O Anticristo
O Anticristo
Identificando o Anticristo
Gary Demar
Hal Lindsey escreveu em 1970 que ele cria que o anticristo estava vivo em
algum lugar no mundo. Ele repetiu essa crença em 1977, quando escreveu que
era sua “opinião” que “ele estava vivo em algum lugar agora. Mas ele não se
tornará essa figura terrível que chamamos de Anticristo até que Satanás o
possua, e não creio que isso ocorrerá até que haja essa ‘ferida mortal’ da qual
ele é 2 curado.” Em 1980 ele declarou novamente essa convicção escrevendo
que “este homem [anticristo] 3 está vivo hoje – vivo e esperando ser revelado.”
Embora Lindsey creia que o anticristo esteja vivo em algum lugar no mundo
hoje, e de fato tem estado aqui desde pelo menos 1970, ele declarou que “não
4 devemos ficar especulando se alguma das figuras mundiais de hoje é o
anticristo.” De qualquer forma, determinar a identidade do anticristo não
importa na verdade, visto que Lindsey e outros crêem “que os cristãos não
estarão por perto para ver a devastação trazida pelo ditador mais cruel de 5
todos os tempos.” Para não ser ultrapassado, Dave Hunt divulga uma opinião
similar: “Em algum lugar, nesse exato momento, no planeta Terra, o anticristo
está quase que certamente vivo – aguardando seu tempo, esperando seu sinal.
Sensacionalismo banal? Longe disso! Essa possibilidade é baseada numa
avaliação sóbria dos eventos atuais em relação à profecia bíblica. Já um
homem maduro, ele está provavelmente ativo na política, talvez até mesmo um
líder mundial admirado cujo nome está quase 6 diariamente nos lábios de todo
o mundo.”
“A Sra. Dixon alega que a influência desse homem será sentida no começo do
anos 1980 e que por volta de 1999, a religião ecumênica terá sido alcançada.”
Por que deveríamos crer nos prognósticos proféticos dos dias atuais, quando já
nos ofereceram certezas da identidade do anticristo inúmeras vezes durante os
séculos?
São Martin de Tours, que morreu em 397 d.C., escreveu do anticristo vindouro
cujo reino significaria os últimos dias. Sua predição soa estranhamente familiar.
“Non est dubium, quin antichristus… Não há dúvida que o anticristo já nasceu.
Firmemente já estabelecido em seus primeiros anos, ele irá, após alcançar a
maturidade alcançar poder supremo.” Agora volte e leia novamente as citações
de Lindsey e Hunt. Os cristãos deveriam repudiar os escritos de alguém que
especula que o anticristo é uma figura contemporânea. Tal especulação é
biblicamente infundada, como se tornará evidente à medida que analisarmos
as passagens usadas para estabelecer a identificação.
Alguns crêem que a besta ou anticristo deve ser um judeu, visto que ela
“emerge da terra” ou nação (Ap. 13:11). Outros crêem que visto que ela
emerge do mar, uma designação das nações gentias, ela deve ser um gentil
(cf. Isaías 57:20). O anticristo moderno é retratado como uma figura política
carismática, o homem-mídia perfeito. Na década de 1969, John F. Kennedy
parecia satisfazer todos os critérios para um anticristo dos dias modernos, e
sua ferida mortal [Ap. 13:3] na cabeça assegurou isso para muitos cristãos
crédulos. O anticristo supostamente terá a eloqüência de um Winston Churchill
(Ap. 13:5) e a arrogância, duro semblante e discurso cativante de um Adolf
Hitler (Dn. 7:20; 8:23).
Como com Hitler, que fez paz com a “Santa Sé” de Roma, essas propostas de
paz funcionarão como sedativos sobre o povo.
De acordo com esse cenário elaborado, o mundo estará vivendo sob um tirano
dirigido por Satanás através de sua besta, anticristo e o falso profeta. As
pessoas serão marcadas com o terrível 666! Essa receita de desastre levará
afinal ao Armagedon, onde todas as nações do mundo serão trazidas contra
Israel. Somente o retorno de Cristo salvará Israel e o mundo.
O Anticristo Bíblico
“22 Quem é o mentiroso, se não aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho.
23 Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que
confessa o Filho tem igualmente o Pai.” 1 João 2.22-23
“3 e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em Carne não é
de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de
vir, e eis que já agora está no mundo.”
1 João 4.3
A Bíblia foi escrita obviamente para que nós hoje pudéssemos crer. 1 Jo. 1.4
A escrita da Bíblia foi motivada e necessárias por causa das circunstâncias 1
Jo. 2.26
Foi escrita para que tenhamos vida eterna 1 Jo. 5.13
Os autores Bíblicos preferiam conversar face a face 2Jo. 1.12
Nos resta uma pergunta, que e quais circunstâncias levaram João e outros
autores Bíblicos a escreverem suas cartas??
A apostasia sobre a qual João escreve estava em vigor em seus dias. Paulo
teve que contra-atacar um “evangelho diferente” que era “contrário” ao que ele
tinha pregado (Gl. 1:6-9). Ele teve que lutar contra “falsos irmãos” (2:4, 11-21;
3:1-3; 5:1-12). Ele advertiu a liderança da igreja de Éfeso que “dentre vós
mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os
discípulos atrás deles” (Atos 20:28-30). A insurreição teológica veio de dentro
da comunidade cristã.
Uma das últimas cartas do Novo Testamento, o livro de Hebreus, foi escrito a
uma comunidade cristã inteira que estava à beira de abandonar o Cristianismo.
A igreja cristã da primeira geração não foi somente caracterizada pela fé e
milagres; foi também caracterizada pelo aumento da ilegalidade, rebelião, e
heresia dentro da própria comunidade cristã – justamente como Jesus tinha
predito em Mateus 24.
O Anticristo
Dr. Kenneth L. Gentry, Jr.
O Tempo do Anticristo
Os leitores de João tinham ouvido que o Anticristo ainda não estava em cena,
mas sim que estava vindo.13 João informa-os que esse “anticristo”
“presentemente, já está no mundo” (1 João 4:3). Como Warfield observa, “esse
‘já’ pós-postulado carrega com ele uma grande força de afirmação”.14 “Este é o
espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e,
presentemente, já está no mundo” (1 João 4:3b).
Aquilo que eles tinham “ouvido que vem” é expressamente o que “já está no
mundo”. Em adição, João observa: “E, como ouvistes que vem o anticristo,
também, agora, muitos anticristos têm surgido” (1 João 2:18). Por causa da
aparição desses Anticristos, eles deviam saber que “é já a última hora” (2:18,
RC). A aparição desses anticristos não era um anunciado de uma vinda futura
do Anticristo, pois a presença deles era o sinal que “a última hora” já tinha
“chegado” (gegonasin). O “também, agora”, enfatiza a presença do que eles
temiam (“como ouvistes”).
