O Estdo de Gaza
O Estdo de Gaza
O Estdo de Gaza
DE
MONTEPUEZ
TRABALHO DE HISTORIA
ELEMENTOS DO GRUPO:
MONTEPUEZ
JUNHO
2024
ESCOLA SECUNDÁRIA 15 DE OUTUBRO DE MONTEPUEZ
TRABALHO DE HISTORIA
Tema: O ESTDO DE GAZA
Docente:
ELEMENTOS DO GRUPO:
MONTEPUEZ
JUNHO
2024
ÍNDICE:
INTRODUÇÃO... ..............................................................................................................4
O ESTDO DE GAZA. .......................................................................................................5
ORIGEM E DESENVOLVIMENTO. ..............................................................................5
AS RAZÕES QUE EXPLICAM ESTE FENÔMENO FORAMENTRE OS QUE..........5
ENTRE OS QUE FUGIRAM CONTAM-SE. ..................................................................5
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA.......................................................6
FUNCIONAMENTO. .......................................................................................................6
ORGANIZAÇÃO SOCIOECONÔMICO. ........................................................................7
ACTIVIDADES ECONÔMICAS. ....................................................................................7
FINTE ECONÔMICA DO PODER DOS CHEFES. ........................................................8
IDEOLOGIA. ....................................................................................................................8
DECADÊNCIA. ................................................................................................................8
CONCLUSÃO. ..................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ...........................................................................10
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INTRODUÇÃO
O Presente trabalho fala sobre: O Estado de Gaza, localizado no sul de Moçambique, foi
um importante reino africano formado durante o processo de M'fecane. Este período,
ocorrido entre o final do século XVIII e o início do século XIX, foi marcado por intensas
lutas políticas e grandes migrações de povos Nguni em direção ao norte da Zululândia. A
fundação do Estado de Gaza e seu subsequente desenvolvimento político, econômico e
social resultaram de uma combinação de conquistas militares e assimilação de populações
locais, criando uma estrutura hierárquica complexa e uma economia diversificada. Este
estudo explora a origem, a organização e a decadência do Estado de Gaza, destacando seu
impacto na região e sua interação com poderes coloniais.
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O ESTDO DE GAZA
ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
O Estado de GZA e resultado do M'fecane.O M'fecane foi o processo de lutas e de
transformações políticas, seguidas de grandes migrações de populações Nguni para o
Norte, ocorridas na Zululandia (atual África do Sul), a partir da segunda metade do Século
ⅩⅤⅠⅠⅠ a princípios do século ⅩⅠⅩ.
AS RAZÕES QUE EXPLICAM ESTE FENÔMENO FORAM, ENTRE OUTRAS,
AS SEGUINTES:
As lutas pelo controlo das rotas comerciais com a baia de Lourenco Marques. Era
a partir deste ponto que os Ngunis estabeleciam o contacto com o mundo exterior,
exportando marfim e importando missangas, tecidos, lingotes de latão e armas.
Daí os conflitos entre linhagens;
A crise ecológica ocorrida na região nos finais do século ⅩⅤⅠⅠⅠ e princípios do
século ⅩⅠⅩ.Este crise provocou a falta de terras e pastagens, o que, de certa forma,
contribuiu para as lutas pelo seu controlo.
Para a volta de 1770, existiam na Zululandia vinte reinos que disputavam entre si o
controlo das rotas comerciais com a baia de Lourenco Marques, bem como o domínio de
terras férteis e pastagens.
Entre 1810 e 1821, estes reinos ficaram reduzidos a dois: p de Nduandue (Chefiado
por Zuide); e o de Mtutua (Chefiado por Donguisuaio). Conflitos entre dois reinos
culminaram coma captura e morte de Donguisuaio pelas forças leias a Zuide. Tchaka, o
zulu, decide vingar a morte do seu pai adoptivo (Donguisuaio), perseguindo Zuide e seus
amigos até as últimas consequências. Uma parte dos Nduandue derrotados submete-se a
Tchaka, e outra foge.
ENTRE OS QUE FUGIRAM CONTAM-SE:
Zuangedaba, Nqaba Msane e Nguane Maseko, que por algum tempo se fixaram
no interior de Moçambique. E assim que, por volta de 1890, Estados dominados
por descendentes de Mseko e Zuangedaba incluíam territórios moçambicanos do
Niassa e Tete;
Mzilikaze Ⅰ, que se fixou no território do actual Zimbabwe;
Sobhuza, fixado na Suazilândia;
Sochabgana (Manicusse), que se fixou no Sul de Moçambique, onde formou o
Estado de Gaza.
O Estado de Gaza, com capital em Chaimite, resultou da conquista do Sul de
Moçambique por Exércitos Nguni, chefiados por Sochangana, o Manicusse (1821-
1858). Combinando a estratégia da guerra de conquista com a política de assimilação das
populações autóctones, Sochangana criou os alicerces de um novo território, que na sua
extensão máxima, abrangia as regiões situadas entre a baia de Maputo e o rio Zambeze.
