EAD Apostila - Administração e Crescimento

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Disciplina: Administração Eclesiástica e

Crescimento da Igreja
Professor: Christian Sturzbecher

Conteúdo
UNIDADE 1 ........................................................................................................ 3

I – FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA ........................ 4

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO............................................................. 4

ADMINISTRAÇÃO ECLECIÁSTICA ........................................................... 6

II – IGREJA ..................................................................................................... 8

DISTINÇÃO ENTRE MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO ............................ 8

A IGREJA E SUAS FUNÇÕES ................................................................. 10

PRINCÍPIOS DE EFICIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO .............................. 12

III – O PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO .................................................. 14

PLANEJAMENTO ..................................................................................... 16

UNIDADE 2 ...................................................................................................... 23

ORGANIZAÇÃO ........................................................................................ 24

LIDERANÇA.............................................................................................. 27

CONTROLE .............................................................................................. 39

UNIDADE 3 ...................................................................................................... 50

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IV – A IGREJA CRISTÃ E SEUS MINISTÉRIOS .......................................... 51

V - IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA ...................................................... 61

UNIDADE 4 ...................................................................................................... 72

VI - GERENCIAMENTO PESSOAL .............................................................. 73

VII - PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO ........................................................ 80

VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 88

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UNIDADE 1

1. Fundamentos da administração Eclesiástica

a. Introdução

b. Conceito de Administração

c. Administração Eclesiástica

2. Igreja

a. Distinção entre modelos de administração

b. Igreja e suas funções

c. Princípios de Eficiência na administração

3. O processo de administração

a. Planejamento

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I – FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

INTRODUÇÃO
Décadas atrás, muitas igrejas e líderes eclesiásticos eram criticados por não
adotarem conceitos atualizados e modernos de administração. Muitas igrejas
acabaram, infelizmente, chegando a um nível extremo de desorganização e
falta de planejamento, que como conseqüência trouxe uma queda drástica de
membros em algumas denominações e em alguns casos até mesmo em
“óbito”.

Porém, conforme o livro “Planejamento e Gestão Eclesiástica”, escrito por Eliel


Gaby e Wagner Gaby (2012), nas últimas décadas, houve uma reviravolta,
porém não necessariamente equilibrada, uma vez que alguns líderes não só se
abriram para técnicas modernas de administração, mas também passaram a
adorar completamente modelos seculares e empresariais de administração
para suas igrejas. Alguns chegaram até a substituir definitivamente o método
tradicional de evangelização pela aplicação de abordagens agressivas de
mercado, espelhando-se em modelos de “marketing eclesiástico” de
“magachurches” nos Estados Unidos. Dessa forma, descaracterizaram o
modelo bíblico de igreja, tornando suas comunidades mais parecidas com
meras associações e suas estruturas eclesiásticas, com empresas, perdendo
totalmente o sentido escriturístico de “pastor-rebanho”.

A igreja de Deus no Brasil sempre trabalhou em busca do equilíbrio em todas


as áreas. Da mesma maneira, sabemos que a administração na igreja é
importante, mas precisamos exercê-la de forma equilibrada. Para conseguir
êxito nessa tarefa, precisamos ir mais a fundo no estudo da administração e
também saber diferenciar uma administração dirigida para uma empresa ou
instituição da forma de administrar a igreja de Cristo.

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
Antes de definirmos administração eclesiástica, precisamos entender o
conceito de administração.

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O termo administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister
(subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção e
assuntos de um grupo.

Já com relação ao significado da palavra, a Enciclopédia Barsa (1975) define


administração como:

“Conjunto de princípios, normas e funções que têm por objetivo


ordenar, dirigir e controlar os esforços de grupos de indivíduos que
se associam para obtenção de um resultado comum. Função de
estabelecer as diretrizes da empresa, organizar e coordenar os
fatores de produção e controlar os resultados. Como técnica ou
processo de combinar e utilizar economicamente os meios
adequados à obtenção de um resultado definido, a administração é
inerente a todo e qualquer empreendimento humano. Seus
princípios fundamentais – a divisão do trabalho, a coordenação e a
liderança – surgiram quando o homem descobriu, pela primeira vez,
que poderia produzir mais e melhor, com menos esforço,
associando-se a outro homem. (BENTON, 1975, p. 80).

Conforme vemos no texto acima, o conceito administração está diretamente


ligado ao trabalho em grupo. É impossível administrar algo que seja singular.
Essa fundamentação é essencial, pois da mesma forma que administração não
existe sem um grupo de pessoas, da mesma forma a igreja também não existe.
A bíblia compara a igreja com um corpo, sendo que Cristo é o cabeça e a igreja
são os membros desse corpo (1 Co 12:12-27).

Henry Fayol, fundador da teoria clássica da administração, entende que os


princípios básicos da ciência administrativa constituem um norte, que devem
ser seguidos por todos os membros de uma organização. Esta teoria
caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do “homem
econômico” e pela busca da máxima eficiência. A igreja como organização
verifica também estes princípios. Veja abaixo esses princípios e onde
encontramos exemplos na bíblia:

• Divisão de trabalho (Ex 18.13-27; Ex 31.1-11; Ne 3.1-4; Mt 14.13-21);

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• Autoridade e responsabilidade (Ex 18.13-27; Mt 10.1-42; At 6.1-7);

• Disciplina (Gn 39.8-9; Mt 22.21; Rm 13.1-7; Ef 6.5-8);

• Unidade de comando (Ex 18.13-27; 1Cr 15.16-22);

• Unidade de direção (Ef 2.15; Ef 4.5);

• Subordinação do interesse particular ao interesse geral (Pv 18.12; Mt


5.5);

• Remuneração (Gn 30.28; 1 Rs 5.6; Jr 22.13; Mt 10.10);

• Centralização (Moisés, José, Neemias);

• Hierarquia (Ex 18.21; Dt 1.15; Nm 3.32; Ne 11.9);

• Ordem (Nm 2.1-34; Mt 14.13-21);

• Equidade (Tg 2.1,9);

• Estabilidade pessoal (Sl 128);

• Iniciativa (At 3.6);

• União (Sl 133).

Toda organização de pessoas necessita de administração, e com a igreja não é


diferente. Por essa razão foi criada a administração eclesiástica.

ADMINISTRAÇÃO ECLECIÁSTICA
Conforme visto anteriormente, a igreja é um corpo, ou seja, um conjunto de
pessoas que buscam algo em comum, e nesse caso, que professam a mesma
fé em Jesus Cristo. Por essa razão, faz-se necessário o estudo de uma
disciplina que auxiliasse na administração da igreja.

Mas o que significa o termo administração eclesiástica? Segundo o livro


Administração Eclesiástica é o:

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“estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que
tange à sua função de líder ou administrador principal da igreja que
serve”.(Kessler e Câmara 1987, p. 13).

Kessler e Câmara ainda afirmam que a igreja é, ao mesmo tempo, organismo e


organização. É o povo de Deus organizado num tríplice aspecto: espiritual,
social e econômico, para atender à missão para a qual Deus a constituiu.

Ao longo da bíblia conseguimos citar diversos exemplos de administração. Um


dos exemplos mais notórios e citados de administração na bíblia é o conselho
que Jetro deu a Moisés (Ex 18.13-27). Nesse episódio, Moisés absorvia uma
enorme carga de trabalho, sendo prejudicial para ele mesmo, além de não ser
um bom sistema para o povo também, que ficava em pé diante de Moisés
desde a manhã até o por do sol (v. 13). Então, Jetro deu um conselho simples
de administração: divisão de trabalho. Ele sugeriu a Moisés que dividisse em
diversos líderes: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes
de dez (v. 21). Somente uma causa mais grave deveria ser trazida a Moisés,
que julgaria apenas esses casos. Com certeza é um exemplo de administração
funcional.

Outro exemplo clássico de administração se encontra no livro de atos, no


capítulo 6. Nessa passagem o número de pessoas que haviam se tornado
seguidores de Cristo havia aumentado muito. Logo, os apóstolos não
conseguiam realizar todas as tarefas que eram exigidas. A solução encontrada
para resolver o problema foi parecida com a que Moisés encontrou para
resolver o seu problema: Divisão de tarefas. Eles elegeram pessoas para que
fizessem outras tarefas, enquanto eles se dedicariam integralmente à oração e
proclamação do evangelho de Cristo (At 6:1-4).

O próprio Senhor Jesus, em certa ocasião, censurou um homem que iniciou a


construção de uma torre sem verificar se possuía recursos para concluí-la (Lc
14:30). Essa atitude de Cristo não é somente um alerta pela falta de
planejamento, mas sim um exemplo para que os apóstolos vissem a
importância da administração para a futura igreja.

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II – IGREJA
O ministério da administração na igreja de Cristo é algo fundamental e
indispensável. Porém, muitos pastores e lideres tem buscado na administração
secular uma forma para administrar a mesma. Mas entendemos que a igreja de
Cristo tem algumas peculiaridades, e encarar uma igreja como uma empresa
(por exemplo) é algo totalmente errado e está fadada ao fracasso.

Mas para possamos seguir em frente, precisamos definir qual a diferença entre
as principais organizações que necessitem de administração. Para isso, vamos
analisar algumas diferenças com relação às instituições existentes, com base
no livro Planejamento e gestão Eclesiástica, de Eliel e Wagner Gaby.

Os grupos, as organizações, as instituições, as empresas ou outros termos não


podem ser confundidos com “igreja”. São distintos, com significações
específicas. A igreja possui objetivos e missões que a diferenciam das diversas
organizações.

DISTINÇÃO ENTRE MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO


Grupo

O grupo é o conjunto de duas ou mais pessoas que tem um objetivo em


comum. Neste caso, já existe necessidade de administração. Esta
característica é verificada na igreja, uma vez que ela é constituída por diversos
membros que têm um objetivo comum.

Organização

A organização é a somatória de forças com o objetivo de colocar em prática o


que foi pensado por seus membros. Organização, segundo Antonio César
Amaru Maximiano, “é uma combinação de esforços individuais que tem por
finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização, torna-se
possível perseguir e alcançar objetivos que seriam intangíveis para uma
pessoa”. Esta característica também é verificada na igreja, pois os objetivos
são alcançados pela união de esforços de seus membros.

Instituição

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A instituição é uma organização que tem a função de controlar o funcionamento
da sociedade. Possui regras e normas, o que permite organizar as interações
sociais e o desenvolvimento de uma metodologia que associe um ambiente
favorável à alocação racional de recursos que satisfaçam as necessidades
sociais. Como instituição, a igreja possui e é sujeita a regras, normas e leis. Ela
é sujeita à legislação de seu país no que diz respeito ao seu relacionamento
com o Estado e a sociedade, estabelecendo assim, seus direitos e deveres, e
por meio de suas próprias normas regula seu funcionamento através de seu
Estatuto Social, Regimento Interno e Declaração de Fé.

Empresa

A empresa, geralmente, é estendida como uma atividade que produz e oferece


bens ou serviços com o objetivo de suprir uma necessidade humana visando
lucros. A característica empresarial observada na igreja é a ação de oferecer
serviços (educacionais, por exemplo) e produtos (editoriais, por exemplo) de
qualidade para seus membros. A finalidade da igreja não pode e não deve ser
o lucro financeiro. Igreja é uma instituição sem fins lucrativos.
Responsabilidade e segurança financeira são qualidades que devem ser
preservadas e praticadas pela igreja. O lucro da instituição deve ser
imediatamente revertido para expansão do Reino de Deus e atendimento
social.

A igreja

A palavra “igreja” é a tradução de uma palavra grega “ekklesia”, termo que se


refere à reunião de um povo, por convocação. Ekklesia é a soma da proposição
“ek”, que significa “para fora”, e do verbo “kalein”, que significa chamar.
Literalmente, “chamar para fora” ou “chamados para fora”, isto é, chamados
para deixar o mundo.

Os significados mais conhecidos para a palavra grega “ekklesia” são os de


ajuntamento popular e igreja.

Conforme Jonh Scott, “a igreja é composta por um grupo de pessoas que


confessam sua fé em Cristo, foram batizados e se organizaram para fazer a
vontade de Deus.” Nessa frase podemos perceber quatro princípios básicos:

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Fé em Jesus – É um grupo que confessa sua fé em Jesus Cristo;

Batismo – O padrão do novo testamento não admite membro que não seja
batizado;

Implica membros – O rol de membros de hoje em algumas igrejas parece mais


uma formalidade pragmática do que realidade bíblica. Mas o fato é que nas
próprias igrejas neotestamentárias havia organização suficiente para
determinar vários níveis de liderança, para enviar cartas de recomendação em
favor de membros em trânsito e para disciplinar e excluir participantes
desviados.

Envolve organização – Qualquer igreja, das mais anti-institucionais ás mais


hierárquicas, têm organização. Pode ser boa ou ruim. Mas é impossível
funcionar como comunidade sem ter organização.

A IGREJA E SUAS FUNÇÕES


É impressionante olhar para dentro das igrejas e perceber que a grande
maioria das pessoas não conhece as funções básicas da igreja. O que dizer
então de pastores e líderes que não conhecem e/ou não sabe definir quais são
as principais tarefas da Igreja. Quando me refiro a função, estou falando no
sentido da missão da igreja, o que ela nasceu para ser ou fazer.

A igreja possui funções que refletem sua atuação e o seu propósito. Rubens
Muzzio usa quatro palavras gregas para definir as principais funções da igreja
no mundo: koinonia, kerigma, diakonia e marturia.

Koinonia (Comunhão)

A palavra “koinonia” expressa a união, a comunhão, que deve existir entre os


membros da igreja. Ao expressar a beleza desta realidade, o Salmo 133 diz:
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.”

Russel P. Shedd, em seu comentário sobre o Salmo 133, afirma que a união
descrita neste salmo “depende tão somente da união de cada irmão
individualmente com o Senhor, e que só esta união pode apresentar um
testemunho eficiente perante o mundo e uma atmosfera na qual nossa fé pode
florescer.” Charles Haddon Spurgeon afirma que no Salmo 133 não há
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nenhuma palavra amarga, tudo é “doçura e luz”. É a função da igreja promover
esta mordomia, a comunhão entre seus membros. Cabe ao líder incentivar e
viver esta comunhão de forma plena.

Kerigma (Pregação)

A missão da igreja é proclamar, ou seja, pregar. Enfrentamos um grande


desafio, pois muitos crentes ainda têm dúvida acerca do significado da
pregação. Entendendo o significado de “missão” e “evangelho”, fica mais claro
compreender como cumprir a missão da Igreja em proclamar o evangelho.

A missão é uma obrigação. Sua origem está na palavra latina “missio”, que
significa ato de enviar, incumbência, encargo, enviado e correio. Refere-se à
obrigação da Igreja em proclamar o evangelho a todos os homens em todas as
partes do mundo. Esta é a missão principal da Igreja, expressa em Marcos
16.15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.

O comprimento desta missão é entendido pelo apóstolo Paulo como uma


preciosidade, conforme Atos 20.24: “Mas em nada tenho a minha vida por
preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que
recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”.

Diakonia (Serviço)

A palavra grega “diakonia” é traduzida por “serviço”. Entende-se este serviço


como uma atitude de generosidade e auxílio em relação à outra pessoa.

Diaconia não é somente um serviço prestado por alguns oficiais da igreja, em


especial no auxílio do culto, mas uma atividade que deve ser desenvolvida por
toda a igreja.

Marturia (Testemunho)

O testemunho é o ato ou efeito de testemunhar. É uma narração real e


circunstanciada que se faz em juízo, ou seja, uma declaração de testemunho.
A testemunha é a pessoa que assiste a certos atos para os tornar autênticos e
valiosos. A atividade primordial da Igreja é explicita nas Sagradas Escrituras.
Sua missão é singular e definida (Referencia Atos 1.8).

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O estudo de administração eclesiástica não pode em nenhum momento se
sobrepor ao cumprimento de sua missão principal e integral. Todos os
conceitos estudados são ferramentas que auxiliarão a organização eclesiástica
no cumprimento de suas ações e na administração dos processos que está
envolvida.

PRINCÍPIOS DE EFICIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO


“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja
encontrado fiel.” 1 Coríntios 4.2

Não é difícil encontrar modelos de administração de igrejas onde o pastor faz


todas as coisas. O pastor prega bem e todos o amam. Ele leciona as aulas
bíblicas, imprime os boletins, lava as janelas, coloca os hinários nos bancos,
enfim, muitos pastores fazem absolutamente tudo em sua congregação.

Infelizmente essa forma de administração é errada. Temos visto diversos


exemplos de pastores que trabalhavam dessa forma durante anos, até ficar
extremamente cansados e desistir de seus respectivos ministérios. Mas a
pergunta que fica é por que o pastor se cansou? Porque estava fazendo tudo
sozinho. Ele poderia ter pedido a ajuda de alguns membros da congregação.
Se tivesse feito isso, teria começado a administrar.

Douglas Stephen, em “o ministério de administração” afirma que Administrar é


fazer as coisas através de outras pessoas.

No caso do pastor, a administração seria benéfica, pois ele provavelmente não


se sentiria tão cansado se mobilizasse os membros da igreja para ajudá-lo.

Muitos de nós logo percebemos que há uma parte administrativa em seu


trabalho e outra parte que deve ser feita por nós mesmos. É importante
compreender essa distinção.

POR QUE OS CRISTÃOS DEVEM APRENDER A ADMINISTRAR BEM?

Os cristãos devem aprender a administrar bem porque devem ser bons


despenseiros.

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Leia Mateus 25.14-30. Esta parábola fala de um senhor que ia fazer uma longa
viagem. Ele deixou com cada um de seus três servos cinco talentos, dois
talentos e um talento, respectivamente. Os servos com cinco e com dois
talentos haviam duplicado o dinheiro quando o senhor voltou de sua viagem. O
senhor os recompensou proporcionalmente. O último servo havia enterrado o
seu talento. O senhor o castigou pelo uso insensato do dinheiro.

Qual o ponto a ser destacado? Jesus está nos dizendo que devemos investir
sabiamente o que Deus nos deu. O que Deus nos deu? Ele nos deu o nosso
tempo, educação, experiência e habilidades naturais, assim como nossa
riqueza e capacidade para gerar renda. Esta parábola nos ensina que Ele nos
recompensará de acordo com a sabedoria aplicada por nós no investimento
dessas coisas.

Lembre-se de que Jesus contou esta parábola no final do Seu ministério


terreno. Você acha que Ele estava enfatizando as verdades importantes da
época ou fatos insignificantes? Ele evidentemente enfatizou as verdades
realmente importantes. Assim sendo, é fundamental que os cristãos sejam
bons despenseiros.

Você supervisiona o ministério de certas pessoas. A quem o Senhor


responsabilizará pela eficiência do trabalho dessas pessoas? É certo que cada
um tem a sua própria responsabilidade, mas, no que se refere ao ponto em que
você determina como cada um deve investir o seu tempo e talentos, a
responsabilidade é sua. Você deve usar esses recursos eficazmente e deve
aprender a administrar bem.

Os cristãos devem aprender a administrar bem porque temos na Bíblia o


exemplo de homens, abençoados por Deus, que foram bem-sucedidos em
conseguir que as coisas fossem feitas através de outras pessoas.

José – A história de um homem que foi vendido por seus irmãos, foi
injustamente preso através da mentira da esposa do Faraó, e mesmo assim,
Deus o abençoou, se tornando um dos melhores administradores de seu tempo
(Gn 37-50).

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Daniel - Daniel é outro exemplo equivalente. Ele aparece como um jovem
deportado de Judá que ocupou o mais alto cargo na Babilônia. Em Daniel 6.1-5
vemos que Daniel não era apenas um dos três principais governantes do país,
mas também estava prestes a ser promovido a um posto superior ao dos
outros dois. Observe o desempenho de Daniel:

“Então o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque


nele havia um espírito excelente... mas não puderam achá-la, nem culpa
alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa”
(Daniel 6.3,4).

Em Daniel 6.28 lemos: “Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, e no


reinado de Ciro, o persa”.

Paulo

Paulo fez uso de pessoas como Timóteo para continuar o trabalho que ele
(Paulo) iniciara.

“Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o
qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus, como por toda parte
ensino em cada igreja” (1 Coríntios 4.17).

“Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia te roguei permanecesses


ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas a fim de que não ensinem
outra doutrina” (1 Timóteo 1.3).

III – O PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO


A obra “o ministério de administração” de Douglas Stephen explica alguns
pontos fundamentais para a administração. Ele denomina o conjunto desses
itens de o processo de administração. Esse processo consiste em quatro
aspectos básicos: PLANEJAR, ORGANIZAR, LIDERAR E CONTROLAR.

Planejar
Planejar significa determinar o curso. Se você não souber para onde vai, será
difícil organizar as pessoas e levá-las na direção certa. Tente imaginar-se de
pé na frente de um grupo de pessoas com quem você trabalha e dizendo: “Eu

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não sei o que estamos tentando fazer ou como iremos fazer isso, mas vamos
trabalhar duro de qualquer forma”.

Organizar

Colocar as pessoas dentro de estrutura para alcançar determinados objetivos.


O que acontece quando alguém joga uma pedra num bando de pássaros? Eles
se espalham em todas as direções. Se você entregasse um plano a um grupo
de pessoas e não verificasse se cada um sabe qual parte deve desempenhar,
elas também se dispersariam. Pessoas diferentes poderiam apossar-se de
vários elementos do plano e voar em direções diferentes. Você não teria
certeza de que todas as partes do plano estavam sendo executadas.

Liderar

Fazer com que as pessoas ajam de forma efetiva. O melhor plano e a melhor
organização provavelmente ficarão imóveis como um míssil esperando o sinal
de partida na plataforma de lançamento, a não ser que as pessoas envolvidas
sejam motivadas. A maioria das pessoas naturalmente resiste à mudança. Se
quiser que alguém faça algo novo, você precisa vencer essa resistência. É isso
o que está envolvido na liderança.

Controlar

Assegurar-se de que o desempenho esteja de acordo com o planejado. Mesmo


com um bom plano, organização e liderança eficaz, você pode não alcançar o
alvo se não o estiver buscando. Nas paridas de tênis o jogador é instruído a
manter seus olhos na bola. Por quê? Para que esteja certo de que a sua
raquete em movimento irá encontrar corretamente a bola e enviá-la de volta ao
campo do adversário. Até que você saiba quanto avançou na realização do
plano, não pode saber se deve mudar ou não alguma coisa ou re-direcionar
suas ações.

Você talvez descubra que esses passos abrangem certo período de tempo e,
portanto, se sobrepõem. Você não orienta uma pessoa de uma vez por todas.
Você oferece liderança contínua no decorrer de prazo determinado. Portanto,
não fique surpreso quando ainda estiver refinando certos elementos do plano,

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trabalhando com uma pessoa para ver onde ela se encaixa na organização,
motivando outra, e verificando o progresso total até aqui.

PLANEJAMENTO
O que é planejamento?

Você saberia identificar o fator comum nas seguintes atividades: O lançamento


da nave Apolo à Lua, uma pequena reunião de negócios, uma viagem à
Disneylândia e alcançar o mundo para Cristo? À primeira vista não se percebe
nenhuma semelhança. O que um projétil enviado para a Lua pode ter em
comum com uma reunião de negócios? O elo entre todas essas atividades é o
planejamento. Em cada um desses empreendimentos, é preciso sentar e
pensar bem sobre o objetivo, fazendo os preparativos necessários antes de
começar. Esta reflexão antecipada sobre o que se deseja fazer é o que
definimos como planejamento.

Definição: Planejamento é o processo de predeterminar um curso de ação.

Os cristãos devem planejar porque sua vida deve ser organizada. “Porque
Deus não é de confusão; e, sim, de paz” (1 Coríntios 14.33). “Sede, pois,
imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5.1).

Desde que as atividades de Deus não são caracterizadas pela confusão, as


atividades do cristão também não devem sê-lo.

Sem um plano, você pode esquecer-se de convidar um orador para uma


conferência até que seja tarde demais, ou pode começar uma atividade e
descobrir que deveria ter completado outra coisa antes como preparação.

Além disso, os cristãos receberam este mandamento: “Tudo, porém, seja feito
com decência e ordem” (1 Coríntios 14.40). O planejamento contribui para essa
ordem.

Jesus Cristo deixou um exemplo claro de planejamento me uma parábola no


livro de Lucas.

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“Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro
para calcular a despesa e verificar se tem os meios para concluí-la? Para não
suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que
a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde
acabar. Ou, qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta
primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem
contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe
uma embaixada, pedindo condições de paz”
(Lucas 14.28-32).

Em outro ponto de vista, devemos planejar para não vivermos apagando


incêndios em nosso dia-a-dia. Vejamos o que Paulo escreveu em 1 Coríntios
9.24-26:

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas
um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em
tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a
incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta, assim luto, não como
desferindo golpes no ar”.

Você alguma vez já disse: “Não fiz nada hoje”?—Com certeza você passou o
tempo fazendo alguma coisa, mas provavelmente não realizou nada que
parecesse “produtivo”. É bem provável que tivesse sido interrompido por coisas
“urgentes” o dia todo. É uma tendência natural do ser humano ser atraído pelas
coisas urgentes, prementes. Todavia, essas coisas talvez não sejam assim tão
importantes.

A não ser que você tenha planejado objetivos e atividades que contribuam para
esses objetivos, certamente, acabará apagando incêndio atrás de incêndio.

COMO PLANEJAR

Existem alguns componentes que nos auxiliam no processo de planejamento:

• Oração
• Definição dos Objetivos

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• Programa
• Agenda
• Orçamento

Oração

Nesta etapa você se certifica de estar apropriando-se da sabedoria e visão de


Deus para o plano. Se o plano não for aquele pretendido por Deus, você
perdeu seu tempo e o tempo daqueles que trabalham para a sua
implementação. Algumas vezes Deus levará você a uma abordagem bem
pouco convencional. Imagine os pensamentos de Josué quando o Senhor
explicou-lhe os planos para a queda de Jericó (Josué 6.2-5).

Ore para que Deus lhe dê uma visão daquilo que Ele quer que você faça, e lhe
conceda criatividade para colocá-la em prática.

Deus lhe deu uma visão detalhada do que deve ser realizado? Está-se
formando em sua mente um quadro, exatamente de como as coisas serão
quando o plano estiver completado? Você está começando a sentir crescente
motivação interna para começar a ver progresso em relação aos objetivos? Em
caso negativo, quando planejar, continue pedindo a Deus sabedoria e visão.

Para que o planejamento seja efetivo precisamos estar ligados a Deus em


oração. Esse é o principio de um planejamento bem sucedido.

Definição dos objetivos

Nesta etapa você determina o que deve ser realizado. Você estabelece um
alvo em direção ao qual você e os seus auxiliares se empenharão. Você não
pode determinar exatamente quanto dinheiro será gasto ou quando diferentes
atividades devem acontecer até decidir o que deve ser feito. Todavia, para
muitas pessoas, planejar é simplesmente preencher um formulário de
orçamento ou um calendário anual.

Os seus objetivos são o critério em relação ao qual você pode medir a eficácia
de suas atividades atuais. Uma declaração precisa dos seus objetivos deve
também estimular novas idéias de você como poderá executá-los.

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Certifique-se de que os seus objetivos e o restante do seu plano coloquem
você numa posição em que não lhe seja possível realizar o trabalho com suas
próprias forças, mas que você seja estimulado a confiar em Deus para garantir
a execução do plano. Deus então certamente receberá a glória.

Alguns pontos importantes nessa etapa:

• Faça uma lista breve de aspectos-chaves relativos ao seu plano


(diretrizes e regulamentos da sua organização, datas-alvos, recursos
atuais, manuais de estratégia, necessidades que devem ser satisfeitas,
problemas exigindo solução, outras informações).

• Determine os elementos dos objetivos.

✓ Determine o campo de ação - Indique quem ou o que será afetado


(universitários, igrejas, departamento pessoal)

✓ Declare o resultado desejado - Declare o que ocorrerá quando o


objetivo for alcançado. Um determinado evento terá lugar, um
comportamento será mudado, uma decisão será tomada? Alguns
dos seus objetivos poderão envolver um processo contínuo que
deve ser estabelecido num certo nível de operação. Sempre que
possível, expresse o resultado desejado quantitativamente, isto é,
em porcentagens, números, reais e centavos etc.

✓ Fixe uma data-alvo - Esta é uma data especial ou uma fração de


tempo na qual ou durante a qual seus objetivos devem ser
executados.

• Declare concisamente os objetivos - Combine os elementos anteriores


em uma ou mais declarações do que você pretende realizar.

Programa

Depois de definir o que deve ser realizado, parece lógico que o próximo passo
seja determinar como os objetivos serão alcançados. Você estabelece aqui os
passos necessários para ir de onde está agora, até os seus objetivos. Você

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 19


começa com uma atividade, depois outra etc., até que as atividades corretas
estejam sendo praticadas, de modo que os objetivos possam ser atingidos.
Você tem, portanto, uma lista das atividades necessárias e a ordem em que
elas devem acontecer.

Procure sentir especialmente o que deve acontecer no nível mais baixo do


programa, a fim de que o plano tenha êxito. O que cada indivíduo deve fazer,
por exemplo, e o que precisa ser executado? Não esqueça também que, se um
plano envolve a confiança em Deus para ter sucesso, deve dar lugar a Deus na
realização do programa. Haverá elementos que só Deus poderá completar.
Todavia, não deixe de especificar as ações que você precisa tomar e de
implementá-las como parte do plano.

Agenda

Nesta etapa você determina quando as diferentes partes do plano devem ser
realizadas. Você preenche com as atividades do programa os espaços em
branco de uma agenda (de acordo com as respectivas datas). Você determina
quando cada atividade deve começar e terminar. Você também coloca na
agenda os números-alvos ou marcos que medirão o progresso esperado numa
atividade.

Este é um passo muito importante porque colocar seu plano em uma forma
com a qual a maioria das pessoas pode trabalhar – entradas num calendário.

Algumas sugestões para montagem da agenda:

a. Selecione uma folha de trabalho apropriada ao tamanho do seu plano;

b. Coloque na agenda os principais eventos anuais com os quais você já


se comprometeu ou que sejam de qualquer forma pertinentes ao seu
plano. Coloque-os em uma ou duas linhas no alto da agenda;

c. Inclua as atividades do PROGRAMA na agenda;

d. Estabeleça datas-limites para cada atividade e cotas de tempo na linha


correspondente da agenda. Em geral é mais fácil definir primeiro as

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 20


datas finais e trabalhar em sentido inverso no tempo, marcando as datas
intermediárias importantes e as cotas de tempo;

e. Marque quando você deve começar a trabalhar nas atividades


importantes;

f. Se números-alvos puderem ser fixados para medir o progresso que você


deve esperar em cada atividade, inclua-os na agenda. Não se demore
muito nos detalhes.

É importante que haja duas colunas em sua agenda para cada atividade, uma
para as datas planejadas e outras para as datas executadas. Dessa forma, ao
final do projeto, toda equipe poderá analisar os erros e acertos, bem como
avaliar onde e porque ocorrerão atrasos no processo. Assim, toda equipe
ganhará experiência em planejamento, e a cada projeto se tornarão mais
assertivos.

Orçamento

Nesta etapa você determina quantas pessoas, recursos financeiros e outros


valores serão necessários e como eles devem ser supridos. Note que o passo
ORÇAMENTO definido aqui se refere a mais que dinheiro.

Muitos assuntos práticos são enfrentados na preparação do orçamento. Você


estabelece quanto dinheiro é necessário e como ele pode ser obtido. Você
determina de quantas pessoas você necessita e, como irá recrutá-las e treiná-
las. Ore especificamente pelos recursos envolvidos. Não se esqueça se Deus o
chamou para os objetivos no início do plano, Ele não irá negar-lhe os recursos
necessários (Filipenses 4.19).

Registre nas folhas de planejamento os recursos específicos necessários para


executar o plano. Trabalhe lentamente na agenda e pergunte se cada atividade
envolve alguns dos itens abaixo:

1. Registre os recursos disponíveis.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 21


a. Pessoal. Quantas pessoas e em que capacidade (tempo integral,
parcial etc.)? Como você pode recrutar e treinar os auxiliares
necessários?

b. Dinheiro. Quanto dinheiro é necessário para executar as


atividades do plano? Como você pode obter contribuições, ganhar
ou pedir emprestado o dinheiro necessário? Faça isto de maneira
consistente e realista, de acordo com a filosofia e as normas de
sua organização.

c. Outros recursos. Que facilidades, materiais etc. são necessárias?


Onde você pode alugar ou comprar equipamentos, reimprimir ou
criar materiais etc.?

2. Registre as atividades específicas que levarão você dos recursos já


disponíveis para o ponto em que se acham os recursos necessários.

Defina Administração Eclesiástica.

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______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________

O que é Igreja?

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Cite exemplos de boa administração na bíblia?

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UNIDADE 2

a. Organização

b. Liderança

c. Controle

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 23


ORGANIZAÇÃO
“Porque Deus não é de confusão... Tudo, porém, seja feito com decência e
ordem.”

I Coríntios 14.33,40

O QUE É ORGANIZAR?

É ter uma estrutura rígida? É forçar um sistema indesejado sobre pessoas


insuspeitas? É restringir a liberdade para que o trabalho seja feito?

Se as suas respostas às perguntas anteriores forem positivas, provavelmente,


você deve ter sido vítima de uma organização pouco confiável. Você verá nesta
seção como a organização pode e deve ser uma experiência agradável, e
como ela é um instrumento valioso para ajudá-lo a alcançar seus objetivos.

Definição: Organizar é o processo de colocar pessoas numa estrutura, a fim


de cumprir objetivos.

Existem quatro palavras-chave nesta definição:

• Processo: Organizar é um processo dinâmico. Devido a fatores como


mudança de ambiente, crescimento organizacional e rotatividade de
pessoal, você terá necessidade constante de reavaliar a sua
organização. A organização não é estruturada de forma definitiva, pois
trata-se de um processo contínuo.