A Impessoalidade do Anticristo
A Tendência do Anticristo
Quem é o Anticristo?
Hank Hanegraaff
Além do mais, João ensinou que todos os que negam a encarnação, o papel
messiânico e a divindade de Jesus são exemplos de anticristo. Como tal, o
termo anticristo não somente refere-se à apostasia de indivíduos, mas à
apostasia de instituições e ideologias também. Nesse sentido, instituições tais
como as seitas modernas e as religiões do mundo, além de ideologias como o
evolucionismo ateísta e o comunismo, podem ser corretamente consideradas
anticristos.
Para estudo adicional, veja Hank Hanegraaff, The Apocalypse Code (Nashville:
W Publishing Group, 2007).
Fonte: The Bible Answer Book – Volume 2, Hank Hanegraaff, Thomas Nelson
p. 225-7.
A Doutrina de João sobre o Anticristo
Arquivo Preterista
Patrística
São Policarpo (Epístola de Policarpo aos Filipenses) alertou aos filipenses que
todos os que pregassem uma falsa doutrina seria um anticristo.
Santo Ireneu especulou que seria “muito provável” que o anticristo poderia ser
chamado Lateinos, que é o equivalente em grego para "homem latino".
A Reforma, nos anos 1.500 mudou muitas coisas, mas sem querer, acabou
mudando as crenças sobre “fim dos tempos”.
- Arrebatamento
Antes de 1.500, nenhuma dessas três visões era entendida da forma como é
ensinada hoje. Percebi que o entendimento moderno é baseado mais em uma
tradição recente do que em uma visão ortodoxa e bíblica.
Perfil do Anticristo
Gary Demar nos diz que: "A confusão se levanta por duas concepções
errôneas:
(1) lidar com referências bíblicas divergentes como se todas elas se referissem
à mesma pessoa, criando assim uma figura composta que não é encontrada na
Escritura;
O Anticristo Bíblico
A primeira coisa que devemos fazer é analisar os textos de forma crítica. A
palavra “anticristo” aparece somente nas epístolas de João (1 João 2:18, 22;
4:3; 2 João 7).
1 João 2:22 "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o
Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho."
1 João 4:3 "E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em
carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já
ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo."
O que vemos aqui é que esses enganadores saíram do meio deles, eram
contemporâneos, eles estavam conscientes que esses falsos mestres viriam e
marcariam o fim daquela "Era", pois Jesus já havia advertido no seu sermão
profético a vinda de falsos mestres. (Mt 24:11, 24). É por isso que João diz
"como ouvistes que vem o anticristo". João sabia que seus leitores já
conheciam que nos últimos dias apareceriam falsos mestres e falsos profetas.
(2 Tm 3) Eles estavam familiarizados que falsos ensinos viriam, e João em sua
carta os alerta que já era última hora pois os anticristos estavam se revelando.
(O grifo é meu)
1. A interpretação que este verso ensina que "se alguém evidenciar ter dentro
de si espíritos estranhos a ele, então devemos testar se tais espíritos são
espíritoS (plural) de Deus ou se são demônios", é completamente absurda e
contrária à Bíblia.
Não há absolutamente nada que indique que o contexto (tanto dos versos 1-3,
como 1-6, como todo 1João) tenha a menor sombra de possibilidade de se
referir a endemoninhados. Aqui, João escreve a respeito de falsos profetas,
não de demônios e de endemoninhados!
Note verso 1 "...já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.". Todos
os espíritos referidos em v. 1-6 são homens em carne e osso! (Mesmo o verso
2 não se refere a Deus o Espírito Santo, mas ao espírito do profeta.).
Aqui nós aprendemos que o anticristo não é um indivíduo único. “Esse tal”,
que é “o anticristo”, são os “muitos enganadores” que “entraram no mundo, os
quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne”. Portanto, “o anticristo”
não pode ser entendido como um único indivíduo e sim como sendo os “muitos
enganadores”.
A que enganadores João se referiu? Ele escreveu que “os quais não
confessam que Jesus Cristo veio em carne“. Eram falsos mestres que
defendiam e propagavam determinados erros de Cristologia.
O anticristo que encontramos nas cartas de João eram os falsos mestres que
negavam isso. Eles “não confessam que Jesus Cristo veio em carne” porque
eles negavam que Cristo é “verdadeiramente homem, constando de alma
racional e de corpo… consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo
semelhante a nós, excetuando o pecado”. Desde o primeiro século existiram
falsos mestres, seitas e movimentos heréticos que falsamente se diziam
cristãos, mas que eram inimigos declarados dos apóstolos e do verdadeiro
Cristianismo. Um destes movimentos heréticos foi o docetismo. Esta palavra
vem do grego dokeo e significa “parecer”. Os docetas defendiam que o corpo
de Jesus Cristo era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido
apenas aparente.
Ele parecia homem, mas, na verdade, não era. Portanto, toda sua vida,
sofrimento e morte foi simplesmente em aparência, mas não em realidade. Ou
seja, eles não confessavam que “Jesus Cristo”, de fato, “veio em carne“. Eles
não confessavam que, de fato, “o Verbo se fez carne“. (João 1.14)
Quando João falou do anticristo, ele estava se referindo aos patriarcas do que
viria a ser conhecido como docetismo. Ele não estava falando de um líder
político mundial em um futuro distante. Ele estava falando de falsos mestres de
seu próprio tempo. Ele foi perfeitamente claro:
Resumindo:
Então, nas cartas de João, ele não usa "anticristo" para se referir a um único
grupo de falsos mestres, mas para se referir a dois. "Anticristo" eram "falsos
mestres". Em 1 João 2:22, eram os falsos mestres do Judaísmo. Em 1 João 4:3
e 2 João 7 eram os docetistas.
"Ao redirecionar o foco dos seus leitores da futuridade do Anticristo para sua
existência contemporânea, João aponta que o Anticristo é um movimento, e
não um indivíduo. Ao tratar com a idéia do “Anticristo”, João diz “também,
agora, muitos anticristos têm surgido” (1 João 2:18). De fato, o Anticristo é um
“espírito”* (1 João 4:3) que penetra esses muitos “anticristos” (1 João 2:18),
que são representados como “muitos enganadores” (2 João 7)."
*Espírito/doutrina
A Bíblia foi escrita obviamente para que nós hoje pudéssemos crer. 1 Jo. 1.4
A apostasia sobre a qual João escreve estava em vigor em seus dias. Paulo
teve que contra-atacar um “evangelho diferente” que era “contrário” ao que ele
tinha pregado (Gl. 1:6-9). Ele teve que lutar contra “falsos irmãos” (2:4, 11-21;
3:1-3; 5:1-12). Ele advertiu a liderança da igreja de Éfeso que “dentre vós
mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os
discípulos atrás deles” (Atos 20:28-30). A insurreição teológica veio de dentro
da comunidade cristã.
Na carta de Paulo aos Coríntios, ele diz para os coríntios (no capítulo 10) que
quando eles caiam na idolatria e prostituição do Império Romano, isso era
equivalente aos israelitas no deserto quando caíram na idolatria de Balaque e
Balaão. Por quê? Porque as coisas sobre as quais eles liam nas Escrituras
"estão escritas PARA AVISO NOSSO" (I Co 10:11). Em outras palavras, Paulo
nos ensina a usar eventos e acontecimentos passados, registrados na própria
Bíblia, como parâmetro para analisar os eventos e acontecimentos
contemporâneos.
É com base nisso, que Isaías diz que Israel de seu tempo era como Sodoma e
Gomorra (capítulo 1). E é com base nisso que o Apocalipse diz que Israel tinha
se tornado como o Egito e a Babilônia. E é com base nisso que nós também
somos capazes de identificar, por analogia, todos os pecados e heresia que
vieram depois da Bíblia. Então, da mesma forma que Sodoma e Gomorra
foram lugares históricos específicos, que foram destruídos em um momento
histórico específico, era possível chamar Israel de Sodoma e Gomorra porque
eles cometiam o mesmos pecados e também seriam julgados. De modo
parecido, ainda que a besta e a grande prostituta do Apocalipse tenham sido
existido como reinos e pessoas específicas, a história deles foi registrado para,
que analogia, fôssemos capazes de identificar outros inimigos que se
assemelham a eles.
Então podemos concluir que erro dos Pais da Igreja e dos Reformadores foi por
confundir Cumprimento específico com Analogia, isso serve não só para o
tema do Anticristo, mas também para as Bestas do Apocalipse e qualquer outra
figura apocalíptica. O erro está em uma figura que faz parte de seu contexto
histórico como cumprimento específico dessas imagens, quando na verdade
não o são, porém podemos fazer analogia.
Concordo que algumas profecias cumpridas têm uma aplicação além dos reis e
reinos específicos mencionados no apocalipse, ou sobre o anticristo e etc. Mas
onde eu discordo é que eu digo que alguns dos símbolos específicos foram
cumpridos somente por figuras históricas específicas.
"Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não
confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o
anticristo" (2 João 7).
3. Estes textos não falam de um Anticristo futuro, mas de muitos que já saíram
do meio dos cristãos do primeiro século.
4. Um anticristo é uma pessoa que nega Cristo, ou que nega que este veio na
carne.
O Anticristo
Durante minha vida, assisti o crescimento meteórico dos cartões de crédito, celulares
e internet. Ouvi os pregadores e mais pregadores, escritores e construtores de abrigo
anti-bomba me dizerem que a tecnologia moderna estava sendo uma preparação para
que o anticristo dominasse o mundo com sua “marca da besta”, como nunca antes. De
chips com frequência de rádio implantados debaixo de pele a números de identificação
nacional, havia muita preocupação no ar.
Na verdade, ouvi essas coisas por muito, muito tempo. Por alguns anos antes de
2.000, ouvia a estação de rádio Calvary Chapel diariamente. Muitos pais de amigos
meus estocaram comida em seus porões e outros suprimentos em preparação aos
problemas que viriam. Sempre pensei que a melhor coisa a se estocar para um
apocalipse seria papel higiênico, mas ninguém levou minha teoria a sério. Agora, uma
década depois, os pais dos meus amigos ainda tem baldes de 220 litros de trigo,
estocados, que estão finalmente perdendo a validade.
Para começar, devemos perceber que o anticristo não aparece em lugar nenhum no
livro de Apocalipse. Uma simples pesquisa na Concordância Strong (Strong’s
Concordance) revelará que o termo anticristo é usado em apenas 4 passagens na
bíblia, três vezes em 1ª João e uma em 2ª João.
Para entender o termo anticristo, devemos primeiro entender o contexto das cartas de
João. Durante a época da Igreja primitiva, existia uma religião chamada Gnosticismo.
Eles ensinavam que o que era espiritual era bom e o que era físico/emocional era
ruim, portanto Jesus não poderia ter vindo à terra em um corpo físico. Eles ensinavam
que Jesus veio à terra como um ser etéreo, espiritual. Esse ensino é herético porque
nega a verdade de Jesus ter derramado seu sangue humano para a remissão dos
pecados. Os gnósticos conseguiram tantos seguidores na Igreja primitiva (por volta de
um terço dela) que João escreveu a primeira carta em resposta às suas heresias.
"O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que
temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi
manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que
estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos
anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é
com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo". 1ª João 1:1-3
João estava escrevendo para provar, como uma testemunha ocular, que Jesus não
era um fantasma, mas uma pessoa física. João foi o discípulo que descansou no peito
de Jesus, e sabia que Ele não era simplesmente um espírito. Ele ressaltou isso em
João 1:14: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. A carta focava naqueles que
haviam caído no pensamento gnóstico. João continuou, em sua epístola, a dizer, que
aqueles que diziam que Jesus não tinha um corpo físico eram na verdade o anticristo.
"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus,
porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis
o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne
é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne
não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de
vir, e eis que já está no mundo". 1ª João 4:1-3
Qualquer pessoa que nega que Jesus veio em carne, que é o que os gnósticos do
primeiro século estavam fazendo, está operando no espírito do anticristo. O anticristo
não é uma pessoa, é um sistema de crença, especificamente, gnosticismo.
João mais pra frente menciona o espírito do anticristo como algo de que os cristãos
primitivos já haviam ouvido falar: "Filhinhos, esta é a última hora; e, assim como vocês
ouviram que o anticristo está vindo..." . 1ª João 2:18
Primeiro, é importante notar que certas traduções da bíblia inseriram uma palavra que
não existe nos manuscritos gregos, que gerou muita confusão. Essas traduções
capitalizam (escrevem com a primeira letra maiúscula) a palavra anticristo nesse
verso. O motivo para a capitalização é porque os tradutores inseriram a palavra “o”
antes de “anticristo”, transformando a palavra anticristo em um nome próprio, que
requer a capitalização (é melhor perceber no inglês, no português é difícil ver o texto
sem esse “o”, mesmo que não se refira a uma pessoa).
