Entregar Sabado Artigo Projeto 1 CP
Entregar Sabado Artigo Projeto 1 CP
Entregar Sabado Artigo Projeto 1 CP
Resumo
Este artigo propõe um plano de drenagem urbana de baixo impacto (LID – Low Impact
Developmet)) para controlar a captação do escoamento superficial no bairro Ponta do Farol, em
São Luís – MA. A pesquisa investiga a viabilidade e eficácia de diversas práticas de LID, como
jardins de chuva, pavimento permeável, canteiros pluviais, ruas verdes entre outros, na redução
do escoamento superficial e melhoria da qualidade da água. A metodologia inclui a análise das
características hidrológicas e topográficas da área, a identificação dos principais problemas de
drenagem e a modelagem de diferentes cenários de implementação de LID. Os resultados
indicam que as práticas de LID podem reduzir significativamente o volume de escoamento,
mitigar enchentes e filtrar poluentes, contribuindo para a gestão hídrica mais sustentável. Além
disso, a implementação dessas soluções oferece benefícios estéticos e funcionais para o bairro,
promovendo a biodiversidade e criando espações verdes para uso comunitário. A pesquisa
conclui que a adoção de pratica de LID é uma estratégia viável e eficaz para o controle do
escoamento superficial em Ponta do Farol, recomendando a sua integração nas políticas de
planejamento urbano da região.
Palavras-chave: Ponta do Farol. LID. Drenagem Urbana. Escoamento Superficial.
Hidrológicas.
Abstract
This paper proposes a Low Impact Development (LID) urban drainage plan to control
surface runoff in the Ponta do Farol neighborhood in São Luís, MA. The study investigates
the feasibility and effectiveness of various LID practices, such as rain gardens, permeable
pavements, bioswales, and green streets, in reducing surface runoff and improving water
quality. The methodology includes an analysis of the area's hydrological and topographical
characteristics, identification of major drainage issues, and modeling of different LID
implementation scenarios. Results indicate that LID practices can significantly reduce
runoff volume, mitigate flooding, and filter pollutants, contributing to more sustainable
water management. Additionally, implementing these solutions offers aesthetic and
functional benefits to the neighborhood, promoting biodiversity and creating green spaces
for community use. The study concludes that adopting LID practices is a viable and
1
Aluno Concludente do Curso de ... – Email (Fonte 10, espaçamento simples)
2
Orientador – Escrever aqui a Titulação mais relevante do orientador – Email (Fonte 10, espaçamento simples)
3
Coorientador – Escrever aqui a Titulação mais relevante do coorientador, caso haja um – Email (Fonte 10,
espaçamento simples)
effective strategy for controlling surface runoff in Ponta do Farol, recommending their
integration into the region's urban planning policies.
KeyWords: Ponta do Farol. LID. Urban Drainage. Surface Runoff. Hydrological. Sustainable
Management
Submissão:
Dia mês. Ano
1 INTRODUÇÃO
A urbanização acelerada tem gerado inúmeros desafios para a gestão das águas pluviais,
especialmente em áreas densamente povoadas. Este desequilíbrio se dá por meio de diversos
fatores, tais como a impermeabilização do solo, a poluição do ar, o uso intenso de materiais
condutores de energia térmica no meio urbano, o aumento das edificações e redução das
superfícies vegetadas (TUCCI, 2007; MOTA, 2008). Em muitas cidades, o aumento de
superfícies impermeáveis, como ruas, calçadas e edificações, leva a um aumento significativo
do escoamento superficial, resultando em frequentes inundações, erosão do solo e poluição
hídrica. A cidade de São Luís, no estado do Maranhão, não é exceção a essa problemática,
enfrentando graves problemas de drenagem urbana, particularmente no bairro Ponta do Farol.
Este estudo tem como objetivo propor um plano de drenagem urbana baseado em
práticas de LID para o bairro Ponta do Farol, em São Luís – MA. A pesquisa avalia a viabilidade
e eficácia dessas práticas na redução do volume de escoamento superficial e na melhoria da
qualidade da água, além de considerar os benefícios estéticos e funcionais para a comunidade
local. A incorporação das tipologias de infraestrutura verde à escala local tem por objetivo
principalmente manter ou recuperar, mesmo que parcialmente, a funcionalidade da paisagem,
através da mitigação das interferências antrópicas e da promoção e manutenção dos fluxos
bióticos e abióticos, além de trazerem benefícios específicos para as pessoas como: melhorar a
mobilidade alternativa de baixo impacto (pedestres e ciclistas), diminuir e prevenir enchentes e
inundações, melhorar o microclima, melhorar a qualidade do ar, entre outros. (HERZOG,
2009). A metodologia adotada inclui uma análise detalhada das características hidrológicas e
topográficas da área, a identificação dos principais problemas de drenagem e a modelagem de
diferentes cenários de implementação de LID.
2 – DESENVOLVIMENTO
Tendo em vista que este estudo objetiva identificar e propor soluções para áreas com gargalos
no quesito drenagem, que apresentam problemas recorrentes de alagamento. Após a escolha
do local de alagamento, foi feita a divisão da área total em quatro subáreas para facilitar a
análise e a implementação de medidas corretivas, assim, classificando os tipos de terrenos e
fazendo correlações as suas respectivas soluções de infraestrutura verde.
A drenagem urbana inadequada é um problema recorrente em muitas cidades, resultando em
alagamentos frequentes que comprometem a infraestrutura e a qualidade de vida dos
habitantes. A análise de áreas específicas com problemas de drenagem permite a identificação
de soluções direcionadas e eficazes. De acordo com Barbosa e Fernandes (2018), as
infraestruturas verdes são uma alternativa promissora para mitigar os efeitos negativos das
chuvas intensas em áreas urbanas.
Inicialmente, foi identificada uma área problemática, que foi subdividida em quatro subáreas
para uma análise detalhada.
A Área 1 mostrou-se com o maior índice de alagamento, atribuível à sua topografia inclinada.
Conforme apontado por Costa et al. (2019), regiões com desníveis acentuados apresentam
desafios maiores em termos de escoamento superficial, agravando os problemas de
alagamento.
Caracterizada por uma maior inclinação demostrou ter o maior índice de alagamento, porém
não afeta diretamente a região do problema proposto na área 3.
Imagem 2: área 1 em 3D
As análises das subáreas revelaram a necessidade urgente de soluções específicas para cada
tipo de ocupação e características topográficas. As infraestruturas verdes surgem como uma
alternativa viável e eficaz para mitigar os problemas de drenagem urbana. Recomenda-se a
realização de estudos adicionais para avaliar a implementação dessas soluções e monitorar
seus impactos a longo prazo. Pensando nisso, ampliamos as áreas de pesquisa e
conhecimentos para idealizarmos os métodos para padronização e aplicação adequada do
desafio proposto, portanto, verificamos algumas Normas que possuem correlações com a tema
proposto.
Normas Federais
3. Lei nº 9.433/1997
- Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, promovendo a gestão integrada e
sustentável dos recursos hídricos e incentivando técnicas de infraestrutura verde e drenagem
sustentável.
Regulamentações Municipais
Exemplos de Aplicação
Os jardins de chuva, também conhecidos por biorretenção, são uma técnica que usa as
características do paisagismo para promover a retenção e/ou tratamento da água pluvial. São
formados por uma área com depressão constituída de material poroso, sob uma superfície
vegetada. Essas áreas têm frequentemente um poço de infiltração subterrâneo para favorecer a
infiltração, principalmente em solos argilosos e também drenos para permitir o escoamento do
excesso de água. Os jardins de chuva propiciam
a recarga de águas subterrâneas, a remoção de poluentes e a detenção de escoamento. É
uma solução eficaz em estacionamentos ou áreas urbanas, onde o espaço verde é limitado EPA
(2013).
O solo tratado previamente com composto e demais insumos que aumentam a sua
porosidade, atua como uma esponja sugando a água, ao mesmo tempo que microrganismos e
bactérias no solo removem os poluentes oriundos do escoamento superficial. A vegetação, que
faz parte da cobertura, é responsável pelo aumento da evapotranspiração e remoção de
poluentes (MOURA, 2014). Já o fato da água ser totalmente infiltrada ou vertida está
relacionado às condições geotécnicas do solo, devendo ainda ser dimensionados extravasores
para os altos picos de escoamento superficial.
São jardins de chuva de pequenas dimensões em cotas mais baixas, que podem ser
projetados nas ruas ou em edifícios, para receber as águas do escoamento superficial de áreas
impermeáveis. Benefícios: detenção e filtragem preliminar de água, infiltração, diminuição do
escoamento superficial (runoff), promoção da biodiversidade, moderação da ilha de calor,
evapo-transpiração, captura de carbono, entre outros (HERZOG, 2009; MARTIN, 2011;
CINGAPURA, 2011)
Funções hídricas: purificação (sedimentação, filtração e absorção biológica),
detenção e infiltração.
Os parques lineares são áreas destinadas à conservação e a preservação dos recursos naturais,
tem como principal característica a capacidade de interligar fragmentos florestais e outros
elementos encontrados em uma paisagem, assim como os corredores ecológicos. Neste tipo de
parque têm-se a agregação de funções de uso humano, expressas principalmente por atividades
de lazer e como rotas de locomoção humana não motorizada, compondo desta forma princípios
de desenvolvimento sustentável (GIORDANO, 2004 apud FRIEDRICH, 2007).
• Manejo das águas pluviais com a manutenção da área de várzea maior dos rios e córregos,
pois serve de espaço de inundação durante os períodos de chuvas intensas;
• Parte de projeto de recuperação ambiental ao longo de rios e lagos;
• Espaços de recreação e revitalização ao longo de trilhas abandonadas;
• Como corredores naturais, ao longo de rios possibilitando o deslocamento de espécies;
• Rotas cênicas ou históricas, ao longo de estradas, rodovias, rios e lagos;
Bonzi (2015) afirma que córregos desenterrados acompanhados da criação de parque linear
reabilitam alguns processos naturais e funções ecossistêmicas de sua várzea natural de
inundação. A Figura (número da figura) apresenta o parque linear Caulim, em Parelheiros, São
Paulo. Uma abordagem mais ampla do parque linear como elemento de requalificação
ambiental urbana é o conceito da trama verde-azul, na qual os corpos hídricos e os parques
adjacentes se interligam permitindo, além das vantagens já citadas, a recuperação de um maior
número de elos da cadeia ecossistêmica Falkenmark et al. (2006) e Bergé et al. (2016).
Silva (2015) discute os diferentes graus de intervenção em corpos d'água, definindo-os como:
As movimentações de terra devem ser evitadas para diminuir o impacto ambiental, no entanto,
muitas vezes se fazem necessárias para a implantação da infraestrutura urbanística. Se as
escavações resultam em taludes com declividade muito acentuada, devem ser previstos muros
de contenção para evitar a erosão do solo.
O uso da cobertura vegetal é uma solução interessante para evitar a ação da erosão do solo,
tanto em taludes quanto em muros de contenção. A implantação da vegetação em taludes
contribui com a estrutura do solo, pois aumenta a retenção e a infiltração da água, diminui a
velocidade do escoamento das águas pluviais e protege contra o impacto direto das gotas de
chuva (BERTONI; NETO, 1990). As contenções vegetadas podem ser estruturadas através de
gabiões vegetados, que consistem em uma armação preenchida com pedras em forma de cubo,
flexíveis e drenantes combinadas com vegetação, ou estacas vivas que são muros de pedra
vegetados, sustentados por fincas de madeira (Vasconcellos, 2015).
Mascaró (2010) afirma que a vegetação contribui com a estabilidade das encostas, visto que a
inclinação da vegetação informa sobre a estabilidade do terreno e fornece meios para se obter
a estabilização das encostas.
Figura número tal: Proteção de encostas por meio de terraços sucessivos. Fonte: Adaptado pelos autores de
Mascaró e Mascaró (2010).
Figura nº tal: Proteção de encostas por faixas alternadas de estacas, grama e arbustos. Fonte: Adaptado pelos
autores de Mascaró e Mascaró (2010).
Segundo Dias et al (2002), várias espécies de plantas podem crescer em zonas úmi-
das, no entanto é importante observar os seguintes aspectos:
- Crescimento rápido sob diversas condições;
- Elevada capacidade de transpiração;
- Tolerância a diferentes níveis de água e também de secura;
- Resistência a valores de pH baixos e elevados;
- Crescimento profundo de raízes e rizomas, que contribui quer para o transporte de
oxigênio;
- Construção de novas raízes nos nós quando estes ficam envolvidos por novo
material colonizável e;
- Plantação fácil.
3 METODOLOGIA
A escolha da área para o presente estudo foi em uma região nobre da grande ilha, mais
precisamente localizada no bairro Ponta do Farol. A área é ocupada por residências de alto
padrão, que embora sejam de alto padrão apresentam problemas mais típicos de área urbana
como inundações (alagamentos), prédios comerciais e áreas de loteamentos vazios e
pavimentação de vias urbanas trafegáveis.
- Localização: Avenida dos Holandeses está no bairro Ponta do Farol, município de São
Luís, estado do Maranhão, região Nordeste do Brasil. As coordenadas geográficas de Avenida
dos Holandeses são latitude -2.4909809 e longitude -44.2962118. A área de estudo esta
localizada em São Luís – MA no bairro Ponta do Farol, especificadamente na avenida que corta
essa região chamada de Avenida dos Holandeses.
A precipitação é entendida em hidrologia como toda a água do ambiente atmosférico que atinge
a superfície da terra. Nevoeiro, chuva, granizo, granizo, orvalho, geada e neve são as diferentes
formas de precipitação. A diferença entre essas precipitações é o estado em que a água se
encontra (BERTONI; TUCCI, 1993).
Segundo Botelho (2011), a precipitação pode ser determinada por meio da equação de
precipitação para cidades com regimes hidrológicos conhecidos. A equação da precipitação é
chamada de equação IDF (Intensidade-Duração-Frequência), ou seja, leva em consideração a
intensidade da chuva em determinado local, a duração dessa chuva e a frequência de ocorrência.
A equação das chuvas intensas é essencial no projeto de sistemas de drenagem urbana, pois os
sistemas de drenagem urbana devem suportar vazões máximas associadas à precipitação
máxima para o determinado período de retorno considerado (COLOMBELLI; MENDES,
2013).
Para o cálculo da intensidade de precipitação, é dada a equação:
Em que:
K, a, b e c = constantes fornecidas pelos parâmetros IDF;
Tc – tempo de concentração em minutos;
Tr – tempo de retorno em anos.
Segundo Tucci (1995), o tempo de concentração (Tc) é o tempo que toda a bacia do canal leva
para contribuir com o escoamento superficial no ponto em estudo, e é dado pela fórmula de
Kirlpich, que leva em consideração o comprimento do principal curso e a diferença das cotas
das bacias de contribuição expressa equação:
Onde:
Tc – tempo de concentração em minutos; L – comprimento do curso principal da bacia em km;
Δh – é a diferença das cotas da bacia em metros.
ÁREA 3 38.893,5m²
ÁREA 4 106.393,68m²
4 – RESULTADOS E DISCURSÕES
• Rede de drenagem;
• Reservatório de controle de cheias;
• Canaletas para drenagem das águas pluviais;
• Dissipadores de energia para altas declividades;
• Canalização;
• Conservação da biodiversidade e dos recursos naturais;
• Formação de corredores ecológicos;
• Aumento das áreas verdes;
• Melhoria do microclima urbano e da captura de poeiras e gases;
• Promoção de sensibilização ambiental;
• Incentivo as práticas esportivas ao ar livre e ao transporte sustentável;
• Prevenção da ocupação ilegal;
• Redução significativa das atividades potencialmente poluidoras nestas áreas;
• Integração e harmonização do ambiente natural com urbano;
• Valorização imobiliária da região dos investimentos.
Com base ainda na mesma área notamos que cabe o uso também da infraestrutura verde de
sistema de contenção vegetadas que é uma técnica de engenharia ambiental que utiliza a
vegetação para estabilizar solos, controlar a erosão e melhorar a qualidade da água. Esses
sistemas combinam a estrutura física das plantas com técnicas de construção para criar barreiras
naturais e eficazes em áreas sujeitas a erosão e escoamento superficial. Abaixo estão os
componentes principais e os benefícios desses sistemas.
Componentes Principais:
Benefícios:
- Controle da Erosão: As raízes das plantas estabilizam o solo e a cobertura vegetal protege
contra o impacto da chuva.
- Melhoria da Qualidade da Água: Filtragem de poluentes e redução do escoamento superficial.
Os sistemas de contenção vegetada são uma solução sustentável para a gestão de águas pluviais
e a proteção do solo, oferecendo benefícios ambientais e sociais significativos.
Magalhães (2005), afirma que as espécies selecionadas para esse tipo de ambiente devem
aceitar grandes declividades, exigir uma baixa demanda de insumos no substrato e devem ser
capazes de criar condições favoráveis para a regeneração natural da área. As famílias botânicas
indicadas atendem os seguintes aspectos: resistência à seca; fácil desenvolvimento; eficácia na
cobertura do solo e; crescimento radicular rápido e profundo. Assim, plantas rasteiras e de
grande área foliar são mais efetivas na proteção do solo que plantas eretas e de folhas estreitas
(MAGALHÃES, 2005). Nas encostas, quando não existirem patamares, árvores de grande porte
devem ser evitadas e podem ser substituídas por arbustos ou outras espécies arbóreas de
pequeno porte. Os patamares também ajudam a reduzir a velocidade das águas pluviais,
diminuindo o perigo de erosão. Assim, as espécies informadas abaixo consistem em gramíneas,
leguminosas, trepadeiras e espécies vegetais de porte arbóreo e arbustivo, nativas, que
contribuem com o fator de segurança das encostas.
Em seguida e analise para a área seguinte que corresponde a área 2, vimos a implementação das
seguintes infraestruturas verdes como jardins de chuva que funcionam como rasas depressões
de terra, que recebem água do escoamento superficial. Os fluxos de água se acumulam nas
depressões formando pequenas poças e gradualmente a água e infiltrada no solo.
Finalidade - remover os poluentes das águas pluviais através da atividade biológica de plantas
e microrganismos, e contribuir com infiltração e retenção. A água pluvial pode infiltrar no
terreno para recarga de aquífero ou direcionar ao sistema de microdrenagem. No caso de
eventos de chuva que extrapolam a capacidade para a qual a estrutura foi projetada, o fluxo
excedente é desviado da área e encaminhado ao sistema de drenagem.
Figura nº : Etapas da implementação. Fonte: UFMS- Pós Graduação em gestão de drenagem urbana.
Como a área 2 é demarcada por uma região com prédios e condomínios residenciais e algumas
vias de pavimentação visou a implementação também de canteiros pluviais, pavimento poroso
e ruas verdes logo como é uma área de muitos prédios residências existem inúmeras calçadas e
intersecções para a construção dos mesmos.
Os canteiros pluviais podem usados em espaços distintos assumindo tamanhos e formas
variáveis. A utilização desse mecanismo contribui de diversas formas com o ambiente urbano
como: diminuição da contaminação das águas subterrâneas, permite a maior permeabilidade
das águas pluviais, contribui na ambiência do espaço através da inserção da vegetação na
paisagem, reduz o risco de inundações, melhora a qualidade da água e diminui o custo da
infraestrutura de drenagem.
Figura nº : Esquema de um canteiro pluvial. Fonte: Adaptado pelos autores de Cormier e Pelle-grino (2008).
Já os pavimentos porosos que é uma cobertura de solo artificial com intuito de se aproximar da
capacidade natural de infiltração, mas possibilitando outros usos.
Pontos positivos:
Pontos negativos:
Finalidade
Contribuir para o aumento da permeabilidade de grandes áreas, e permitindo outros usos como:
estacionamentos, faixa de rolamento, calçadas, etc.
• Pavimentos dotados de estrutura porosa, onde é efetuada a detenção temporária das águas
pluviais, provocando o amortecimento de vazões e a alteração no desenvolvimento temporal
dos hidrogramas;
Ainda na área 2 por fim, analisamos a implementação de ruas verdes que são característica de
arborização intensa. As ruas verdes de águas pluviais, como o Rain Gardens, são áreas plantadas
projetadas para coletar e gerenciar águas pluviais que saem das ruas e calçadas. No entanto, as
ruas verdes de tempestade são tipicamente construídas na estrada, são geralmente maiores do
que jardins de chuva, e têm comprimentos variados, larguras e profundidades do solo com base
nas características da estrada existente.
Em geral a circulação viária é mais restrita, com preferência para pedestres e ciclistas, não
havendo trânsito de veículos pesados. A maioria dos benefícios é decorrente dos serviços
ecossistêmicos prestados pelas árvores, como: melhora da qualidade do ar, captura de carbono,
sombreamento, aumento da umidade do ar através da evapotranspiração, aumento da
capacidade de infiltração das águas, diminuição do escoamento superficial, redução das ilhas
de calor, redução dos níveis de ruídos, entre outros.
Essas ruas verdes são essenciais nas áreas dos condomínios residenciais justos esses trazendo
qualidade de vida e sustentabilidade para a região. No mesmo local existe um Edifício com o
nome de Monte Funji onde o mesmo já aplica ideias de sustentabilidade para os seus
residentes como horta suspensa em uma área de cobertura, entre outros.
Figura nº : Rua verde exemplo. Fonte: Google imagens
Regiões baixas e planas, região sedimentar e receptora de água dos demais compartimentos. É
uma área de predominância da infiltração, com armazenamento de água temporária ou
constante, o nível do lençol freático se situa entre um e três metros abaixo da superfície.
Schutzer (2012) enfatiza que o manejo dessa região é depedente das condições de
permeabilidade do solo e do escoamento superficial das áreas mais elevadas. A Tabela
apresenta um resumo das áreas do zoneamento ambiental, como já definido (SCHUTZER,
2012; BONZI,2015) onde é mais favorável a aplicação de determinada infraestrutura verde de
acordo com os dispositivos apresentados.
Tabela: Síntese para a aplicação dos dispositivos de infraestrutura verde de acordo com o zoneamento ambiental.
Fonte: Bonzi, 2015
Ainda na divisão das áreas nos deparamos com a implementação da infraestrutura verde na
área 3, a are aonde acontece o alagamento. Nessa área que existe muita pavimentação ativa
vimos a necessidade da implementação da infraestrutura verde jardim de chuva / biorretenção
que são soluções compensatórias para o manejo de águas pluviais em áreas urbanas,
integrando-se aos sistemas de micro e macrodrenagem. Eles permitem o retorno da água ao
ciclo hidrológico e utilizam a atividade biológica de plantas e micro-organismos para remover
poluentes da água pluvial, promovendo sua infiltração e retenção nos níveis freáticos das
cidades.
Essas áreas permeáveis são projetadas para reduzir o volume e a velocidade da água que flui
para as redes de drenagem e rios, prevenindo a poluição da água e minimizando o impacto das
enchentes. Além de serem uma alternativa mais sustentável e econômica em relação aos
sistemas convencionais de drenagem urbana, os jardins de chuva tornam as cidades mais
resilientes e sustentáveis, diminuindo os investimentos e custos de manutenção e beneficiando
tanto o meio ambiente quanto a qualidade de vida das pessoas. (PROJETOS, M. Jardins de
Chuva: Cidades mais sustentáveis; 2023)
A decisão de biovaletas entre as duas vias da avenida é uma escolha estratégica que promove
a gestão eficiente das águas pluviais, desacelerando e filtrando a água da chuva. Isso reduz o
escoamento superficial e a pressão sobre o sistema de drenagem urbano, prevenindo
inundações. As biovaletas também melhoram a qualidade da água ao remover poluentes e
decompor contaminantes através da atividade biológica.
E o aproveitamento do espaço estreito entre as vias é eficiente, pois utiliza áreas que poderiam
ser subutilizadas, além de permitir flexibilidade no design das biovaletas para se adaptarem a
espaços confinados. Ambientalmente, elas aumentam a biodiversidade urbana, criando
habitats para plantas e animais, e melhoram o microclima local. Esteticamente, elas
embelezam o espaço urbano e promovem a conscientização pública sobre práticas
sustentáveis.
Economicamente, reduzem custos de manutenção em comparação com sistemas de drenagem
tradicionais e diminuem a necessidade de futuras infraestruturas. Além disso, elas promovem
a recarga de aquíferos e mitigam impactos ambientais associados ao escoamento de águas
pluviais contaminadas. Em resumo, a instalação de biovaletas traz múltiplos benefícios
funcionais, ambientais, estéticos e econômicos, integrando práticas sustentáveis no ambiente
urbano e contribuindo para a resiliência e a sustentabilidade das cidades.
Completando essa parte de implementação das infraestruturas verdes podemos ainda melhorar
essa área 3 com a colocação de uma área gramada, uma infraestrutura que são projetadas para
receber o escoamento superficial de áreas impermeáveis, as faixas gramadas aumentam a
oportunidade de infiltração antes que o escoamento atinja a rede de drenagem. Sua utilização
depende da topografia local e das condições de infiltração.
Escolhemos utilizar faixas gramadas nas calçadas desta área específica por várias razões.
Primeiramente, essas faixas ajudam a gerenciar o escoamento superficial da água, que é
particularmente importante em áreas urbanas onde a impermeabilização do solo é alta. Ao
instalar faixas gramadas, conseguimos aumentar a capacidade de infiltração de água,
promovendo a recarga dos aquíferos e reduzindo a pressão sobre o sistema de drenagem
urbana.
Com todas essas implementações de áreas novas de drenagem verde observamos uma maior
absorção do escoamento de água, no qual calculamos a porcentagem do mesmo e a diminuição
da vazão (Q) na área. Isso nos permite ter certeza da importância dessas estruturas para melhoria
do problema de inundação dessa área que analisamos.
Segue tabela com novos coeficientes de escoamentos que é determinado pelos tipos de
drenagem que escolhemos para cada área:
Q = I x C(drenagem) x A
Q = 5,21m³/s
Obtivemos um valor referente a 73,45% de absorção, isso implica dizer que literalmente
o plano de drenagem foi positivo para a região, podendo conter o escoamento artificial nessa
porcentagem.
Esta metodologia detalhada permite uma abordagem sistemática e científica para
desenvolver uma proposta de drenagem urbana de baixo impacto, garantindo que os resultados
sejam robustos e aplicáveis para o controle de escoamento superficial na área escolhida.
5 – CONCLUSÃO
Ao longo desta pesquisa foi possível verificar algumas técnicas de infraestrutura verde
que estimulam a relação entre o homem e a natureza contribuindo com a qualidade ambiental
da paisagem. A inclusão da vegetação, como mecanismo colaborador com as demandas
urbanas, vai além das contribuições estéticas, incentivando diversos processos naturais que
diminuem o impacto causado pela ocupação cinza, tais como: infiltração, filtragem,
armazenamento das águas pluviais, aumento da umidade, qualidade e temperatura do ar, criação
de habitats, conservação da flora local e diminuição da erosão causada pela movimentação de
terra. Visto isso, entende-se que a infraestrutura ecológica contribui de forma significativa com
a sustentabilidade das cidades. A aplicação de espécies nativas é relevante pois existem diversos
fatores favoráveis em relação às exóticas, como: adequação aos aspectos climáticos e de relevo;
promove o desenvolvimento do crescimento saudável da planta, propicia a preservação da fauna
nativa, aumenta a propagação da espécie (dificultando sua extinção); diminui a proliferação de
espécies invasoras exóticas e das doenças e pragas causadas pelas mesmas; além de agregar
características próprias dos espaços, estimulando o turismo, gerando renda e ampliando o
desenvolvimento econômico, cultural e social das cidades.
No entanto esse artigo trouxe inúmeros resultados e o mais fundamental é que o uso da
LID diminui a vazão da área estudada, por conta dos coeficientes de escoamentos implantados
coma as infraestruturas verdes sendo assim conclui-se que é de extrema relevância o uso dessas
técnicas para a região estudada.
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
7 AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão a todos que contribuíram para a realização
deste estudo e para o desenvolvimento da proposta de drenagem urbana de baixo impacto (LID)
na área de Ponta do Farol em São Luís - MA.
Expressamos nossa gratidão aos colegas de pesquisa Jessyka Alves, Niculas Licá, Talhes Filho,
Carol, Paulo, Wellingthon e Thiago que contribuíram com suas habilidades e conhecimentos
especializados, enriquecendo a qualidade deste estudo.