• Pessoas: Sem pessoas você não tem uma organização. Isso pode
parecer óbvio, mas com freqüência nos enamoramos de tal forma de
quadros organizacionais e descrições de cargos que nos esquecemos
de que estamos trabalhando com pessoas vivas e reais – pessoas que
têm personalidade, aspirações, pontos fortes e pontos fracos. O Senhor
falou do Seu corpo – a igreja – como uma “organização” corporativa,
unida pelo Espírito Santo, tendo Cristo como cabeça. Ao mesmo tempo,
Ele estava muito interessado nos membros individuais e em suas
funções no corpo. Devemos ter cuidado em manter esta perspectiva,
levando em consideração o fator humano ao organizar.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 24


• Estrutura: Um arranha-céu gigante pode resistir a ventos de alta
velocidade e milhares de quilos de pressão, por ter uma estrutura de aço
como suporte. É essa estrutura que empresta resistência ao prédio e
mantém ou une as partes individuais. Da mesma forma, a estrutura
organizacional serve para integrar os indivíduos e prover linhas de
comunicação necessárias em qualquer organização.

• Objetivos: Seu propósito em organizar pessoas deve ser a realização


de certos objetivos predeterminados. Organizar apenas por organizar,
sem um alvo claramente definido, é inútil. Seria o mesmo que fazer as
malas para uma viagem, colocar a família no carro, encher o tanque de
combustível, ir para a estrada e ficar rodando sem destino.

Em resumo, a organização é uma ferramenta para cumprir os objetivos do seu


planejamento através da utilização adequada de pessoas, na estrutura certa.

POR QUE ORGANIZAR?

Se você não organizar, coisas importantes serão mal feitas ou nem se


quer serão feitas.

A igreja primitiva enfrentou um problema desse tipo durante seu rápido


crescimento. Lemos em Atos 6.1-3 que certas viúvas foram esquecidas durante
a distribuição diária de alimentos. Este fato chamou a atenção dos discípulos,
que logo perceberam a necessidade de tratar mais sistematicamente das
crescentes responsabilidades da igreja. Como resultado, eles reuniram a
congregação e nomearam homens qualificados para várias posições
administrativas. A igreja se “organizou”, a fim de assegurar que atividades
essenciais não fossem negligenciadas.

Um trabalho nem sempre deixa de ser feito por falta de organização, mas com
freqüência ele não é executado com eficiência. “Burocracia” excessiva, muitas
reuniões e “necessidade de aprovação por parte de superiores” tendem a ser
alguns sinais de uma organização deficiente. Como resultado, há sempre uma
frustração entre os funcionários e mudanças na administração. Algumas vezes
esquecemos que o Senhor nos mandou para ser bons despenseiros do que Ele
nos deu e isto inclui os que Ele chamou para as organizações e ministérios.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 25


Em resumos, Deus honra a organização e faz uso dela para realizar Seu
objetivo de alcançar o mundo para Cristo. É importante compreender, porém,
que a organização é simplesmente um instrumento. A não ser que o poder
derive do Espírito de Deus, a organização será ineficaz.

PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO

1. Estratégia antes da estrutura

Um dos erros mais comuns na organização é começar a organizar, antes de


determinar os objetivos e planos. É de fato difícil, quase impossível, mobilizar
pessoas para fazer algo quando nem você sabe muito bem o que deve ser
executado. Todavia, o inverso também é verdadeiro – a organização quase se
compara a um subproduto do bom planejamento.

Neemias exemplificou esse princípio quando decidiu reconstruir os muros de


Jerusalém. Um empreendimento desse porte iria evidentemente requerer a
ajuda de muita gente. Neemias, porém, não recrutou os homens e mulheres
enquanto não inspecionou as ruínas para ter uma idéia do trabalho a ser feito.

“Não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu


fazer em Jerusalém... De noite saí... e contemplei os muros... Então lhes
disse... Vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém...” (Neemias
2.12,15-17).

2. Seja específico

Atribua tarefas definidas. Vejamos novamente o exemplo de Neemias. Ele


dedicou um capítulo inteiro do seu livro à distribuição de responsabilidades
específicas para os que trabalhavam nos muros (Neemias 3).

Outro exemplo deste princípio é visto em Números 3, onde o Senhor deu a


Moisés “descrições de cargos” detalhadas para os levitas.

3. Evite extremos

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 26


Você precisa saber o que ocorre no nível mais inferior das operações de sua
organização. Cada nível organizacional que existe entre você e o nível mais
baixo tenderá a distorcer e prejudicar a sua idéia do que está realmente
acontecendo.

Por outro lado, os seus subordinados esperam que você ofereça direção e
ajuda no planejamento, na organização e no controle. Cada pessoa que tiver
de procurar você para pedir orientação reduz a sua capacidade de prover
direção adequada.

Assim sendo, há necessidade de equilíbrio entre a organização simples, na


qual todos se reportam a uma só pessoa, e hierarquia múltipla, com níveis
excessivos de organização. O equilíbrio depende de muitos fatores: tamanho
da organização, multiplicidade das atividades em andamento e habilidade
gerencial na organização.

Em suma, evite extremos e procure o equilíbrio nos níveis organizacionais.

LIDERANÇA
“Se alguém aspira ao episcopado (liderança), excelente obra almeja.”
(1 Timóteo 3.1)

Definição: Liderar é fazer com que as pessoas ajam de forma afetiva.

Depois de planejar e organizar a sua situação, você deve motivar o seu


pessoal a agir. Você deve liderar.

O dicionário define liderança como: “capacidade de liderar, espírito de chefia”.


Você não é líder em virtude da sua posição. Você é líder em virtude do seu
desempenho. Um conceito interessante apoiado por John Maxwell é de que ser
líder está diretamente ligado a influencia que certa pessoa possui sobre outras.
Você talvez nem tenha um titulo, mas pode ser um líder muito significativo.
Segundo o dicionário, o verbo “liderar” significa “mostrar o caminho, conduzir,
guiar, dirigir o curso de outrem, indo adiante ou acompanhado”.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 27


O líder é alguém que faz duas coisas. Primeiro, ele sabe para onde vai. Seus
objetivos são claros. Segundo, ele consegue persuadir outros a acompanhá-lo.
O equilíbrio entre esses dois objetivos e motivações determina o sucesso de
um líder.

Liderança, em suma, nada mais é do que exercer influência sobre outras


pessoas e fazer com que elas sigam o caminho traçado por aquele que lidera.
Ou seja, toda liderança tem propósitos. Exerce-se a liderança em duas
vertentes: liderança informal e liderança formal.

Liderança informal

Liderança informal ou liderança natural compreende aquelas situações em que


o prestígio pessoal e a influência de determinados indivíduos agregam
seguidores não pelo estabelecimento formal de uma liderança, mas pelo
destaque que essas pessoas ocupam nos mais variados segmentos sociais.

Incluem-se aqui, principalmente, os profissionais de comunicação, em especial


os artistas, cujas práticas são copiadas e seguidas até sem questionamentos,
ainda que não haja uma liderança clara, formal e condutora do processo.

Nesse sentido, todos têm a sua parcela de liderança, em maior ou menor


escala, porque de algum modo, sem o buscarmos, exercemos influência
informal e involuntária sobre outras pessoas.

Liderança formal

Liderança formal tem a ver com o exercício de um processo específico em que


alguém é elevado à condição de líder para conduzir um grupo social em busca
dos objetivos para os quais foi estabelecido. É algo plena e formalmente
consentido tanto para quem lidera quanto para os que estão sendo liderados.
A liderança passa a ser então um instrumento de comando para montar uma
estrutura, ou assumir uma já pronta, em que a matéria-prima é o próprio ser
humano. Em outras palavras, a estrutura em si mesma não é o principal e, sim,
aqueles que vão operacionalizá-la para alcançar o fim a que se destina.

O que significa eficiência

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 28


A eficiência envolve o modo como se administra para alcançar os fins
desejados. Tem a ver com a estrutura, as estratégias, a ação e tudo mais que
se estabeleça em busca das metas. Nem sempre, porém, a eficiência chega
aos resultados em razão de falhas operacionais durante o processo. Ninguém
discute, por exemplo, a eficiência de uma Ferrari, mas se faltar gasolina ela
não se move do lugar. Portanto, não basta ao líder ser eficiente. Ele precisa ser
eficaz.

O que significa eficácia

Já a eficácia é o resultado da eficiência. É alcançar os objetivos propostos.


Liderança eficaz, portanto, é aquela que conjuga eficiência com eficácia, e
sabe, por isso mesmo, conduzir o processo com o fim de alcançar os
propósitos para os quais a sua liderança foi estabelecida.

Parte da liderança é conceitual, ou seja, o líder é uma pessoa profundamente


contagiada por um conceito, uma idéia, uma causa. Segundo, há um elemento
relacional. Um bom líder precisa estar interessado em idéias, mas também
precisa ter interesse nas pessoas. Duas perguntas ajudam a determinar se o
individuo é um líder. A primeira é: “O que realmente mantém você acordado à
noite? O que realmente impulsiona você?”. A segunda questão é: “Onde estão
os seus homens?”. Se você não puder indicar um núcleo de pessoas que
estejam influenciando, você não é um líder. E se você não definiu especifica e
claramente o que quer você não é um líder.

Existem coisas específicas que um líder deve ser e fazer, a fim de levar os
seus subordinados à ação. Um dos preletores e motivadores mais destacados
no mundo cristão é o Dr. Howard G. Hendricks, professor e presidente do
departamento de educação cristã no Seminário Teológico de Dallas.
Reproduzimos a seguir, com algumas adaptações o conteúdo de quatro
mensagens que ele transmitiu aos lideres da Cruzada Estudantil para Cristo
sobre o assunto de liderança.

COMO TORNAR-SE ALGUÉM QUE SABE PARA ONDE VAI?

Você deve desenvolver convicções pessoais profundas.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 29


A fim de desenvolver convicções, você necessita primeiro de estudo bíblico
pessoal consistente. Você só terá convicções quando tiver enchido a sua
mente com a mente Dele.

Segundo, você necessita de tempo consistente para meditar, para pensar.

Terceiro, você precisa de orientação consistente. Provérbios 3.5-6 diz: “Confia


no Senhor de todo o teu coração, e não estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
Romanos 14.5 diz: “Cada um tenha opinião bem definida em sua própria
mente”.

Você deve preparar um programa pessoal rigoroso.

A disciplina envolve o domínio próprio. O processo de permitir que o Espírito de


Deus controle cada área de sua vida não termina nunca. Disciplina, em termos
de programa, sempre envolve um propósito. É um programa que fornece
estímulo e direção, de modo que a dinâmica é canalizada. Ele leva à
implementação do alvo. O programa deve ser altamente personalizado; não
existe padrão. Você não pode usar o programa de outra pessoa. E se algo não
ajudar você a alcançar o seu objetivo, deixe-o de lado.

Você precisa ter um senso de missão e destino.

Números 13.33 diz: “Também vimos ali gigantes (os filhos de Enoque são
descendentes de gigantes), e éramos aos nossos próprios olhos como
gafanhotos, e assim também o éramos aos seus olhos”. Se você se considerar
um gafanhoto, irá tornar-se precisamente isso. Mas, se você se considerar uma
pessoa separa por Deus, isso fará toda a diferença no mundo em seu estilo de
liderança.

CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER

Em 1 Timóteo 3.1 diz: “Se alguém aspira ao episcopado (liderança), excelente


obra almeja.” Paulo passa a detalhar os padrões e as qualificações exigidas
para tal liderança. Esses líderes descritos em 1ª Timóteo deverão ser modelos
de comportamento para a comunidade cristã e para o mundo não-regenerado.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 30


“Portanto”, diz Paulo, “num ministério de reprodução e multiplicação, tenha
cuidado com o que você produz.” Você terá de conviver com o seu produto.

Abaixo listamos algumas características importantes de um líder.

Resistência

A primeira característica de um homem notável é que ele possui resistência. O


líder é sempre flexível, mas também firme. A chave da liderança é a
resistência.

Isto revela o caráter, e não a reputação. A reputação, sempre funciona sob


circunstâncias favoráveis; o caráter funciona sob circunstâncias desfavoráveis.
A maturidade jamais se entrega.

Uma vida particular dinâmica

Mostre-me um homem forte em público e eu lhe mostrarei um homem forte em


casa. Uma vida privada dinâmica deve funcionar especialmente em sua família.

Autocontrole

O líder tem controle sobre todas as áreas da sua vida: tempo, cobiça por
dinheiro, desânimo, etc. Cada área da sua vida deve ficar sob o controle
soberano do Espírito.

Esta realidade afeta particularmente a área de administração do tempo. O


tempo é a nossa maior conveniência; portanto, perder tempo é o maior
desperdício que podemos cometer. O tempo é algo que ninguém jamais
recuperará.

Você pode escolher planejar o seu dia ou deixar que alguém o faça por você.
Você pode planejar melhor o seu dia do que os outros, porque eles não
conhecem os seus objetivos. O planejamento exige decisões constantes, e as
decisões mais difíceis são aquelas em que você tem de escolher entre o que é
bom e o que é melhor; entre o que é melhor e entre o que é o excelente, no
que diz respeito à busca e do alcance de seus objetivos.

Modelo

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A quarta característica de um líder é ser um exemplo consistente. Nenhuma
outra forma de ensino é tão eficaz como essa. A Palavra de Deus está repleta
de exemplos de modelos: Josué teve Moisés, que influenciou sua vida antes
que Josué se tornasse general; Eliseu teve Elias; os discípulos tiveram o
Salvador – três anos e meio de significativo discipulado; Paulo teve Barnabé;
Timóteo e Tito tiveram Paulo.

Paulo também aprendeu as suas lições enquanto ensinava esses jovens, Em


Filipenses 3.17, ele diz: “Irmãos, sede imitadores meus.” As pessoas seguirão
você. A pergunta é: Você está seguindo a Cristo?

Firmeza

Em quinto lugar, um líder eficiente tem uma qualidade firme e forte. Não se
trata de resistir a idéias, mas firmar-se contra a oposição. Um exemplo
destacado desta qualidade é Neemias. O inimigo tentou tudo para derrotar
Neemias e impedir que ele e os judeus reconstruíssem os muros de Jerusalém.
Mas levaram a cabo a reconstrução mesmo em meio a tremendos problemas.

O desanimo é a leucemia do espírito. As circunstancias difíceis são testes de


liderança. Elas o desanimam? Elas o destroem? Elas o detêm? Ou elas o
estimulam? Fazem você explodir? Aperfeiçoam seu caráter? Se o inimigo não
estiver atacando você violentamente, talvez seja porque você não é assim tão
importante.

Espírito de servo

Jesus Cristo é o modelo supremo do servo. Ele não veio para ser servido, mas
para servir e dar. Esse é aspecto o distintivo do cristianismo – você não vive
para receber, mas para dar. Assumir o espírito de servo significa desistir dos
seus direitos e aceitar as suas responsabilidades. Efésios 5.21 diz que
devemos estar sujeitos uns aos outros. A submissão é o estilo de vida do
cristão e afeta todas as áreas de sua vida. Você jamais será um bom líder a
menos que seja o primeiro um bom seguidor, especialmente um seguidor de
Cristo.

Atitude positiva

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A tentação de adotar uma atitude negativa é grande e pode levar a uma
orientação para o fracasso – uma “teologia do perdedor”. Romanos 12.3 é um
versículo crucial: “Digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo,
além do que convém.” Esse é outro perigo. Às vezes nos exaltamos a ponto de
distorcer a verdade e outras vezes nos minimizamos a ponto de manchar a
imagem e semelhança divina. Em qualquer dos casos, teremos problemas
graves.

Ensinável

A capacidade de aprender é a capacidade de crescimento do indivíduo. Pedro


disse em 2ª Pedro 3.18: “Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador.” Isto significa continuar crescendo – fazer do crescimento
um hábito.

O líder crê em um Deus especial. Em 2ª Reis 6.15, o servi de Eliseu acordou


cedo certa manhã e teve o que para ele foi uma visão horrível: o exercito sírio
invasor cobria todo o terreno à sua volta. Eliseu apareceu, porém, e viu os
exércitos de Deus postados entre ele e as forças inimigas. Então orou:
“Senhor, peço-te que lhe abra os olhos para que veja.”(v.17). O servo não vira
os exércitos de Deus. Nosso problema é que geralmente enxergamos tantas
dificuldades, que deixamos de avistar os exércitos de Deus.

A fé sempre envolve riscos. Abraão é um exemplo disso. Deus lhe ordenou que
matasse o seu filho. Todavia, Abraão creu que Deus tinha poder para
ressuscitar Isaque dentre os mortos. Isso é fé.

O LÍDER E SUA EQUIPE

O líder não é um solitário. É um individuo interdependente. Não tem apenas


uma causa, mas também um grupo: um grupo de pessoas em quem ele está
investindo. O principal papel de um motivador é desenvolver habilidades
práticas motivadoras, através dos quais os outros se tornam positivos. O teste
do motivador não é o que ele faz, mas o que os outros fazem como resultado
de suas ações.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 33


Como você pode tornar-se alguém que consegue persuadir outros?

Torne-se altamente contagioso.

É mais provável “pegar” do que “aprender” liderança. Você precisa intensificar


as relações interpessoais. Quanto mais próximo estiver das pessoas, tanto
maior será o potencial de contágio – supondo que você tenha a verdadeira
“doença” para contaminá-las.

Veja os outros em termos de potencial

Tendemos a ver as pessoas só em termos do que elas são, e não em termos


do que podem tornar-se. Só quando Deus, o Espírito Santo, se move na vida
de alguém, é que algo significativo pode acontecer. A sua tarefa como
representante de Deus é desenvolver confiança incurável na capacidade de o
Espírito Santo transformar o indivíduo.