A Igreja primitiva tinha ouvido que um anticristo (falsa doutrina) estava vindo, mas não
tinham ouvido que o Anticristo (um dominador mundial) estava vindo. A inserção do “o”
e a capitalização de Anticristo foram adicionadas 1.500 anos depois. Como notei no
capítulo 1, Martinho Lutero e os protestantes queriam poder apontar o dedo,
condenando a Igreja Católica e tornando anticristo um nome próprio, poderiam
facilmente fazer isso.
O verso continua: “…mesmo agora, muitos anticristos vieram…” (1ª João 2:18). Em
outras palavras, muitos falsos ensinos já tinham aparecido. Gnosticismo, Nicolaísmo e
a heresia dos judaizantes (veja apocalipse 2:6, 9 e 15 e 3:9). João acaba o verso com
“assim sabemos que é a última hora". Isso novamente mostra que João estava se
referindo à predição de Jesus em Mateus 24, que um sinal da destruição de Jerusalém
seriam os falsos mestres. Então, o surgimento da heresia do gnosticismo era um sinal
de que essa era a última hora antes da destruição de Jerusalém.
João continua:
"Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco;
mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós". 1ª João 2:19
O apóstolo João, escrevendo antes de 70 D.C., falou do fato de muitos terem deixado
a verdadeira Igreja e que isso era uma prova de que eles estavam nas últimas horas
antes de a profecia de Jesus em Mateus 24 se cumprir.
"E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo. Não vos escrevi porque não
soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da
verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o
anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho, também
não tem o Pai; mas aquele que confessa o Filho, tem também o Pai". 1ª João 2:20-23
João fala que aqueles que negam que Jesus é o Cristo são o anticristo, que é uma
definição muito mais ampla do que um indivíduo ser um futuro governador do mundo.
Claramente, podemos ver que João estava escrevendo sobre o Gnosticismo na Igreja
do primeiro século. Ele nunca fala de uma pessoa que será possuída pelo diabo e
dominará o mundo. Anticristo não se refere a um governador mundial, mas ao
Gnosticismo.
Daniel 9:24 a 27
Muitos professores do fim dos tempos usam Daniel 9 para colherem muito de sua
informação sobre governo mundial maligno de uma única pessoa, que pensam estar
em nosso futuro. Mas não há menção a figura do anticristo em Daniel 9.
Os comentários escritos antes dos anos 1.830 concordam que essa passagem é sobre
Jesus, não o anticristo. Como o famoso comentarista Mateus Henry diz sobre Daniel 9:
“temos aqui a resposta que foi enviada imediatamente em resposta a oração de
Daniel, e é uma memorável, já que contém a mais ilustre predição de Cristo e do
evangelho da graça, que existe no Velho Testamento”.
- O Templo deve ser reconstruído exatamente no mesmo local onde hoje está o Domo
da Rocha, atualmente uma mesquita islâmica.
- O anticristo deve fazer uma aliança com o mundo inteiro por três anos e meio.
2ª Tessalonicenses 2: a 8
Em um capítulo anterior, vimos que a frase “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”, se
refere à destruição de Jerusalém. Também, vimos que o reencontro mencionado é
uma referência aos cristãos fugirem da Judéia para as montanhas e serem juntos e
protegidos pelo Senhor durante a destruição de Jerusalém (a palavra para
“reencontro” e “ser junto” no inglês é a mesma: “gathering”). Desses pontos de início, a
seguir veremos que os de Tessalônica aparentemente pensavam que a vinda já havia
ocorrido.
"Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a
apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição". 2ª
Tessalonicenses 2:3
O apóstolo disse aos Tessalonicenses que a destruição de Jerusalém não viria até
que a rebelião tivesse acontecido e o líder da rebelião, o “homem do pecado”, fosse
revelado. Ele então disse que tipos de coisas esse rebelde faria:
Essa é uma indicação clara do que poderia e não poderia ser um “homem do pecado”.
Por exemplo, teria que ser uma pessoa que fosse fisicamente capaz de se levantar no
Templo e se proclamar Deus. Isso necessitaria que fosse uma pessoa vivendo antes
do ano 70 d.C., quando o templo foi destruído, porque em nenhuma outra época
desde o ano 70 d.C. houve um Templo para que esse homem se levantasse. Além
disso, não existe nenhum verso no Novo Testamento, nem um, que prediz a
reconstrução do Templo
. Então o Templo teria que estar de pé para que esse homem se levantasse nele.
O historiador judeu Josefo escreveu sobre como João Levi era egoísta, inescrupuloso,
com poderes persuasivos que convenceram a muitos de que ele era enviado por Deus
para libertá-los. Além disso, João Levi tomou o Templo e se sentou nele como
Salvador (como Deus), roubou os vasos do Templo em busca de ouro e fez com que o
sacrifício diário acabasse.
Também saqueou o povo, até mesmo queimando seus armazéns de comida e causou
a grande fome que matou milhares de pessoas, e ele comprou ajuda dos idumeanos,
que mataram 8.500 judeus, incluindo os sacerdotes (2ª Tessalonissenses 2:9 fala de
sinais falsos, os principais sendo: que João Levi declarou ser Deus e que livraria o
povo dos romanos. Ele mandou que os armazéns fossem queimados pela fé que Deus
milagrosamente os livraria de seus inimigos. Ao invés disso, morreram de fome).
Mesmo o grande general romano Tito pediu que João Levi deixasse o Templo para
que ele não fosse destruído na batalha, João recusou. João Levi fez com que o
Templo fosse destruído; sem ele, o Templo poderia ter sido poupado, considerando
que ele foi uma das maravilhas do mundo antigo.
"Não se lembram de que quando eu ainda estava com vocês costumava lhes
falar essas coisas? E agora vocês sabem o que o está detendo (ananus), para
que ele seja revelado no seu devido tempo. A verdade é que o mistério da
iniqüidade já está em ação, restando apenas que seja afastado aquele que agora
o detém". 2ª Tessalonicenses 2:5-7
João não era apenas um líder rebelde, mas um falso messias. Ele afirmou uma
divindade ao tomar o Templo, e o único que ficava em pé dessa forma é o sumo
sacerdote, Ananus. Ananus tinha tremendas habilidades diplomáticas e tinha
conseguido negociar tratados de paz com Roma muitas vezes. Ananus era
literalmente capaz de “segurar” a rebelião completa que João Levi estava querendo.
Esse é o motivo de Paulo falar que aquele que segurava devia ser retirado do
caminho.
Mesmo Josefo notou que quando Ananus (o que segurava) foi morto, a destruição de
Jerusalém começou:
"Eu não devo estar errado ao afirmar que a morte de Ananus foi o começo da
destruição da cidade, e que a partir desse dia deve ser datada a queda de seus muros
e a ruína de seus negócios".
Como Josefo relatou, isso ocorreu exatamente como Paulo tinha dito para os
Tessalonissenses:
"Então será revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de
sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda". 2ª Tessalonicenses 2:8
Um Pensamento Final
Quando pensamos sobre essa passagem da perspectiva de seus leitores, não faz
nenhum sentido Paulo ter escrito uma passagem misteriosa que não seria de nenhum
valor para seus leitores e que não teria valor até 2.000 anos depois.
A Besta do Apocalipse 13 a 17
Apocalipse 13 fala da Besta, que durante a maior parte da história da Igreja foi
ensinada como sendo o Império Romano do primeiro século. Apocalipse 17
fala de outra besta, que também durante a maior parte da história da Igreja foi
tida como sendo o Imperador Nero. Concordo que essas são duas excelentes
explicações.
"E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é
vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo". Apocalipse
17:10
Esta passagem, que fala da sucessão dos Imperadores romanos, nos diz
exatamente quantos reis haviam surgido, qual ainda estava no poder e que o
próximo duraria por pouco tempo. Olhe como isso se encaixa perfeitamente
com Nero e o Império Romano do primeiro século. O reinado dos primeiros 7
Imperadores é o seguinte:
Galba
Otho (Não receberam reinado)
Vitélius
8. Tito
Muitas fontes antigas falam de Nero como a bestam como R. C. Sproul mostra
em seu livro, “Os últimos dias segundo Jesus” (esse livro tem esse título em
português, então não vou colocar o título em inglês).
Desde que o aparecimento da besta é uma das “coisas que devem acontecer
logo” (Apocalipse 1: 1), Nero é no mínimo um grande candidato para o papel.
Como é descrito por historiadores antigos, Nero era um homem singularmente
cruel e um homem de maldade incontida. Muitos escritores antigos citam a
personalidade bestial de Nero, e Gentry sumariza essas referências:
Pontos importantes
- Não há nada na Bíblia que aponte para um futuro com um governo mundial,
como foi popularizado no último sécu
Pois bem, temos aqui mais um conceito falso aparentemente baseado na Bíblia.
Sendo assim então, quem é o Anticriso segundo a Bíblia? A seguir veremos a
resposta no comentário de um expositor bíblico:
“Apalavra "anticristo" é bíblica, mas a doutrina citada [...] não é. Ao invés de inventar e
espalhar teorias humanas sobre o Anticristo, devemos nos contentar com a palavra de
Deus. Vamos ler agora todas as passagens bíblicas que usam a palavra "anticristo":
"Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora
muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora" (1 João
2:18).
"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o
anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (1 João 2:22).
"Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Não
Haverá Nenhum... Anticristo! procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do
anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no
mundo" (1 João 4:2- 3).
"Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam
Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo" (2 João 7).
• A Bíblia não fala de uma só pessoa conhecida como o Anticristo, mas de muitos
anticristos.
• A última hora, no contexto dos anticristos, não se refere ao fim do mundo, porque
João disse que a última hora já havia chegado no primeiro século.
• Estes textos não falam de um Anticristo futuro, mas de muitos que já saíram do meio
dos cristãos do primeiro século.
• Um anticristo é uma pessoa que nega Cristo, ou que nega que este veio na carne.
O perigo das doutrinas humanas sobre o Anticristo é que desviam a atenção dos fiéis
das verdadeiras ameaças em forma de tentações e doutrinas contra Cristo, porque as
pessoas examinam os jornais procurando sinais da vinda de uma figura terrível. Ao
invés de esperar a vinda de um grande inimigo de algum outro país, devemos nos
defender contra os inimigos de Cristo que já 1 estão no mundo desde a época da
Bíblia”.
2ª Tessalonicenses 2:1 a 8
Em um capítulo anterior, vimos que a frase “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”, se
refere à destruição de Jerusalém. Também, vimos que o reencontro mencionado é
uma referência aos cristãos fugirem da Judéia para as montanhas e serem juntos e
protegidos pelo Senhor durante a destruição de Jerusalém (a palavra para
“reencontro” e “ser junto” no inglês é a mesma: “gathering”). Desses pontos de início, a
seguir veremos que os de Tessalônica aparentemente pensavam que a vinda já havia
ocorrido.
"Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a
apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição". 2ª
Tessalonicenses 2:3
O apóstolo disse aos Tessalonicenses que a destruição de Jerusalém não viria até
que a rebelião tivesse acontecido e o líder da rebelião, o “homem do pecado”, fosse
revelado. Ele então disse que tipos de coisas esse rebelde faria:
Essa é uma indicação clara do que poderia e não poderia ser um “homem do pecado”.
Por exemplo, teria que ser uma pessoa que fosse fisicamente capaz de se levantar no
Templo e se proclamar Deus. Isso necessitaria que fosse uma pessoa vivendo antes
do ano 70 d.C., quando o templo foi destruído, porque em nenhuma outra época
desde o ano 70 d.C. houve um Templo para que esse homem se levantasse. Além
disso, não existe nenhum verso no Novo Testamento, nem um, que prediz a
reconstrução do Templo. Então o Templo teria que estar de pé para que esse homem
se levantasse nele.
O historiador judeu Josefo escreveu sobre como João Levi era egoísta, inescrupuloso,
com poderes persuasivos que convenceram a muitos de que ele era enviado por Deus
para libertá-los. Além disso, João Levi tomou o Templo e se sentou nele como
Salvador (como Deus), roubou os vasos do Templo em busca de ouro e fez com que o
sacrifício diário acabasse.
Também saqueou o povo, até mesmo queimando seus armazéns de comida e causou
a grande fome que matou milhares de pessoas, e ele comprou ajuda dos idumeanos,
que mataram 8.500 judeus, incluindo os sacerdotes (2ª Tessalonissenses 2:9 fala de
sinais falsos, os principais sendo: que João Levi declarou ser Deus e que livraria o
povo dos romanos. Ele mandou que os armazéns fossem queimados pela fé que Deus
milagrosamente os livraria de seus inimigos. Ao invés disso, morreram de fome).
Mesmo o grande general romano Tito pediu que João Levi deixasse o Templo para
que ele não fosse destruído na batalha, João recusou. João Levi fez com que o
Templo fosse destruído; sem ele, o Templo poderia ter sido poupado, considerando
que ele foi uma das maravilhas do mundo antigo.
"Não se lembram de que quando eu ainda estava com vocês costumava lhes
falar essas coisas? E agora vocês sabem o que o está detendo (ananus), para
que ele seja revelado no seu devido tempo. A verdade é que o mistério da
iniqüidade já está em ação, restando apenas que seja afastado aquele que agora
o detém". 2ª Tessalonicenses 2:5-7
João não era apenas um líder rebelde, mas um falso messias. Ele afirmou uma
divindade ao tomar o Templo, e o único que ficava em pé dessa forma é o sumo
sacerdote, Ananus. Ananus tinha tremendas habilidades diplomáticas e tinha
conseguido negociar tratados de paz com Roma muitas vezes. Ananus era
literalmente capaz de “segurar” a rebelião completa que João Levi estava querendo.
Esse é o motivo de Paulo falar que aquele que segurava devia ser retirado do
caminho.
Mesmo Josefo notou que quando Ananus (o que segurava) foi morto, a destruição de
Jerusalém começou:
"Eu não devo estar errado ao afirmar que a morte de Ananus foi o começo da
destruição da cidade, e que a partir desse dia deve ser datada a queda de seus muros
e a ruína de seus negócios".
Como Josefo relatou, isso ocorreu exatamente como Paulo tinha dito para os
Tessalonissenses:
"Então será revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de
sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda". 2ª Tessalonicenses 2:8
Um Pensamento Final
Quando pensamos sobre essa passagem da perspectiva de seus leitores, não faz
nenhum sentido Paulo ter escrito uma passagem misteriosa que não seria de nenhum
valor para seus leitores e que não teria valor até 2.000 anos depois.
O Homem da Iniqüidade
Keith A. Mathison
a. uma vinda do nosso Senhor (2Ts. 2:1; cf. Mt. 24:27, 30).
b. uma reunião com Ele (2Ts. 2:1; cf. Mt. 24:31).
c. apostasia (2Ts. 2:3; cf. Mt. 24:5, 10-12).
d. o mistério da iniqüidade (2Ts. 2:7; Mt. 24:12)
e. sinais e maravilhas satânicas (2Ts. 2:9-10; cf. Mt. 24:24),
f. uma influência enganadora sobre os incrédulos (2Ts. 2:11; cf. Mt. 24:5, 24)
g. um rei poderoso que havia de vir para destruir o povo, o homem do pecado,
filho da perdição ou ainda o anticristo (e 2 Ts 2. 2 homem da iniquidade e mt
24.15 abominavel da desolação( antioco epitanes, um rei tirano e cruel)
Em 2 Tessalonicenses 2:1-2, Paulo diz à igreja para não se perturbar com uma
mensagem, que eles tinham aparentemente recebido, de que o dia do Senhor
tinha chegado. Paulo une dois eventos com esse dia do Senhor, a saber, a
“vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” e “nossa reunião com Ele”. A “vinda” de
nosso Senhor Jesus, como temos visto, pode se referir a várias coisas (e.g.,
Sua ascensão, Sua vinda em julgamento no ano 70 d.C., ou Sua segunda
vinda na consumação de todas as coisas). O contexto da passagem deve ser
estudado para se determinar qual é o significado pretendido.
Em 2Ts. 2:3, Paulo explica à igreja o porquê eles não deveriam ficar
perturbados. Ele lhes diz que o dia do Senhor não virá até que duas coisas
ocorram. Primeiro, a apostasia deve ocorrer. Segundo, o homem da iniqüidade
deve ser revelado. A palavra traduzida como “apostasia” significa simplesmente
“rebelião” e pode se referir a uma rebelião política ou religiosa. Kenneth Gentry
argumenta:
Um bom caso pode ser feito em suporte da visão que o termo fala da
apostasia/rebelião judaica contra Roma. Josefo sem dúvida fala da Guerra
Judaica como uma apostasia contra os Romanos (Josefo, Life 4).
Provavelmente Paulo une os dois conceitos de apostasia religiosa e política
aqui, embora enfatizando a erupção da Guerra Judaica, que era o resultado da
sua apostasia contra Deus. A ênfase deve ser sobre a revolta contra Roma que
era futura e datável, enquanto a revolta contra Deus era contínua e cumulativa.
Isso é necessário para dissipar o engano com o qual Paulo estava preocupado.
1. Ele é aquele que “se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou
se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus” (2:4). Nos profetas do Antigo Testamento, linguagem quase
idêntica a essa é usada para condenar vários líderes políticos: (1) o rei da
Babilônia em Isaías 14:14-21 (esp. v. 13-14), (2) o rei de Tiro em Ezequiel 28:2-
19 (esp. v. 2), e (3) Antíoco Epifânio em Daniel 11:36. Assim, a linguagem de
2Ts. 2 aponta para um líder político poderoso e mau.
2. Ele está vivo, todavia detido no tempo quando Paulo escreveu esta carta, no
ano 51-52 d.C. (v. 6).
O Homem da Iniqüidade
Uma Interpretação Preterista Pós-Milenista de
2 Tessalonicenses 2
Dr. Kenneth L. Gentry, Jr.
O Cenário Histórico
Durante a visita de Paulo a Tessalônica, ele pregou aos judeus que Jesus era o
Messias (Atos 17:1-3). Embora alguns judeus tenham crido, outros ficaram
irritados com a mensagem cristã (17:4-5). Eles até mesmo arrastaram “alguns
irmãos perante as autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo
chegaram também aqui, os quais Jasom hospedou. Todos estes procedem
contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei” (17:6-7). Após
receberem a fiança de Jason e dos outros, as autoridades os deixaram ir
(17:9). Isso permitiu que Paulo partisse a salvo para Beréia. Contudo, os
judeus não foram facilmente silenciados, pois “logo que os judeus de
Tessalônica souberam que a palavra de Deus era anunciada por
Paulo também em Beréia, foram lá excitar e perturbar o povo” (17:13). Isso
resultou no envio imediato de Paulo para Atenas (17:14-15).
Ao encontrar esses santos, que tinham sofrido com os tumultos dos judeus
contra os cristãos em Roma, Paulo começou a pregar aos judeus em Corinto,
como tinha feito em Tessalônica, que “Jesus é o Cristo” (18:5; cp. 17:3).
Novamente os judeus lhe resistiram violentamente, organizando resistência
contra ele e blasfemando de tal forma que Paulo determinou voltar-se dos
judeus para os gentios dali em diante (18:6). A situação piorou para ele devido
ao seu extraordinário sucesso com certo líder judeu proeminente, Crispo, “o
principal da sinagona” (18:8). Embora Paulo raramente batizasse, ele batizou
Crispo (1Co. 1:14-16; Atos 18:8). Devido à intensidade da oposição, o Senhor
entregou a Paulo uma promessa especial de segurança para que ele
permanecesse em Corinto (18:9-11).
