Vistos.: Comarca de São Paulo Foro Central Cível 30 Vara Cível Praça João Mendes S/Nº, São Paulo - SP - Cep 01501-900

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de SÃO PAULO
FORO CENTRAL CÍVEL
30ª VARA CÍVEL
PRAÇA JOÃO MENDES S/Nº, SÃO PAULO - SP - CEP 01501-900

SENTENÇA

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1050599-48.2022.8.26.0100 e código DE6701B.
Processo Digital n.: 1050599-48.2022.8.26.0100
Classe - Assunto Procedimento Comum Cível - Práticas Abusivas
Requerente: Matheus Felipe Rezende
Requerido: BANCO PAN S/A

Juiz de Direito: Dr. Diego Bocuhy Bonilha

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DIEGO BOCUHY BONILHA, liberado nos autos em 01/10/2022 às 19:20 .
Vistos.

MATHEUS FELIPE REZENDE moveu a presente ação revisional de


contrato c.c pedido de repetição de indébito em face de BANCO PAN S/A, na qual
pretende corrigir cláusulas contratuais referentes a financiamento de veículo. Alegou
ilegalidade na cobrança de juros, tarifas e encargos contratuais. Formulou pedido de
antecipação de tutela para depósito dos valores que entende devidos, além de manutenção
na posse do bem, e que o requerido se abstivesse de inserir seu nome no cadastro de
inadimplentes, pugnando, ao final, pela devolução dos valores supostamente pagos a mais,
com a condenação do requerido no pagamento das custas, despesas processuais e
honorários advocatícios (fls. 01/21). Juntou procuração e documentos (fls. 22/42).

Citado (fls. 47), o requerido apresentou contestação no prazo legal. Após


arguir preliminares (decadência, impugnação à justiça gratuita e impugnação ao valor da
causa), sustentou, no mérito, a integral legalidade do contrato e a consequente
impossibilidade de revisão das suas cláusulas, requerendo, ao final, a improcedência da
ação (fls. 48/74).

Houve réplica (fls. 112/119), decisão para especificação de provas (fls. 120)
e manifestação da parte requerida dizendo não ter mais provas a produzir (fls. 123).

É o relatório. DECIDO.

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O caso comporta julgamento imediato, pois os documentos juntados aos

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autos e o teor das alegações das partes bem permitem a compreensão e solução da
controvérsia, não havendo necessidade de realização de outras provas (CPC, art. 355,
inciso I). Além disso, as partes não requereram outras provas na oportunidade concedida
para especificação, tornando-as preclusas.

Em relação aos benefícios da justiça gratuita, o requerido não trouxe aos


autos elementos concretos que infirmem a convicção do Juízo, formada por ocasião do

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deferimento do referido benefício ao autor.

O valor da causa, por sua vez, observou os parâmetros estabelecidos pelo


art. 292 do Código de Processo Civil.

Afasto, ainda, a alegação de decadência, uma vez que o prazo decadencial


previsto no art. 26 do CDC se refere ao fornecimento de produtos e serviços duráveis, não
se aplicando para ações revisionais de contratos bancários, havendo, para esses casos,
prazo prescricional próprio, ainda não transcorrido.

Assim, presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, passo


ao exame do mérito, no qual verifico a ação é parcialmente procedente.

Quanto ao limite de juros de 12% ao ano, pacificou-se o entendimento de


que as taxas de juros e outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições
financeiras não estão mais sob a incidência das limitações previstas no Decreto nº
22.626/33 (Lei de Usura), mas, sim, à Lei nº 4.595/64 (art. 4º, inciso IX), às deliberações
do Conselho Monetário Nacional e às limitações e disciplina do Banco Central (cf. R.E.
78.953 e 83.743-57, ambos do STF). Tanto a Súmula 648 do STF como a Súmula
Vinculante 07 do STF afirmam que a norma do § 3° do art. 192 da Constituição, revogada
pela EC n. 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação
condicionada à edição de lei complementar. A Súmula 382 do STJ, por sua vez, na mesma
linha da Súmula 596 do STF, estabelece que a estipulação de juros remuneratórios
superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade.

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Aliás, na dinâmica do quotidiano, o que se constata com relação aos juros

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exponenciais é que eles são aplicados em toda e qualquer operação do mercado financeiro,
seja quando a instituição financeira é devedora (cadernetas de poupança, depósito a prazo
fixo, recibo de depósito bancário, poupança programada etc.), seja quando é credora
(empréstimo pessoal, financiamento de casa própria, financiamento de bens de consumo
durável, crédito ao consumidor, desconto de títulos etc.). Em outras palavras, capitalização
composta é cláusula ínsita em todas as operações financeiras, sejam de natureza passiva,
sejam de natureza ativa. Nesse sentido: TJSP, Apelação n. 0006330-56.2009.8.26.0306.