Domine a arte de aperfeiçoar pessoas, e não de manipulá-las

O seu alvo é desenvolver a pessoa até o seu potencial máximo. Sua principal
tarefa é ministrar a uma pessoa, não recrutá-la para um trabalho. Um de
nossos pecados mais graves é usar as pessoas em vez de equipá-las.

Ministre ao homem total

Ele não tem apenas mente, mas também coração. Tem vontade. Tem família.
Tem emprego. Tudo isso se torna sua responsabilidade quando você ministra a
ele como pessoa. Lucas 2.52 diz: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e
graça, diante de Deus e dos homens.” Jesus Cristo participa da totalidade da
vida do individuo.

Exija compromisso específico

Temos de desenvolver um compromisso triplo:

• Precisamos pedir que a pessoa assuma um compromisso sem reservas


com Jesus Cristo.

• Precisamos pedir que ela assuma um compromisso sem reservas com o


grupo.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 34


• Precisamos pedir que ela assuma um compromisso sem reservas com o
ministério para o qual Deus a chamou e para o qual lhe concedeu dons.

Esses são alguns pontos que são importantes quando se trata de persuadir e
motivar outras pessoas da sua equipe.

A ARTE DA DELEGAÇÃO

Delegar não é atribuir tarefas rotineiras a quem quer que esteja disponível.
Embora isto ocasionalmente seja necessário, não deve ser confundido com o
processo de delegação.

O termo delegar, quando empregado adequadamente, tem sempre um efeito


distinto sobre a pessoa a que as responsabilidades são delegadas. Esse
indivíduo deve sentir-se pessoalmente responsável pela tarefa que lhe foi
designada. A verdadeira delegação não ocorre até que este efeito seja
percebido.

Definição: Delegar é o processo contínuo pelo qual um gerente atribui novas


responsabilidades e autoridade. Ele é implementado para produzir no indivíduo
certo grau de compromisso ou dever pessoal.

A verdadeira delegação é vista no exemplo de Moisés ao guiar os israelitas.


Depois de atravessar o mar Vermelho, Moisés foi assediado pelos israelitas
desde manhã até a noite. Por ser o líder do povo, todos o procuravam para
resolver todo o tipo de assunto. Quando consideramos que o total de pessoas
sob a sua liderança superava os dois milhões (pouco mais que a população de
Curitiba/PR, segundo o senso do IBGE/2010), não é de admirar que todo o
tempo de Moisés fosse gasto em reuniões.

Jetro, sogro de Moisés, observou a situação e declarou que, se ela


continuasse, Moisés pereceria e o mesmo aconteceria com o povo.

A sugestão de Jetro era nomear chefes de mil, de cem e de dez pessoas. Mas
só isto não resolveu o problema, pois lemos em Números 11.11 que Moisés
continuava sentindo-se responsável por todo o povo. O fardo era tão grande
que ele até pediu para Deus tirar a sua vida em vez de permitir que
continuasse naquelas circunstâncias (Números 11.15).

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 35


O Senhor arranjou uma solução, todavia. Setenta lideres da primeira
organização de Moisés foram escolhidos para receber o Espírito de Deus. Por
quê? Deus disse: “contigo levarão a carga do povo, para que não a leves tu
somente” (Números 11.17). Só depois desses 70 começaram a colaborar, é
que Moisés pôde guiar eficazmente os filhos de Israel através do deserto.

A não ser que o processo de delegar faça com que o individuo assuma o fardo
ou tenha um sentimento de responsabilidade pessoal pelas novas tarefas
recebidas, a delegação não ocorre. Não haverá também benefícios a longo
prazo, seja para o gerente, seja para a pessoa a quem delegou as tarefas.

Princípios da delegação

Motivação

Que criança aprenderia a andar se fosse espancada cada vez que levasse um
tombo? E quem seria motivado a esforçar-se em posições novas e mais difíceis
se percebesse uma atitude disciplinadora por parte de seu superior cada vez
que errasse?

Sua capacidade de motivar a pessoa quem está delegando irá de várias formas
determinar o seu sucesso ou fracasso.

Embora a mecânica da delegação seja muito importante, a atitude que você


projeta pode negar quaisquer palavras que você possa dizer. Se você for
positivo a respeito de muitos erros cometidos pelo individuo, ele saberá que
você está ao lado dele. Você precisa comunicar a importância da tarefa que
está dando a ele e a maneira como ela se relaciona com o quadro mais amplo.
Você comunicará sua acessibilidade de disposição de tratar com os problemas
que possam surgir.

Essas atitudes e a maneira como você as comunica, influenciarão


significativamente a disposição de seus subordinados em assumir novas
responsabilidades.

Em resumo, a motivação é parte integrante do processo de delegação.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 36


Desenvolvimento

Fique atento ao desenvolvimento pessoal de seus auxiliares e delegue a


quantidade exata de novas responsabilidades e autoridade, no momento exato.

Durante o desenvolvimento do individuo, haverá um período em que ele estará


pronto e disposto a assumir novas responsabilidades. A incapacidade do
administrador em identificar o momento exato pode resultar em frustração
desnecessária para o indivíduo – seja por receber muitos cargos cedo demais,
seja por receber poucos encargos tarde de mais. É sempre útil conversar com
o seu pessoal, periodicamente, para manter-se sensível ao desenvolvimento de
cada um e examinar a possibilidade de delegar novas responsabilidades.

Supervisão

A delegação requer um compromisso de tempo e acompanhamento da sua


parte. Delegar uma nova responsabilidade a alguém é apenas o começo do
processo. Você deve sempre tomar por certo que um investimento inicial do
seu tempo será exigido. De fato, a tarefa mais difícil será observar outra
pessoa fazer algo que você mesmo faria muito mais rápida e eficientemente.
Mas, lembre-se, você está investindo tempo no desenvolvimento em longo
prazo e não necessariamente no projeto em curto prazo.

Apenas delegar não basta. É necessário manter a supervisão para ter certeza
de que a tarefa está sendo executada dentro do quadro completo.
Supervisionar não significa executar a tarefa. A execução foi delegada. A
supervisão é simplesmente acompanhar o andamento para ter certeza de que
todas as etapas do projeto sejam concluídas com sucesso.

Fique alerta para suas próprias atitudes que tendam a contradizer, em vez de
reforçar, as áreas de atividades recém-delegadas.

Somos criaturas falhas e fracas, e as vezes desenvolvemos atitudes falhas,


inclusive no que se refere ao nosso desempenho como gerentes. Alguns
hábitos podem ter efeitos desastrosos no processo de delegação. Estes
incluem:

• Insistir em tomar pessoalmente todas as decisões importantes.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 37


• Distribuir tarefas a serem realizadas, mas não a autoridade para
executar todo o serviço.

• Tirar um problema das mãos de um subordinado e tomar uma decisão,


quando ele simplesmente quer discuti-lo com você.

• Usurpar a posição de autoridade do individuo, orientando o pessoal


subordinado a ele

• Deixar de fornecer informações pertinentes, para que um subordinado


possa tomar decisões em sua área.

• Contradizer as decisões de um subordinado, mesmo que ele esteja


apresentando bom desempenho, em sua própria área de
responsabilidade.

Lembre-se: As responsabilidades e autoridades delegadas só se tornam reais


mediantes à prática, e deixam de existir quando não podem ser exercidas com
sucesso.

Na parte prática da delegação, podemos salientar alguns pontos:

• Preparo - Este é o momento em que você decide o que deseja delegar e


a quem. Faça uma lista de atividades que deseja delegar e delegue a
pessoas que possam realizar tal tarefa;

• Comunicação - Uma data específica deve ser marcada para que a


delegação inicial ocorra. Comunique todas as questões que envolvem a
tarefa exigida e também qual é o resultado final que você espera;

• Observação - Este é o período em que a pessoa a quem você delegou


começará suas novas responsabilidades. É imperativo, através do seu
sistema de controle, que você tenha conhecimento do resultado dos
seus esforços. É também igualmente importante adotar uma abordagem
técnica em lugar de diretiva.

Em resumo, delegar é o processo organizacional continuo que tenta


aperfeiçoar os indivíduos e aumentar a eficácia geral de seus esforços como
gerente.
Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 38
CONTROLE
“Eu quero sugerir que terminem o que vocês começaram a fazer há um ano,
pois vocês foram não só os primeiros a propor tal idéia, mas os primeiros a
começar a fazer alguma coisa nesse sentido. E já que começaram a agir de
modo tão entusiasta, vocês devem prosseguir até o fim com a mesma alegria,
dando tudo quanto puderem de tudo quanto possuem. Que a idéia entusiástica
do início seja igualada pela ação realista de agora”.

2 Coríntios 8.10,11 - Bíblia Viva

O QUE É CONTROLAR?

Há quase dois mil anos o apóstolo Paulo demonstrou um princípio básico para
compreender o que é controle.

A igreja de Corinto havia proposto satisfazer algumas das necessidades


financeiras cruciais da igreja de Jerusalém que estava em dificuldades. Um
plano amplo de como recolher os fundos foi desenvolvido com muito
entusiasmo e ostentação por parte dos irmãos e irmãs de Corinto. Mas Paulo
voltou um ano mais tarde e descobriu que muito pouco tinha sido realmente
feito, levando-o a escrever os versículos que abrem esta seção. Muitos de nós
já encontramos situações semelhantes em que houve grande entusiasmo
inicial e planejamento extenso, mas bem pouco acabou sendo levado a efeito.
Este processo muito freqüentemente indica a necessidade crítica de
aperfeiçoar um dos setores mais negligenciados da administração — o
controle.

Definição: Controle é o ato praticado pelo gerente para assegurar que o


desempenho esteja de acordo com o plano.

O controle é provavelmente uma das partes mais documentadas do


gerenciamento em toda a Escritura. A Bíblia registra inúmeras ocasiões em que
Deus, pelo exemplo, ou homens espirituais, através do seu procedimento,
demonstram este processo enquanto desempenham seus papéis como líderes
e gerentes.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 39


No livro de Hebreus, a importância de controlar é evidenciada pelo seguinte
exemplo de Deus Pai: “Filho meu, não menosprezes a correção que vem do
Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige
a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que
perseverais (Deus vos trata como filhos); pois, que filho há a quem o pai não
corrige? (Hebreus 12.5b-7).

Na construção do tabernáculo, vemos que Moisés desempenhou um papel


muito específico de “controlador”: “Assim se concluiu toda a obra do
tabernáculo da tenda da congregação; e os filhos de Israel fizerem tudo
segundo o Senhor tinha ordenado a Moisés; assim o fizeram. Depois trouxeram
a Moisés o tabernáculo, a tenda e todos os seus pertences... Viu, pois, Moisés
toda a obra, e eis que a tinham feito, segundo o Senhor havia ordenado; assim
a fizeram e Moisés os abençoou” (Êxodo 39.32,33a, 43).

Lemos em Atos 15.36 que Paulo disse a Barnabé: “Voltemos agora para visitar
os irmãos por todas as cidades, nas quais anunciamos a palavra do Senhor,
para ver como passam”. Ele estava interessado em medir o progresso que
havia sido feito.

As epístolas que compõem boa parte do Novo Testamento são exemplos do


acompanhamento feito por várias pessoas, especialmente Paulo, com relação
a igrejas ou indivíduos que elas conheciam ou a quem ministravam de alguma
forma.

PRINCÍPIOS DE CONTROLE

Controlar é uma atitude.

O dicionário define “atitude” como uma disposição. Para exercer um controle


eficaz, o administrador deve estar disposto a gerenciar o plano com vistas a
torná-lo realidade. Ele deve sentir a responsabilidade de alcançar os objetivos
estabelecidos no plano. No setor de controle, mais do que em qualquer outra
área de administração, o uso mecânico dos instrumentos que estamos
discutindo não produzirá resultados.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 40


Isto é exemplificado pelo executivo que recebe relatórios em todas as fases da
operação. Mas, em vez de investir tempo comparando os resultados reais com
os alvos estabelecidos e fazendo os ajustes necessários, ele se envolve
ativamente em algum projeto ou fase do plano em si.

A atitude de querer saber como o processo está-se desenrolando e a


disposição para encarar os obstáculos de frente e resolver as condições
difíceis são elementos necessários para o administrador capaz.

O controle é o braço direito do planejamento.

O planejamento e o controle estão intrinsecamente ligados. O plano mais bem


definido e elaborado automaticamente levará ao sistema de controle mais
eficiente. Se você tiver identificado em seu plano as atividades necessárias
para alcançar os objetivos, estabelecido as datas-alvos em seu programa, e
preparado os sub-objetivos (com quantos números for possível), muitos dos
fatores contribuintes para o desenvolvimento de padrões de desempenho e
formulários de relatório de controle ficarão evidentes.

COMO CONTROLAR

Estabeleça padrões de desempenho.

Os padrões de desempenho são condições explícitas, mensuráveis, que


deverão existir quando um trabalho é feito de maneira aceitável. Sua fonte
deve ser principalmente o PROGRAMA do seu plano. Se forem identificados
claramente antes de você implementar o plano, os padrões podem servir como
um contrato entre você e seu pessoal, mostrando indiscutivelmente o que é
esperado deles. Isto terá também um valor de motivação.

Como preparar padrões de desempenho por escrito:

Com base na sua descrição de trabalho, faça uma lista de cada


responsabilidade importante que lhe foi atribuída.

Depois de cada responsabilidade, declare a (s) condição (ões) que você julga
que deverá (ão) existir quando você cumprir essa responsabilidade. Para tornar
as respostas o mais definitivas possível, use datas e atividades extraídas de

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 41


seu programa de planejamento. Tente também responder às perguntas: O
quê? Como? Quando? Quantos?

Submeta o resultado, já em forma de documento, à aprovação da pessoa a


quem você é subordinado.

Avalie os resultados.

Alguém poderia perguntar: “Se estou confiando em Deus, por que devo
preocupar-me com os resultados?”. Existe uma diferença entre estar
interessado ou preocupado com os resultados e saber quais são os resultados.

O apóstolo Paulo se envolveu intensamente na coleta de informações sobre os


resultados de seus primeiros esforços missionários, fazendo visitas pessoais e
enviando outros como Timóteo para visitar as igrejas. A seguir, ele aplicou
medidas corretivas quando necessário, como no caso da carnalidade na igreja
de Corinto. Mas a base para os seus atos era sempre a informação sobre o
que estava acontecendo.

Durante sua permanência na terra, Jesus mostrou interesse pelos resultados:


“Reuniu os doze discípulos, e os enviou de dois em dois, com poder para
expulsar demônios... Chegou o dia em que os apóstolos voltaram da viagem.
Vieram a Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e o que haviam dito ao
povo que visitaram” (Marcos 6.7,30).

O Senhor enviou Seus discípulos em uma missão. Na volta, Ele os reuniu e fez
com que contassem o que havia acontecido. A aplicação deste princípio é vital
para a administração eficaz. Em qualquer empreendimento, seja a
implementação de um plano, um projeto ou uma reunião, é imperativo saber o
que aconteceu e quais foram os resultados.

Para ter um quadro completo do que aconteceu, você deve avaliar duas coisas:

Implementação do plano.

Avaliar a implementação do seu plano envolve um processo em três passos:

Passo 1. Determine o que você quer avaliar.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 42


Os membros da família dos felinos carnívoros atacam por instinto a veia jugular
de suas vítimas, o que lhes permite matá-las rapidamente.

Ao determinar o que avaliar, você terá de empregar este mesmo “instinto da


jugular”, isto é, identificar as áreas de seu plano que sejam muito importantes,
cruciais para o seu sucesso. Essas áreas irão tornar-se então a “veia jugular”
que você deve monitorar continuamente.

Uma palavra de advertência! Até que você identifique essas áreas jugulares, a
tendência será de receber tamanha quantidade de informação, que você
poderá desviar-se do que é importante, atolado no que é rotineiro.

A fim de identificar as áreas jugulares, examine a sua folha de trabalho do


programa e os padrões de desempenho desenvolvidos. As pessoas costumam
valorizar e fazer o que você inspeciona em vez de dar atenção ao que você
espera. Assim sendo, é importante que os padrões que você espera sejam
refletidos de alguma forma ao medir os resultados.

Passo 2. Determine com que freqüência ou quando avaliar cada área.

Você descobrirá que algumas áreas necessitam de monitoração diária. Por


exemplo, uma situação de seca levaria você a verificar o nível da água no fim
de cada dia. Grande parte das áreas, todavia, pode ser mais bem monitorada
numa base semanal ou mensal. Isto permite um intervalo de tempo suficiente
para resumir os acontecimentos diários de uma maneira que se acentue o que
é significativo.

Passo 3. Determine o melhor método para obter a informação.

O apóstolo Paulo se utilizou de visitas pessoais, cartas e outros discípulos


para avaliar o progresso das igrejas. Cada método que você possa empregar
para reunir informação terá um ponto positivo particular e uma fraqueza
correspondente. Desse modo, será geralmente necessário utilizar mais de um
método para conseguir a informação necessária. Aplique o (s) método (s) mais
apropriado (s) às áreas jugulares específicas.

Segue-se um breve sumário de alguns dos métodos mais comumente usados


para medir resultados:

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 43


(1) Resumo estatístico.