Tudo isso explica a forte linguagem contra os judeus nas epístolas aos
Tessalonicenses, e ajuda a descobrir algumas das preocupações mais sutis ali,
também. Na primeira carta ele escreveu:
“Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus
existentes na Judéia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da
parte dos vossos patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez,
sofreram dos judeus, os quais não somente mataram o Senhor Jesus e os
profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são
adversários de todos os homens, a ponto de nos impedirem de falar aos
gentios para que estes sejam salvos, a fim de irem enchendo sempre a
medida de seus pecados. A ira, porém, sobreveio contra eles,
definitivamente” (1Ts. 2:14-16).
Ele se queixou de um impedimento em seu ministério inspirado por Satanás, o
qual, de acordo com o contexto, provavelmente indica a oposição judaica (1Ts.
2:18, cp. 15-16). Ele provavelmente alude à oposição judaica em 2
Tessalonicenses 1:4ss., onde menciona a perseverança e aflições deles por
causa da fé (1:4ss.; cp. Atos 17:4-6). Isso pode ter motivado também seu
pedido para que os Tessalonicenses orassem por sua libertação de tais
“homens perversos e maus” (3:2; cf. Atos 17:4-6, 13; 18:6; 1Ts. 2:14-16).
Nossa Reunião
A referência de Paulo a “no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo e à nossa reunião com ele” (2Ts. 2:1) é o crux interpretum dessa
passagem. Paulo está aqui falando do julgamento de 70 d.C. sobre os judeus –
o mesmo julgamento que recebe ênfase na primeira porção do Sermão do
Oliveira, no Livro do Apocalipse em várias outras passagens da Escritura.
Embora ele fale do Segundo Advento uns poucos versículos antes (1:10),
Paulo não está tratando com esse assunto aqui. Sem dúvida, existem
similaridades entre o Dia do Senhor sobre Jerusalém em 70 d.C. e o Dia
universal do Senhor associado com o Segundo Advento. O primeiro é uma
predição temporal do outro, sendo um arquétipo distante dele. Estudiosos
ortodoxos de cada uma das escolas milenaristas concordam que esses dois
eventos são trazidos em conexão íntima no Sermão do Monte das Oliveiras. De
fato, é quase certo que seus discípulos confundiram os dois (Mt. 24:3). As duas
vindas são reunidas aqui também, em 2 Tessalonicenses.
O Homem da Iniqüidade
Paulo está muito preocupado com o engano que estava sendo promovido:
“ninguém, de nenhum modo, vos engane” (v. 3a). Ele usa a forma reforçada
para engano (exapatese) com uma dupla proibição negativa. Para evitar o
engano e esclarecer o verdadeiro início do Dia do Senhor sobre Jerusalém,
Paulo lhes informa que aquele dia “não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição” (2Ts.
2:3). Antes que eles pudessem dizer que o Dia do Senhor “é chegado”, então,
deveria haver primeiro o abandono (ver Revised Standard Version) e a
revelação do homem da iniqüidade, que é também chamado de “o filho da
perdição”. Esses eventos não precisariam ocorrer na ordem cronológica
apresentada, como até mesmos os dispensacionalistas admitem. O versículo
nove está claramente fora de ordem e deveria ocorrer no meio do versículo
oito, se a cronologia exata fosse importante.
O Abandono
Um bom caso pode ser feito em suporte da visão que o termo fala da
apostasia/rebelião judaica contra Roma. Josefo sem dúvida fala da Guerra
Judaica como uma apostasia contra os Romanos (Josefo, Life 4).
Provavelmente Paulo une os dois conceitos de apostasia religiosa e política
aqui, embora enfatizando a erupção da Guerra Judaica, que era o resultado da
sua apostasia contra Deus.
Isso pode ser inferido de 1 Tessalonicenses 2:16, onde Paulo declara sobre os
judeus que eles estavam “enchendo sempre a medida de seus pecados [isto é,
apostasia religiosa contra Deus]. A ira, porém, sobreveio contra eles,
definitivamente [isto é, o resultado da apostasia política contra Roma].” A
apostasia (revolta) que Paulo menciona levaria à devastação militar de Israel
(Lucas 21:21-22; 23:28-31; Atos 2:16-20). O encher a medida dos pecados dos
pais (Mt. 23:32) leva ao julgamento de Israel, vindicando assim os justos
assassinados em Israel (Mt. 23:35; cf. Mt. 24:2-34). A apostasia dos judeus
contra Deus por rejeitar seu Messias (Mt. 21:37-39; 22:2-6), levou à mudança
providencial de Deus do julgamento via a apostasia deles contra Roma (Mt.
21:40-42; 22:7). A ênfase deve ser sobre a revolta contra Roma que era futura
e datável, enquanto a revolta contra Deus era contínua e cumulativa. Isso é
necessário para dissipar o engano com o qual Paulo estava preocupado. Em
conjunção com essa apostasia final e a destruição conseqüente de Jerusalém,
o Cristianismo e o Judaísmo foram separados para sempre e ambos expostos
à ira de Roma.
É pelo claro a partir de Paulo que algo está presentemente (cerca de 52 d.C.)
“detendo” o Homem da Iniqüidade: “e agora vocês sabem o que o está detendo
[particípio presente no grego], para que ele seja revelado no seu devido tempo”
(2:6, NVI). Isso sugere fortemente o entendimento preterista da passagem
toda: os próprios tessalonicenses sabiam o que estava presentemente
restringindo o Homem da Iniqüidade; de fato, o Homem da Iniqüidade já estava
vivo e esperando ser “revelado”. Isso implica que por enquanto os cristãos
poderiam esperar certa proteção do governo Romano. As leis romanas com
respeito ao religio licita estavam naquele tempo a favor do Cristianismo,
enquanto considerado uma seita do Judaísmo e antes do malévolo Nero subir
ao trono. Paulo sem dúvida estava protegido pelo aparato judicial Romano
(Atos 18:12ss.) e fez importante uso dessas leis em 59 d.C. (Atos 25:11-12;
28:19) como proteção da malignidade dos judeus. E ele não expressou
nenhum ressentimento contra Roma, quando escrevendo Romanos 13 em 57-
59 d.C. – mesmo durante a primeira fase do reinado de Nero, o famoso
Quinquennium Neronis.