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Ainda a respeito da capitalização, a Cédula de Crédito Bancário é regulada
pela Lei nº 10.931/04, cuja constitucionalidade não se discute. E, nos termos do art. 28, §
1º, da referida Lei, a periodicidade de capitalização dos juros remuneratórios é matéria
inserida na esfera do direito disponível, admitindo-se, portanto, a capitalização diária ou
mensal dos juros remuneratórios incidentes sobre a obrigação representada por Cédula de
Crédito Bancário, desde que expressamente pactuada.

Sobre a questão vale ainda ressaltar a existência da Súmula 539 do STJ e da


Súmula 541, também do STJ, as quais permitem a capitalização de juros com periodicidade
inferior à anual em contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro
Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n. 1.963-17/2000, reeditada como MP n.
2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada, deixando claro que a previsão no
contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para
permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.

Por sua vez, a alegada disparidade entre a taxa de juros contratada e a


efetivamente aplicada é apenas aparente, e não real. Isso porque os contratos do tipo do
mencionado na inicial não estabelecem a cobrança de juros simples, mas de juros
capitalizados (diariamente ou mensalmente). Logo, aplicado o percentual ajustado na
forma simples, evidentemente haverá discrepância entre o valor encontrado e o
efetivamente cobrado. No entanto, os juros devem ser calculados com a capitalização,
conforme contratado, e não de forma simples.

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Deste modo, considerando que o contrato celebrado entre as partes possui

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previsão expressa de capitalização mensal dos juros, não há qualquer abusividade da sua
cobrança pelo banco executado.

A aplicação da tabela price, por sua vez, não é ilegal e não implica em
onerosidade excessiva, conforme já decidido pelo Colendo Órgão Especial do E. Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo (Arguição de Inconstitucionalidade nº 0128514-88.2011,
julgado em 24.8.2011).

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A cobrança da tarifa de aditamento pelas instituições financeiras é
autorizada pelo art. 5º, inciso II, da Resolução 2.919/2020, do Banco Central, dispositivo
este já considerado legal pelo Poder Judiciário (STJ, REsp. 1.255.573/RS; TJSP, Apelação
Cível 4013742-22.2013.8.26.0114, julgado em 12/01/2021).

A tarifa de cadastro serve para remunerar serviço considerado prioritário


pela Resolução 3.919/10 do Banco Central do Brasil, sendo autorizada a sua cobrança
pelas instituições financeiras. Nesse sentido, a Súmula 566 do STJ estabelece que "nos
contratos bancários posteriores ao início da vigência da Resolução - CMN n. 3.518/2007,
em 30/4/2008, pode ser cobrada a tarifa de cadastro no início do relacionamento entre o
consumidor e a instituição financeira”.

De igual forma, a tarifa de avaliação do bem é válida, conforme


julgamento da 2ª Seção do E. STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo n.º
1.578.553/SP, relatado pelo Min. Paulo de Tarso Sanseverino, ocorrido em 28/11/2018.

Na mesma linha, a tarifa para registro, já que referente à efetiva


contraprestação de anotação do gravame, o que no caso existiu.

Em suma, as tarifas para a concessão de financiamento são devidas


inclusive diante do entendimento do STJ segundo o qual as tarifas que não
estejam “encartadas nas vedações previstas na legislação regente (Resoluções 2.303/1996

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e 3.518/2007 do CMN)” e que ostentem “natureza de remuneração pelo serviço prestado

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pela instituição financeira ao consumidor, quando efetivamente contratadas,
consubstanciam cobranças legítimas, sendo certo que somente a demonstração cabal de
vantagem exagerada por parte do agente financeiro é que podem ser consideradas ilegais
e abusivas” (STJ, REsp, 1246622/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. em 11.10.2011).

Não há perplexidade no fato de a instituição financeira cobrar pelo serviço


que presta. As tarifas (incluindo aqui a tarifa de assistência) são cobradas em razão do

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trabalho de análise de crédito, de contrato, de serviços e de garantia que a instituição terá
que fazer com relação ao cliente que até então lhe era desconhecido, o que não ocorre, por
exemplo, quando o correntista solicita um crédito junto ao banco do qual já é cliente,
hipótese em que muitas vezes não lhe são cobrados nem o custo de abertura de conta e
análise de crédito, nem tampouco outros custos (como o de emissão de boletos, pois é feito
desconto em folha ou direto na conta corrente).