Com a sua morte em 1858, sucede-lhe o seu filho Maueue. Uma vês no trono, Mueue
hostiliza os seus irmãos, em particular Mzila, reinos vizinhos e comerciantes que estavam
interessados no comercio do marfim. Estes, por sua vez, dirigidos por Mzila e contando
com o apoio de alguns membros da aristocracia Nguni, de comerciantes de Lourenco
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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
A conquista e administração de um território tão vasto como este foram possibilidades
por uma política de assimilação praticadas pelos Nguni, através da qual alguns elementos
das populações conquistadas foram integrada os em regimentos Nguni e, mais tarde,
serviam como funcionários no exército e na administração territorial. Populações do vale
do Limpopo e os Cossa de Magude foram integrados como assimilados em bloco, razão
pela qual são até hoje conhecidos como Changana (súbditos de Sochangane).
FUNCIONAMENTO
A capital, onde residia o monarca Inkosi, judiciais, econômicas e religiosas. Além da
capital suprema onde vivia o Inkosi, tinham também importância administrativa e,
sobretudo, ritual as capitais sagradas onde viviam as rainhas-viúvas ligadas ao culto
nacional dos falecidos monarcas.
O Império subdividia-se em reinos, a frente dos quais estava o Hossana, responsável
de terras, resolução de litígios, mobilização de regimentos, etc. Os reinos subdividiam-se
em províncias, dirigidas por um Induna. As províncias, por seu turno, subdividiam-se
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IMPÉRIO
Reinos
Províncias
Povoação
Organização política do Estado de Gaza
ORGANIZAÇÃO SOCIOECONÔMICO
Várias camadas são identificadas neste Estado. No topo da hierarquia social estava a alta
aristocracia (rei e seus familiares); logo a seguir, a média aristocracia (outros Ngunis
que não fossem da linhagem real). Estes constituíam a classe dominante aliada aos
«assimilados» (elementos da população dominada já integrados na estrutura social
Nguni). Em baixo estavam as populações dominadas que, independentemente do seu
grupo etnolinguistico, eram designados por Tonga.
Existiam também cativos que trabalham nas comunidades domesticas Nguni. Mulheres
cativas podiam ser tomadas por esposas de homens Nguni sem necessidade de Lobolo.
Em todos os casos, estes cativos eram gradualmente emancipados. Porém, como existiam
guerras constantes, existiam sempre cativos.
Observa o esquema seguinte:
Como podemos verificar, existira uma grande diferença social: no topo estavam os
membros da linhagem real. A seguir, os mabulundlela, os ndau, os tongas, os tinhloko e,
por fim, os membros das Chefaturas subjugadas.
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ACTIVIDADES ECONÔMICAS
As principais atividades produtivas no Estado de Gaza eram a agricultura (cultivo da
mapira, mexoeira, naxemim e milho grosso), a caça e a pesca, que eram realizadas
pelas populações dominadas, tanto para o seu sustento como para o pagamento de tributo
a classe dominante. Também praticavam a criação de gado e o comercio (exportação de
marfim e escravos, importação de tecidos, artigos de ferro e cobre).
FINTE ECONÔMICA DO PODER DOS CHEFES
Além do pagamento de tributos em gêneros agrícolas, as populações dominadas
estragavam aos Nguni outros tributos em marfim e em dinheiro (Libras), ganhos na
África do Sul com o início do trabalho migratório para aquela região. Os cativos também
constituíam outras fonte de riqueza para os Nguni: trabalhavam nas unidades domesticas
destes. Soldados e mensageiros Nguni eram alimentados pelas populações.
IDEOLOGIA
Os cultos e outros rituais eram oficiados pelo o rei, pois, entre os Nguni, o exercício do
poder real não estava dissociado do exercício das cerimonias mágicos –religiosas.
Existiam cultos agrários (Nkwaya); os destinados a «dar força» aos homens que partiam
para a guerra (Mbengululu) e os de invocação da chuva, entre outros.
DECADÊNCIA
A necessidade de «ocupação efetiva do território», determinada pela Conferencia de
Berlim, o único facto que, a partir daí, legitimaria aposse dos territórios em África, levou
Portugal a iniciar as Campanhas de pacificação no Sul de Moçambique a partir de 1895,
tendo como alvo principal o Estado de Gaza.
A superioridade Bélica dos Portugueses e a falta de unidades entre os chefes do Sul de
Moçambique contribuíram para a decadência do Estado de Gaza.Mouzinho de
Albuquerque, governador do distrito militar de Gaza, foi o responsável pela prisão de
Ngungunhane (este morre exilado nos Açores, em 1906).
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS