Geo. 3° Ano - Blocos Econômicos

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Blocos econômicos

Os blocos econômicos são uniões entre países que visam ao desenvolvimento econômico entre os membros. Os países
associados têm vantagens no cenário econômico mundial.

Os blocos econômicos são associações entre países com vistas ao desenvolvimento econômico de todos os membros.

Os blocos econômicos são associações realizadas por países em prol do desenvolvimento social, político e econômico de
seus membros. Essas alianças são feitas principalmente para garantir ajuda mútua e desenvolver a economia de todos os
envolvidos.

Várias são as vantagens para um país de se integrar a um bloco, como a eliminação de tarifas e barreiras alfandegárias e
a garantia de desenvolvimento do comércio interno e externo. Por outro lado, algumas desvantagens emergem, como o
impedimento de algumas parcerias comerciais.

Os blocos econômicos podem ser dos seguintes tipos:

• união aduaneira;

• zonas de livre comércio;

• mercado comum;

• união política e monetária; e

• zonas de preferência tarifária.

Leia também: Mercosul – bloco econômico sul-americano

Origem dos blocos econômicos


A origem dos blocos econômicos remete ao contexto que sucedeu a Guerra Fria, quando a economia global ganhou uma
nova fase de integração entres os países e uma nova ordem mundial se estabeleceu, o que gerou a globalização. Na
tentativa de manter seus mercados funcionando, alguns países fizeram alianças para manter o funcionamento do seu
comércio interno e externo.
Os blocos econômicos consistem especialmente no processo de facilitação do desenvolvimento da atividade
comercial entre os membros. Dessa forma, os países-membros realizam entre si a venda de produtos e permitem o
tráfego de informações, bens e pessoas, além de dificultaram a entrada de produtos de países que não são membros por
meio da criação de barreiras comerciais.

Os primeiro blocos surgiram com a redução de tarifas comerciais. Com o tempo e a evolução do capitalismo, passou-se
a observar novas características, como a eliminação completa de barreiras comerciais e alfandegárias, criação de tarifas
para comércio com países não membros e vantagens para pessoas físicas e jurídicas no âmbito do desenvolvimento
econômico e até social dos membros.

Tipos de blocos econômicos


• União aduaneira: consiste numa zona de livre comércio com uma Tarifa Externa Comum (TEC), que é uma taxa que
encarece os produtos de países que não são do bloco. Exemplos: Mercado Comum do Sul (Mercosul).
• Zona de livre comércio: consiste na facilitação comercial com a eliminação de tarifas e barreiras alfandegárias, a fim
de garantir o desenvolvimento econômico e comercial. Exemplo: Nafta (Tratado de Livre Comércio das Américas) e CAN
(Comunidade Andina).
• Mercado comum: é um bloco econômico com elevado padrão de integração, no qual há livro comércio e livre
circulação de pessoas, informações, capitais e bens. Nesses blocos as fronteiras físicas praticamente inexistem.
Exemplos: Mercado Comum do Sul (Mercosul).
• União política e monetária: é uma integração ampla no campo econômico, com o desenvolvimento do comércio
(importação e exportação) e do campo político – com políticas comuns adotadas entre os países –, além da criação e
adoção de uma moeda única pelos membros. Exemplo: União Europeia.
• Zonas de preferência tarifária: tipo de integração em que são adotadas vantagens tarifárias apenas a alguns
produtos, para torná-los mais baratos para países não participantes do bloco. Exemplo: Aladi (Associação Latino-
Americana de Integração).
Veja também: Diferença entre exportação e importação

Principais blocos econômicos


O surgimento dos blocos econômicos no capitalismo moderno colocou os países no sistema de concorrência global.
Assim sendo, cada país integrante consegue participar da economia global. Em cada continente, cada região do mundo,
há associações nesse formato.
Bandeira da União Europeia – maior bloco econômico do mundo.

Os principais blocos econômicos mundiais são:

• União Europeia: formada por Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia,
Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo,
Malta, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia e Suécia. Foi criada em 1957 e tem como principal função promover
a livre circulação de pessoas e o desenvolvimento econômico entre os membros.

• Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte): foi criado em 1994 e tem como objetivo central desenvolver
o comércio entre Estados Unidos da América, México e Canadá.

• Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo): formada pelos países que produzem e vendem petróleo a
nível global: Argélia, Angola, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e
Venezuela. Sua criação se deu na década de 1960.

• Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico): criada em 1989 e formada por Austrália, Brunei, Darussalam,
Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, Estados Unidos da
América, China, Hong Kong, Taiwan, México, Papua-Nova Guiné, Chile, Peru, Rússia e Vietnã. Sua função central é
promover uma área de desenvolvimento econômico e comercial entre os membros.

• MCCA (Mercado Comum Centro-Americano): bloco fundado em 1960 que tem como membros Costa Rica, El
Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua.

• Comunidade Andina: formada pelos países da América Andina (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru). O objetivo geral
é desenvolver a economia, a política, os campos social e cultural através da integração dos países envolvidos.

• Mercosul (Mercado Comum do Sul): formado por Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Tem como principal função
promover uma área de livre comércio, desenvolvimento social e econômico entre os membros, além de permitir a livre
circulação de pessoas, mercadorias e bens de modo geral.

• Tigres Asiáticos: criado na década de 1970, é formado por países da Ásia Oriental: Hong Kong, Cingapura, Coreia do
Sul e Taiwan. Objetiva implementar barreiras alfandegárias e desenvolver novas tecnologias no processo competitivo
mundial.

• CEI (Comunidade dos Estados Independentes): formada por países que eram integrantes da URSS: Rússia,
Bielorrússia, Ucrânia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e
Turcomenistão. O bloco foi criado para integrar os países às lógicas econômicas mundiais após o fim da URSS.

• SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral): criada em 1992, tem como membros: África do Sul,
Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo,
Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. O principal objetivo é estabelecer a paz e a segurança na região.

Leia também: OCDE – a organização também conhecido como “Clube dos ricos”

Vantagens e desvantagens dos blocos econômicos


As principais vantagens de integrar um bloco econômico giram em torno do desenvolvimento econômico dos países,
destacando-se o menor custo dos produtos, eliminação de tarifas de exportação e importação e o aumento gradativo
do Produto Interno Bruto. Como economias independentes passam a integrar um sistema maior, estabelece-se
uma associação de ajuda mútua, havendo maior facilidade de locomoção entre pessoas, bens e informações, políticas
comuns de desenvolvimento econômico e social, entre inúmeros outros benefícios.

Dentre as desvantagens, podemos destacar a ausência de soberania nacional, enfraquecimento do multinacionalismo


frente ao fortalecimento da economia regional, polarização das economias globais, falta de liberdade econômica das
empresas em participar de mercados mais abrangentes e a possibilidade de países com economia frágil afetarem os
mais desenvolvidos.

Todos esses fatores promovem nos membros maior ou menor impacto, depende do que se analisa no aspecto
econômico do país. Alguns blocos, como a União Europeia, impõem aos membros a estabilidade econômica como
política comum, para que esses aspectos não se tornem desvantagens para os membros, e sim vantagens.

Importância dos blocos econômicos


A importância dos blocos econômicos não se resume a estimular o comércio, seja ele interno, seja externo. Ao falarmos
de globalização e dessas grandes transformações econômicas dos últimos anos, devemos entender como as economias
capitalistas mudaram em prol do desenvolvimento econômico e social entre países. Houve um grande crescimento
empresarial e industrial, com isso instituições empresariais ganharam mercado e influência a nível local, regional e
global. As barreiras territoriais foram diminuindo, e as áreas de influência ampliaram-se significativamente.

Essa importância não se restringe aos aspectos econômicos, pois é possível observar fatores sociais nessa dinâmica,
como novas fontes de renda, emprego e padrões de vida que se estabelecem com o modo de vida capitalista
globalizado. O consumo amplia-se, novas classes sociais se estabelecem, aparecem novas formas de viver o dia a dia,
entre outros fatores. Todos esses elementos estão relacionados com as integrações feitas pelos blocos econômicos.

Leia também: ONU – organização que visa ao desenvolvimento mundial por meio da cooperação entre países

REFERÊNCIA: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/acordos-economicos.htm

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