Mesmo no início do reinado de Nero, sua maldade estava oculta dos olhos
públicos por causa de tutores cuidadosos – até que ele se livrou da influência
deles e foi publicamente “revelado” quem ele era. Os historiadores romanos
escrevem de Nero: “A petulância, a libertinagem, o luxo, a avareza, e a
crueldade foram vícios a que se entregou a princípio, gradualmente, às ocultas,
como desvios da juventude. Mesmo então ninguém mais duvidava de que
esses vícios não eram fruto da idade, mas da natureza” (Suetônio, Nero 26).
“Pouco a pouco, porém, com o crescer dos vícios, abandonou as brincadeiras e
os mistérios e, sem a preocupação de dissimular, deu livre curso aos mais
incríveis excessos” (Nero, cp. 6). “Daí em diante, matou sem escolha nem
medida, sob qualquer pretexto, quantos quisesse” (Nero). “Outros assassinatos
aconteceriam. Mas os tutores do imperador, Sexto Afrânio Burrus e Lúcio
Anneu Sêneca, o impediram... Eles colaboraram em controlar a adolescência
perigosa do imperador; a política deles era dirigir seus desvios de virtudes em
canais licenciados de indulgência” (Tácito, Anais 13).
O Mistério da Iniqüidade
De forma interessante, os judeus estavam tão restringidos pela lei imperial que
não mataram Tiago o Justo em Jerusalém, até por volta de 62 d.C., após a
morte do procurador Romano Festo e antes da chegada da Albinus (Josefo ,
Ant. 20:9:1). Com esses eventos, o “mistério da iniqüidade” estava sendo
desvelado à medida que a “revelação do Homem da Iniqüidade” (a
transformação da linha imperial Romana num poder perseguidor na pessoa de
Nero) estava ocorrendo.
O imperador Romano, de acordo com Paulo, “se exalta acima de tudo o que se
chama Deus ou é objeto de adoração” (2Ts. 2:4a). Uma advertência da
maldade potencial da adoração imperial tinha sido exibida publicamente uns
poucos anos antes, quando o imperador Calígula (Gaio) tentou colocar sua
imagem no Templo em Jerusalém (Josefo, Ant. 18:8:2-3).
A frase “de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus” (RC) é interessante. Quando hoste (“de sorte que”) é seguido
por um infinitivo (kathisai, “assentar”), ele indica um propósito tencionado, não
necessariamente um propósito consumado. Era a intenção de Calígula
assentar-se no “templo de Deus” em Jerusalém; era o desejo do imperador
“mostrar que ele é Deus”. De fato, Filo nos diz que “tão grande era o capricho
de Gaio [Calígula] em sua conduta para com todos, e especialmente para com
a nação dos judeus. Esses ele odiava tão amargamente que se apropriou dos
seus lugares de adoração em outras cidades, e começando com Alexandria,
encheu-as com imagens e estátuas de si mesmo”.
Isso foi por todos os intentos e propósitos realizado pelo futuro imperador Tito,
que concluiu a devastação de Jerusalém iniciada por Nero. Tito invadiu de fato
o Templo em 70 d.C.: “E agora os Romanos... trouxeram os seus símbolos
para o templo, e colocaram-nos em frente ao seu portão ao oriente; e ali
ofereceram sacrifícios a eles, e ali fizeram de Tito imperador, com grandes
aclamações de alegria” (Josefo, Guerras 6:6:1). Por volta de setembro de 70
d.C., o próprio Templo do qual Paulo falou em 2 Tessalonicenses 2:4 foi
destruído para sempre. Esse fato também apóia o entendimento preterista da
passagem. De fato, ele faz paralelo a Mateus 24:15 e funciona como a
abominação da desolação de Paulo, que deveria ocorrer a “esta geração” (Mt.
24:34).
Não somente isso, mas em Nero a linha imperial finalmente “se opõe” (2Ts.
2:4) abertamente a Cristo ao perseguir seus seguidores. Nero iniciou a
perseguição de cristãos quando apresentou se numa carruagem como o deus
sol Apolo, enquanto cristãos em chamas iluminavam a sua festa para a sua
auto-glorificação.
O Senhor Consumirá
“Então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o
sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o
aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e
sinais, e prodígios da mentira” (2Ts. 2:8-9).
Conclusão
“O Homem do Pecado” - que é ele? Assim como Cristo se referiu a ele como
estando num lugar santo, assim também diz Paulo:
“Um que agora resiste até que do meio seja tirado”, era evidentemente alguma
coisa que existia quando Paulo escreveu. Estava, então, impedindo a completa
manifestação do Homem do Pecado; mas quando removido, toda a
malignidade daquele poder do mal desceria sobre a cabeça da igreja nascente.
Como isto corresponde também ao Estado Judaico, ele havia logo de ser
removido. A princípio, o Cristianismo era confundido com o Judaísmo e assim
tolerado pelo Poder Romano, mas quando Jerusalém caiu e o Cristianismo se
tornou conhecido como uma nova religião, a peçonha do Homem do Pecado
caiu sobre a Igreja Cristã.
“E, AGORA, SABEIS o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião
própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que SEJA
AFASTADO AQUELE QUE AGORA O DETÉM” (2a Tessalonicenses 2.6, 7 - o grifo é
meu).
Preste muita atenção nas palavras grifadas. É muito interessante, que os cristãos de
hoje, fiquem discutindo a respeito da identidade de quem é “AQUELE” que detém o
anticristo.
Uns dizem que é o Espírito Santo, outros dizem que é a igreja e ainda outros dizem
que é Deus quem detém o aparecimento do anticristo. O fato é, que enquanto os
cristãos se debatem tanto em tentar decifrar a identidade de quem detém o anticristo,
os Tessalonicenses a quem Paula dirigiu a carta, sabiam muito bem sobre o assunto.
Tanto é verdade que Paulo diz: “E, AGORA, SABEIS o que o detém...”.
E mais interessante ainda é o fato de que a palavra “AGORA” aparece duas vezes,
indicando assim que o homem do pecado estava muito vivo naquela época mesmo.
Enquanto jogarmos essas profecias para um cumprimento num futuro distante dois mil
anos depois, nunca conseguiremos entender o que os apóstolos ensinaram. É por isto,
que o assunto escatologia se torna tão difícil e complexo.
Existem outras passagens nos evangelhos e nas cartas apostólicas que claramente
indicam que às profecias sobre o fim eram para aquela época mesmo, no primeiro
século.
Mas, repito, enquanto alguns Hoje continuarem a jogar essas profecias para um futuro
distante, nunca conseguirão entender o assunto escatologia. E pior, em outras
passagens, com raras exceções, os cristãos da época de Jesus e dos apóstolos
entenderam muito bem sobre a escatologia. Precisamos ser mais ensináveis para que
possamos largar de vez os ensinamentos falsos