O resumo estatístico é uma compilação numérica de resultados avaliados. Este


é o melhor meio de obter feedback quantitativo. Sempre que possível, o
resumo estatístico deve fornecer uma comparação dos resultados reais com os
números-alvos. Isso lhe dá uma indicação de seu progresso com relação aos
padrões de desempenho que foram estabelecidos.

(2) Resumo descritivo.

O objetivo do resumo descritivo é detalhar ou explicar certa situação ou evento.


Por exemplo, você pode notar em seus resumos estatísticos uma área que não
está funcionando como esperado. Seria então útil obter um resumo breve do
responsável por essa área, no qual ele examinaria a situação e tentaria
identificar o motivo de suas expectativas não terem sido satisfeitas. Um resumo
descritivo também pode ser usado para comunicar ao chefe as atividades de
um subordinado durante um período determinado.

(3) Observação pessoal.

A observação pessoal, embora de natureza altamente subjetiva, às vezes


provê informação valiosa sobre o moral, o entusiasmo e a dedicação da sua
equipe. Tomar tempo para observar uma situação de trabalho lhe dará uma
visão dos problemas que os relatem.

Embora seja importante identificar o melhor método de receber feedback numa


área determinada, não esqueça que vários métodos precisam ser empregados
em conjunto, caso você deseje uma visão total do que está ocorrendo.

Progresso do pessoal.

Uma das áreas mais importantes a ser avaliada é o progresso dos seus
subordinados. Tempo específico deve ser separado a cada seis meses para
realizar entrevistas individuais com cada um de seus funcionários. Os objetivos
das entrevistas são três:

Estabelecer uma atmosfera de comunicação e diálogo franco entre você, que é


o administrador, e seus subordinados.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 44


Chegar a um curso de ação específico para o progresso do indivíduo.

Fornecer aos seus subordinados feedback sobre a sua avaliação.

Escolha uma época folgada do ano e um local livre de interrupções. Comece a


entrevista com oração, pedindo para Deus dirigir esse período em que vocês
estarão juntos. Mantenha uma atitude aberta e seja flexível. Faça perguntas e
ouça as respostas. Não pregue um sermão ao seu subordinado.

Para abrir a discussão, você pode examinar o formulário que ele preencheu
sobre o próprio desempenho e fazer perguntas sobre quaisquer desvios em
relação à sua avaliação. É importante não usar o formulário preenchido por
você sobre o indivíduo em questão, fazendo uma comparação explícita ponto a
ponto. Quando a entrevista estiver terminando, procure obter sugestões da
parte de seu subordinado sobre passos definitivos para melhorar os seus
pontos fracos.

Ao concluir a entrevista, reexamine a avaliação que você fez do progresso


dele, acentuando os pontos principais – potencial progresso geral, pontos
fortes e fracos. Antes de encerrar a entrevista, verifique se está sendo
específico nas expectativas de progresso para áreas que você e ele
identificaram como necessitados de aperfeiçoamento imediato. Depois da
entrevista, fique atento para checar se ele tomou as providências requeridas.
Verifique se você, como administrador, está fornecendo o feedback adequado
para encorajar em seu progresso.

Faça correções.

Depois de ter estabelecido seus padrões de desempenho e implantado um


sistema de avaliação, você começará a ver algumas das seguintes situações:
resultados reais abaixo dos padrões estabelecidos, implementação que não
satisfaz o programa indicado em seu plano, objetivos não alcançados,
tendências que serão desastrosas se continuarem, ou repetição de áreas
problemáticas. É nesta ocasião que o administrador realmente capaz irá agir, a
fim de efetuar correções e ajustar os desempenhos em conformidade com o
plano, ou, quando necessário, até mudar o plano.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 45


Trata-se de uma exceção e não de regra, quando, depois de planejar,
organizar e controlar, você descobre que alcançou os seus objetivos sem fazer
mudanças no plano ou sem vencer obstáculos e resolver problemas. A Palavra
de Deus nos ensina o princípio da flexibilidade na maneira como alcançamos
os objetivos que Ele nos deu.

Depois de receber a Grande Comissão para ir e pregar ao mundo o evangelho,


os discípulos tiveram ordem para permanecer em Jerusalém até que o Espírito
Santo viesse sobre eles. Todavia, eles continuaram na cidade mesmo depois
do Dia de Pentecostes. De fato, o plano deles restringia grande parte de suas
atividades a Jerusalém. Entretanto, através do instrumento da perseguição,
Deus mudou o plano dos discípulos, a fim de incluir a Judéia e Samaria. Outra
intervenção de Deus, assim como o coração fechado dos judeus, levou Pedro e
Paulo ao mundo gentio.

O objetivo estava sempre diante de Paulo em seu ministério, mas o seu plano
foi continuamente alterado por Deus. O resultado: o objetivo foi alcançado, mas
não da maneira prevista pelo apóstolo. É importante compreender, porém, que
Paulo nunca deixou de ter um plano. Ele se mostrou extremamente estratégico
na seleção das cidades que visitava e metódico em suas atividades em cada
cidade.

A aplicação disto é dupla para nós. Primeiro, depois de orar e estabelecer o


seu objetivo seja perseverante em manter esse objetivo. Segundo, mostre
flexibilidade ao fazer ajustes no programa, permitindo que o Espírito de Deus
tenha toda a oportunidade para influenciar e dirigir o seu curso de ação.

Como fazer correções:

Identifique o problema.

O ponto inicial ao determinar o que deve ser ajustado é verificar se você


identificou o verdadeiro problema.

Muitas vezes o que julgamos ser um problema é simplesmente um sintoma de


um problema mais básico e subjacente. O desafio do administrador é distinguir
entre o sintoma e o problema.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 46


Poderíamos aprender muito com os médicos nesta área. Eles foram treinados
para procurar a verdadeira doença, em vez de tratar simplesmente os
sintomas.

A fim de determinar o verdadeiro problema, trate inicialmente tudo como se


fosse um sintoma. A seguir considere os vários fatores que possam estar
provocando o sintoma, e o verdadeiro problema começará a subir à superfície.

Estabeleça critérios claros para escolher a solução satisfatória.

Neste estágio você precisa afastar-se do problema e conceituar as condições


ou os critérios que devem ser usados para encontrar uma solução adequada
ao problema. Este passo deve preceder a consideração de alternativas, porque
só quando você tiver identificado adequadamente os seus critérios é que terá
uma base para avaliar as alternativas. Qualquer um pode tomar uma decisão
errada, mas ninguém precisa tomar uma decisão que desde o início deixe de
satisfazer os critérios escolhidos.

Chegue às alternativas.

Reuniões envolvendo a participação e as sugestões de várias pessoas


ajudarão você a obter algumas alternativas bastantes criativas (Brainstorming).

Uma regra básica é necessária nesse tipo de reuniões inspiradas — nenhuma


idéia deve ser criticada (haverá muito tempo para isso mais tarde). Isto mantém
uma atmosfera muito positiva.

Depois que o período de apresentação de idéias terminar, comece a avaliar as


alternativas em relação aos critérios estabelecidos. As diferenças de opinião
podem ser ventiladas neste ponto.

O mundo científico tem um modo peculiar de lidar com as opiniões — os


cientistas as chamam de hipóteses não-provadas e as testam em vez de
discutir sobre elas. Uma aplicação deste princípio ao mundo administrativo
pode encurtar e aperfeiçoar o processo de tomada de decisões.

Todas as opiniões devem ser tratadas como hipóteses não-provadas. Procure


identificar os fatos necessários para apoiar cada hipótese. A seguir, analise os

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 47


fatos disponíveis e determine se são realmente válidos, ou exija testes que
dêem a informação necessária.

Escolha uma alternativa.

Comece avaliando quão eficazmente cada alternativa irá satisfazer os critérios


que você estabeleceu.

É neste estágio que inúmeros executivos ganham uma úlcera. Todavia, isto
não precisa acontecer com o cristão controlado pelo Espírito, pois, pela fé, ele
pode pedir sabedoria diretamente a Deus. Em Tiago 1.5 lemos: “Se, porém,
algum de vós necessita de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá
liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”. Coloque todas as
alternativas diante do Senhor e permita que Ele influencie os seus
pensamentos ao buscar uma solução.

Tiago 1.6 continua com outra advertência — seja decidido. Tiago nos exorta a
pedir “com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do
mar, impelida e agitada pelo vento”.

Peça que Deus ajude você a determinar a alternativa a ser empregada. Você
deve então estar disposto a seguir em uma direção específica, certo de que
Deus vai dirigir seu curso de ação.

Desenvolva a implementação.

É na implementação, mais do que em qualquer outro ponto, que até as


melhores decisões podem falhar. A não ser que uma decisão se converta em
ação, não é uma decisão. Harry Truman (ex-presidente) fez este comentário
quando o general Eisenhower foi eleito presidente dos Estados Unidos: “Pobre
Ike. Quando era general, dava uma ordem e ela era executada. Agora ele vai
sentar-se naquele escritório enorme, dará uma ordem, e nada acontecerá”. Isto
enfatiza novamente a importância de confiar na implementação. Que passo
você dará para implementar a sua decisão? É necessário pensar muito bem
sobre isso ao tomar uma decisão.

Antes do início da implementação, porém, é importante perguntar: “Preciso agir


agora?”. Se você estiver numa situação em que tudo parece desmoronar sobre

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 48


a sua cabeça, não será difícil perceber que precisa fazer algo. Ou se surgir
uma oportunidade de tirar proveito de uma situação única que talvez não se
repita, você pode também agir com presteza. Mas a maior parte das decisões
que você tomar estará entre esses dois extremos óbvios. Uma boa regra para
ajudá-lo a determinar se você deve ou não pôr imediatamente em prática uma
decisão é avaliar os benefícios e o custo das medidas que serão tomadas. Se
os benefícios forem maiores que o custo, coloque a decisão em prática.

Avalie sua decisão.

Se você tomou a decisão certa, os sintomas que percebeu antes devem


desaparecer. Em caso negativo, você tem então oportunidade de reavaliar a
sua decisão e reiniciar o processo.

Em resumo, controlar é o processo de assegurar que o plano, com seu objetivo


e programa, seja implementado. Controlar, combinando o desejo de alcançar o
objetivo planejado, com o uso de instrumentos específico – padrões de
desempenho, relatórios de feedback e correções torna possível coloca o plano
em execução.

Qual a diferença entre liderança formal e informal?

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Cite algumas características de um líder.

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Qual a importância de controlar no processo da administração?

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UNIDADE 3

a. A igreja cristã e seus ministérios

b. Igreja como pessoa jurídica

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IV – A IGREJA CRISTÃ E SEUS MINISTÉRIOS

O nosso escopo nesta seca abrange a liderança eclesiástica, ou seja, a


condução de grupos específicos, no âmbito da Igreja, que reúne pessoas com
as mesmas convergências de idéias e ação em busca dos mesmos propósitos.
A melhor passagem bíblica (ainda que trate dos dons ministeriais) para definir
conceitualmente como atua essa liderança e qual o seu objetivo encontra-se
em Efésios 4.11-16:

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento
dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até
que todos cheguemos a unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a
varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos
mais meninos inconstantes, levados por todo vento de doutrina, pelo engano
dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a
verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do
qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas,
segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua
edificação em amor.”

Este é não só o padrão universal de liderança que Deus estabeleceu para sua
Igreja. É também a descrição dos propósitos, definidos e mensuráveis, que Ele
propôs para serem alcançados. É, por assim dizer, o plano de vôo que o piloto
da aeronave tem em mãos para chegar ao destino.

Os dons ministeriais são, portanto, a constituição do legítimo exercício da


liderança eclesiástica para conduzir o corpo de Cristo aos verdadeiros
propósitos para os quais ele veio à existência. Qualquer outra liderança em
outros departamentos da igreja deve seguir o mesmo padrão. Quais são,
todavia, esses propósitos?

Treinamento, v. 12
Realização, v. 12

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 51


Edificação, 12
Unidade, v. 13
Conhecimento, v. 13
Similitude, v. 13
Firmeza, v. 14
Crescimento, vv. 15, 16

Modelos de administração Eclesiástica


Antes de irmos mais a fundo no departamento da administração, precisamos
verificar alguns modelos de administração eclesiástica.

O Governo Presbiteriano – Aqui o poder emana das assembléias, sínodos,


presbitérios e sessões, como acontece na igreja escocesa, luterana e nas
igrejas presbiterianas.

O Governo Congregacional – Neste modelo sobressai o autogoverno, ou


seja, cada igreja se administra mediante a voz da maioria de seus membros,
como sucede entre os batistas, os congregacionais e alguns outros grupos
evangélicos.

O Governo Episcopal – No sistema episcopal o poder pertence aos bispos


diocesanos e ao clero mais alto, como acontece nas igrejas romana, grega,
anglicana e na maior parte das igrejas orientais.

O Governo Representativo - Essa forma de governo, é caracterizada pela


eleição de delegados, para voto em assembléias, para escolha dos dirigentes
por um determinado período de tempo. Essa é a forma de governo adotada
pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Interação entre Instituições – O sistema de governo adotado pela Assembléia


de Deus na Bahia está relacionado com o sistema congregacional, onde as
decisões são tomadas em Assembléia Geral, respeitando a vontade da maioria
dos seus membros. No entanto, a igreja se submete a decisão convencional,
além da influência convencional na estrutura de governo e na manutenção e
uniformidade doutrinária.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 52


Neste ponto surge uma pergunta: que modelo se adéqua aos princípios
bíblicos para a Igreja? Comecemos por eliminação. O modelo episcopal é o
que mais se distancia do padrão primitivo, pois exclui a participação da
Assembléia nas decisões e põe todo o peso no colegiado de bispos ou no
próprio Papa, em se tratando do romanismo, que possui o infalível e exclusivo
poder de comandar a igreja.

O livro de Atos e as epístolas mostram, ao contrário, uma igreja participativa


com ênfase para o governo local conduzido pelo pastor, bispo ou presbítero
(são termos sinônimos), com o apoio da junta diaconal para as atividades
temporais da igreja e tendo a Assembléia como o poder máximo de decisão.

Os principais historiadores são unânimes em reconhecer que esse era o


modelo da igreja primitiva. Moshiem, citado em Administração Eclesiástica,
afirma que “a voz principal pertencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de
cristãos”. Os líderes locais reuniam-se para o estudo prévio dos assuntos (At
15.6), mas qualquer decisão era tomada pela igreja (At 15.22).

As cartas do Apocalipse reforçam a tese. Perceba que elas não se destinam a


um colegiado de bispos ou a um Sumo Pontífice, mas ao líder de cada igreja, o
qual é severamente cobrado pelo Senhor quanto a sua árdua responsabilidade.
Em nenhum momento há a suposição de um colegiado universal para decidir
os rumos da Igreja sem a participação dos crentes.

Assim, o modelo bíblico privilegia a igreja local. Embora possa estar ligada a
uma estrutura denominacional, à luz do Novo Testamento ela é soberana em
sua constituição, ação e em seus atos disciplinares. É ela quem indica seus
candidatos ao ministério e os submete aos critérios convencionais para a
ordenação, e não o contrário.

Ou seja, o modelo que mais se aproxima do padrão primitivo é o que conjuga


os principais aspectos do modelo congregacional com alguns aspectos do
modelo presbiteriano.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA IGREJA

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 53


Existem alguns pontos importantes que precisamos conhecer no que tange a
parte administrativa e organizacional da igreja.

O organograma

O organograma é o ordenamento funcional da estrutura eclesiástica. Há


pequenas diferenças de uma para outra, dependendo das peculiaridades
locais, mas basicamente as igrejas adotam o mesmo modelo.

Na criação de um organograma deve-


se levar em consideração que ele é
uma representação da organização em
determinado momento e, pode,
portanto, mudar. Para isto ele deve ser
flexível e de fácil interpretação.
Quando o organograma é bem-
estruturado ele permite aos
componentes da organização (Igreja)
saber exatamente quais suas funções
e a quem devem se reportar.

Ao lado vemos o modelo de


organograma em forma de quadro representativo:

Ministérios

As possibilidades de ministérios dentro da estrutura eclesiásticas são infinitas.


Porém, iremos listar abaixo alguns ministérios considerados como
fundamentais para o bom funcionamento da igreja.

Corpo ministerial

Compõe-se dos pastores e representantes que servem à igreja, seja na sede,


seja nas congregações, os quais se reúnem sob convocação do presidente
para a discussão prévia dos assuntos que serão levados à ordem do dia para a
apreciação da Assembléia.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 54


Ministério de Administração

Como o próprio nome indica, esse departamento cuida das questões


administrativas e responde pelas seguintes áreas: Serviços Gerais, Diaconia,
Obras, Compras e Almoxarifado, Patrimônio, Transportes, Segurança e
Finanças etc.

Nesse ministério pode haver um conselho administrativo, ou ainda essas


tarefas são executadas pela secretária da igreja, que faz parte desse
ministério.

Igrejas bem administradas valorizam um (a) bom (a) secretário (a), de


preferência que seja voltado (a) para tarefas e estruturada, com iniciativa e
habilidades específicas da função. A secretaria deve ter um espaço físico
adequado reservado para fixar alguns móveis ou equipamentos indispensáveis
a tarefa a ser realizada (mesas, arquivos, computadores, etc). Arquivo merece
um destaque, pois aqui estarão guardados os documentos da instituição e que
se forem extraviados podem causar sérios problemas ao Pastor que responde
judicialmente pela igreja.