No mais, é importante ressaltar que a natureza de adesão do contrato, por


si só, não leva à sua declaração de nulidade ou anulação, sendo necessária a comprovação
de ilegalidade, vício ou cláusula abusiva. No presente caso, contudo, a petição inicial é
genérica e não indica expressamente qualquer vício no negócio jurídico, tampouco de que
não foi permitida a compreensão adequada do contrato ou de que existia cláusula abusiva
ou ilegal no contrato celebrado entre as partes. O que se verifica, na verdade, é que o
contrato bancário apresenta informações claras, havendo prévio esclarecimento sobre taxas,
tarifas e encargos cobrados na relação contratual, o qual foi livremente e conscientemente
assinado pela parte autora, pois lhe pareceu vantajoso o negócio no momento da
contratação.

Também não há alegação nem prova da existência de


acontecimentos extraordinários e imprevisíveis que, além de terem tornado a avença
excessivamente onerosa para uma das partes, também tenham acarretado vantagem
exagerada para a outra (CC, art. 478), não sendo possível constatar, igualmente, cláusula
contratual que tenha estabelecido prestações desproporcionais, ou, ainda, a ocorrência de

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fato superveniente concreto que as tenham tornado excessivamente onerosas (CDC, art. 6º,

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inciso V).

O consumidor que contrata o serviço financeiro, ciente da cobrança das


tarifas, juros e encargos, não pode posteriormente surpreender a outra parte questionando
tais fatores em Juízo (venire contra factum proprio, sob a modalidade tu quoque), não
cabendo à parte autora, após a celebração do contrato, se eximir de arcar com tarifas nele
previstas, cabendo-lhe observar, no momento da contratação, as práticas do mercado. Nem

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se alegue que a parte autora foi surpreendida com o quantum cobrado, uma vez que no
contrato constou expressamente o valor exato de cada parcela mensal (o contrato celebrado
entre as partes prevê o valor certo de cada prestação assumida, de modo que era possível,
desde a contratação, realizar simples cálculos aritméticos e ter conhecimento dos valores
correspondentes aos encargos contratados).

Em suma, em relação aos juros e às tarifas citadas, não há como acolher o


pedido de revisão quando o polo ativo, sem demonstrar qualquer ilicitude ou ilegalidade no
contrato, pretende apenas a fixação de critérios mais vantajosos no lugar daqueles que,
inseridos na avença, possuem, igualmente, amparo no ordenamento jurídico em vigor.
Nesses casos, deve ser aplicado, pelo Poder Judiciário, o princípio pacta sunt servanda.

O pedido inicial, no entanto, comporta acolhimento no que se refere ao


contrato de seguro prestamista, uma vez que, considerando que o valor foi anotado
juntamente com o contrato de financiamento (R$ 1.450,00 – fls. 35), é de se presumir que
não tenha sido dada ao consumidor a oportunidade de contratar o mesmo serviço com outra
seguradora, o que é ilegal por configurar venda casada (CDC, art. 39, inciso I). Nesse
passo, a restituição desse valor é de rigor, na forma simples e com correção monetária
desde o desembolso, bem como juros de mora desde a citação (REsp. 1.639.259/SP, Min.
Paulo de Tarso Sanseverino, j. em 12/12/2018), autorizada a compensação com eventual
saldo devedor, nos termos do art. 368 do Código Civil.

Frise-se que, cuidando-se o seguro prestamista de valor cobrado pelo

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requerido com base em expressa autorização contratual concedida pela parte autora, que

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somente veio a ser impugnado e declarado ilegal nesse momento em âmbito judicial, não
há que se falar em dolo ou má-fé do Banco requerido a ensejar a restituição em dobro, uma
vez que, na ocasião da cobrança, ele apenas observou os exatos termos de uma avença que,
naquele momento, era válida.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a ação,


apenas para condenar o réu à devolução do valor de R$ 1.450,00 para a parte autora,

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referente ao seguro prestamista, com correção monetária desde a data do pagamento pela
Tabela Prática do E. TJSP e juros de mora de 1% ao mês desde a citação, autorizada a
compensação com eventual saldo devedor, nos termos do art. 368 do Código Civil,
restando a fase de conhecimento extinta com resolução do mérito, nos termos do art. 487,
inciso I, do Código de Processo Civil.

Diante da sucumbência recíproca, por força dos artigos 85, § 14º e 86,
caput, ambos do CPC, sendo vedada a compensação dos honorários e demais verbas
sucumbenciais, condeno o réu ao pagamento dos honorários advocatícios ao patrono da
autora, no valor de R$ 400,00 (CPC, art. 85, § 8º), além de custas e despesas do processo,
na proporção de 50%, nos termos do art. 82, § 2º, do CPC. De outro lado, condeno a parte
autora ao pagamento de honorários advocatícios ao patrono do réu, no valor de R$ 400,00,
bem como ao pagamento de 50% das custas e despesas processuais, observado, no entanto,
os benefícios da justiça gratuita, deferidos às fls. 43.

P.R.I.C.

São Paulo, 01 de outubro de 2022.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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