém sua carga nuclear vai ser maior, ionização aumenta. Este aumento é
então a atração elétron núcleo vai ser maior, ainda maior e mais significativo quando
portanto sua energia de ionização também será mudamos de número quântico, isto é,
mais alta, contrariando a tendência normal, que tiramos todos os elétrons da camada de
é quando descemos no grupo, diminuímos a valência e passamos a retirar elétrons
energia de ionização. de uma camada mais interna.
Afinidade Eletrônica
É a energia liberada, ou absorvida, quando se adiciona um elétron a um átomo , neutro, em
fase gasosa, no seu estado fundamental. De maneira geral, a energia é liberada quando se
adiciona um elétron a um átomo, com algumas exceções que ocorrem devido a configuração
eletrônica, como Berílio, Magnésio e Nitrogênio, onde a energia é absorvida.
Obter esses valores de energia experimentalmente é muito difícil, por isso ao observar a
tabela periódica vemos que muitos elementos não tem valor de afinidade eletrônica, e alguns
têm valores teóricos e não experimentais, o que dificulta a comparação. Por isso algumas
análises, e escalas teóricas que foram baseadas na afinidade eletrônica, como a escala de
eletronegatividade proposta por Mulliken, foram pouco difundidas.
Adições Sucessivas
O processo da adição do primeiro elétron a um átomo , neutro, em fase gasosa, no seu estado
fundamental, pode ser tanto endotérmico quanto exotérmico, porém, o processo de adição de
mais elétrons é sempre endotérmico. Isto ocorre pois depois da primeira adição, o átomo
possui uma carga negativa, então é preciso fornecer energia para vencer a alta força de
repulsão eletrônica.
Eletronegatividade
É a tendência que um elétron tem, dentro de uma ligação química, de atrair os elétrons para
mais perto dele. Existem muitas escalas de eletronegatividade, a mais comum de todas sendo a
Escala de Pauling. Porém, existem outras escalas, que usam outros modelos teóricos para obter
os valores numéricos da eletronegatividade.
Escala de Mulliken
Foi a primeira escala proposta de eletronegatividade, que calculava o valor utilizando a fórmula
abaixo, e os valores de afinidade eletrônica e energia de ionização. Essa escala não foi muito
difundida devido a dificuldade de se obter valores precisos de afinidade eletrônica para diversos
átomos.
Escala de Pauling
É a escala mais utilizada, e é uma escala A partir desse princípio, Pauling arbitrou um
termodinâmica, que foi construída a partir dos valor para Hidrogênio, e a partir dele conseguiu
valores de Energia de Ligação, utilizando a obter todos os valores da tabela periódica, que
seguinte metodologia: vão de 1 a 4, sendo 1 o Hidrogênio, e 4 o
Se a energia de ligação X-X fosse igual a x elemento mais eletronegativo (Flúor).
kcal/mol, e a energia de ligação Y-Y fosse Essa análise também acaba criando dipolos
igual a y kcal/mol, se imaginava que a energia nas moléculas, pois mesmo que não existam
de ligação X-Y deveria ser . cargas formais, ou íons, temos às cargas
Porém Pauling ao testar esses valores parciais, então um elemento acaba sendo
experimentalmente, percebeu que os valores “'mais negativo” que o outro, pois os elétrons
encontrados eram sempre maiores que os compartilhados estão mais próximos dele. Isto
valores calculados. Assim , ele atribui que pode ser representado por uma seta em cima
essa “força extra”, a diferença entre o valor da ligação, com a ponta apontando para o polo
obtido experimentalmente e o valor calculado, negativo, e as cargas parciais podem ser
era gerada pela carga parcial criada, devido a inficadas utilizando os simbolos + e -,
deslocalização do elétron para mais perto do acompanhados de um delta minúsculo, δ
átomo mais eletronegativo.