Ministério de Evangelização e Missões

Estas são basicamente as suas áreas de atuação: Cruzadas Evangelísticas,


Evangelismo Explosivo, Hospitais e Presídios, Casas de Recuperação, Grupos
Alternativos, Missões Nacionais e Missões Transculturais etc

Ministério de Educação Cristã

Estão sob sua responsabilidade as seguintes áreas: Escola Bíblica Dominical,


Integração e Discipulado, Cursos Teológicos e Seminários de Formação e
Reciclagem etc..

Ministério de Assistência Social

Compreende basicamente as seguintes tarefas: Atendimento Ambulatorial,


Farmácia, Caixa auxílio, Cestas Básicas e Campanhas Sociais Creches
Escolas etc

Ministério de Apoio Espiritual

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 55


O Departamento de Apoio Espiritual é de vital importância para a vida da igreja.
Estão sob sua coordenação as seguintes áreas: Movimento de Oração,
Visitação Doméstica, Apoio Pastoral e Aconselhamento.

Ministério de Música

Cuida dos Grupos Musicais, Equipe de Louvor e Formação de Músicos e


Adoradores.

Ministério de Núcleos de Crescimento

Esta é outra área importante de sustentação do crescimento da igreja. Aqui


estão os núcleos (ou grupos familiares), que dispõem de uma estrutura própria
para o seu desenvolvimento assim estabelecido: coordenador geral,
supervisores de áreas, dirigentes, vice-dirigentes e secretários de núcleos.

Ministério de integração (recebimento de novos membros)

O crescimento da igreja é um alvo a ser constantemente buscado. Ele se dá


em três direções: 1) crescimento vertical (para com Deus); 2) crescimento
horizontal (uns para com os outros), e 3) crescimento quantitativo (a inclusão
de novos membros). Os dois primeiros podem ser denominados de
crescimento qualitativo. Eles representam os três primeiros objetivos da
Declaração de Propósitos de Rick Warren: Celebrar a Deus, ministrar ao
próximo e ensinar a obediência. O crescimento quantitativo corresponde aos
dois últimos objetivos da mesma declaração: batizar e fazer discípulos. Uma
igreja que cresce em qualidade o resultado será o crescimento quantitativo.
Uma coisa chama a outra. Assim, há três maneiras de se receberem novos
membros na igreja:

- Pela Regeneração e batismo - Os que se convertem devem ser preparados


e levados ao batismo depois de conhecerem o significado do batismo bem
como os propósitos da igreja, tomando assim conhecimento de seus deveres e
privilégios como membros do Corpo de Cristo

- Por carta de transferência - Aqui se refere àqueles que vêm com carta de
transferência de outras igrejas.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 56


- Recebimento de desviados - Neste caso, há duas considerações a fazer: se
ele foi membro da mesma igreja e agora está de retorno, precisa renovar seus
compromissos para ser recebido e dar claro testemunho de sua decisão. Mas
se sua origem é diferente, é recomendável informar a sua nova condição à
igreja de onde se desviou para que então possa ser livremente recebido.

É importante salientar que as pessoas se encaixam nos ministérios de acordo


com dos dons e talentos que Deus dá a cada um. Mas para os líderes de
ministérios cabem algumas qualidades que a bíblia nos exige.

Nem todos têm perfil para o exercício da liderança formal. Em se tratando da


liderança eclesiástica, aí o funil se torna mais estreito. Em primeiro lugar,
descobre-se em Efésios 4.11-16 que Deus é quem estabelece a liderança
eclesiástica – não o homem. Em segundo lugar, as qualificações de 1 Timóteo
3.1-7 para os líderes exigem um elevado padrão de excelência. A sua forma de
conduta tem de estar acima da média. Tudo o que os bons livros de liderança
propõem para os bons líderes encontra-se na Bíblia. Eles apenas traduzem em
linguagem contemporânea aquilo que já está descrito na Palavra de Deus.

Planejamento Estratégico

Igrejas bem administradas sabem para onde estão indo. Elas possuem uma
declaração de visão e missão, tem estratégias e valores centrais claramente
definidos, um cronograma que norteia suas atividades com objetivos e alvos a
curto, médio e longo prazo, e um organograma que permite a todos
visualizarem como a igreja está estruturada dentro da visão.

Uma visão sem plano (que inclua metas mensuráveis) é simplesmente um


sonho. Dificilmente se realizará.

O escopo da organização

Conforme citação do livro Planejamento e gestão eclesiástica, de Eliel Gaby, o


escopo de uma organização, segundo Takeshy Tachizawa e Wilson Rezende,
“é um rol de elementos que formam um conjunto de padrões, princípios
fundamentais, propósitos, idéias e valores que precedem e embasam as ações
tomadas na organização. Traduz o espírito da organização, a sua ideologia, a

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 57


sua visão de mundo, o verdadeiro motivo da sua existência, e nos da em ultima
analise a “constituição” dessa organização”.

Geralmente, esse escopo, no ambiente eclesiástico, é verificado no Estatuto da


igreja. O problema é que grande parte dos membros não o conhece, por falta
de interesse ou pela falta de acesso a ele.

Um escopo é definido quando verificamos três etapas: a missão, a visão e os


valores permanentes.

A missão – Missão é a razão de ser da organização, para o que ela serve,


qual a justificativa de sua existência para a sociedade, ou seja, qual a função
exercida por ela. Como exemplo de missão, podemos visualizar de forma
concreta o estabelecido por uma instituição de ensino superior teológico, por
exemplo:

“A missão desta instituição de ensino consiste em desenvolver um ensino de


qualidade, gerando e transmitindo conhecimentos e interagindo com a
comunidade através de ações religiosas, educacionais e sociais, visando à
formação integral do ser humano e uma sociedade mais justa”.

A visão – Visão é o estado que a organização deseja atingir no futuro. A visão


tem a intenção de propiciar o direcionamento dos rumos da organização. A
visão ajuda os membros da instituição a visualizar o quadro futuro que a
organização deseja alcançar. Segue abaixo o exemplo da declaração de visão
de uma emissora de rádio cristã:

“Ser um canal de comunicação que propaga a mensagem do evangelho de


Cristo e proporciona emoção, bem estar, entretenimento e informações,
estabelecendo um vínculo entre o programador e o ouvinte com excelência nos
serviços prestados”.

Os valores permanentes - Esses valores são o conjunto de doutrinas, credos,


padrões éticos e princípios que orientam as ações da organização ao longo do
tempo e independem das metas, dos objetivos, e das estratégias por ela
adotadas. Expressa valores que a organização não está predisposta a
transgredir na consecução de sua missão/visão.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 58


Os valores da igreja fundamentam-se nos conceitos bíblicos. O valor é
doutrinário. A doutrina precisa ser conhecida pelos membros. O mesmo deve
ser dito sobre a declaração de fé da igreja ou seu credo.

Liderança Descentralizada

Igrejas bem administradas investem tempo e recurso no treinamento de


liderança e formação de equipes, para que os diversos serviços (ministérios)
sejam realizados de forma eficiente, sem haver sobrecarga para uma minoria e
principalmente para o pastor. As principais decisões são tomadas de forma
interdependente com a participação das pessoas que precisam estar
envolvidas, mas sem anular a direção e principal voz de comando.

Formação de Administradores

Igrejas bem administradas têm a preocupação de descobrir pessoas com o


dom de administração, para serem capacitadas e distribuídas nas mais
diferentes equipes de ministério da igreja. Toda equipe para funcionar bem
precisa ter pessoas com os seguintes dons: Liderança, Administração e
Intercessão.

Prestação de relatórios

Igrejas bem administradas desenvolvem uma cultura de prestação de contas


através de relatórios simples e fáceis de serem preenchidos. Esse pequeno
instrumento tem o poder de oferecer informações precisas que ajudam no
diagnóstico dos pontos fortes e fracos da Rede Pastoral e Ministerial de uma
igreja, bem com da própria rede administrativa. Isso permite que a cada três ou
quatro meses, seja apresentado um relatório geral através de gráficos que
mostrarão a saúde da igreja. Alguns modelos de relatórios incluem:

• Relatório pastoral

• Relatório dos grupos familiares, grupos de discipulado, grupos de apoio

• Relatório financeiro

• Relatório das equipes de ministérios

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 59


Orçamento Financeiro

Igrejas bem administradas trabalham dentro de um orçamento financeiro anual.


Sua receita não é gasta de forma improvisada, momentânea e irresponsável. O
orçamento financeiro permite que todas as estratégias tenham os recursos
necessários para serem aplicados durante o ano. Implantar Grupos Familiares,
Restauração e outras estratégias em sua igreja e não separar recursos no
orçamento para subsidiar o desenvolvimento do processo durante o ano é
praticamente assinar o atestado de óbito dessas estruturas. O orçamento da
igreja precisa refletir a visão e valores que foram abraçados.

Agenda Anual

Igreja bem administrada tem uma vida simples que não induz os membros a
inverterem as prioridades divinas. Suas atividades refletem a visão e missão,
são organizadas dentro das estratégias e seguindo o critério de priorizar
conforme sejam indispensáveis, importantes e opcionais. A agenda, tanto da
Rede Pastoral como Ministerial, são trabalhadas com base nesses
pressupostos e principalmente de forma interdependente. Portanto, algumas
das perguntas chaves feitas nessa igreja são:

O que essa atividade tem haver com nossa visão e missão?

Essa atividade já estava prevista dentro dos objetivos do Planejamento


Estratégico?

Como essa atividade poderia ser classificada para nosso momento:


Indispensável, Importante ou Opcional?

Ela tem como entrar na coordenação sem trazer sobrecarga e inversão de


valores?

Contabilidade

É impossível obter boa e legal administração sem uma contadoria bem


elaborada. É imprescindível que o contador mantenha os documentos
contábeis atualizados e devidamente atualizados; apresente o Q.D.F. (Quadro
Demonstrativo Financeiro) mensal e anualmente para ser publicado no Diário

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 60


Oficial, ao final de cada ano faça a Declaração do Imposto de Renda e seja
responsável pela atualização do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).

Reuniões Facilitadoras

Igrejas bem administradas ensinam sua liderança para fazerem reuniões


objetivas, bem elaboradas com princípios, técnicas e dinâmicas facilitadoras, e
acima de tudo com orientação e unção divina, onde as pessoas sentem prazer
em participar e podem testemunhar a presença do Espírito de Deus.

V - IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA

Não obstante aceitarem os evangélicos que sua regra de fé e prática é a Bíblia,


devem reconhecer, no entanto, que estão sujeitos às leis do país. De acordo
com a Lei todas as entidades religiosas, para poderem exercer suas atividades,
são obrigadas a se tornarem “pessoa jurídica”, afim de que sejam reconhecidas
pela lei e tenham sua existência legal.

Contexto histórico

Inicialmente, precisamos tratar do processo de laicização que ocorreu em


quase todos os países do mundo, inclusive o Brasil.

Um Estado secular, ou estado laico, ocorre quando o poder do Estado é


oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se
opondo a nenhuma religião.

Estes estados seculares tratam todos seus cidadãos igualmente,


independentemente de sua escolha religiosa, e não dão preferência a
indivíduos de certa religião. Além disso garante e protege a liberdade religiosa
e filosófica de cada cidadão, evitando que alguma religião exerça controle ou
interfira em questões políticas.

O ideal do estado laico surge após a revolução francesa, quando os


revolucionários franceses cortam todos os laços políticos com a Igreja, mas
permitem a sua existência como entidade fundamental da sociedade.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 61


No Brasil, o processo de laicização se iniciou na época do Império. Neste
período, embora o catolicismo mantivesse seu status de credo oficial
subsidiado pelo Estado, as demais religiões tiveram permissão para efetuar
seus cultos, visto que a Constituição 1824 garantia o princípio de liberdade
religiosa.

A queda do Império em 1889, deu lugar a um regime republicano e uma nova


Constituição foi promulgada em 1891, a qual sofreu influência dos processos
de laicização da França e dos Estados Unidos.

A separação entre Igreja e Estado promulgada pela Constituição de 1891 tem


sido mantida desde então. A atual Constituição do Brasil, em vigor desde 1988,
assegura o direito à liberdade religiosa individual de seus cidadãos, e proíbe o
estabelecimento de igrejas estatais.

Em termos simples: o Estado não dita as normas da Igreja e a Igreja não dita
as normas do Estado.

Constituição Federal de 1988

Na constituição Federal de 1988, o processo de separação entre Estado e


Igreja é demonstrada pelos seguintes artigos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

...

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado


o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa


nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de


convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 62


obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-


lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse público;

Pela leitura dos artigos acima percebe-se que o Estado não interferirá nas
crenças religiosas, não importando a sua origem, ou seu conteúdo, desde que
essas crenças não entrem em conflito com outros princípios constitucionais
existentes, tal como direito a vida. Acaso surja uma Igreja que pregue o
sacrifício humano, está manifestação de culto será vedada pelo poder público.

Uma característica peculiar aos artigos mencionados acima é que são todos
cláusulas pétreas da Constituição, isto é, são artigos que não podem ser
excluídos da Constituição ou terem seus efeitos diminuídos.

Além dos artigos acima, outros artigos da Constituição Federal também


demonstram o processo de laicização, porém estes estudaremos quando
tratarmos de tributos.

Criação de uma Igreja e sua inserção no mundo jurídico

Vimos até agora que o Estado não interfere na crença religiosa, contudo,
apesar desta liberdade, a criação de uma Igreja obedece, sim, a preceitos
jurídicos.

O Código Civil afirma que as Igrejas são pessoas jurídicas de direito privado,
conforme abaixo:

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e


de direito privado.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

...

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 63


IV - as organizações religiosas;

...

§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o


funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder
público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e
necessários ao seu funcionamento.

O instituto da pessoa jurídica é uma técnica de separação patrimonial. Os


membros dela não são os titulares dos direitos e obrigações imputados à
pessoa jurídica. Tais direitos e obrigações formam um patrimônio distinto do
correspondente aos direitos e obrigações imputados a cada membro da pessoa
jurídica. Ou seja, a idéia da pessoa jurídica é uma “ficção” criada pelo direito
para que conjuntos de pessoas fossem tratados como um indivíduo.

O documento que representa a criação de uma Igreja chama-se ESTATUTO.


Neste documento será estruturado e disciplinado o funcionamento da Igreja
(sua crença, como funcionará, quem comandará, etc.).

Posteriormente, a Igreja deverá criar o seu CNPJ (Cadastro Nacional de


Pessoas Jurídicas) junto à Receita Federal. Ao número do CNPJ serão
vinculadas todas as informações tributárias da Igreja.

Além do CNPJ, as Igrejas precisarão buscar o Alvará para funcionamento junto


à Prefeitura do Município onde a Igreja se localiza. Infelizmente, cada Município
possui a própria legislação pertinente ao assunto, razão pela qual não
poderemos tratá-lo aqui.

Desconsideração da Personalidade Jurídica

Como mencionamos anteriormente, o instituto da pessoa jurídica é uma técnica


de separação patrimonial. Os membros dela não são os titulares dos direitos e
obrigações imputados à pessoa jurídica. Tais direitos e obrigações formam um
patrimônio distinto do correspondente aos direitos e obrigações imputados a
cada membro da pessoa jurídica. Ou seja, os bens da Igreja pertencem a
pessoa jurídica da Igreja e não aos seus membros ou aos seus diretores

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 64


Seguindo a linha do exemplo dado anteriormente: em razão de um empréstimo,
a Igreja possui um débito junto ao banco. Não são os membros da Igreja que
possuem o débito, é a Igreja, como pessoa jurídica a responsável pelo débito.

Contudo, há ocasiões em que os diretores eleitos abusam do seu direito e


fazem o desvio das finalidades da Igreja. Seguindo a linha do exemplo acima: o
empréstimo efetuado foi para compra de uma lancha para uso pessoal do
Pastor-Presidente da Igreja. Nesse caso deve-se transferir a dívida da Igreja
para o responsável pela infração as normas do Estatuto, isto é, ao Pastor-
Presidente (conforme exemplo), eximindo, dessa forma, a Igreja da
responsabilidade pelo débito.

A este procedimento, chamamos de desconsideração da personalidade


jurídica. A referida desconsideração somente pode ser declarada por Juiz e
está prevista no art. 50 do Código Civil:

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo


desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir
no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou
sócios da pessoa jurídica.

OS ATOS CONSTITUTIVOS

Uma igreja, para constituir-se, precisa basicamente de três documentos: 1) Ata


da Assembléia constitutiva; 2) Estatuto, onde se determinam a natureza, os
fins, as responsabilidades, a organização, a forma de governo, a competência,
a administração e questões afins, e 3) Regimento Interno, onde se
particularizam as normas da instituição, que não podem jamais conflitar com o
Estatuto.

Uma coisa precisa ficar bastante clara nos atos constitutivos: como e porque a
igreja foi constituída, bem como a denominação a que pertence, para que haja
o seu reconhecimento segundo os critérios da convenção que abriga a
denominação.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 65


Só de posse desses documentos a igreja adquirirá personalidade jurídica e
poderá cumprir perante a lei não só suas funções espirituais, mas suas
atividades jurídicas e sociais, como, por exemplo, a aquisição e alienação de
bens.

O Estatuto

O estatuto servirá como regra e como direcionador para os seus membros e


para terceiros. Conforme o parágrafo 1º do art. 44 do Código Civil (visto acima),
as Igrejas são livres para incluir qualquer informação de como será sua
estrutura interna. Isto decorre, obviamente, do processo de laicização já
comentado.

No caso de terceiros, o estatuto não imporá as suas regras. O terceiro apenas


verificará sua existência e criará uma expectativa de que a Igreja perseguirá os
seus fins, caso não o façam o terceiro poderá recorrer ao judiciário. Exemplo:
os bancos criam uma expectativa jurídica de que as Igrejas pagarão as suas
contas, caso não o façam o banco poderá acionar judicialmente a Igreja para
que pague seu débito.

Porém, apesar da ampla liberdade para conteúdo, recomenda-se que as


Igrejas possuam em seu Estatuto, no mínimo, os requisitos previstos no art. 54
do Código Civil, que são:

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a


dissolução.

VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas


contas.

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 66


O Estatuto devidamente confeccionado precisará ser registrado em Cartório de
Registro das Pessoas Jurídicas. Somente após o seu registro é que a Igreja
ganha reconhecimento público de existência, conforme art. 45 do Código Civil:

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.

Por que a igreja deve ter um estatuto?

a) Uma igreja sem estatuto é como uma igreja-fantasma, ou seja, não


existe juridicamente e está sujeita a muitos perigos.

b) Sem estatuto não pode ser representada juridicamente.

c) A igreja sem estatuto e, conseqüentemente sem inscrição no cadastro


nacional de pessoas jurídicas (CNPJ), enfrentará uma série de
dificuldades, visto que o cartão de inscrição no CNPJ deve ser
obrigatoriamente exibido:

- Na abertura de contas bancárias;

- Na lavratura das atas em cartórios;

- No licenciamento de veículos automotores;

- Sempre que solicitado pela fiscalização;

- Na relação com terceiros, sempre que eles exigem a comprovação do número


declarado.

d) Um estatuto bem elaborado é uma segurança para a igreja. Sem


estatuto, a igreja corre riscos de desvios doutrinários e patrimoniais e
fica sujeita a caprichos de líderes mal-informados ou mal-intencionados.

Assim, a primeira coisa que uma igreja deve fazer é aprovar o seu estatuto,
passando a existir física, espiritual e também juridicamente. Uma igreja sem

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 67


estatuto estará impedida de realizar praticamente todas as transações
comerciais e bancárias, não podendo adquirir, em seu nome imóvel, móveis,
veículos e qualquer outro bem.

Outros elementos necessários devem constar no estatuto, para facilitar as


atividades da igreja: Administração, Responsabilidade, Declaração formal de
que a igreja não visa lucro, Declaração da origem e aplicação dos bens, e
prestação de contas, Previsão de um R I (Regime Interno).

O que não deve constar em estatuto pode fazer parte de um regimento interno,
que não precisa ser registrado, porém terá valor jurídico se for previsto no
estatuto e aprovado pela igreja.

Regimento interno

O Regimento Interno é muito confundido com o estatuto. Explica-se isto devido


a semelhança de redação existente entre essas duas peças. A finalidade de
cada documento, contudo, faz a diferença.

Enquanto o estatuto, conforme já foi visto, é um documento constitutivo do


grupo, onde se fixam seus direitos e obrigações em relação a que se refere. O
Regimento Interno, por sua vez, é um conjunto de normas adotadas para
regular os trabalhos de um grupo deliberativo, assegurando a ordem e suas
reuniões. Assim, o Regimento Interno de uma igreja constitui-se na norma
disciplinadora dos direitos e deveres dos seus membros e da organização
interna e funcionamento administrativo da igreja. Enquanto o estatuto está
voltado para constituição da igreja, o regimento interno trata da sua forma e do
seu funcionamento. O estatuto é um documento obrigatório. É por meio dele
que a igreja torna-se pessoa jurídica.

Já o regimento interno é o documento facultativo. Nenhuma igreja é obrigada a


adotar o regimento interno, não obstante sua relevância no aspecto
administrativo. Podemos dizer que o estatuto é a lei maior ou a lei constitutiva
da igreja. O Regimento Interno, por sua vez, é a lei normativa. Assim como, no
sistema jurídico, nenhuma lei menor pode contrariar a constituição que é a lei
maior, igualmente nenhuma norma regimental pode contrariar normas

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 68


estatutárias. Cada Regimento Interno deve ser regido à luz do estatuto da
igreja. Ninguém deve redigir o Regimento Interno, de uma igreja, sem que
conheça a letra e o espírito do estatuto da mesma igreja.

Livro Ata

É nas atas que se farão os registros das ocorrências verificadas durante as


reuniões, e, por terem valor legal, devem ser redigidas em livros próprios e
jamais em folhas avulsas. São, para o futuro, a base supletiva da organização
do grupo, pois irão conter a jurisprudência das decisões adotadas pela
presidência e pelo grupo, em grau de recurso, nos casos em que os Estatutos
e o Regimento Interno sejam lacunosos ou omissos. As atas servem, nesses
casos, como suplemento do Regimento Interno.

Aspectos do livro de Atas

• Deve ser registrado no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas


• Suas folhas devem ser numeradas e rubricadas (geralmente vêm
numeradas)
• Deve conter o Termo de Abertura e Termo de Encerramento (Ex. Igreja
Evangélica...)
• O livro deve ser no tamanho 22x33 cm, sendo os textos manuscritos
• Nos cultos, faz-se somente um rascunho dos acontecimentos para, mais
tarde, consigná-los no livro de atas.
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Outra forma de se verificar o processo de laicização entre Estado e Igrejas
refere-se a cobrança de Impostos. O art. 150 da Constituição Federal afirma
que:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

...

VI - instituir impostos sobre:

...

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b) templos de qualquer culto;

...

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem


somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as
finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

Portanto, sobre a Renda das igrejas não há incidência de imposto. Além disso,
se a Igreja for proprietária de um imóvel, não pagará o IPTU incidente sobre
ele, assim como, se for proprietária de um veículo, não pagará o IPVA
incidente, desde que o imóvel e o veículo atendam às necessidades e
propósitos da Igreja. Caso não atendam haverá cobrança do imposto.

Outras formas de Tributos, tais como taxas, contribuições sociais, contribuições


de melhoria são devidas pelas Igrejas.

Assembléia

Compõe-se dos membros regulares e se constitui no poder máximo de


discussão e decisão, cabendo aos órgãos da igreja cumprir o que for aprovado
em Assembléia sob pena de prevaricação.

Há dois tipos de Assembléia: Ordinária e Extraordinária. A primeira trata dos


assuntos do dia-a-dia. A segunda, dos assuntos que se constituem exceção,
aprovação ou reforma de Estatuto e aprovação ou reforma de Regimento
Interno etc.

Em ambos os casos o Estatuto prevê o quorum necessário para que suas


decisões sejam legitimas.

Diretoria

Compõe-se normalmente de presidente, vice-presidente, dois secretário e dois


tesoureiros e tem a responsabilidade de conduzir a administração. O mandato
costuma ser bienal (tanto para os coordenadores de departamentos), a
exceção do pastor, que permanece à frente da igreja enquanto bem servir ou
até quando deixar o pastorado por transferência, jubilação ou em virtude de
alguma decisão disciplinar.

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Quais são so modelos de administração eclesiástica?
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Qual a importância da missão e da visão da igreja?

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O que é o estatuto?

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UNIDADE 4

a. Gerenciamento pessoal

b. Princípios de crescimento

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VI - GERENCIAMENTO PESSOAL
ADMINISTRANDO A SI MESMO

“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como
sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.”

(Efésios 5.15,16)

Muitos pensam que, se administrarem a sim mesmos, irão sentir-se encerrado


numa caixa – preso e incapaz de fazer qualquer coisa que deseje. Este não é
absolutamente o caso.

Definição: Administrar a si mesmo é ser bom mordomo do seu tempo, talento


e tesouro.

É investir o seu tempo, talento e tesouro, de maneira que o máximo esteja


sendo feito em relação ao que Deus quer de você. Na seção anterior, você
aprendeu a controlar os outros. Nesta seção aprenderá a controlar a si mesmo.
Aprenderá principalmente a ser um bom mordomo do seu tempo – fazendo-o
render o máximo. Você também aprenderá uma estrutura de pensamento que
poderá ajudá-lo a ser um bom mordomo de seu talento e tesouros, mas não
aprenderá um método especifico do tipo “como fazer” relacionado aos talentos
e tesouros.

POR QUE ADMINISTRAR A SI MESMO?

Se você não controlar a si mesmo, talvez não consiga realizar tudo o que
deve ser feito

Conta-se a história de um fazendeiro que disse à esposa que iria arar o “lado
sul”. Ele levantou cedo para lubrificar o trator. Precisava de mais óleo e foi
então comprá-lo. No caminho, notou que alguns porcos não haviam sido
alimentados. Quando chegou ao celeiro para pegar milho, encontrou alguns
sacos. Isso fez com que lembrasse que as batatas estavam brotando. Dirigiu-
se ao lugar onde as havia guardado. Mas, ao passar pela pilha de madeira,
lembrou que a mulher queria lenha em casa. Quando pegou alguns pedaços,

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 73


uma galinha doente passou perto dele. O homem deixou cair a lenha e foi atrás
da galinha. Ao anoitecer, ele não tinha ainda levado o trator para o campo.

Quantas vezes isto aconteceu com você? Queria fazer algo que julgava
importante, mas distraiu-se e não conseguiu realizar aquilo que planejara. O
seu tempo não é devolvido a você nem ao Senhor. A administração pessoal
evita este dilema comum.

As escrituras indicam que você deve administrar a si mesmo

Há tempo disponível para fazer tudo o que Deus quer que façamos. “Tudo tem
o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.”
(Eclesiastes 3.1)

Jesus nos deu um exemplo disso, completando tudo o que Ele tinha para fazer
na terra. Em João 17.4, Jesus orou ao Pai: “Eu te glorificarei na terra,
consumando a obra que me confiaste para fazer.” Esta é uma declaração
confiante, especialmente considerando que o período de tempo em que Jesus
ministrou na terra foi de apenas três anos e meio. A confiança de Jesus
repousava, porém, em saber que ajustara todas as atividades necessárias para
realizar o propósito de Deus ao tempo que tinha disponível.

Pense no que Pedro poderia estar sonhando enquanto esperava Jesus


pronunciar essa oração. Ele talvez tivesse pensado nas muitas cidades e
povoados que ambos visitavam juntos nos meses e anos futuros. Poderia ter
imaginado que a popularidade de Jesus aumentaria e Ele seria eventualmente
coroado rei. Com certeza não imaginou que Jesus morreria em breve. Era cedo
demais.

Mas na economia de Deus, não era nem cedo nem tarde. Jesus teve tempo
suficiente para terminar sua tarefa. Em três anos e meio, Ele realizou uma
missão mais importante do que qualquer outra pessoa na historia, resultando
num movimento mundial que continua há mais de 2000 anos.

✓ Devemos usar sabiamente o nosso tempo - “Portanto, vede


prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios,
remindo o tempo...” (Efésios 5.15,16).
Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 74
✓ O cristão deve prestar contas do tempo, talento e tesouro que lhe forem
concedidos por Deus - Vamos rever a parábola dos talentos (Mateus
25.14-30). Jesus falou sobre um senhor que deu a seus três servos
dinheiro para investir durante a sua ausência. Ao primeiro deu cinco
talentos, ao segundo dois, e ao terceiro um talento. Cada um recebeu
uma importância correspondente à sua capacidade. Quando o senhor
voltou, pediu contas do dinheiro e recompensou os servos a quem dera
cinco e dois talentos, porque ambos dobraram o investimento. O servo
que recebeu um talento nada fez com ele. Em vista do seu desempenho
negativo, não recebeu recompensa. De fato, o senhor tirou dele o
talento.

Uma das principais lições desta parábola é que Deus espera de nós um
investimento produtivo do que Ele nos dá. Devemos ser bons mordomos
(despenseiros) do nosso tempo, talento e tesouro.

A própria natureza do tempo torna necessário que você o administre


pessoalmente.

1. O tempo não pode ser detido.

Muitos de nós desejamos que a vida seja como um jogo de futebol no qual o
time pode pedir “tempo”. Não temos, porém, este privilégio. O tempo está
“correndo”, façamos ou não uso dele. O que desperdiçamos fica perdido para
sempre.

O tempo pode ser comparado ao maná do Antigo Testamento. Toda manhã os


israelitas recebiam maná suficiente para aquele dia. Alguns deles tentaram
guardá-lo, mas descobriram que estava cheio de bichos na manhã seguinte. O
mesmo acontece com o tempo – devemos consumi-lo no momento em que o
recebemos: não haverá extras na terça-feira para serem usados na quarta.

2. O tempo não poder ser esticado.

Quase sempre parece que há mais coisas a fazer do que tempo disponível
para elas. Não é possível fazer tudo. Administrar a si mesmo, em relação ao

Instituto Teológico Boa Terra – E.A.D 75


tempo, é então escolher as melhores coisas para serem feitas no tempo
disponível.

Por que a administração pessoal? Ela o ajudará a ser um bom mordomo diante
do Senhor, porque haverá menos probabilidades de você olhar para trás dentro
de um ano e sentir-se insatisfeito com o pouco que realizou. As exigências de
cada dia também obrigarão você a decidir como investir o seu tempo.

A administração pessoal o coloca numa jaula? Não, ela libera você para fazer
mais com o que Deus lhe deu.

COMO ADMINISTRAR O SEU TEMPO

Você aprenderá especificamente nesta seção a administrar o seu tempo como


um passo importante para a administração pessoal.

a) Principais elementos do bom gerenciamento do tempo

a) Planeje a longo prazo.

Isto dá direção a longo prazo às suas ações diárias. “...assim corro também eu,
não se meta...” (1º Coríntios 9.26)

Quantos corredores você já viu dando alguns passos depois do ponto de


partida e então parando para pensar em que direção devem correr para
alcançar a linha de chegada? Provavelmente bem poucos. O corredor deve
saber onde está linha de chegada antes de começar a corrida, para que cada
passo leve na direção certa. Você também deve saber para onde está tentando
ir a longo prazo, a fim de distribuir os tipos certos de atividades em suas horas,
dias e semanas disponíveis.

Mesmo que você tenha planejado apenas o suficiente para estabelecer alguns
objetivos gerais, esses objetivos irão orientar as suas atividades.

Alguns conselhos práticos:

• Planeje com pelo menos um mês de antecedência; idealmente planeje


com antecipação de um a vários anos.

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• Planeje seu trabalho.

• Planeje sua vida pessoal. Planeje para as seguintes áreas: Espiritual,


familiar, mental, física, social, vocacional, financeira. (Se planejar o seu
trabalho, mas não a sua vida pessoal, o seu trabalho pode substituir
diversas atividades pessoais muito necessárias.)

• Utilize uma ou duas horas nos próximos dias, se possível, para preparar
o rascunho de um plano para a sua vida pessoal.

b) Programe o seu tempo.

Isto ajuda a implementar os planos e tornar você um bom mordomo do seu


tempo. Jesus nos encoraja a ser bons mordomos na parábola dos talentos,
Mateus 25.14-30.

Mesmo com um planejamento a longo prazo, as pessoas vivem basicamente


uma hora de cada vez. Seria incomodo e ineficiente para você verificar seu
plano de longo prazo a cada hora para decidir o que fazer. Assim sendo, em
geral é melhor preparar uma agenda cerca de uma vez por semana (ou talvez
em outro intervalo regular).

Você determina nessa agenda, uma vez por semana (ou em outro intervalo),
que atividades devem ser feitas e em que horário.

Quando você faz uma lista de atividades potenciais, seus planos a longo prazo
devem ser a principal fonte dessas atividades. Isto ajuda você a programar
atividades que o levem para mais perto dos objetivos que Deus lhe deu.

Quando você atribui algumas atividades a outras pessoas e depois preenche a


sua agenda com as atividades de prioridades mais altas restantes, apenas
ajustando estas atividades mais estratégicas para você e seu tempo disponível.

Para a maioria das pessoas com emprego de tempo integral, e especialmente


para os que estão em cargos de gerencia, é melhor programar em detalhes
com uma semana de antecedência ou talvez mais. Isto facilita a marcação de
reunião, permite tempo suficiente com a família etc.

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Como programar um período de tempo

b.1. Faça uma lista das atividades - Ore pedindo sabedoria, depois
enumere as atividades e potenciais.

b.2. Pergunte se elas podem ser delegadas - Pergunte se cada atividade


pode ser delegada a outrem.

b.3. Programe-se - Coloque as atividades na agenda para aquele período


de tempo, na ordem de prioridade.

c) Siga o seu programa.

“Mas o fruto do Espírito Santo é... domínio próprio...” (Gálatas 5.22-23).

Com freqüência há dias em que as coisas não acontecem absolutamente como


você esperava? Você já fez um plano e depois esqueceu de consultá-los?
Todo o seu planejamento antecipado não passa de um papel inútil se você não
seguir o que planejou.

Seguir o seu programa envolve a idéia de estar corretamente motivado,


constantemente sensível à orientação específica de Deus e disciplinado, só
fazendo as coisas no momento apropriado.

Você deve estar comprometido com o imperativo estratégico do seu programa


e cumpri-lo, a não ser que o Senhor o guie de outro modo, ou surjam
prioridades mais altas. Existem dois lados nessa questão. Pode tornar-se
aborrecido ser estritamente “disciplinado”. A chave é a motivação correta. Se
colocar à sua frente algo que o motive em certa direção, você parecerá muito
disciplinado, quando está na verdade fazendo aquilo que gosta. Este é um
elemento-chave da disciplina (obediência ao discipulado) envolvida na vida
cristã, não é? Como agimos na vida cristã? Cerrando os dentes e obedecendo
apesar de nossos desejos? Não, na maioria dos casos. O Senhor opera em
nossa vida para que em primeiro lugar queiramos e depois façamos aquilo que
agrada a Ele (Filipenses 2.13). Ele trabalha em nossa vontade, desejos e
pensamentos. Nossos atos são então uma conseqüência disso. Se queremos
ou desejamos fazer algo, tempos mais facilidade para a sua realização.

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Ore para que Deus motive você a um entusiasmo jubiloso em que tudo o que
faz (Filipenses 4.4-7). Tente pensar em coisas que você pode fazer para
lembrar a importância do que está fazendo e ajudar a motivá-lo a cumprir suas
tarefas com alegria e entusiasmo.

Você pode estar dizendo a si mesmo: “Sim, mas se eu souber que devo fazer
algo e mesmo assim não quiser fazê-lo?” Veja bem, Deus pede para sermos
bons mordomos (Mateus 25.14-30, despenseiros) e manifestar autocontrole
como parte da vida cheia do Espírito (Gálatas 5.23). Também recebemos
instruções sobre como fazer essas coisas. O apóstolo Paulo explica: “Porque
eu posso fazer todas as coisas que Deus me pede com a ajuda de Cristo, que
me dá a força e o poder.” (Filipenses 4.13, Bíblia Viva).

Como você pode apropriar-se da ajuda de Cristo para cumprir o seu programa?
Pela fé. “O justo viverá por fé.” (Romanos 1.17b). Peça a Deus que lhe dê a
disciplina necessária para fazer as coisas de que não gosta, mas deve fazer.

Finalmente, e mais importante, você deve ficar pronto para mudar o programa
se o Senhor o levar a fazer algo que não tenha sido incluído na sua agenda.
(Por exemplo, alguém pode procurá-lo com um problema pessoal, espiritual,
que deve ser solucionado imediatamente.) Ore e peça a Deus que confirme o
que lhe cabe fazer.

d) Multiplique o seu tempo.

Realize o máximo em cada momento de tempo e em cada atividade. “Remindo


o tempo...” (Efésios 5.16).

Você já completou um projeto e depois percebeu que ele poderia ser feito de
outra maneira na metade do tempo? A cada momento, você encontra
oportunidades para tornar-se mais eficiente e eficaz. Algumas vezes você pode
fazer duas coisas ao mesmo tempo (por exemplo, ouvir uma mensagem
enquanto vai de carro para o trabalho). Desse modo, você deve esforçar-se
para multiplicar a utilidade do seu tempo.

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VII - PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO
Desde o início do movimento de crescimento de igreja, em 1955, com a
publicação do livro The Bridges of God, de Donald McGavran, muito se tem
escrito sobre o tema e as razões por que uma igreja cresce. Embora o
movimento tenha feito contribuições significativas à missão cristã, a maior parte
de sua literatura está fundamentada em observações de igrejas que crescem
rapidamente. Estudos de casos têm sido colecionados, e métodos
apresentados como princípios ou leis de crescimento. Porém, muito desse
crescimento pode estar ligado a aspectos culturais ou simplesmente ao
carisma da liderança. Pode derivar da amizade dos membros ou da
receptividade da área onde a igreja está localizada. Deveríamos levar em
consideração que grande crescimento numérico de tais igrejas não
corresponde a mudança de estilo de vida.

Se realmente queremos um crescimento saudável para a Igreja de Cristo,


existem alguns pontos que devem ser observados.

1. Princípios

Se quisermos descartar prescrições humanas para o sucesso e adotar


princípios universais de crescimento, relevantes para todas as igrejas,
devemos considerar os princípios duradouros que Deus tem dado, e ou
relacionar-se com aspectos culturais, sobre os quais devemos fundamentar o
crescimento da Igreja.

Crescimento sem princípios firmes do cristianismo não é um crescimento


saudável, mas sim um “inchaço de membresia”.

2. Visão

Fé e oração ligadas à habilidade para comunicar uma visão formam o princípio


mais importante a ser empregado no crescimento de igreja. O maior
impedimento a esse crescimento é a falta de fé da liderança, traduzida em
evasivas tais como: “isso não funciona aqui”, ou, “este campo é muito difícil”.
Tal atitude, nunca produzirá transformações significativas em nossa vida e
ministério. Esse princípio foi bem estabelecido por Guilherme Carey, numa
reunião de pastores, em 1792: “Esperem grandes coisas de Deus; façam

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grandes coisas para Ele. Estabeleçamos metas elevadas. Não limitemos o
Onipotente… esperemos grandes coisas. Nunca podemos ir além daquilo que
sonhamos. Estar satisfeitos com a pequenez não apenas revela falta de visão,
mas também de fé. A falta de fé torna o trabalho quase impossível. “Muitos dos
que são classificados para fazer um trabalho excelente obtêm pouco porque
pouco empreendem”.

A visão de crescimento é também uma aventura de fé; e isso é fundamental


para disseminar o evangelho. David Livingstone aventurou-se a levar Cristo à
África. Guilherme Carey deixou a sapataria e foi pregar na Índia. Muitos
tentaram desencorajá-los, mas eles se lançaram à tarefa, crendo que ela
poderia e deveria ser feita. Grandes investimentos produzem grandes lucros.
Correr riscos é parte do exercício da fé. Na parábola dos talentos, o mordomo
que enterrou o talento não tinha alvo, exceto evitar o fracasso. Não investiu,
porque temeu (Mat. 25:25).

Fé, estabelecimento de alvos elevados e a expectativa de receber grandes


coisas de Deus andam de mãos dadas. Se um pastor não consegue ter certeza
daquilo que não vê, e não visualiza pela fé o que Deus pode realizar, deve
buscar essa experiência através da oração (II Reis 6:17).

3. Oração

A oração é outro grande componente do crescimento da igreja. Aconselhou a


se fazer reuniões de oração em favor da penetração da verdade em lugares
resistentes. Assim, o Espírito Santo trabalhará para convencer e converter. Os
pastores devem gastar mais tempo em comunhão com Deus, se desejam que
seus esforços sejam frutíferos. Eles são aconselhados a não confiar na
correria. Na obra de aproximar homens e mulheres de Jesus, deve haver mais
fervorosas orações. Oração e fé são princípios fundamentais no crescimento
de igreja.

4. Liderança efetiva

Peter Wagner diz que o primeiro sinal vital de um crescimento eclesiástico


saudável é “um pastor que seja potencialmente um pensador e cuja liderança
dinâmica seja catalisadora de toda a igreja para o crescimento”. Quando o

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pastor não tem visão, mostrando pouca ou nenhuma preocupação
evangelística, ele se torna um obstáculo.

A primeira qualidade dos líderes efetivos é sua fidelidade em seguir o modelo


divino, ou seja, o “aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef. 4:12). Todo líder deveria
considerar o conselho que Jetro deu a Moisés para que selecionasse e
capacitasse auxiliares (Êx. 18:13-26). Assim, sua tarefa primária era treinar e
equipar indivíduos, multiplicando a eficácia de seu ministério. “Dedique o pastor
mais tempo para educar do que para pregar. Especialmente no treinamento de
líderes para os Grupos Familiares. Ensine o povo a maneira de transmitir a
outros o conhecimento que receberam”.

Outra qualidade do líder efetivo é a coerência de sua vida com a luz que lhe foi
dada. Se isso não acontecer, Deus não abençoará a tentativa de conduzir
pessoas à verdade. Dessa forma, o líder se revela incapaz de conduzir o
recém-converso na busca de semelhança com Cristo.

Humildade é também uma virtude que o líder deve possuir. Ele precisa colocar
o eu fora de foco, escondendo-se atrás de Jesus. O êxito missionário não é
dado àqueles que se vêem como os maiores obreiros, mas aos que fazem o
melhor com o que possuem e avançam sob o poder de Deus.

Finalmente, mencionamos a habilidade do líder para mostrar o caráter de


Cristo em seu próprio lar. É aí que uma pessoa é vista sem máscaras, com o
seu melhor e o seu pior. Seu verdadeiro caráter é visto no trato com os filhos e
o cônjuge. Se o líder exemplificar Cristo no lar, fará o mesmo na igreja. E “o
Senhor lhe poderá confiar o cuidado das pessoas”.

5. Dons espirituais

Todos os estudos sobre crescimento de igreja confirmam um princípio básico


do Novo Testamento: as igrejas crescem quando mobilizam seus membros
para o serviço, no contexto do “sacerdócio real” de todos os crentes. Tão logo
Paulo estabelecia uma congregação, escolhia anciãos para liderá-la e a
deixava.

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Peter Wagner argumenta que o segundo sinal vital de um saudável
crescimento de igreja é uma força voluntária bem mobilizada. Porém, essa
mobilização deve ser considerada à luz dos dons espirituais. Depois que cada
membro tenha descoberto seu dom, esse deve ser desenvolvido e colocado
em ação através de estruturas e canais apropriados.

É o conceito da colméia. Cada abelha tem um dever a cumprir. Se isso não


ocorre, o trabalho é prejudicado no seu todo.

Valendo-se de outras analogias, como as diferentes partes de um edifício e de


um jardim com flores variadas, destaca-se a importância de combinar
diferentes dons para o êxito da missão. A fim de evitar complexo de culpa e
sentimentos depressivos, em pessoas que são mobilizadas a fazer apenas um
tipo de trabalho sem o sucesso esperado, são sugeridos outros meios de
trabalhar para Deus: “Alguns podem escrever uma carta. Outros podem dar
conselhos aos que estão em dificuldades. Outros ainda que têm as habilitações
necessárias, podem dar estudos bíblicos ou dirigir classes bíblicas. O crente
envolvido na missão crescerá em fé e maturidade espiritual.

6. Evangelização

Em anos recentes, denominações que parecem enfatizar um testemunho mais


agressivo têm crescido, enquanto grupos que negligenciam esse modelo de
atividade têm declinado. Napoleão disse que todo exército que fica
entrincheirado em si mesmo será vencido. Portanto, a igreja deve ser
agressiva, ou morrerá.

Além dos Grupos Familiares, as campanhas públicas continuam a ser um


elemento-chave para a conquista de metrópoles. E uma estratégia que priorize
o envolvimento dos membros da igreja, na preparação do campo e na
assimilação dos novos crentes, não apenas funcionará como mecanismo de
colheita, mas possibilitará o primeiro contato com muitos corações sinceros.

7. Plantar igrejas

Segundo Peter Wagner, “a única metodologia evangelística efetiva é a de


plantar novas igrejas, e há grande apoio bíblico para isso, particularmente no
livro de Atos, que iguala a multiplicação de novos conversos com a adição de

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novas congregações (Atos 16:5; 9:31). Também ensina que o cristianismo é
uma religião baseada em relacionamentos, e que novos crentes devem ser
reunidos em comunhão (Atos 2:41-47).

Portanto, toda igreja deve possuir uma estrutura que providencie comunhão
adequada para os que a ela se unem. Virgil Gerber conclui que “o alvo final no
Novo Testamento é formar cristãos e congregações responsáveis e
reprodutores”. Em todos os países e cidades o evangelho deve ser
proclamado. As Igrejas devem ser organizadas e ter planos formulados para o
trabalho que se realizará pelos membros das recém-organizadas igrejas

8. Fatores condicionais

Uma vez empregados em harmonia com determinadas condições, esses


princípios levarão a igreja ao crescimento espiritual e numérico. A primeira
dessas condições é a existência de amor na igreja e sua liderança. Disse
Jesus: “Nisto conhecerão que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos
outros” (João 13:35). Um exemplo de amorosa fraternidade que existia na
igreja primitiva é encontrado em Atos 2:42: “E perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.

Outra condição-chave é a unidade dos crentes. A primeira coisa em que a


igreja deve ser fiel é seu dever de levar outros a Cristo. Na opinião de Wagner,
todo crente deve almejar o crescimento da igreja e pagar o preço. Quando o
povo se retrai e deixa o peso da obra com os pastores, os esforços destes são
quase impotentes.

A segunda área da fidelidade da igreja é na experiência de uma vida piedosa,


ou seja uma vida de santidade. Quando isso não ocorre, o trabalho divino é
dificultado. O Senhor não opera para trazer muitas pessoas para a verdade,
por causa dos membros da igreja que nunca foram convertidos, e dos que,
uma vez convertidos, voltaram atrás. Que influência teriam esses membros não
consagrados sobre os novos conversos? Não tornariam sem efeito a
mensagem dada por Deus, a qual Seu povo deve apresentar?

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Todos os princípios aqui resumidos são vitais para o êxito da missão, nestes
dias que antecedem a volta de Cristo. Que eles nos ajudem a apressar esse
glorioso evento.

9. Processo do crescimento do membro

a) Pela evangelização levar o não cristão à regeneração.

b) Pelo culto inspirado levar o novo cristão à adoração e à


confraternização.

c) Pelo discipulado levar o cristão comprometido à maturação cristã.

d) Pelo treinamento levar o novo discípulo à cooperação (diácono).

e) Pelo uso dos dons levar o obreiro a desenvolver ministérios

DOZE PRINCÍPIOS DE EFICIÊNCIA

a) Ideais Claramente Definidos.

Trace seu programa antes de começar. Um empreendimento sem propósito


definido dificilmente terá êxito (Mt 6:19-34).

b) Bom Senso.

Não o possuindo poderá ser desenvolvido. Eficiência requer a atitude mental


calma, despreocupada (Mt 8:1-13).

c) Conselheiros Competentes.

O melhor administrador é aquele que sabe rodear-se de elementos


competentes em cada fase dos problemas que enfrenta. É preciso distinguir
entre um conselho e um parecer técnico; é deste último que necessitamos; isto
é, o parecer de uma pessoa especializada nos problemas à mão; pode custar
caro, mas vale a pena (Gn 44; Nm 10:29-37).

d) Disciplina.

Sujeição da vontade própria a uma superior. Domínio Próprio sobre suas


habilidades e impulsos. Sujeição a regulamentos estabelecidos. Penalidade
aos infratores. Disciplina eficiente é antes preventiva do que primitiva.

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Estabelece objetivos elevados, estimula os desejos e esforço para atingi-los e
ao mesmo templo aplica penalidades quando esses objetivos são
negligenciados.

(Mt 10:34-39; Lc 14:26-35; Jo 21:25-29; Rm 16:17-20; 1 Co 5:9-13; 2 Ts 3:6).

e) Tratamento Justo.

Nada mais prejudica a eficiência do que o sentido de injustiça. As qualidades


necessárias são: simpatia, imaginação e o sentido de justiça. Muitos problemas
nas igrejas surgem no sentido de injustiça.

(Mt 18:1-5; Mc 9:33-39; Lc 9:46-48).

f) Relatórios.

Relatório bem feito significa bom trabalho; relatório mal feito trabalho mal feito;
relatório algum trabalho nenhum.

Teste para relatórios: digno de confiança, imediatos, adequados, permanentes.


Objetivos de relatórios: aumentar o âmbito de informações, eliminar tempo e
espaço no sentido de relembrar o passado e contemplar o futuro, ter uma visão
astronáutica dos trabalhos.

Uma casa de comércio ou indústria sem contabilidade em breve abrirá falência;


no entanto, a escrita da maior parte das igrejas é deficiente.

g) Efetividade

Execução pronta, exata e imediata de programas. Maior impedimento à


eficiência é procrastinação e não acabamento.

h) Padrões e Programas.

Propósito do padrão é determinar valores e medidas relativas. Sem estas seria


impossível levar avante satisfatoriamente atividades comerciais, cientificas, etc.
Sem padrão e horário o sistema de propósitos cairia em caos. O trabalho
eficiente na igreja exige padrões e horário certos.

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Qual a importância da gestão pessoal?

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Cite alguns princípios de crescimento.

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Na sua opinião, uma igreja saudável cresce?

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VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- GABY, Eliael e GABY, Wagner. Planejamento e Gestão Eclesiástica. Rio de


Janeiro: CPAD, 2012.

- KESSLER, Nemuel e CÂMARA, Samuel. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

- Apostila Administração Eclesiástica, Gildásio Jesus B. dos Reis, 2007.

- Sharpff, Paulus. History of Evangelism. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans


Publishing Company, 1966.

- STEPHEN, Douglas . O Ministério de Administração

- SANTOS, Gildásio dos . Administração Eclesiástica

- HUNTER, James. O Monge Executivo

- KEVER, Lourenço. Crescimento Equilibrado

- MARTINS, Jaziel. Manual do Pastor e da Igreja

- FIELD, Daug. Um Ministério com Propósito

- WARREN, Rick. Igreja com Propósito

- CAMPOS, José. Planejando Estratégias.

- JUNGES, Nelson. Administração Eclesiástica e Crescimento. 2013.

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